Será que eu poderia me apaixonar por alguém em uma semana? Era um erro! Afinal me apaixonei por Dayana a primeira vista e me ferrei. Já era sexta-feira. Ainda tinha uma semana e meia para trabalhar na F...B... Eu precisava acabar o quanto antes assim eu esqueceria Fernanda. Ótimo.
Quando cheguei na empresa a primeira pessoa que vejo foi Marina. Passou por mim como se jamais tivesse me visto. Vocês acham que me incomodou? Dei graças a Deus!
Como o serviço da parte da frente estava adiantado. Pedi aos rapazes que começassem a fazer a cerca elétrica na parte dos fundos. Então eu passaria o dia inteiro na sala. Também era sexta feira e eu não queria estar cansada a noite. Iria sair com meus melhores pra ver se eu esquecia um pouco os problemas.
Estava tão entretida no computador e nem vi Fernanda entrar:
-Bom dia Tarine.
-Bom dia Fernanda. Tudo bem?
-Vai melhorar.
Eu não quis entrar em detalhes, mas a minha vontade era abraçar aquela mulher até todos os problemas dela sumirem.
-Você que alguma coisa?
-Sim. Quer dizer não pra agora. O Camilo ligou e pediu pra não esquecer os relatórios. Então se você puder passar na minha sala uns 10 minutinhos antes do fim do expediente.
Toda hora se você quiser.
-Sim. Pode deixar que levo lá.
Ela virou as costas e ia saindo. O jeito dela de andar, era um convite. A bunda não era necessariamente grande, mas era perfeita e a calça jeans clara apertada só ajudava o pacote. Ela deu 5 passos e desde o primeiro eu não consegui parar de olhar. De repente ela se virou e eu não tive tempo de desviar o olhar. Ela percebeu e deu um sorrisinho sem graça:
-Posso te fazer uma pergunta?
-Sim
-Você e Marina Brigaram?
-Brigar não brigamos não. Apenas expressamos nossos pontos de vista e chegamos a um acordo. Sorri
-Então o acordo foi bom só para você porque ela está uma arara hoje.
-Relaxa, vai passar!
-Tudo bem, não esquece o relatório Tarine.
Ela sorriu e saiu da sala deixando aquele perfume delicioso no ar. Jesus que mulher era aquela. Meu nome parecia escorregar daquela boca de veludo. A voz baixinha e meiga, as vezes tímida outras extrovertida. Acho que Camila e Thiago tem razão. Estou super apaixonada por essa mulher. E ela ficava muito nervosa ao meu lado. Talvez correspondia? Não sei. Mas ela era muito curiosa em relação a Marina e eu. Quem sabe? A curiosidade matou a hétero! Eu não sou fã de ficar com mulheres comprometidas, pois já sofri muito com traição. Mas o marido dela não há merece, a trai com outras mulheres e parece fazê-la sofrer muito. Eu poderia dar um pouquinho de felicidade pra essa Deusa. Mas ela nunca iria largar o marido para ficar comigo por causa da filha. Mas quem disse que eu quero casar? Foda-se tudo. Seja em qualquer condição vou ter essa mulher pra mim. Ou eu não me chamo Tarine.
Meu plano de sedução começaria nesta noite. Liguei para Thiago e Camila e disse que não poderia ir ao bar. Eles concordaram pois já sabiam se tratar de alguma mulher. Na sexta feira a empresa encerrava as atividades mais cedo. Eu atrasei um pouco mais. Sabia que Fernanda não poderia deixar de enviar o relatório naquele dia. Então me esperaria o quanto precisasse. Esperei que todos saíssem. Ela estava na sala, não parecia estar com pressa. Na sexta feira todos ficam desesperados para ir embora; ela não.
Quando eu ia bater na porta li o aviso: “Entre sem bater”
Novamente sorri. E a assinatura em baixo não negava que aquilo era coisa de Fernanda.
Entrei e ela levou um susto. Percebi que em cima da mesa tinha um foto de Laurinha, coisa que eu não tinha percebido na primeira vez que tinha entrado ali. Entreguei o pen drive e Falei:
-Desculpe meu atraso Fernanda! Eu não estou muito bem.
-Você está passando mal?
-Estou com tonturas e nem estava enxergando o teclado do computador direito, mas vai passar. Vou pra casa, tomo um banho e tudo vai se resolver.
Deus me perdoe por isso. kkkkkkkkkkkkkk
-Você vai embora dirigindo?
-Vou sim.
Ela parou de enviar o e-mail e falou:
-Tá doida? Se quiser te dou uma carona. Amanhã o segurança vai estar aqui. Então você vem e pega seu carro. “Yes! Ela mordeu a isca.”
-Você tá virando meu taxi (Gargalhei) Mas não precisa. Hoje é sexta. Vai curtir seu fim de semana com sua família.
-Sem filha e sem marido. Só espera um pouquinho que vou arrumar umas coisas e já vamos.
Ela pegou a bolsa e fomos em direção ao carro dela. Entramos e fui indicando o caminho da minha casa para ela. Passei em uma farmácia pra comprar uns remédios, afinal eu tinha que ser perfeita em meu teatro. Chegando em minha casa ela parou o carro e disse:
-Tá entregue senhorita.
-Entra!
-Não. Estou muito cansada. Vou pra casa...
-Curtir a solidão. Completei.
-É kkkkk
-Entra um pouco e me faz companhia já to morrendo mesmo.
Ela sorriu e concordou. Eu não queria que ela bebesse. Afinal se rolasse algo não queria que fosse sem estar sã. Odeio arrependimentos no dia seguinte.
-Desculpe a bagunça e cuidado com meu cão feroz.
Tito veio correndo e deitou de barriga pra cima. Eu acariciei sua barriguinha e voltei a Fernanda.
-Fique a vontade e não da mole pra esse safado ele se aproveita.
Dá mole pra dona dele.
-Se quiser tem água e refri na cozinha. Casa de solteira né. É ali na segunda porta. Vou tomar um banho rapidinho e já volto.
Fui em meu quarto, tomei um banho coloquei uma camiseta de Thiago que estava lá em casa e uma Calcinha. Não poderia ser descaradamente sensual. Ela não poderia suspeitar que eu estava dando em cima, senão iria embora assustada.
Voltei para a sala e ela estava olhando meus livros e CDs na estante.
-Gostou de algum?
-Todos. Ela falava empolgada.
-Pega um ai. Ela pegou um DVD da Ana Carolina que eu amo. Ensaio de Cores.
-É seu. Pode levar.
-Não. Nunca ouvi. Coloca aí se eu gostar compro um.
-Mas você não vai conseguir comprar um autografado.
Ela abriu a capa e viu que o CD estava autografado. Sorriu e disse:
-Não posso aceitar. Você deve ter se matado para conseguir esse autografo.
-É antiético devolver presentes. Pega logo!
Ela o guardou na bolsa. Se fosse qualquer outra pessoa a TOCAR naquele DVD eu mataria. Mas ela podia levar o que quisesse de mim.
-To cheia de fome. Não sei cozinhar, bora pedir uma pizza?
-Essa eu pago.
-Não. Você já gastou com a gasolina me trazendo aqui.
-Besta!
Pedimos a pizza e coloquei um pen drive que inicialmente tocava sorriso maroto. Vocês perceberam né? Sou muito eclética em relação a música. Vou do Blues ao Reggae. Da MPB a música Clássica. Música é vida. Começou a tocar a música Dry Martini da LunaBlu. Fernanda sorria com a letra. Será que se identificava? Vai saber.
-Gosta de LunaBlu?
-Não. Nunca tinha ouvido.
Eu não queria falar de Marina, mas precisava de um assunto.
-Marina estava muito brava no fim do expediente?
-Não falou nada com ninguém o dia inteiro.
-Ela está brava atoa. Não entendo essas mulheres. Se eu sou sincera ficam com raiva. Preferem que eu minta.
-Estranho você falando “essas mulheres”. Não se enquadra no gênero.
-Sim, mas eu sou fácil de lidar. Eu quis dizer das mulheres difíceis.
-Entendi!
-E você é difícil?
O rosto dela ficou vermelho mas eu não desviei o olhar dela. Ela respondeu gaguejando.
-Não, quer dizer sou. Mas ah, você me entendeu.
-Entendi. Falei sorrindo. Mas a Marina tem um jeito meio psicopata, esses dias acordei com ela aqui na porta de casa pra me levar para a empresa.
-Talvez ela goste de verdade de você
-Não. Fiquei com ela poucas vezes. Não tem como se apaixonar assim.
-Não acredita em amor à primeira vista?
Foi a vez dela me deixar sem graça.
-Não desacredito e nem acredito.
-Eu acredito!
-Por que? Já se apaixonou assim por alguém?
-Não. Mas conheço pessoas que já. Então acredito.
-Eu nunca vi, então to pagando pra ver. Kkkkkkkk
-Você não parece ser lésbica.
Não sei de onde ela tirou aquele assunto, mas adiantou minha vida.
-E quem disse que pra ser lésbica tem que ter jeito?
-Normalmente as lésbicas se vestem masculinizadas.
-Você se engana. Existem muitas meninas que se vestem e se comportam de forma não muito feminina e são hétero. E outras trabalhadas na make, saltão e vestido tubinho que são lésbicas. Como eu e Marina. Hoje em dia não vivemos pelas aparências.
-Posso fazer uma pergunta intima?
-Pode. Ela estava se interessando no assunto. Ponto pra Tarine!
-Você e Marina são muito femininas. Quem era o homem da relação.
Eu ri alto. Todas as vezes que me faziam essa pergunta eu respondia de forma grosseira, mas ela pareceu tão inocente ao pergunta que eu respondi sorrindo.
-Se fosse para ter um homem na relação não seria uma relação lésbica. Existem meninas que são ativas e outras passivas, mas nada de homens kkkkkkkkkkkkkkk
-Você é o que?
-Sou relativa!
-Você disse que existem ativas e passivas. Relativa significa o que?
-Eu gosto de dar e de comer.
Falei logo rasgado para ela entender. Ela ficou vermelha e a campanhia tocou. A pizza tinha chegado. Fernanda foi lá buscar. Colocamos a caixa de pizza no tapete da sala e sentamos no chão mesmo. Entre algumas mordidas ela falou.
-Não entendo como vocês fazem.
-O que?
-Sexo. Não tem o instrumento sabe.
-Não precisamos. Temos artifícios muito melhores que instrumentos. Mostrei os dedos e a língua.
-Sei lá. Meu marido já fez sexo oral e usou os dedos. Não vi muita coisa diferente não.
Era a deixa.
-Porque ele é homem. O beijo da mulher é mais delicado e ao mesmo tempo sensual. O toque é suave e quando tem pegada não é aquela bruta e sim aquela de arrancar suspiros. Não tem barba para arranhar seu pescoço, a paciência é divina nos seus seios, pois ela conhece o corpo de outra mulher, sabe onde tocar pois conhece seu próprio corpo. Vai demorar o triplo de tempo nas preliminares. Vai beijar seu corpo todo e você já vai gozar no sexo oral querida. Você olhar para baixo e ver uma mulher te chupando olhando dentro dos seus olhos é coisa de louco.
Eu falava e percebia que ela apertava as pernas. Mexia nos cabelos, ela estava ficando excitada. Mais um ponto da Tarine. Continue.
-E quando for te penetrar, vai ser de forma delicada, não apenas entrar e sair de você. A intensidade vai variar de acordo com seu gemido. E o gemido de mulher é coisa de outro mundo.
Ela estava vermelha.
-Você já ficou com homens?
-Já beijei alguns garotos. Mas nunca transei.
-E como você tem tanta certeza que todos os homens são assim? Como sabe que não gosta se nunca experimentou?
-Pelo menos é o que as héteros que fiquei falavam. Seu marido é assim?
Ela engoliu seco.
-É mais ou menos assim, mas acho que nem todos são assim.
-A maioria. E também nem todas as mulheres fazem desse jeito que eu falei. Eu sei que faço. Ela sorriu. E você? Já ficou com mulher?
Ela me olhou assustada.
-Não.
-E como você tem tanta certeza que não gosta?
Ela ficou muda. Não tinha resposta para minha pergunta. Eu continuei.
Ela parecia estar muito excitada e pediu para ir ao banheiro lavar as mãos. Demorou alguns minutos e voltou toda vermelha. Será que havia se tocado? Era minha deixa Kkkkkkkkk
-Você está se sentindo bem? Perguntei.
Cheguei perto dela, nossos corpos estavam tão próximos que eu podia sentir o hálito dela.
-Estou. Acho que comi demais. Sorriu.
Pedi que escolhesse outro CD e fui até a cozinha levar os copos e quando voltei ela estava na estante. Cheguei sorrateira por trás e falei quase em seu ouvido:
-Tá difícil escolher?
Os pelos do corpo dela se arrepiaram todos. Aquela mulher me queria. Já não tinha mais dúvidas disso. Ela se virou de repente assustada e nossos rostos ficaram a poucos centímetros. Ela olhou para minha boca e inconscientemente mordeu o lábio. Para mim isso era pedido de beijo. Quando ela ia sair eu a empurrei para a estante nossos lábios se encontraram pela primeira vez. Aquilo foi como um choque. Ela tentou se desvencilhar, mas eu era mais alta e mais forte e aos poucos ela foi correspondendo. Eu já não a segurava mais. Percorria seu corpo com as mãos. Ela soltava leves gemidos e eu já tinha arrancado sua camiseta. Que corpo! Que curvas! Eu estava com muito tesão. Mas tinha que fazer tudo com muita calma. Aquela deveria ser a melhor transa da vida dela. Mordi sua orelha e fiz a pergunta mais idiota da minha vida:
-Você quer?
Ela disse:
-Nunca quis tanto uma coisa.
Eu a beijei mais intensamente. Seus dedos entrelaçavam em meus cabelos. Eu a beijava sem parar. Levei para meu quarto. Detalhe: Eu nem tinha apresentado a casa a ela. Fui em direção ao banheiro. Precisava de um banho. Suava bicas. No banheiro eu pude contemplar o corpo daquela mulher. Que Deusa. A água caia em nossos corpos, eu já chupava seus seios e decia pela sua barriga lisa. Chegando no quarto sentei ela na quina da cama e comecei a chupá-la. O gosto dela era delicioso. O jeito de gemer nem se fala. Deitei-a na cama e penetrei com um dedo e dava total atenção ao seu clitóris. Percebi que sua lubrificação aumentava. Coloquei mais um dedo. Ela arqueava o corpo em sinal de pré-gozo. Tirei o dedo de dentro dela e subi chupando os seios. Ela levantou o tronco e perguntou:
-Por que parou?
-Você vai gozar quando eu quiser.
Desci novamente para seu sexo. Chupei, beijei, lambi. Aproveitei cada centímetro daquela mulher. Coloquei dois dedos e estimulei seu ponto G enquanto a beijava. Ela gozou em minha boca. Eu não queria parar. Escalei seu corpo e falei em seu ouvido:
-Vira! Quero te comer de quatro!
Ela se virou. Meu Deus que visão era aquela? Quase não podia acreditar que aquela mulher estava ali, toda para mim.
Fiz ela gozar em várias posições. Ela parecia exausta. Pensei em deixa-la descansar um pouco. Sai de cima dela e deitei ao lado. Tomei um susto quando ela virou-se para mim e disse:
-Agora eu quero você.
Ela era inexperiente então fez comigo tudo que eu tinha feito com ela. Gozei a primeira vez e os orgasmos múltiplos vieram porque vi o rosto dela ali. Era real. Fernanda, A mulher que povoava meus sonhos a dias.
Adormeci em seus braços.
