MESA PRA TRÊS 3ª PARTE - CAP 2 HELENA

Um conto erótico de Cookie
Categoria: Homossexual
Contém 1306 palavras
Data: 16/06/2016 23:22:27

3ª PARTE

CAPÍTULO 2

HELENAE aí, como foi? – Perguntou Helena dentro da sala dos professores para a moça em sua frente que tentava organizar papeis dentro da pasta.

- Você realmente quer falar sobre isso? Eu tô ocupada! – Respondeu sem manter contato visual.

- Ai por favor, você sabe que eu tô de olho nesse homem desde que ele começou a trabalhar aqui... Se você me falar alguma coisa de mal dele, eu posso finalmente... Me sentir bem por não ser notada, vai Elaine, por favor, me fala que ele é machista, que ele é fedorento, diz que ele tem mau hálito ou chulé! Ele tem chulé?!

Elaine fez careta.

- Chulé? – Riu . – Como eu saberia se ele tem chulé?

- Ele tem? – Insistiu Helena.

Helena era tão jovem quanto Elaine, também morena e de pele clara, era mais tagarela e possuía uma beleza atípica, era linda, entretanto tinha sua beleza ofuscada quando estava próxima a Elaine.

- Sim, tem tudo isso, Jorge é reclamão, chato, tem mal hálito, chulé e beija muito mal.

Helena levou um susto.

- Vocês se beijaram?

- Talvez! – Respondeu Elaine tendo pressa ao organizar seu material e voltar para a sala de aula.

- E como foi? – Perguntou Helena boquiaberta.

- Horrível! – Disse Elaine revirado os olhos ao lembrar, expressando novamente o sentimento de prazer.

- Você é uma péssima mentirosa, sabia? – Disse Helena zangada, seguindo Elaine pelos corredores.

- Você que me pediu pra mentir! – Riu Elaine apressando os passos.

- Você vai sair com ele de novo? Não quer dividir? – Perguntou Helena rolando os olhos em seus óculos.

- Dividir? – Riu Elaine – Nunca! Esse é meu, Helena, segue em frente! – Correu Elaine, entrando na sala e deixando Helena parada em meio ao pátioAurélio entrava na cozinha com uma caneca de café vermelha olhando pela janela.

- Ela tá vindo! – Disse Débora com os braços cruzados demonstrando nervosismo em sua voz:

- Ok – Disse Aurélio, agora na sala, pousando sua caneca sobre o criado mudo. – Que carrão – Disse Aurélio encarando o carro vermelho lá fora.

Os dois ouviram duas batidas na porta.

- Atende lá! – Disse Débora, exasperando nervosismo.

- Tá! – Correu Aurélio. - Bom dia Helena! – Disse abrindo a porta e encarando uma moça que aparentava alta, vestido apertado e curto, revelando um corpo em forma e bronzeado, óculos escuros que cobriam a metade de seu rosto, cabelos longos e ondulados e lábios e nariz retocados por cirurgia.

- Bom dia – respondeu prontamente entrando na casa.

- E aí!? – Disse Débora mais ansiosa passando a mão sobre a barriga, como se seu bebê também estivesse nervoso.

- Queridos, tenho boas e más notícias, qual vocês querem primeiro?

- Acho que a.... – Começou Aurélio.

- Boa? Ok! - Completou Helena – Sem olhar para Aurélio – A boa é que outros três compradores desistiram de dar oferta na casa, vocês só estão na luta pela residência com mais um casal.

- E a má?! – Perguntou Débora rapidamente.

- A má é que a oferta deles é mais alta que vocês!

- Mais alta, quão alta?

- Um terço a mais que vocês estão oferecendo!

- Droga! – Gritou Débora!

- Então, o que vai ser? – Quanto mais rápido, melhor! Olha, eu sei que aquela casa é a casa, mas ainda há várias outras casas amáveis eu vocês podem...

- Não! – Disse Débora - Aquela é a minha casa!

- Então vocês cobrem o valor? – Perguntou Helena séria, ainda com os óculos de sol.

- Só um momento, Aurélio, vem cá! – E os dois foram para um canto próximo da cozinha. – E agora, o que a gente faz? - Perguntou ela, séria para Aurélio.

- A gente pode vender alguma coisa, o carro talvez.

- Não... Você ama aquele carro estúpido!

- Você tem alguma ideia? - Perguntou Aurélio ignorando a ofensa.

- Talvez se a gente fizer um empréstimo... Não sei... Eu amei aquela casa.

- Ora, ora, ora... – Débora e Aurélio ouviram a voz de Helena, próximo da janela.

- O que foi? – Disse Débora! – Se aproximando da janela para ver o que a fez tirar os óculos escuro.

- Por favor me diga que aquele moço descamisado lá fora cortando grama é o Jorge.

Débora se aproximou da janela para conferir e viu a figura de Jorge na rua da frente a quase três casas dali.

- Sim, é ele mesmo! Ele foi padrinho no nosso casamento. Vocês se conhecem?

Helena encarou os dois por alguns momentos, apontando para os dois com as pontas dos dedos.

- Sério? – Disse chocada.

- Sim! Trabalhamos juntos durante anos. – Concluiu Aurélio – De onde vocês se conhecem?

- Não importa – Afirmou Helena. – Tenho uma proposta para vocês... Me arranjem um encontro com esse homem amanhã que a casa é de vocês!

Débora olhou assombrada para Helena demonstrando tamanha desaprovação.

- Ah, talvez você não saiba – Começou Aurélio, mas ele é g...

- Está livre amanhã! – Cortou Débora!

- Está? – Sorriu Helena, voltando a encarar pela janela.

- Vem cá! – Sussurrou Débora para Aurélio, retornando ao canto da cozinha.

- O que você está fazendo? – Perguntou Aurélio irritado.

- Conseguindo essa casa para gente! Isso é o que eu estou fazendo!

- Tá gênia! E o que ela vai fazer quando descobrir que o Jorge é gay, aliás como você sabe que ele vai querer sair com ela?

- Não importa! Ela disse que se a gente conseguir um encontro a casa é nossa, e o encontro a gente vai conseguir. Jorge vai topar sim, porque ele não me deu nenhum presente de casamento e esse será o presente.

- Enfim, eu tenho uma reunião, preciso ir, amanhã às 21h está perfeito para mim. Diga que eu venho buscá-lo e que por favor, coloque um terno... de preferência que seja fácil de tirar. - Riu - Até!:06h

- Liga!

- Não, liga você!

- Eu não vou ligar!

- Por que não!?

- A ideia foi sua!

- Eu não entendo porque você simplesmente não pode ir ali, é alguns passos!

- E por que não vai você!?

- É pela nossa casa!

- Ai, dá logo esse telefone!

- Qual o número?

- Tá na discagem rápida! Nº 1. – Débora revirou os olhos, ajeitou o cabelo, mexeu na barriga!

- Alô! Jorge?! – Disse Débora! Com Aurélio tentando escutar logo ao lado.

- Hey, Débora, tudo bom? – Respondeu Jorge!

Débora conseguia ouvir alguém falar lá atrás no ambiente que Jorge estava.

- Aí, agora estou aqui fora, pode falar! - Disse Jorge.

- Aham, eu só queria agradecer por você ter cortado a grama ontem, o Aurélio quer falar com você! – Entregou o celular na mão do Aurélio o deixando surpreso!

- Hã? – Perguntou Jorge do outro lado.

- Filha da puta! – Disse Aurélio baixinho!

- Oi? – Perguntou Jorge confuso.

- Então... Eu só queria que você soubesse que a Débora ainda está profundamente magoada por você não ter dado um presente à ela no nosso casamento... Mas há em suas mãos a chance de resolver essa desavença.

- Hummm – Disse Jorge sentindo que esse discurso era o início de um grande favor.

Aurélio falou. Jorge ouviu. Débora estralou os dedos.

Sabia que devia um favor para o casal, sabia que havia uma agente imobiliária que queria sair com ele aquela mesma noite e por pura pressão e chantagem emocional descarada era obrigado a aceitar, caso contrário, segundo as palavras de Débora e Aurélio: “Interromperia a felicidade de um futuro lindo de um casal”. Ele saberia dizer não com facilidade para Aurélio, mas era Débora grávida que o deixava sensível.

A conversa tinha acabado, Mike e Gabriel haviam acabado de sair, ainda sem entender ao certo pra onde eles iriam, Jorge exigiu de Mike a promessa de que não arranjaria confusão. Jorge entrou na casa, viu Débora sentada com Aaron assistindo tv e perguntou:

- Eu consigo me passar por hétero, certo?

Aquela tarde se passou com longas conversas entre Alice, Débora e Aurélio que haviam passado ali para mais informações. As conversas alternaram entre comportamento, assuntos e finalidade. Jorge não se via nervoso assim há tempos.

Até que o horário chegou e Jorge ouviu um carro estacionar.

- É ela? – Perguntou.

- É – Respondeu Alice ansiosa.

- Ela chegou! Tchau! - Disse Jorge para Alice.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive SamoO a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários