Ação e Reação - O Passado Bate a Porta

Um conto erótico de Gabriel26
Categoria: Homossexual
Contém 1550 palavras
Data: 17/06/2016 01:48:05

Ação e Reação – O Passado Bate a porta

Aqueles olhos... como iria esquece-los, aqueles olhos que já me julgaram com olhar de ódio, nojo e deboche mas que antes me olhavam com carinho, como poderia esquecer, eu não podia fazer isso pois me servia de exemplo de como as pessoas podem ser cruéis. Fui tirado desse pensamento pela buzina dos carros que queriam seguir viagem, sai apressado e procurei o primeiro quiosque que encontrei aberto e comprei uma água, me sentei em um banco próximo a algumas arvores e procurei relaxar pois estava ficando tenso.

- Não pode ser ! Exclamei pra mim mesmo – não pode ser ele... – Dizia sem ao menos eu mesmo acreditar, depois de tanto tempo achei que nunca mais voltaria a velo, alias, era isso mesmo que eu desejava, nunca mais velo até por que depois do que aconteceu ele sumiu sem ao menos dar notícia, ou era o que eu achava , daqui manteve contato só com meu tio e seus amigos, o meu primo Marcos foi a pior coisa que aconteceu pra mim, eu não conseguia ter outro sentimento a não ser ódio, repulsa, nada menos já que por causa do meu querido primo minha vida virou um inferno e me obrigaria a fazer terapia durante 2 anos, graças a ele por muito tempo deixei de sair de casa, de sair com os amigos, me isolei, acabei indo parar no psicólogo pois eu não me aceitava achava que a culpa era minha, eu era só um moleque de 15 anos... Resolvi pensar na faculdade pois amanhã começaria mais um semestre na faculdade e seria legal rever as pessoas e também as novas matérias que seriam ministradas, eu sempre fico alegre com semestre novo até por que amanhã estarei iniciando o terceiro período de engenharia civil e estava muito ms muito contente.

Após tirar meu primo e meu passado conturbado com ele da cabeça, resolvi ir andando pra casa por uma rua onde havia alguns ipês amarelo, essas arvores são lindas principalmente quando florescem, havia na rua algumas crianças com suas bicicletas e alguns pais vigiando as as crianças, as olhei e passei por um dos pais e o cumprimentei, quando ia virando a rua percebo o mesmo carro que vi parado a uns dez metros de onde eu me encontrava parado, parei pensei pensei e pensei e decidi passar pela calçada rapidamente pois se era mesmo ele não queria encontra-lo, quando ia passando a porta do lado do motorista se abre e eu o vejo saindo do carro com uma loura de olhos azuis com cara de debochada, eu não tinha dúvidas o passado estava de volta pra me assombrar, e tenho que falar o passado estava muito bonito mas não ia ficar ali dando mole, apressei o passo e ele olhou pra mim, eu congelei mas não desviei o olhar ao contrário me fiz de indiferente ele me reconheceu lógico e me olhou com um sorriso quase indecifrável, não sei se era sarcasmo ou deboche, sei que logo desviou o olhar para ver o que a mulher queria e assim aproveitei e sai dali, quando eu atravesso a rua meu celular toca.

- Filhote aonde você está ? – Pergunta meu tio com tom de preocupação – venha logo, o almoço está quase pronto.

- Tio já falei pro senhor parar de me chamar assim – Falei resmungando – já estou chegando em casa se quiser pode ir almoçando – falei com tom de preocupação e ele percebeu.

- Não tio! – falei tentando aparentar calma, mas meu tio me conhecia.

- Aconteceu algo sim , aonde você está vou lhe buscar – disse ele no outro lado da linha.

- Não precisa já estou quase chegando tio, acho que foi por que corri um pouco deve ser por isso que estou com a voz assim – tentei desconversar, ele aceitou e então eu desliguei e fui pra casa.

Resumindo cheguei em casa e almocei com ele, conversamos e rimos junto com Maria ,eu tentava aparentar calma, eu precisava ficar calmo, depois do almoço joguei xadrez com meu tio e Maria foi visitar uma amiga e quando deu umas 15:00 fui para o meu quarto arrumar meu material de aula para o outro dia, eu estava distraído quando a campainha tocou, eu gritei pro meu tio mas ele estava no banho e me pediu pra abrir, desci as escadas perguntei quem era mas não me respondeu, decidi abrir, quando eu abri dei de cara com o passado.

- Você! O que você quer aqui? – Era meu primo, ele me olhou, o olhar dele era de sarcasmo, me secou de cima a baixo e então falou.

- Ué priminho que eu saiba essa casa é do meu pai, então logicamente é minha também,seja educado e me convide para entrar – Disse ele sorrindo.

Eu fiquei estático, um turbilhão de sentimentos e lembranças convergiam dentro de mim, por que que ele teve que voltar pra minha vida ou minha casa sei lá...mas enfim que droga.

- Como você disse a casa é sua - Dei de costas pra ele e subi, cheguei na porta do quarto do meu tio abri sem bater ele estava secando o cabelo, ainda estava de toalha, vendo meu rosto pálido e minha feição de pânico ele me disse.

- É ele que está la embaixo né! - Soava mais como afirmação do que como uma pergunta, olhei pra ele e logo liguei os pontos.

- Tio você já sabia que ele iria vir aqui, sabia que ele estava na cidade? – disse com olhar sério para meu tio – me responde, você sabia? – Falei olhando pra ele as lágrimas começavam a rolar no meu rosto.

Meu tio baixou a cabeça e respondeu.

- Filhote – disse ele sem jeito.

- Não me chama assim porra, não sou seu filho – Eu visivelmente estava alterado, meu tio me olhou incrédulo como se não fosse eu que estivesse falando.

- Fernando, seu primo vai voltar a morar aqui com a gente, ele estava na sede do escritório em São Paulo , mas voltou pra trabalhar aqui em Uberlândia e pediu pra voltar pra casa, eu não pude negar ele é meu filho – Meu tio falava e lágrimas escorriam do seu rosto também.

- Por que você não me contou antes tio, eu achei que você confiava em mim, se você tivesse falado antes eu teria arrumado um lugar pra ficar – Disse isso lembrando que quando meus pais morreram me deixaram uma boa quantia e que como ficou na poupança devido aos juros tinha ficado melhor ainda, então poderia usar.

- Fernando, eu estava arranjando uma maneira pra te falar, na verdade estava tomando coragem, era pro seu primo avisar que iria vim aqui hoje mas ele não me disse nada– ele falava segurando meu braço e tentava desesperadamente justificar o por que de tudo isso – e outra coisa você não vai sair daqui, essa casa é sua, você é minha responsabilidade, você não sabe o que está dizendo– Disse ele afirmando.

- Não vou, desculpa não dá eu não consigo, eu prefiro morrer do que ter que conviver com ele de novo, aliásacredito que se ficar aqui é o que ele vai fazer comigo – Me virei e sai do quarto meu tio veio atrás e me segurou pelo braço, eu me esquivei – me solta, não encosta em mim , não chega perto de mim – Pois é eu já tava surtando , acabei ficando puto com meu tio pois parecia que ele não confiava em mim, isso pra mim era o fim.

- Fernando, filhote...olha pra mim, não faz isso por favor, você está de cabeça quente eu preciso que você me ouça - Meu tio já estava se alterando já gritava pra falar comigo desesperado e no impulso me agarrou por trás tentando me segurar, eu por reflexo o empurrei e desci as escadas correndo.

Peguei meu celular e minha carteira, estava doido mas não sou burro, virei pra sair e meu primo me olhava sério, ele fez menção de me segurar vindo pra cima de mim e eu mais rápido reagi e chutei os testículos dele, ele caiu no chão se contorcendo de dor, passei por ele e de relance vi meu tio descendo as escadas, fui em direção a porta e sai, ouvia meu tio me chamar desesperado, não liguei corri, corri e corri, meu celular tocou, era meu tio , meu whats appdeu sinal, mensagem também, não dei bola quando percebi que estava longe o suficiente parei respirei e pensei na droga que ia ser minha vida a partir de agora, comecei a chorar copiosamente me encostei em um murro e deslizei até chegar ao chão , fiquei nisso alguns minutos quando vejo alguém me chamar de longe.

- Fernando! – Era Felipe, ele estava com cara de cansado e de preocupação, ele veio em minha direção e sentou ao meu lado.

- O que aconteceu cara? – Ele me perguntava se abaixando pra ficar cara a cara comigo verificando se eu não tinha nenhum machucado – o seu tio me ligou desesperado ele não conseguiu falar direito ele estava chorando ao telefone , estava muito nervoso o que foi que aconteceu? – Ele me olhava sério.

- Foi meu primo Lipe, ele voltou e vai morar com a gente! – Voltei a chorar, Felipe me olhou e logo entendeu, sua reação foi me abraçar e dizer.

- Calma Fernando, vai ficar tudo bem você pode ficar lá em casa comigo – ele me disse isso e sorriu.

Continua...

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Comentários

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Caraca! Como eu ainda não tinha visto esse conto?!?! Muito bom!!!

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Que capítulo foi esse, hein? Perdi o fôlego. Curioso para saber o que o primo fez com o Fernando. Acredito que essa raiva toda do primo é amor, será?

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Opa! Parabéns cara.... seu conto está ficando bem interessante!

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parece que vem historia Boa por ai. ...

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Obrigado estou fazendo aos poucos , o próximo capítulo será explicado o motivo do Fernando não gostar do Marcos.

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