Renato & Elias Cap.10

Um conto erótico de Gustavinho
Categoria: Homossexual
Contém 683 palavras
Data: 17/06/2016 05:36:54

Cap.10

NARRADO POR ELIAS

Eu não sei o que estava acontecendo comigo. De repente eu me sentia incomodado ao ver aquilo. E eles dois seguiram para dentro do prédio.

-O que será que eles vão fazer lá ? - olhava para o volante, para o lado, me perguntando porquê estava me sentindo tão incomodado desta forma – que merda é essa que está passando dentro de mim ? - respirei fundo, me mexi tentando espantar aquele sentido. Liguei o carro e sai.

NARRADO POR RENATO

Quando estava prestes a entrar no elevador com o Ed, percebi que tinha esquecido meu celular no carro.

-Eu acho que deixei o celular no carro – falei, olhando pra ele – espere aqui, vou voltar pra buscar e já volto. - fui rapidamente porquê não queria deixa-lo esperando. Assim que botei os pés do lado de fora do prédio, e olhei, estranhei algo. Vi um carro familiar estacionado do outro lado da rua – é o carro do Elias ? - não deu nem alguns segundos e ele saiu andando, me deixando boquiaberto – será se era ele mesmo ? - pude ver assim que passou a minha frente um adesivo que o carro dele tinha na pintura. Sim, era ele mesmo – mas o que ele está fazendo aqui ?

TEMPO DEPOIS

-Porquê está com essa cara ? - Ed perguntava me, assim que eu retornei aonde ele estava.

-Ã ?

-Parece que tá pensativo. Algo aconteceu ?

-Não, nada... Só vi um negócio que me deixou pensativo, mas enfim... Vamos lá...

-É, vamos...

NARRADO POR ELIAS

Depois de ver aquilo e ficar pensativo durante todo o caminho, fui direto para o meu apartamento. Ao chegar lá, minha mãe lá se encontrava.

-Oi mãe... - falei, entrando e dando um beijo no rosto dela.

-Oi filho...

-Surpresa você por aqui...

-Pois é... Vim arrumar um pouco a sua casa, já que você mesmo não faz isso.

-Você sabe que não é assim... Eu espero a empregada vir, ela arruma.

-Ah sei... Não trata de criar coragem não... - joguei minhas coisas sobre o sofá, parei, respirei fundo. -O que foi ?

-O que foi o quê ?

-Tá com uma aparência estranha...

-Aparência estranha ?

-É, viu algo que não te interessava...

-Na verdade eu vi algo que me deixou intrigado.

-O quê ?

-O Renato... A entrar com um homem no prédio dele.

-Mas te deixou intrigado porquê ?

-Eu nunca vi o tal homem. Pelo menos não lembro de ter visto...

-Tá, mas o que isso interessa a você ? Não é você que disse que não queria mais conversa com ele – por algum motivo eu não sabia responder aquela pergunta

-Eu não sei o que me interessa tá bom ? Acontece que eu fiquei curioso quando vi... Sei lá porquê... - eu me sentia confuso naquele momento. Confuso por entre meus pensamentos.

-Você quer vê-lo ?

-Eu não sei... Talvez ele nem queira mais olhar na minha cara depois do que aconteceu ?

-Faz assim... Porquê não pede desculpa pelo que você fez ?

-Desculpa ?

-É, por ter batido nele... Assim, sei lá... Você pode ao menos saciar essa curiosidade.

TEMPO DEPOIS

Estava olhando os meus e-mails depois de ter descansado, quando de repente de um e-mail que eu não conhecia chegou. Quando eu abri, me surpreendi. Era uma espécie de folheto anti-intolerância. Eu abri, falava algo de diversidade.

“Os gays não escolhem ser o que são. Assim como os héteros não escolheram ser héteros. Tudo vem naturalmente, assim como os seus dentes e a cor da sua pele. Portanto, não seja intolerante com as diferenças”

Não sei quem me mandou aquilo. Mas não posso negar, deixou-me pensativo.

NARRADO POR RENATO

Fui eu que mandei aquele folheto a ele. Foi de propósito. Eu queria que ao menos ele enxergasse que eu não era assim porquê queria. Não sei o que ele iria pensar, mas ao menos queria a amizade dele. Ele era uma pessoa importante para mim.

NO DIA SEGUINTE

Me preparava na sala de serviço para assumir mais um plantão. Era inicio da madrugada e eu ficaria até umas 10h da manhã. Tomava um café quando de repente senti um cutucão no ombro.

-Renato ?

Continua

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Comentários

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Acompanhando lindamente esse conto tão envolvente.

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tomara que Elias mude seus conceitas ultrapassados e ao menos continue como amigo de Renato...

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O Renato se humilha demais, é patético.

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