Oi meus amores!
Como vocês já devem ter notado, passei vários dias sem atualizar a história, mas calma, para tudo tem um motivo, não faria isso com vocês por pura preguiça ou desinteresses. Eu disse a vocês que estou terminando um período nesses últimos dias na faculdade, que, aliás, são bastante difíceis. Muitas provas, seminários e outros trabalhos valendo nota, esses professores acham que a gente não tem vida social, mas faz parte, não é mesmo? Pois bem, para completar, e desculpem a expressão, foder ainda mais a minha vida, tive problemas sérios com infecção intestinal muito grave por conta de um suco com água contaminada que havia tomado perto do meu local de trabalho, passei três dias internado e mais outros dias em repouso dentro de casa e cá estou, graças a Deus muito bem recuperado (Não totalmente, mas eu digo logo que estou), mas o que me prejudicou bastante foi que não pude fazer algumas provas complicadíssimas e tenho segunda chamada na próxima semana. Ainda bem que dois seminários importantes que fiz antes, se não estava lindamente lascado, mas agora tenho que estudar inúmeros conteúdos da primeira e segunda unidade do período para poder fazer essa bendita segunda chamada.
Mas como diz a nossa diva Inês Brasil: “É aquele ditado, vamo fazer o quê?”.
Enfim, o que eu peço a vocês é que orem muito por mim, porque certamente irei precisar.
Beijos, fiquem com Deus e uma boa leitura!
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❖ 20 ANOS ATRÁS...
— Eu estou avisando como uma amiga, Zefa! – Cristina a encarou — Eu sei como são esses tipos de homens, eu não vou te julgar. Acredito que até você não tem culpa – Disse sorrindo.
— Dona Cris...
Cristina a interrompeu.
— Como você deve ter notado, eu e o Maximus estamos passando por uns, bem dizer, momentos difíceis. Não estamos muito bem – Respirou fundo — E como ele é desses tipos de homens que não abrem mão de ficar, digamos assim, sem sentir prazer – Sorriu — Ele corre para o primeiro par de seios que ver pela frente. Entende?
Josefa estava arrasada.
— Zefa, Zefa! Isso não é a primeira vez que acontece isso – Disse passando a mão nos seus cabelos loiros.
— Dona Cristina, a senhora está completamente enganada...
— Cale-se, Zefa! – Alterou um pouco a voz — Eu não vou brigar com você. Até porque deve ser difícil não cair na tentação com um homem daquele tipo, não é? – Cristina se aproximou rapidamente assustando a empregada — E que tipo, não é minha querida? – Gargalhou silenciosamente no ouvido — Tenho certeza que ele te enlouqueceu na cama, não foi? – Josefa ficou em silêncio — Eu conheço o marido que eu tenho.
A esposa fiel do empresário Maximus Albuquerque se afastou da empregada e foi até um móvel com vários porta retratos. Em seguida pegou um dos objetos que tinha a foto do casal que pareciam estar felizes.
— O Max deu em cima de praticamente todas as empregadas que passaram por aqui. Você não seria a primeira e muito menos a última que ele transou. Ah, e não, não me sinto ofendida com isso, eu sei das necessidades do meu marido, não cumpro elas e ele quer que alguém cumpra, não é mesmo? Mas o que me deixou mais surpreendida, Zefa, é que dessa vez ele não tomou os cuidados necessários. Ele te engravidou!
SUSPENSE
— Me-me engravidou? – Josefa sorriu falsamente — Você está...
— Querida, não adianta tentar encobrir isso, eu tenho notado há algum tempo e tive certeza que você está grávida. Só pelos enjoos constantes já tirei todas as minhas dúvidas. – Sorriu a interrompendo.
A mãe do Luan suspirou profundamente.
— Você tem que ir embora desta casa – Cristina colocou o porta retrato no devido lugar.
— Mas dona Cristina, eu...
— Entenda, Josefa! É para o seu próprio bem. Você não gostaria de conhecer o Maximus que eu conheço.
Josefa não tinha entendido o que Cristina queria dizer.
— O Maximus é um monstro, Josefa! Um monstro que eu amo e não me entendo. Se ele descobrir que você está gerando uma criança – Pegou na barriga da empregada — que ele é o pai, com certeza ele não vai gostar nem um pouco disso, e não quero dizer o que ele seria capaz – Cristina apertou levemente a barriga da funcionária.
— Entenda, Zefinha! – Acariciou o seu rosto — Só estou fazendo isso pelo seu próprio bem. Aproveita que ele irá viajar amanhã e ele não saberá de nada. Te dou todos os direitos que você tem direito de receber e ainda uma quantia extra – Piscou um dos olhos — Eu estou sendo amigável – Sorriu.
— Tudo bem! – Josefa aceitou de cabeça baixa.
— Você arruma outra casa rapidinho, eu creio. Melhor do que ter mais dores de cabeças, não é?
Josefa não esperava, mas a sua patroa a surpreendeu com um abraço apertado. Ela estava muito envergonhada pela descoberta, pois dona Cristina era uma patroa muito generosa e extremamente educada, mas ela estava com medo da mesma também.
— Eu sinto muito, querida! – Disse.
...
Há mais de um ano Josefa e Maximus viviam um relacionamento amoroso, um relacionamento proibido que deixavam ainda mais incendiados. Durante três dias na semana os dois se encontravam para viver uma paixão digna de filme romântico entre patrão e empregada, e ela acreditava, acreditava que um dia seria feliz com ele. Até que Cristina, sua patroa e mulher do seu grande amor os flagraram aos beijos no jardim da mansão, claro, sem que eles pudessem a ver. Então a sua esposa precisava agir, ela não poderia perder um bom partido que era o milionário Maximus Albuquerque, ainda mais para uma simples empregada.
— Eu te amo, Zefa! – Maximus declarou-se.
— Eu também, Max! – Josefa o beijou.
Os dois estavam completamente pelados no banco traseiro do seu carro, após uma transa intensa que ainda o pênis do pai do Maximiliano escorria um líquido esbranquiçado que pingava no couro.
— Vamos viver esse amor? Eu não quero ficar mais longe de você. – Falou acariciando a sua mão.
— E a sua mulher? – Josefa perguntou.
— Você sabe que estamos nos separando. Eu vou pedir divórcio e isso não vai nos atrapalhar.
Josefa sorriu e não estava acreditando que finalmente viveria um amor de contos de fadas e não um conto de terror que ela vivia com o pai do seu primeiro filho, o Luan. Mas ela não imaginava que esta seria a última transa e também o seu último encontro amoroso com o Maximus.
...
Algum tempo depois...
Lembrando-se de tudo isso, Josefa lamentava segurando copo de água na cozinha da mansão.
— Não acredito que o Max seja capaz de tudo isso. Ele não pode ser esse cafajeste. Não pode!
Falando sozinha, a empregada se assustou com a entrada repentinamente da Severina, sua colega de trabalho, uma das empregadas que trabalhavam naquela imensa mansão.
— Severina? – Josefa viu a amiga ofegante.
— Zefinha, mulher, você não sabe. – Disse colocando a mão no lado esquerdo do peito.
— O que foi? - Disse vendo a sua amiga pegar um copo de água e o virando em seguida.
— O Maximus!
Os olhos de Josefa cresceram.
— Ma-Maximus? O que te-tem ele? – Josefa gaguejou.
— Ele acabou de dar em cima de mim lá em cima – Sussurrou.
— O quê? – Murmurou mais para si mesma.
— Ele tentou me agarrar dizendo que há muito tempo estava de olho em mim. – Falou — Mas eu disse a ele que eu sou casada e não sou nenhuma rameira que ele encontra por aí. O que eu faço, mulher?
— Eu... Eu não se-sei.
Josefa não sabia o que dizer.
— Mas eu sempre notei, Zefa! Sempre notei que o seu Maximus olhando demais para mim. Eu estou apavorada. Eu tenho medo que ele me demita só porque eu não fui para cama com ele – Falou.
— Eu... Eu preciso terminar de fazer umas coisas lá no jardim.
Então Josefa saiu da cozinha rapidamente ouvindo os questionamentos da sua amiga.
...
— Não acredito! – Josefa chorava copiosamente — Então eu fui enganada esse tempo todo.
— Josefa?
O motorista oficial do Maximus a flagrou sentada próximo a uma roseira.
— Oi, seu Haroldo! - Cumprimentou limpando as lágrimas rapidamente.
— Aconteceu alguma coisa? – Perguntou preocupado.
— Nada... – Negou passando a mão no seu próprio rosto — Só alguns problemas – Sorriu.
— Se eu puder ajudar...
Josefa suspirou.
— Só eu posso me ajudar. – Falou para si mesma.
...
Já era tarde da noite quando Josefa foi até seus aposentos que ficava dentro da mansão e rapidamente pegou todas as suas roupas e jogou dentro da mala surrada que ela guardava.
— Contos de fadas – Riu de si mesma — Só você mesma, Josefa! – Disse limpando as lágrimas que caíam.
Após guardar todas as suas roupas dentro da bagagem, fechou a mesma e segurou em sua alça. Josefa olhou para cada detalho do pequeno cubículo e se despediu do lugar. Fechou a porta e seguiu até a porta dos fundos e por ali saiu.
— Como fui ingênua! É claro que ele não queria nada além de transar com uma simples empregada.
Quando Josefa apontou de frente para o portão, um raio de luz bateu-lhe nos olhos e a encandeou. Eram os faróis do carro do seu patrão que tinha acabado de chegar. O automóvel rapidamente estacionou e Maximus saiu rapidamente do interior gritando pelo seu nome.
— JOSEFA!
A empregada continuou caminhando lentamente em direção ao portão que ainda estava aberto.
— Josefa? – Maximus a alcançou segurando delicadamente um dos seus braços.
— O que você quer, Max? – Perguntou.
— O que você... – Olhou para a sua bagagem — Você vai para onde com essa mala?
— Para longe de você! – Disse furiosa — Bem longe de cafajeste como você.
A pobre mulher estava quase aos prantos.
— Eu não enten...
Maximus não completou! Ele não completou porque simplesmente a mão da mulher atingiu o lado esquerdo do rosto do seu patrão, o deixando surpreso pela reação da sua amante.
— Nunca mais me procure. Nunca mais olhe na minha cara.
Com o olhar assustado do outro empregado que estava próximo, Josefa partiu sem nunca mais voltar.
...
► TEMPOS ATUAIS...
Dona Josefa se lembrava de cada acontecimento com lágrimas nos olhos junto a uma única escultura que ficava no cemitério. A mãe de Lucas observava o enterro do seu eterno amante a certa distância para que não a vissem. Havia várias pessoas acompanhando o sepultamento do fundador do Grupo Emmiah, um grande toldo com o nome do cemitério cobria o futuro lar do pai do Maximiliano e cadeiras em volta do mesmo. Após alguns minutos, os aplausos invadiram os ouvidos anunciando o fim do sepultamento. Josefa esperou quase uma hora até ver que só restavam duas pessoas próximas ao túmulo, até que eles se foram.
O coração da ex-amante do Maximus começou a bater mais forte assim que caminhava pelo vasto gramado verde que tomava conta de 90% do cemitério e se aproximava do túmulo. Ela esperou os funcionários desmontarem todos os aparatos do enterro e colocarem a última pá de terra e a lápide em cima.
— Ai, Max! – Fungou — Meu eterno amor.
Disse emocionada alisando a pedra escrita Maximus Albuquerque Ferraz.
— Você me trás tantas boas recordações, como também muitas más recordações – Disse chorando.
...
Passaram-se quase um mês após Josefa ir embora da mansão, a mesma andava por uma rua esquisita tranquilamente, quando dois elementos se aproximaram rapidamente por trás da moça e a mobilizou.
— O que é isso? Me soltem! – Josefa tentava se desvencilhar.
— Cala a boca, sua quenga! – Xingou — A gente só veio te dar um recado a mando do seu Maximus.
— Max? – Josefa sentiu seu coração se despedaçar.
Um dos elementos a empurrou contra um muro de uma casa.
— Por favor, não faça...
Josefa foi calada com uma tapa forte em seu rosto. Após o tapa, mais outro tapa que a fez cair lentamente na calçada, então o outro homem começou a deferir chutes em sua barriga a fazendo gritar de dor.
— Vai logo, acaba com isso! – O segundo elemento gritou.
Quando o outro iria chutar, um carro da polícia apontou na esquina assustando os bandidos.
— Droga! É a polícia – Um dos marginais gritou.
— Se abrir a boca, o chefe mata você e o seu filhinho – Um dos criminosos ameaçou.
Os dois saíram correndo e o carro da polícia parou junto da mulher que estava ferida e a socorreu.
...
► DIAS ATUAIS...
— Podem passar anos, mesmo depois de tudo que você fez, esse coração velho e masoquista ainda guarda aquele amor que eu sentia por você. Guarda todos aqueles sonhos que eu sonhava com você. Guarda aquele futuro tão sonhado que eu queria com você.
Josefa suspirou enxugando as lágrimas que teimavam cair pelo seu rosto.
— Ai, Max! Podia ter sido tudo tão diferente – Disse alisando a lápide.
A diarista que estava joelhada próxima à pedra com o nome do seu antigo amante, estendeu a mão que segurava uma rosa branca e a deixou cair em cima da lápide, e caiu exatamente em cima do nome Eternamente. De repente Josefa sentiu uma presença atrás e se virou rapidamente.
— Mãe?
Lucas estranhou a sua mãe está próxima à lápide do pai do seu namorado.
— Lu-Lucas? – Josefa ficou pálida.
— O que você está fazendo aqui, Mãe?
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Continua...
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Irei tentar atualizar o mais rápido possível.
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