Pessoal sem querer mudei o nome da Namorada do Marcos pra Thabata, realmente não sei da onde saiu esse nome, o nome dela é Giovana Siqueira, pra quem está acompanhando desde o começo por favor desconsiderar se apareceu o nome Thabata em algum capítulo anterior.
Ação e Reação – Convivendo com o Mostro
Marcos narrando...
Enquanto assistia TV na sala da minha antiga casa estava pensando em como foi bom voltar a Uberlândia a pedido do meu pai, foi a melhor coisa que poderia me acontecer, pois era uma ótima oportunidade pra mim, trabalhando no escritório daqui eu vou poder crescer como profissional e me tornar o advogado que sempre sonhei, além é claro de estar perto do meu pai e dos meus amigos. Mas nem tudo é vantagem, eu ainda tenho que lidar com uns fantasmas do passado, um deles é meu primo Fernando, que foi justamente o motivo pelo qual tive que ir embora daqui, a eu me lembro que no dia do seu aniversário ele resolveu me contar que era gay achando que eu ia apoia-lo ou come-lo sei lá, mas ele se arrependeu pois eu quase matei ele de porrada , meu pai interviu me deu um bofetão no rosto que jamais esqueci , esse foi meu erro devia te-lo tirado de casa e matado ele, assim ficaria como se alguém tivesse atacado ele, por favor não me julguem eu nunca fui ruim com os outros eu até me possibilitei e ter pena dele por ter sido burro ao ponto de confiar em mim seu segredo, mas lugar de viado é na esquina ou no caixão, o pior foi meu pai ficar do lado dele e a Maria também , mas isso não vai ficar assim vou infernizar a vida dele até ele resolver sumir daqui.
- Eu vou infernizar a vida dele – disse pra mim mesmo – dele e do Felipe, que no mínimo é o macho dele – dizia com tom de nojo.
Passaram -se alguns minutos e percebo alguém na sala,quando viro a cabeça vejo que é Fernando e meu pai vindo logo atrás, abro um sorriso falso e levanto indo lhe cumprimentar.
- Oi! – disse a ele um sorriso falso na cara.Ele me olhou tenso, olhou pro meu pai voltou a me olhar e subiu me deixando no vácuo correu pro seu quarto e se trancou lá dentro, eu fiquei com cara de tacho e me fiz de vítima, meu pai veio e me tranquilizou dizendo que uma hora ele ia falar comigo, eu fiz uma olhei pro meu pai com cara de culpado e voltei pro sofá, meu pai subiu e eu ri como vitória pelo que tinha acontecido.
Fernando narrando...
Acordei cedo, hoje eu iria trabalhar , então me levantei e fui pro banheiro, tomei um bom banho e me troquei, como meu trabalho me obriga a usar roupa social eu vesti uma camisa social azul claro e uma calça social preta que destacava um pouco meu bumbum, e sapatos sociais, quando me olhei no espelho resolvi tirar as lentes e coloquei os óculos de grau, fiquei um tesão, resolvi descer pra tomar café da manhã e quando saio do meu quarto dou de cara com meu primo saindo do seu, ele estava todo engravatado com calça social preta, camisa salmão, paletó e gravata preta e óculos de grau, esse último item pra mim era novidade pois quando ele foi embora não usava, passei por ele sem cumprimenta-lo, então me pegou pelo braço e disse.
- Dormiu comigo? – ele sorriu com deboche, eu olhei pro seu rosto e fiquei com nojo da sua feição, senti ele apertar forte meu braço me virei e dei um tapa forte no seu rosto, ele passou a mão e me olhou incrédulo.
- Tira essa mão suja de mim – disse olhando com raiva, enquanto ele passava a mão do lado que tinha pego o tapa.
- Priminho eu vou fazer você baixar esse topete, viado comigo se cria e não encosta a mão em mim e sai vivo pra contar – me disse olhando com deboche pra mim.
- Ui que medo, isso é uma ameaça – disse debochando –cuidado da cadeia, alias você quase foi não é? Eu sobrevivi e que eu me lembre encostei várias vezes em você, e outra coisa agora eu não tenho mais medo dessas suas ameaças então você pega essa sua pose arrogante e vai usar com quem tem medo pois eu não tenho mais.
Virei minha cara e desci pra cozinha, meu tio e Maria já estavam tomando café e me juntei a eles.
- Bom dia tio, bom dia Maria – disse a eles.
- Bom dia filhote – disse meu tio sorrindo e me dando um abraço.
- Bom dia querido – disse Maria – dormiu bem.
- Sim - respondi.
Meu primo entra na cozinha e meu tio olha pro seu rosto que estava vermelho, seu olhar é de questionamento, meu primo pega um pedaço de bolo mastiga e fala
- Nossa Maria seu bolo de cenoura continua bom, como senti falta da sua comida, na verdade eu sentia falta desse ambiente familiar – ele disse me olhando com cara de cínico - vocês não sabem como eu me sentia sozinho lá em São Paulo – nossa que interpretação digna de novela, até imagino que do meu tio e da Maria ele sentiu falta mas minha com certeza não – bom vou indo pois tenho que passar na casa da Giovana e dar carona pra ela, tchau. Ele saiu mas antes fez sinal de choro e palmas pra mim me deixando puto com aquilo.
Depois do café, eu e meu tio fomos pro escritório e chegando lá encontrei a Rosa uma das zeladoras, a cumprimentei e então entrei no elevador com meu tio, quando a porta ia se fechar alguém gritou.
- Segura pra mim por favor! – era a mulher que estava com meu primo no dia que vi ele na rua próximo de casa, ela era muito bonita olhos azuis e loura, logo de cara vi seu olhar de desdém – ela se virou e agradeceu meu tio - quando viu que era ele disse.
-Oi senhor Geovane! - disse ela.
- Giovana! – disse meu tio – que bom revê-la está animada pra trabalhar conosco?
- Sim Doutor Geovane – ele disse sorrindo se arreganhando toda feito uma puta.
- Há Fernando – disse meu tio – essa é Giovana Siqueira, ela é namorada do seu primo e a nova aquisição do escritório, segundo nossa base de São Paulo ela tem muito a crescer – ele completou.
- Prazer – disse forçando um sorriso – seja bem vinda.
- Obrigado! então você é o famosos Fernando – disse ela me analisando sutilmente – ouvi falar muito de você – completou.
Eu não gostei nem um pouco do tom que ela usou, aliás nem do seu comportamento se rasgando toda pro meu tio e nem da sua analisada pra cima de mim, realmente não fui com a cara dela, podia ser bonita mas parecia ser ardilosa do tipo de pessoa que não se da pra confiar e que faz de tudo pra se dar bem, e com certeza meu primo deve ter me queimado pra ela antão é melhor eu ficar esperto.
Chegamos no 24° andar onde fica o escritório, na verdade os escritórios ocupam o andar inteiro, ao todo são mais ou menos 20 funcionários entre advogados, estagiários, zeladores, secretários e office boy, o ambiente como um todo parecia de uma grande família e eu nesse bolo era o mais novinho e me dava bem com todo mundo, não é por que sou sobrinho de um dos donos que tenho que ser arrogante não é, aliás até por causa disso era bem cobrado e nunca deixei a desejar, eu gosto do que faço pois sou muito organizado e competente.
Estava abrindo meu pc e respondendo algumas mensagens no whats app quando o elevador se abre e saem dele meu primo e Luiz filho do seu antônio, ele me olha com um sorriso e vem em minha direção.
- Bom dia Fernando – diz ele.
- Bom dia doutor Luiz – disse automaticamente de forma culta.
- Por favor Fernando não precisa dessa formalidade comigo, eu já – disse ele apertando meu ombro – pra você é só Luiz.
Eu olhei sério pra ele tentando ser educado e disse.
- Pra mim é Doutor Luiz sim – falei olhando pra ele – estamos no nosso ambiente de trabalho – completei de forma ríspida, dando atenção aos papéis que estavam separados por datas.
- Bom não vou mais chateá-lo – falou ele me virando as costas como se estivesse ofendido – mais uma vez bom dia – ele falou e saiu acompanhado do meu primo que ficou escorado ouvindo a nossa conversa.
Deixei eles de lado e me concentrei no meu trabalho, fui algumas vezes a sala do meu tio levar algum ou receber algum documentos pra ele, transferir ligações e lembra-lo de tomar suas vitaminas as 10:00, o legal é que ele sempre responde com um “ obrigado filhote, ou o que faria sem você”, eu simplesmente dou risada e saio, as vezes ainda tenho que pedir seu almoço e fazer companhia pra ele enquanto ele almoça dentro do escritório, é pacaba mesmo né, mas enfim é o mínimo que posso fazer né.
Lá pelas 10:30 fui a copa tomar café encontrei dona Rosa limpando o chão e pedi se podia passar, ela autorizou e entrei na copa , peguei meu café e fui para a sacada de onde fiquei observando os movimentos que havia no arredor do prédio.
Eu estava distraído com o copo de café no para peito quando sinto uma mão tocar no meu ombro, dei um grito e sem querer bati com o braço no copo de café que despencou 24 andares caindo no telhado da portaria, fiquei puto e virei pra ver quem era.
- Você – falei surpreso
Continua....