Cap.12
Quando eu ouvi aquilo, parecia então que o tempo havia parado. Havia só eu e ele ali. Só nós dois, e eu sem saber o que dizer e fazer. Não sabia nem o que pensar.
-Namorar ?
-É... - de repente então ele pegou na minha mão, fazendo eu olhar para as nossas mãos juntas. Em seguida eu subi o meu olhar novamente e o vi, com seus cabelos balançando com o vento – me diz, porquê não ? Eu gosto de você... Sei lá, é tão especial o que eu sinto por você... Eu nunca conheci alguém como você... Alguém que seja gentil o tempo todo, que ame as crianças tanto quanto eu, que saiba cozinhar... Em nenhum momento do meu casamento eu cheguei a sentir algo assim pela minha ex-esposa. Eu prometo que eu posso fazer você feliz...
-Eu sei disso – falei, olhando nos olhos dele. Mas, meus pensamentos fizeram eu separar a minha mão da dele – eu não sei é se eu tenho capacidade de te fazer feliz...
-Mas porquê ? - o perfume dele chegava ao meu nariz aquele momento. Olhava para o chão, ao redor. Respirei fundo.
-Porque eu nunca fui amado por ninguém Marcos... Eu nunca amei ninguém... Além do Gabriel, eu nunca fiz ninguém feliz... Depois de tudo o que eu passei, eu não sei se eu teria capacidade de te fazer feliz nesse momento... - fiquei quieto olhando o mar ir e voltar, até que senti uma mão tocar o meu rosto.
-Deixa eu te ensinar a amar então... - ao ouvir aquilo, meu coração apertou
-Marcos, eu... - de repente então ele me roubou um beijo novamente. Não mostrei reação nenhuma. Pelo contrário, eu agradeci. Porquê eu não precisei dizer nada. Ele tomou a atitude por mim. E eu conseguia ver a felicidade vindo de novo pra mim. Passei minha mão pela cintura dele e me deixei ser beijado.
-Namore comigo Paulo... E verás como é ser amado... - parei de pensar naquele momento e deixei meu rosto invadir o pescoço dele.
-Tudo bem Marcos... - dei um forte abraço nele – juro que vou te fazer feliz...
TEMPO DEPOIS
Era a primeira noite depois daquele pedido, e eu não sabia aonde enfiar a felicidade enorme que eu estava a sentir e estava a sair de mim.
-Paulo, porquê você está querendo que eu me arrume ? - Gabriel perguntava, enquanto eu passava a roupa dele.
-Porquê nós vamos sair oras...
-Sair ? Pra onde...
-Nós vamos sair pra jantar com o Marcos querido... - falei, jogando a camisa na direção dele.
-Ah é ? Marcos anda próximo de você né...
-É... Ele é uma pessoa especial pra mim Gabriel... - falei, sempre com a sutileza a tratar deste assunto
-É mesmo ?
-É
MINUTOS DEPOIS
Por volta das 20hrs, ele bateu a porta do meu apartamento.
-Oi – falei eu, assim que abri
-Oi... - ele estava lindíssimo, e acompanhado de Leandra como sempre – nós podemos ir ?
-Claro que sim – falei eu, sorrindo...
MINUTOS MAIS TARDE
Já no restaurante, eu e ele sentamos lado a lado e as crianças a nossa frente.
-O que você quer comer Gabriel ? - perguntava eu...
-Qualquer coisa Paulo...
-Tem certeza ?
-Tenho... Agora a gente pode ir brincar ?
-Tá bom... Mas cuidado ein... - no restaurante tinha um espaço para as crianças, com alguns brinquedos. Alguns minutos depois fizemos o pedido, e ficamos sozinhos na mesa.
-Sabia que eu ainda não consigo acreditar que você aceitou o meu pedido – falou ele, beijando o meu rosto...
-Marcos ! Tem muita gente aqui...
-E dai... Eles não pagam as minhas contas... Tô muito feliz mesmo... Acho que eu só me senti mais feliz quando a Leandra nasceu – virei o meu rosto e olhei para ele.
-E quando você se casou ?
-Algo faltava... Não sei porquê, mas sinto que você me completa... - fiquei envergonhado
-Pare de dizer essas coisas, nós nos conhecemos a tão pouco tempo.
-Isso não influi nada... Você me trás boas energias, você combina comigo... Que bom que você apareceu na minha vida nesse momento Paulo... - olhei para ele, e sorri.
-Digo o mesmo... - estávamos apaixonado.
Continua
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