Primeiro Ato
E se você pudesse escolher a pessoa que vai ficar ao seu lado? Você escolheria a que ama ou a que julga ser a pessoa certa?
Em um mundo de idas e vindas, nunca sabemos quem estará ao nosso lado e quem está apenas de passagem. É triste, mas talvez a vida se resuma àquela velha frase da série de “One Tree Hill”
“People Always leave”
Quem eu sou?
Meu nome é Guilherme Oliveira, tenho 22 anos, meço 1,73 e estou concluindo o curso de Educação Física no Rio de Janeiro. Sou leitor da CdC desde os meus 14 anos e sempre busco contos que me tragam algum tipo de emoção. Já chorei, sorri, senti tesão, entrei naquela bad pós capítulo final e dediquei MUITAS horas de leitura. Por fim, decidi contar um pouco da minha história. Vou colocar alguns fatores fictícios, mas a história e principalmente a minha rotina, são reais. Afinal, não quero me transformar em um personagem.
Minha história é bastante comum, talvez até clichê. Na verdade, ela não tem um fim e talvez meu ato principal ainda não tenha começado.
Convido você, leitor, a me conhecer um pouco daquele que é apenas um na multidão, mas, que agora, tem nome, sobrenome e uma história a lhe contaranos atrás
18 anos.
- Guilherme, você tem certeza de que esse lugar não é perigos? Quem vai com você? De quanto dinheiro você precisa?? Não aceita nada de estranhar e não beba muito, ein!!
- MÃE, CALMA! Eu vou com o pessoal do colégio e fique tranquila, não vou encher a cara. Acho que 50 reais é suficiente, já que aniversariante não paga entrada.
Minha mãe se chama Alice, é uma senhora, na época tinha 57 anos. Muito trabalhadora, além de fazer todo o serviço de casa, fazia deliciosos bolos para vender e conseguir uma renda extra.
Eu tinha acabado de completar 18 anos e essa seria minha primeira balada. Seria uma festa alternativa e por mais que eu me considerasse bissexual, não assumido pra minha família ou amigos e nunca tinha beijado um homem.
- Mãe, estou pronto! Vou encontrar o pessoal na esquina e, de lá, sairemos juntos!! Beijoss!! Te amo, fique com Deus!
- Tudo bem, filho. Tome cuidado e tenha juízo! Me ligue assim que chegar lá e voltem todos juntos, ein!
...
- PARABÉNS, AMIGO!! QUE SAUDADE DE VOCÊ!!! - Rafael disse.
- Ahh, obrigado, Rafa!! Também estava morrendo de saudade! Que bom que você vai com a gente. – Eu disse
- Lógico, não perderia sua primeira baladinha por NA-DA!
Rafa era um amigão na época. Fizemos teatro junto e ele meio que desconfiava da minha sexualidade. Apesar dele ser bissexual assumido, nunca me perguntou se eu curtia rapazes.
- GUIIIII!!! VAMOS QUEBRAR TUDO HOJE!
- OII, Júlia!!
Júlia era uma amiga minha, também do colégio. Não eramos tããão amigos, mas morávamos na mesma rua e eu gostava bastante da companhia dela.
- Guilherme, cadê seus outros amigos?? – Perguntou Rafael.
- Ah, a Andressa e Luana estão vindo com uma amiga, uma tal de Paula, e o Felipe já está chegando. – Respondi.
Logo Andressa, Luana chegaram com a Paula. Todas me cumprimentaram, eu apresentei uns aos outros e só faltava o Felipe que estava vindo a pé.
- Cadê aquele viado?! – Perguntou Andressa
- Não sei, ele disse que já estava chegando rs
- GUILHERME!!! Por acaso esse é aquele seu amigo modelo, gato, solteiro e gay?? – Perguntou Rafael
- KKKKKKKKKKKKKKKK Sim, Rafa. Por que?
- Nada não... só queria ter certeza.
Finalmente, avisto o atrasado do Felipe do outro lado da rua.
- Ei, Guilherme! Parabéns, cara. Tudo de bom! -Disse Felipe
Bom, Felipe era moreno, estatura média, tinha um corpo atlético, graças aos anos de natação na marinha e era meu amigo da academia. Nessa época não eramos tão próximos, mas depois as coisas foram mudando...
- Ok, todos aqui? Então VAMOS!!
Pegamos um taxi e partimos rumo ao Centro do Rio de Janeiro. Cidade maravilhosa(mente perigosa.)
- CARALHO! ESSA É A FILA VIP?? KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK - falei, rindo para não chorar
- Sim, mas até que anda rápido. – Disse Rafa
Ficamos todos conversando, enquanto não dava a hora da entrada. Assim que a fila começou a andar, minha ansiedade foi aumentando.
“Só falta me dar uma crise e eu ter uma dor de barriga na balada” – Pensei melancolicamente.
Finalmente entramos. Era um lugar bem bacana. Uma festa temática e o lugar tinha 4 andares, o ar condicionado era melhor que o do meu quarto e tinha muita gente bonita. Definitivamente eu guardaria aquele lugar no meu coração. (Na verdade nunca mais fui lá).
As músicas eram ótimas e a todo momento eu me pegava olhando pra algum carinha. Logo tratava de disfarçar e voltar a atenção para os meus amigos.
- Nossa, Gui!! Não sabia que você dançava tão bem! – Disse Andressa.
Andressa é morena, tem quase a minha altura e era divertidíssima. Também amiga de academia.
- NOSSA ISSO AQUI É BOM DEMAIS! VOU ME ACABAR DE DANÇAR!!! AHAHA - Gritei animado
- GUILHERME! PARA DE SE ESFREGAR EM MIM!!! KKKKKKKKKKKKK – Disse Felipe
- Caraca... foi mal... é que tá apertado... não foi...
- Relaxa, cara!! To brincando contigo. – Felipe me interrompeu
Nossa, que vergonha que fiquei!!
Depois subimos para ver o que tinha nos outros andares.
O 4º andar tinha outra pista, onde tocava Rock. Nesse momento, Andressa, Luana e Paula resolveram ficar nessa pista.
Eu, Rafael e Felipe descemos para ficar na pista POP.
- Ei, vou ao banheiro rapidinho, esperem aqui. – Felipe disse
- Ok, não demora não. – respondi
Felipe saiu
- Guilherme do céu, que amigo é esse?! – Rafael disse se abanando com as mãos
- KKKKKKKKKKKK – Só consegui rir, a verdade é que eu não era muito de elogiar homem.
- Será que tenho chances?? – Indagou
- Ahhh, não tenho a menor ideia. Ele nem sabe que a Andressa me contou que ele é gay, nem dá p eu te ajudar nessa, mas chega nele, pow!
Em determinado momento, vi um cara me olhando. Ele era um pouco mais alto que eu, tinha cabelo curto e uma barba por fazer. Era forte e não parava de me olhar. O cara não era lindo, mas me chamou a atenção. Sustentei seu olhar firmemente e ele veio em minha direção.
Meu coração acelerou, ele continuou vindo, deu aquele friozinho na barriga, tudo virou um misto de tesão e medo dos meus amigos saberem da minha sexualidade.
O homem se aproximou, olhou nos meus olhou,com uma mão segurou minha nuca, enquanto o outro braço enlaçou minha cintura.
CONTINUA.
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Oi, pessoal! Espero que gostem da introdução. Aos poucos vou descrevendo melhor meus amigos e eu mesmo.
Não tenho o costume de escrever, portanto, estou aberto a críticas, dicas e tudo mais.
Digam se devo continuar ou não. Como disse, estou concluindo a faculdade agora e pra fazer algo bem feito, tenho que dedicar um tempinho. Portanto, a opinião de você é de suma importância para que eu continue ou não a a contar minha história.
Um grande abraço!!