I: - Mas que porra é essa, eu posso saber?
Quando ouvi a voz da Ingrid meu coração parou momentaneamente, e agora? O que eu ia fazer? Como iria me safar dessa? A cara dela não era das melhores, podia reparar a ira nos seus olhos, fiquei com medo confesso.
R: - Olha, não é nada disso que você está pensando.
I: - Como não é se eu vi vocês quase se comendo aqui? Quer dizer que eu sou louca?
C: - Quem você pensa que é pra falar assim com a gente? E se quisermos ficar, o que é que tem e o que você tem a ver com isso?
I: - Bem, não tenho nada a ver e nem a declarar.
Ela saiu de lá e pude reparar que seus olhos estavam marejados, fiquei com um aperto enorme no coração e uma vontade imensa de ir atrás dela.
R: - Por que você falou assim com ela?
C: - Ué, mas ela não tem nada a ver com a gente e ela chegou aqui já colocando banca e eu não gostei nada nada disso.
R: - Você não tem que gostar de nada, como eu já disse e repito, não temos nada sério e se você me dá licença, tchau.
Sai e deixei ela lá falando sozinha. Queria muito encontrar a Ingrid e contar o que aconteceu, falar logo tudo, devia ter seguido os conselhos da Priscila e ter falado logo tudo, mas sou muito burra, deixei escapar essa menina que criei um apego imenso.
Mas eu não a deixaria escapar assim, estava tão bom o que vivíamos, queria que esse momento durasse mais que 24hrs. Fui procurá-la pra tentar explicar o que aconteceu, que não era aquilo que ela pensava.
Revirei a escola toda a sua procura, mas não a encontrava. Achei a Priscila no meio disso tudo, falei o que tinha acontecido e ela disse:
P: -Eu te falei que seria melhor ter contado tudo pra ela. Por que cê não tentou empurrar a Caty quando ela te beijou?
R: -Olha, eu bem que tentei, só que quando fui ter alguma reação era tarde demais e simplesmente fiquei lá com cara de tacho ao ver ela ir embora.
P: -Olha miga, pelo jeito você realmente gosta dela, então vá atrás, mostre que ela agora é única pra você, que não existe mais espaço pra outra pessoa aí dentro.
R: -Eu ia fazer exatamente isso, só que não encontro ela em lugar nenhum, o que eu faço?
P: -Fala com a Júlia, ela com certeza deve saber.
Então fui atrás da Júlia, ela tinha que saber, era minha única esperança naquele momento, encontrei ela quando saia do bebedouro com um copo de água na mão.
R: -Júlia, você pode me falar onde a Ingrid tá? Tô procurando ela a um bom tempo, mas não a encontro em lugar nenhum.
J: -Não sei o que você fez, mas pela cara da Ingrid não foi nada bom, mas quero que vocês se resolvam. Não gosto de ver minha amiga sofrer.
Chegamos a um lugar que eu particularmente nunca tinha visto na escola, era uma espécie de sala "secreta", Ingrid tava toda encolhida no chão e parecia chorar.
R: -Honey, por favor me perdoa, nunca foi minha intenção te magoar, só quero o seu bem e você sabe disso.
I: -Quer o meu bem? Você tava quase transando com aquela outra quando eu entrei no banheiro, como você quer que eu acredite em você?
R: -Por favor, deixa eu me explicar pelo menos, não quero que tudo acabe assim sem você ao menos escutar o meu ponto de vista.
I: -Ok, você tem cinco minutos.
Seus olhos estavam marejados e nesse momento fixos aos meus, parece que tentava me decifrar.
R: -Então, na viagem eu fiquei com a Caty, você deve saber que dormimos no mesmo quarto e simplesmente aconteceu, sei que conversava com você, mas quando estávamos ficando você ficava com a Vitória. Além disso eu tinha colocado uma coisa na minha cabeça: eu ia curtir essa viagem muito, sem ligar pras consequências que ela traria.
Ela olhava querendo saber mais e mais do que aconteceu.
I: -Prossiga.
R: -Eu sempre deixei claro pra ela que não queria nada sério com ela, que seria apenas na viagem. Foi basicamente isso que aconteceu. E ah, também fiquei com um menino lá, só que é irrelevante uma vez que nem daqui ele é.
I: -Sabe, ontem eu me senti especial com tudo que aconteceu, senti que podia me entregar a você sem medo, que você cuidaria de mim, me mimaria, faria tudo. Quando cheguei o banheiro e vi você aos beijos com outra foi como se meu mundo tivesse desabado, foi doloroso, como você pôde fazer isso?
R: -Não foi minha intenção, eu fui lá porque queria você, não sabia que ela estaria lá também, me perdoa, só que fiquei sem reação quando ela me beijou, sei que deveria ter empurrado ela, sei lá, mas não consegui.
I: -Sinceramente isso tá muito confuso pra mim, preciso de um tempo para poder pensar, será que você pode esperar?
R: -Por você eu faço tudo, espero o tempo que achar necessário.
Nisso fui embora, mas antes dei um abraço apertado nela. As aulas passaram e fui pra casa. Estava arrasada por tudo que tinha acontecido, não quis comer apenas fiquei no meu quarto curtindo minha bad.
A semana passou e ela não me procurou, estava sofrendo com tudo isso, mas tinha que me manter forte na aparência pelo menos. Na segunda eu andava distraída no colégio quando Ingrid parou e falou:
I: -Preciso falar com você...
Bom gente, queria começar me desculpando pela ausência, não vai se repetir. E aí? O que será que a Ingrid vai falar? Qual será o decorrer da trama?
Bem, pra eu postar o próximo capítulo queria que esse tivesse pelo menos 10 comentários, quanto mais rápido atingir, mais rápido sairá o próximo capítulo. Queria saber se vocês estão gostando, elogios e críticas... Bem, até o próximo conto, bjin ♡
