Ola pessoal como vão?
Estava escrevendo esse capítulo e só então me dei conta que era o de número 50. Nossa nem eu acredito que já escrevi tudo isso de capítulos. Bom, agora é hora de partirmos para as revelações né, solucionar os segredos, começar a revelar os vilões, matar quem tiver que morrer e ir para a reta final.
FlaAngel, então, mesmo que todos criticassem o conto, eu ainda terminaria o conto, e se fosse desistir dele, avisaria pelo menos. Nas ultimas semanas a faculdade tomou sim muito tempo; Então, vou revelar sim todos os mistérios, até porque tem um grande segredo a ser revelado e o conto tomara outro rumo. Grande abraço.
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Guigo, obrigado meu querido, agora voltei de vez, eu acho, rs.
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Luk Bittencourt2, rsrs, a é? Estava com saudades? Eu até ia avisar que ia dar um tempo, mas até pra deixar um recado aqui estava corrido. Bom, agora voltei pra revelar todos os segredos e ir para outra parte do conto e depois reta final.
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K-elly, Obrigado pela visita.
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RAQU£L*-*, sim, esta tudo bem comigo, de férias e feliz com os resultados que obtive, embora não tenha morrido, rsrs, faltou pouco de tanto stresse que tive com um monte de trabalhos, rsrs.
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Monster, sim, vai vir mais tensão por ai. O legal de tudo é ver o Guilherme se achando e mal sabe ele que todos estão comendo pela beirada, prontos pra chegar nele. Agora estou de férias, mais tranquilo.
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Ninha M, foi correria demais, sem contar o estresse que a faculdade nos da. Bom, até pensei em avisar, mas até pra isso faltava tempo, mas agora não devo sumir desse jeito é hora de revelar os mistérios, matar as pessoas, revelar vilões e o grande segredo e depois ir pra reta final. Bom, por hora a Maria ficara viva, ela não podia morrer sem antes dizer ao Antônio que é mãe dele. Então, já esta mais que claro que o Guil é um farsante e que tem uma pessoa por tras dele, mas quem? Porque?
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Vitor Gabriel, que bom que gostou, e que bom que consegui voltar com força total depois desse sumiço forçado. Então, antes de fazer o Guilherme cair, é melhor deixar ele subir mais um pouco se achar ainda mais, dai a queda será mais fatal. Você vai sentir pena dele, eu lhe garanto, acho que vai até chorar.
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ze carlos, obrigado meu querido.
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Ru/Ruanito, ola meu gatinho, estou de volta.
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Plutão, pois é, fui bem generoso no capítulo passado e revelei muita coisa. Calma, ainda virão muitas emoções a respeito do Guilherme, quando ele perceber que a casa caiu pra ele, ele vai começar a fazer besteira. Bom, já revelei quem era a pessoa que conversava com a Shirley, mas ainda acho que é cedo pra dizer o que eles escondem. Nossa, acho todos personagens importantes e as vezes nem sobra espaço pra falar sobre eles. Só sei que todas essas ponta liga em uma só e que algumas coisas só estão acontecendo porque alguém fez uma confusão, rsrsrs e que acabou gerando um monte de coisa. Pensei em escrever capítulos menores, mas como gosto de ser bem detalhista, achei que ia cansar vocês postando todos os dias. Abração meu querido.
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marc01CL, então, eu não diria que o Antônio é ingênuo, ele apenas acredita na bondade humana, o que é um erro. Você é muito mau agradecido, revelo três mistérios em um único capitulo e ainda não ficou satisfeito, rsrs. Pois é criei uma teia cheia de pontas, mas todas vão levar a um único lugar e muita coisa que esta acontecendo é porque alguém fez uma grande confusão, gerando coisas que não seria necessárias. Então, num primeiro momento ele não vai acreditar, mas depois a ficha vai cair, mas quero ver é como a Maria vai resolver o problema Guilherme, pois até então, ele é filho dela. Mas o que o Romeu fez? Eu não disse que ele fez nada, você que esta falando, rs. Hahaha, adorei seu comentário, mas vamos la, o que move o mundo? Porque alguém perderia tanto tempo pra amar um plano como esse em cima do Antônio? Vingança? Mas por quê? Ele não faz mau a uma formiga. Mas continue seguindo sua intuição. Rsrs.
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robinhuu19-87, mas tenho que parar em uma parte né, rsrs. O Antônio não é burro, apenas tem como defeito acreditar nas pessoas, ainda mais Em Guilherme, pois ele ainda acha que o irmão é o bebezinho da infância. Vou segurar a farsa do Guilherme, esperar ele subir mais só para o tombo ser ainda maior. Não é o Antônio que precisa manter o sangue frio, mas sim o Rodrigo e como ele é estourado acho que ele pode botar tudo a perder. Então, aqui vai ser rápido os capítulos, eu ainda não assisti sense 8, vale a pena mesmo? Pretendo começar nessas férias.
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- PORT, que bom que adorou, depois de semanas sem escrever, achei que voltaria meio enferrujado. Então essa amizade da Stela com a Shirley é super estranha mas se você for pensar bem, no segundo capitulo já mostra isso, pois foi a Shirley que conseguiu emprego para o Antônio, na empresa do Carlos, isso nunca foi segredo.
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Geomateus, pois é, quem é esse Guilherme? Quem esta por tras dele, um homem, uma mulher, um grupo de pessoas, vai saber.
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Drica Telles(VCMEDS), você é muito metida, o Guilherme era um anjo, eu o transformei em vilão por causa de você, dessas desconfianças sem fundamentos, rsrs. O Guilherme não é burro, ele apenas esta se sentindo demais, achando que tudo que faz esta dando certo, subestimando a inteligência das pessoas, mas assim é melhor, quanto mais ele subir, mais doido será seu tombo. Sim, estou super bem, agora estou bem, pois estava no estresse nessas ultimas semanas, mas finalmente férias. Beijão minha querida.
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Maria - Não Antônio, não vou deixar você ir.
Maria se levantou da cama, deixando Antônio sem entender nada.
Antônio - Calma Maria, eu preciso ir até em casa, meu irmão deve estar precisando de mim.
Maria - Já disse que você não vai Antônio.
Não aguentando mais segurar esse segredo, Maria não pensou nas consequências e deixou seu coração falar mais alto.
Antônio - Maria eu preciso ir.
Maria - Eu já disse que você não vai.
Maria - Antônio me obedeça, eu sou sua mãe!!!
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Capítulo 50
Antônio - O que??
Antonio ficou atônito, olhando sério para Maria.
Maria - Eu sou sua mãe.
Maria se deu conta do que tinha feito, mas já era tarde, não tinha como voltar mais atrás.
Não existia segredo capaz de manter-se guardado diante do medo que Maria sentia ao imaginar Antônio e Guilherme juntos.
A primeira reação de Antônio foi dar um sorriso discreto, pois aquilo era algo mais que absurdo.
Antônio - O que você esta dizendo?
Maria - O que estou tentando lhe dizer a semanas.
Antônio - Maria, se for o medo de ficar sozinha, fique tranquila. Eu não vou sair, eu fico aqui.
Antônio - Você deve estar um pouco confusa, por conta dos remédios, por conta de tudo que passou.
Maria não aguentava mais guardar tudo aquilo e realmente estava disposta a ter o filho.
Maria - Eu sou sua mãe. Você é meu filho, Antônio.
Maria se aproximou de Antônio, que se esquivou.
Antônio - Porque você esta fazendo isso?
Antônio - Minha mãe morreu.
Maria - Não meu filho. Eu não morri.
Antônio começou a ficar nervoso, e mesmo adorando Maria, não queria brigar com ela, mas esse assunto da sua infância mexia muito com ele.
Maria - Você é meu filho sim. Eu achei que tinha perdido depois que o seu pai fez tudo aquilo.
Maria - Nós fomos separados e quando sai do hospital lhe procurei e depois me disseram que você havia morrido.
Os olhos de Antônio já estavam cheio de lágrimas, mas ainda assim ele não acreditava em nada do que Maria falava.
Antônio - Porque você esta fazendo isso comigo?
Antônio - Eu lhe contei sobre minha vida e você agora esta brincando comigo.
Maria - Eu jamais brincaria com isso Toninho.
Maria tentou toca-lo novamente, mas Antônio evitava qualquer contato físico.
Maria - Você precisa acreditar em mim meu filho.
Antônio - Você esta confundindo tudo Maria. Não é porque você perdeu um filho que pode ir fazendo isso.
Antônio - Será que não percebe que esse assunto me machuca tanto?
Antônio - Eu vou embora, vou pedir para alguém ficar aqui com você, até que você se acalme.
Maria - Não, não vou deixar você voltar para aquela casa.
Antônio - Meu irmão precisa falar comigo.
Maria - Ele não é seu irmão.
Maria - Você precisa acreditar em mim meu filho. Eu sou sua mãe, só quero seu bem.
Maria começou a se descontrolar, além de Antônio não acreditar em sua história, ainda tinha o falso Guilherme entre eles.
Antônio passou a mão nos olhos, limpando as lágrimas e saiu do quarto. Maria foi atrás mas apareceram alguns enfermeiros que vendo seu estado a levaram para a cama, lhe dando um calmante.
Antônio foi para a rua muito impressionado e por mais que pensasse em tudo que Maria havia lhe falado, era impossível dar algum crédito para aquela história, pois era uma tudo muito absurdo.
Cris - O que você esta falando Ritinha?
Ritinha - Da moça.
Cris - Ela é amiga da tia Shirley?
Ritinha - Sim, ela vai la em casa e elas ficam conversando.
Cris - Você tem certeza?
Cris estava tão séria que deixou a garota assustada. Percebendo sua reação, tratou de minimizar a situação, para que a garota ficasse mais a vontade e contasse tudo que sabia.
Cris - Fala pra tia então, o que ela vai fazer la.
Ritinha - Ela vai conversar com a tia Shirley. Mas as vezes elas brigam.
Cris - Brigam?
Ritinha - Sim, elas ficam brava.
Ritinha - Ela é engraçada né tia? Ela é cheia de brinco e de negocinho no pescoço, parece uma arvore de natal.
Ritinha se divertia, mas Cris estava cismadíssima.
Cris - Você tem certeza disso? Ela vai mesmo la na sua casa?
Ritinha - Sim tia, eu não minto, porque é feio.
Cris - Esta certo. Vamos fazer assim... Você não conta isso pra ninguém, tá?
Ritinha - Mas não posso mentir.
Cris - Você não vai mentir. Só não vai falar nada, só vai ficar quietinha.
Cris bateu na mão da menina, brincando com ela, fazendo uma espécie de trato.
Bruno - Você precisa se acalmar.
Rodrigo - Me acalmar? Como você quer que eu me acalme? Eu vou arrebentar com aquele desgraçado.
Bruno - Rodrigo, você esta agindo errado.
Rodrigo - Errado?
Bruno - Se você chutar o pau da barraca será pior. O Antônio procurou esse irmão a vida inteira e esta cego.
Bruno - Na cabeça do Antônio, o Guilherme é o irmãozinho dele, aquele garotinho de quando ele era criança.
Bruno - Ele não consegue ver nada de ruim do Guilherme, mesmo que ele faça coisas horríveis diante de seus olhos.
Rodrigo - E você quer que eu faça o que?
Bruno - Temos que ser mais espertos. Não podemos espanta-lo, pois ele pode reverter tudo a seu favor e por o Antônio contra todos nós.
Rodrigo - Eu não vou conseguir me controlar. O que você esta me pedindo é um absurdo, não tenho esse sangue de barata.
Rodrigo - Eu vou arrebentar com a cara desse bandido.
Bruno - Você vai ter que ser frio Rodrigo.
Bruno - Não sabemos quem é esse cara, o que ele quer.
Bruno - Não sabemos do que ele é capaz e o Antônio esta ao lado dele, totalmente sem defesa.
Rodrigo estava nervoso demais, queria ir até a casa de Antônio quebrar o cunhado e bota-lo pra fora de lá na base da porrada.
Aos poucos Bruno foi convencendo Rodrigo, que deu razão ao amigo, pois tinha que proteger Antônio de um perigo que nem ele conhecia.
Guilherme estava preocupado com tudo, mas depois que veio do hospital, se sentiu vitorioso.
Conversando com uma pessoa misteriosa no celular, ria de toda situação, se gabando de ter se safado mais uma vez.
Guilherme - Estou lhe falando, tenho certeza que a velha não contou nada para o Antônio.
Guilherme - Acho que ela deve ter esquecido de tudo.
Guilherme - Mas é estranho, quando ela esteve aqui ontem, ela falava comigo como se soubesse de algo.
Guilherme - Fala como se soubesse que eu não era o Guilherme.
Guilherme - Ta, ta bom, você não precisa se preocupar, pode ser coisa da minha cabeça também.
Guilherme - Eu estou fazendo tudo conforme combinamos, já até entrei nesse assunto com o Antônio mas ele esta irredutível, acho que não vai ser por esse caminho que vamos conseguir algo.
Guilherme - Ele não da nenhuma abertura. Acho que temos que mudar de tática.
Guilherme - Já disse que você não precisa se preocupar, o Antônio come na minha mão. Alias, acho um saco esse negócio de meu irmãozinho pra ca, meu irmãozinho pra la, o sujeitinho pegajoso, credo.
Guilherme - Preciso desligar, tem alguém chegando, qualquer novidade eu aviso.
Antônio saiu do hospital e foi direto pra casa. A história de Maria ainda martelava sua cabeça, mas ele resolveu esquecer tudo e não contar nada a ninguém.
Guilherme - E ai meu irmão. Como a Maria está? Coitadinha, estava aqui rezando por ela.
Antônio - Ela ainda esta meio agitada, mas irá ficar bem. Foi apenas uma crise nervosa.
Guilherme - E ela se lembrou de como veio parar aqui?
Antônio - Não, não se lembrou. Mas o pior já passou, ela irá ficar bem.
Guilherme - Que bom. E você? Que cara é essa?
Antônio - Nada, só cansado mesmo.
Guilherme foi todo prestativo e preparou algo para Antônio comer, paparicando o tempo todo o irmão.
Antônio aproveitou que estavam juntos e contou sobre a viagem que havia feito com Rodrigo para o Rio de Janeiro, inclusive o pedido de casamento.
Guilherme - Ele te pediu em casamento?
Antônio - Sim. Nós vamos morar juntos.
Antônio - Claro que eu aceitei, eu amo muito o Rodrigo.
Guilherme foi um verdadeiro ator e disfarçou sua raiva, inveja, recalque. Mas mesmo assim tentou envenenar o irmão.
Guilherme - Você não acha que é cedo pra vocês se casarem? Digo, é um passo muito importante pra tomar assim.
Antônio - Eu sei que é um passo importante, mas eu amo o Rodrigo, por isso aceitei e não tenho duvidas que tomei a melhor decisão.
Guilherme - Sim, mas sei la, porque vocês não esperam firmar mais essa relação.
Guilherme - Você já teve outros namorados e também tinha certeza que eles o amava, mas..
Antônio - Ei Guil, eu agradeço sua preocupação, mas o Rodrigo nem se compara com meus outros relacionamentos.
Antônio - O que eu sentia pelo Marcelo, pelo Lucas ou qualquer outro que já me relacionei, nem se comparar com que eu sinto pelo Rodrigo.
Antônio - É algo forte demais.
Guilherme deu um sorriso amarelo, pois viu que era inútil continuar destilando seu veneno.
Guilherme - Você esta certo. Eu dou o maior apoio a vocês dois.
Antônio - Mas e você? Não foi trabalhar hoje?
Guilherme - Então. Fui demitido.
Antônio - Poxa Guil, que chato.
Guilherme - Não queria lhe chatear com isso. Eu estava indo super bem, mas tiveram que cortar pessoal, dai eu fui o primeiro que rodei.
Antônio - Você não pode se deixar abater, vai aparecer uma coisa melhor.
Guilherme - Tenho esperança que sim.
Guilherme aproveitou a deixa para armar mais um golpe.
Guilherme - Estava pensando Antônio...a família do Rodrigo tem dinheiro né, o pai dele tem uma grande empresa.
Guilherme - Ele poderia arranjar algo pra mim la.
Antônio - Acho difícil. O Rodrigo não se da muito bem com o pai, por isso fica difícil ele pedir algo pra você, mesmo sendo por uma boa causa.
Guilherme - Poxa, mas se você falasse com ele, com jeitinho.
Antônio - Então, como lhe disse...
Guilherme - Porque se eu não conseguir nada aqui em São Paulo, terei que ir embora para o Espirito Santo.
Guilherme tocou no ponto fraco do irmão, deixando Antônio num beco sem saída.
Antônio - Não, não, isso não. Vou dar um jeito, pode ficar tranquilo.
Guilherme - Obrigado mano.
Guilherme abraçou Antônio, que nem imaginava que estava abraçado a uma cobra peçonhenta.
Rodrigo chegou no exato momento, não disfarçando nem um pouco sua cara de poucos amigos.
Antônio - Oi Rodrigo, chegou cedo do restaurante.
Rodrigo - Vim lhe buscar.
Guilherme - Não vai dormir aqui hoje irmão?
Rodrigo - Não, Guilherme.
Rodrigo - Agora ele mora na minha casa. Quer dizer, na nossa casa.
Guilherme - Ele me contou. Estou muito feliz por vocês.
Antônio pegou algumas coisas e se despediu do irmão. Rodrigo deu graças a Deus, pois estava fazendo das tripas coração, para não voar no pescoço de Guilherme.
Rodrigo - Passei no hospital e vi a Maria. Ela estava dormindo, deram um calmante a ela por estar muito agitada.
Rodrigo notou que Antônio estava um pouco diferente, mas preferiu não perguntar nada por enquanto.
Rafael e Arthur estava eufóricos, correndo sem parar pela casa junto com Chico.
Rodrigo prepara a mamadeira deles enquanto Antônio estava sentado na sala, em silencio, olhando qualquer coisa na televisão.
Rodrigo aproveitou que todos estavam acordados e conversou com os filhos sobre o casamento dele com Antônio.
Rodrigo - o Papai quer falar uma coisa muito importante pra vocês dois.
Rafael e Arthur ficaram atentos, achando que já viria bronca.
Rodrigo - Sabe é que eu e o tio Antônio a gente vai morar junto.
Rodrigo - A gente vai casar, porque a gente gosta um do outro.
Os meninos ficaram em silêncio, mas Rafael soltou uma de suas pérolas.
Rafael - Tio você e o papai são bicha?
Rodrigo quase teve um enfarte e Antônio ficou totalmente sem reação.
Arthur começou a dar risada, deixando os dois marmanjos com cara de tacho.
Rodrigo ia começar a falar, mas Antônio resolveu contornar a situação.
Colocando os garotos em seu colo começou a explicar da maneira mais simples possível.
Antônio - Então, o tio vai explicar.
Antônio - Quem que é a pessoa que você mais gosta?
Rafael ficou pensando um pouquinho e apontou Arthur.
Rafael - Do irmão tio.
Antônio - Que legal, isso mesmo, você tem que gostar e ser amigo do seu irmão.
Rafael - Mais eu também amo o papai, a Maria, o vô Carlos, a tia Alice, um monte de gente.
Antônio - Então, quando a gente ama alguém a gente quer ficar perto, cuidar, abraçar.
Antônio - E o tio ama muito o papai e o papai também ama muito o tio.
Antônio - Por isso a gente quer ficar juntinho.
Rafael - E vocês vão cuidar da gente né tio?
Antônio - Claro que sim.
Rafael - Eu to muito feliz tio.
Arthur - Eu também.
Rodrigo ficou em pé só olhando, Antônio tinha um dom com criança e com certeza seria um ótimo pai para os filhos de Rodrigo.
Depois de muita conversa, Rodrigo levou os filhos para o quarto, mas os meninos estavam cheio de assuntos.
Foi só fechar a porta e Arthur se levantou. Ainda na porta, Rodrigo ficou escondido, ouvindo a conversa “séria” que os meninos estavam tendo.
Arthur - Irmão, eu estou feliz, mas também estou muito preocupado.
Rafael se levantou e foi até a cama do irmão, o abraçando.
Rafael - O que foi?
Arthur - Quando vai casar, não é porque vai ter neném?
Rafael - Não sei.
Arthur - Será que a gente vai ter outro irmãozinho?
Arthur - Se a gente tiver outro irmãozinho eu vou poder ser o chefe?
Rafael - Só pode ser o chefe dele e eu vou ser o chefe de todo mundo.
Arthur - Ta bom!!!
Arthur - Mas então tem que esperar a sementinha crescer pra depois ele nascer né?
Rafael - Não é sementinha Arthur.
Rafael - Você não entende essas coisas pois ainda é criança.
Rodrigo escutava tudo escondido, praticamente em pânico com o que Rafael poderia falar.
Rafael - Os nenéns não vem da sementinha, eles vem da cegonha.
Arthur - Da cegonha?
Rafael - Sim, elas que trazem os nenéns e deixam eles na casa. Eu vi na televisão, eu sei de tudo.
Rodrigo não se conteve e teve que rir da inocência dos filhos, mas resolveu acabar com aquela farra.
Foi só abrir a porta e os garotos correram pra debaixo dos lençóis, fingindo dormir.
Rodrigo - Eita, to escutando um zumzumzum aqui.
Rodrigo - Pode os dois dormirem agora hein!!!
Rodrigo beijou os garotos e foi para o quarto. Antônio estava em pé, olhando o carrinho de metal azul que Maria havia lhe dado de aniversário.
Com a cabeça longe, nem percebeu que Rodrigo o observava, notando sua preocupação.
Antônio - Estava distraído aqui.
Rodrigo - Percebi.
Antônio - Demorou!!!
Rodrigo - Estava escutando as histórias de Rafael e Arthur. Esses dois são uma figura.
Antônio - Seus filhos são demais.
Rodrigou abraçou Antônio por trás, envolvendo seu corpo, beijando seu ombro.
Rodrigo - Não são meus filhos, são nossos filhos.
Antônio sentou-se no sofá e puxou Rodrigo para deitar com a cabeça em seu colo.
Acariciando a barba do namorado, Antônio ficou encarando seus olhos, agradecendo por tudo.
Antônio - Obrigado por me dar seu amor e também uma família.
Rodrigo - Nossa família meu amor.
Rodrigo - Porque não me conta o que esta acontecendo?
Antônio - Não esta acontecendo nada. Estou feliz demais pra deixar que algo atrapalhe isso.
Se quisesse, Rodrigo fazia Antônio dizer, mas depois de todo esse tempo de relacionamento ele já havia aprendido muita coisa, entre elas respeitar o tempo do seu parceiro e apoia-lo sempre que necessário.
Rodrigo - Se é assim, então tudo bem. Mas você sabe que pode sempre contar comigo.
Antônio - Claro que eu sei.
Rodrigo - Vamos dormir.
Rodrigo ficou namorando um pouco seu amor, beijando, fazendo carinhos. Apesar de tudo que estava acontecendo, Rodrigo deixou Guilherme e todos os problemas fora daquele quarto.
Abraçando Antônio por trás, uniu suas mãos, dormindo agarrados, mas acordou diversas vezes durante a noite, pois Antônio estava num sono agitadíssimo, provavelmente tendo um pesadelo.
Maria acordou bem cedo e foi avisada pelos médicos que sua alta seria adiada, pois teria que fazer novos exames.
Maria - Mas estou me sentindo ótima.
Enfermeira - O doutor que pediu, mas aguente mais um pouquinho.
Maria - se não tem jeito né?
Valdir - Bom dia!!! Como você esta minha amiga?
A enfermeira o deixou a sós e Maria contou tudo o que havia acontecido a Valdir.
Valdir - Você contou ao Antônio.
Maria - Sim, mas ele não acreditou em nada do que eu disse.
Maria - Deve estar com ódio de mim.
Valdir - Você precisa ficar calma. O Antônio é um rapaz justo, com a cabeça no lugar. De um tempo a ele.
Maria - Mas o que mais me preocupa não é isso.
Maria também contou da briga que teve com Guilherme, deixando o motorista chocado.
Valdir - Você brigou com o irmão do Antônio? O Guilherme?
Maria - Valdir, nós dois sabemos muito bem que esse rapaz não é irmão do Antônio.
Maria - Ele já deixou claro o seu caráter, mas não sei o que ele quer naquela casa? Não sei o que ele quer com o Antônio.
Maria - Eu estou apavorada. E o pior de tudo é que ele sabe que eu sei algo dele.
Valdir - Isso é muito grave.
Valdir - Vamos por partes. A primeira coisa que você vai ter que fazer, é dizer que não se lembra de nada.
Maria - O que?
Valdir - Você esta em desvantagem, então faça de conta que não se lembra de nada.
Maria - Você esta certo. Você está coberto de razão.
Maria botou a cabeça no lugar e seguiu as instruções de Valdir, que sempre soube de todos os seus segredos.
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Telma - Bom dia.
Sidney - Estou super atrasado.
Sidney - Tenho um encontro com o advogado. Vou pedir a guarda dos meninos novamente.
Telma - Sidney, por favor!!!
Sidney - Deixe comigo. Dessa vez não haverá erro.
Telma - Essa pressa toda é pra ir ao advogado?
Sidney - Também tenha que passar na empresa do Carlos.
Telma - Falando em Carlos, tem visto a Stela?
Sidney - Stela? Não, porque?
Telma - Por nada, é que estamos sumidos.
Sidney - Até mais, volto para o jantar.
Telma ficou ainda mais cismada. Marcio não tinha credibilidade nenhuma, mas ela sabia que tinha alguma coisa mal contada nessa história.
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Alice - Pai, você vai sair mais cedo hoje?
Carlos - Pretendo, quero passar no hospital. Mas tenho tantos documentos para assinar.
Alice - Se você quiser posso lhe ajudar.
Carlos - Você não iria entender.
Simone - Com licença!!!
Simone entrou na sala com uma pilha de documentos, enquanto falava outros assuntos de trabalho com o chefe.
Carlos - O Sidney vem para a reunião?
Simone - Ele não confirmou, mas tenho certeza que vem.
Alice - Pai, você não vai ler esses documentos?
Simone - Já conferi todas as clausulas e estão todas de acordo.
Carlos - Se a Simone já conferiu...Tenho total confiança nela.
Carlos - Você esta sem serviço no seu departamento Alice?
Alice - Eu já estava de saída.
Alice saiu da sala, deixando Simone e Carlos a sós.
Carlos - Tem falado com o Rodrigo?
Simone - Não, mas estou querendo visita-lo. Faz tempo que não conversamos.
Carlos - Faça isso, faça.
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Rodrigo preparou o café e quando foi ao quarto Antônio já estava acordado, brincando com Rafael, Arthur e Chico.
Rodrigo - Que beleza hein!! Ninguém pra me ajudar na cozinha.
Antônio - Ué, você não gosta que ninguém entre naquela cozinha.
Rodrigo - Dormiu bem??
Antônio - Sim, estou legal.
Rodrigo - Eu estive na faculdade ontem, levei seus atestados médicos. Você precisa ir fazer as provas que ficaram faltando, pra poder sair de férias.
Antônio - Você pensa em tudo hein!!!
Rafael - É por isso que o papai é o chefe tio.
Rodrigo - Isso ai filhão.
Antônio - Vamos ter que conversar sobre esse negócio de chefe.
Rodrigo saiu depois do café e Antônio levou os garotos para a creche.
Na volta, ficou sozinho no apartamento mas sua cabeça ainda martelava. Embora não quisesse pensar mais nessa história, alguma coisa o impedia.
Olhando o carrinho que havia ganho de Maria, relembrou-se do encontro que teve com ela na igreja, no dia do seu aniversário.
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Maria - Antônio, seu nome é tão lindo, tão lindo.
Antônio - Porque você está triste Maria?
Maria - Eu estou assim por causa do meu filho.
Antônio - Filho??
Antônio - Você teve um filho?
Antônio - Ele morreu, é isso? Por isso você esta triste?
Maria permaneceu olhando para o chão e respondeu a pergunta de Antônio.
Maria - Eu tive um filho e hoje seria o aniversário dele.
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Antônio - Meu Deus!! Não pode ser.
Sem conseguir conviver com essa duvida, Antônio saiu de casa e foi direto para o hospital.
Quem também iria receber uma visita era Shirley, mas talvez não fosse uma visita tão agradável assim.
Shirley - Esta quase na hora do almoço, apronte as crianças. Tenho que resolver algumas coisas no escritório e depois vou para o refeitório.
- Ok Dona Shirley.
Shirley entrou em sua sala e levou um susto quando olhou para trás.
Stela - Até que enfim você veio pra ca.
Shirley - Stela, o que esta fazendo aqui?
Stela - Você me ligou ontem, já se esqueceu?
Shirley - Claro que não, mas poderia ter avisado quando iria vir.
Stela - O que é isso Shirley??? Quem deveria estar preocupada em vir até aqui sou eu.
Stela - Afinal não posso me comprometer.
Shirley - Você está comprometida até o pescoço Stela.
Shirley - O cerco esta se fechando e não pense que vou poupa-la se as coisas apertarem para o meu lado.
Stela se aproximou de Shirley, olhando em seus olhos.
Stela - Você esta me ameaçando?
==
Antônio chegou no hospital e foi direto para o quarto de Maria, que estava sentada na cama, olhando para as mãos.
Ao perceber a presença do rapaz Maria abriu um sorriso.
Maria - Antônio!!! Meu filho.
Antônio - Como a senhora está?
Maria - Estou bem. O médico pediu mais alguns exames, mas estou ótima.
Maria - Estava preocupada com você.
Antônio - Maria, o que você disse ontem, vamos esquecer.
Antônio - Eu gosto muito de você e...
Maria levantou-se da cama e de frente para Antônio, começou a falar de maneira calma.
Maria - Meu nome é Ana Maria Pereira dos Santos.
Antônio arregalou os olhos e voltou a sentir um aperto no peito.
Antônio - Por favor Maria!!!!
Maria - Antônio, é tão difícil assim aceitar?
Antônio - Minha mãe morreu Maria.
Maria - Você sabe por que se chama Antônio?
Antônio - Eu era muito pequeno, mas minha mãe me dizia que era por que...
Maria não deixou Antônio continuar, e explicou ela mesma.
Maria - Você se chama Antônio em homenagem a seu avô.
No mesmo instante os olhos de Antônio se encheram de lágrimas, por mais que quisesse negar, não conseguia.
Maria - Meu pai se chamava Antônio, ele morreu quando eu ainda era adolescente e quando o médico me disse que eu teria um menino, não pensei duas vezes em dar esse nome a você.
Antônio - Minha mãe morreu, meu pai matou ela na minha frente. Eu lembro até hoje o barulho dos golpes daquela faca.
Maria também estava emocionada e deixando algumas lágrimas caírem, começou abrir os botões do vestido que usava.
Depois que soltou o ultimo botão abaixo do abdômen, puxou o tecido, deixando Antônio horrorizado.
Antônio - Meu Deus!!!
Maria exibiu seu abdômen mutilado com diversas cicatrizes, com a pela toda retorcida.
Antônio se aproximou e tocou de leve a barriga da mãe, se afastando em seguida, chorando sem parar.
Antônio - Eu senti tanto a sua falta.
Maria - Meu filho!!!
Antônio chorava sem parar e olhando para Maria, se libertou de todas as amarras que ainda o seguravam e se jogou em seus braços.
Maria - Antônio!!!
Maria apertou o corpo de Antônio dividindo sua emoção com ele e depois de mais de 30 anos, pode ouvir o filho lhe chamar...
Antônio - Mãe!!!
Continua...