BIG BOSS 46

Um conto erótico de GaelGuerra
Categoria: Homossexual
Contém 4171 palavras
Data: 30/07/2016 19:53:39

Quando Barrara se lançou sobre os ombros de Kane, senti um impulso fervoroso de agarra-lo pelo colarinho e joga-lo contra a parede. Tudo para afasta-lo do meu novo foco de interesse. Não podia ignorar essa sensação evidente do meu ciúme e ainda mais, os movimentos involuntários dentro das minhas calças.

O pior ainda foi notar como esse lobinho encrenqueiro aceitou tão pacificamente quando Barrara se pendurou em seu pescoço. Parecia até estar apreciando o contato.

Bufei de insatisfação.

Ainda mais por sentir a tensão dos meus dois lobinhos favoritos que o observava atentamente.

Deviam estar tão ciumentos quanto eu.

Afaguei suas cabeças buscando conforta-los para uma cena que devia estar sendo difícil de presenciar. Como ele podia fazer isso com seus irmãos.

Já começava a imaginar os meios de dobrar esse encrenqueiro. Sabia de fato que bancar o bonzinho e esperar que ele se aproximasse por livre e espontânea vontade não ia funcionar.

Claro que não.

Até porque é palpável a vibração de raiva que ele solta constantemente em minha direção.

O meio mais eficaz no caso dele, e fazer essa raiva crescer ainda mais e confundi-lo, faze-lo vir até mim, até a minha cama motivado pela sua raiva.

Sim. Esse é o melhor caminho no caso desse encrenqueiro.

Vou seguir o mesmo método que Asa Altair de Valiance usou contra mim. Alimentou tanto o fogo da minha revolta, que no final, tudo o que conseguia era sentir-me completamente drenado, completamente exausto, até finalmente buscar o seu ombro e despejar todas as minhas frustrações.

Eu era difícil naquela época. Mas ele soube me levar direitinho, e no final, não havia para onde correr. Acabei buscando sua cama para fugir da solidão. Acabei cedendo ao impulso de ter sua proteção, de ter o seu carinho, de ter a sua compaixão.

Ele me fez direcionar todo o seu ódio para ele mesmo a fim de evitar acumular inimizades de terceiros. Por isso se tornou uma figura constante e irritante em minha vida, só para eu gastar todas as minhas forças e no final perceber tudo o que estava tentando fazer por mim. Não tive outra escolha a não ser aceitar, que a única pessoa que me queria bem, estava bem diante de mim.

É assim que vou dobrar esse encrenqueiro. Vou fazê-lo me odiar tanto e quando menos esperar vai buscar meu colo por consolo e eu vou estar a sua espera de braços abertos, para lhe encher de carinho e assumi-lo como meu.

É certo.

É exatamente isso que devo fazer.

Um suspiro ameaçou a brotar pelo desejo que se acumulava, mas antes que percebesse, minha atenção fora desviada para a cena doméstica entre pai e filho. Um esbravejando com o outro.

Tive de conter o riso.

Já sabia que Barrara poderia ser meio genioso, mas definitivamente jamais imaginar que chegaria a algum dia, presenciar alguém esbravejar com Garuda como esse molecote estava fazendo. Ninguém acreditaria no que dissesse se não visse com os próprios olhos. Chego a imaginar o que a coruja deve estar achando disso. Pois é claro como água, como ele pode se fazer invisível pela sua ausência de movimentos. Contudo, o tenho notado de tempos em tempos e seu olhar observador ficava vagando a cada um presente no ambiente.

Havia reparado em sua presença no mesmo instante em que pisei na montanha Belgrada. Não que ele se fizesse notável, mas é a inexistência perturbadora da movimentação e impenetrabilidade de Kanda em seu espaço pessoal que fazia o notável.

A energia que dispersamos, não consegue ultrapassar uma área predefinida pelo Coricio, isso ficou claro enquanto andava e sentia o Kanda de Garuda, mas não foi intencional quando usei o meu próprio leão para sondar as dimensões de força desse lobo colossal, e qual foi a minha estranheza, quando senti esse ponto de interferência. Uma anomalia espacial. Um congelamento temporal se é que compreendi certo o que estava sentindo.

- Senhor! – Foi a voz do Coriciano chamando a atenção do líder Ganupi.

Agora, observando mais atentamente a figura parada ao lado de Garuda, é que realmente pude perceber como ele podia causar certa perturbação, pelo fato dele se desconectar facilmente da realidade a sua volta a ponto de passar completamente despercebido. É por causa disso que insistentemente mantive o meu Kanda constante e sondando o seu espaço pessoal, para ter a certeza da sua presença pela a inexistência temporal daquela área em que ele ocupa.

É perturbador.

Mantive meu foco em sua direção, e o vi completamente estático. Garuda voltou sua atenção para o homem de linhas elegantes. Estranhamente seu espaço pessoal se tornou acessível, a partir do momento que se pronunciou.

Sua figura é intrigante.

Um homem esguio que fazia sua aparência ser notada apenas de acordo com o seu desejo. Possuía uma forma calma e sensata a se pronunciar. Transmitia a diplomacia carregada da palavra articulada ao Ganupi gigante.

Ele estava falando com o lobo, discutindo alguma coisa e o som do que dizia não chegava aos demais presentes. O Coricio tinha um manejo em suas palavras tão controlado, que quase não podia ser notado seus movimentos labiais, muito menos o que dizia.

Não era um homem exatamente forte em sua estrutura física, mas era alto e se fazia notar por seu porte elegante e imperturbável. Com o rosto um tanto pálido, estava em conformidade com o seu nariz retilíneo e os lábios finos num conjunto harmonioso em relação a estrutura longilínea de seus rosto. Combinava com seus cabelos prateados meticulosamente penteado para trás, e era notável como iam escurecendo aos poucos, como se tivesse recuperando a juventude. Era harmonioso de alguma forma.

O conjunto de suas roupas chegava a ser tão estranho quanto o próprio dono. Não que estivesse mal vestido; era de bom corte e imaculado num tom de branco sem brilho.

Não.

Estou errado.

Não exatamente branco.

Parecia uma cor indefinida. Às vezes, pensava ser um tom de roxo tão claro, que se confundia com branco, mas às vezes, confundia com um tom de verde bem claro, ou amarelo, o fato era que nunca parecia uma cor única, estava sempre mudando.

O mais estranho era que a luminosidade do salão, não parecia influenciar em sua vestimenta, quando todos eram sujeitos as condições do ambiente. Ele parecia se destacar, e isso se fazia perturbador agora, porque antes, parecia quase inexistente. Seria mesmo o que dizer que agora, que desejava todas as atenções para si mesmo.

Ele vestia um conjunto de camisa de manga comprida bem ajustada ao corpo, e as calças eram coladas as pernas que revelavam não ser uma figura de magreza, mesmo que não seja também, constituído de grande massa muscular. Aparentava firme solidez.

Uma grande capa lhe ocultava o lado direito do corpo até quase alcançar o chão. Enquanto o outro lado, a capa era jogada para trás, por cima do ombro com certa graça, o que dava uma visão perfeita de seu traje até a sua bota de cano alto que quase chegava aos joelhos.

Tinha elegância nata em sua postura, ainda mais pela economia de movimentos. Para dizer a verdade, o homem não se movia, ou pelo menos era o que parecia.

- Seria apropriado iniciar a reunião! – Ele disse com sua voz grave, e numa piscada de olhos, percebi que sua atenção se voltara para mim. Sequer notei o movimento. Uma hora estava olhando para Garuda, e no momento seguinte me observava sem expressar nenhum tipo de emoção sem sequer fazer um movimento de cabeça. Mas estava ali, me olhando diretamente.

Imperturbável.

Seus olhos se estreitaram levemente. Negros e profundos que pareciam me atravessar a alma e capturar meu Kanda em uma profunda análise.

Notei um leve movimento muscular em sua mandíbula. Como se tivesse intrigado com alguma coisa. Mas numa piscada de olhos, e foi como se nunca tivesse acontecido, nem mesmo a intenção.

Imperturbável!

Era isso que ele era.

- Aproximem-se! – Garuda ordenou.

Conduzi meus lobinhos ao minha volta nos aproximando de Garuda que pediu a coruja ao seu lado que se apresentasse.

Ele fez uma reverencia tão sutil, que mal parecia ter se mexido e deu um passo a frente. – Sou um Coricio. – Ele fez uma pausa. Pude perceber uma rápida análise sobre todos ali presentes, mais diretamente sobre os lobinhos a minha volta, seu olhar vagou em direção a Kane e logo continuou:

- Sou uma coruja da Casa Coricia. Diplomata e estrategista chefe da inteligência Coricia e integrante do comitê das forças aliadas do Sêxtuplo. – Mais uma pausa e repentinamente e notei claramente a Coruja expandindo sutilmente seu Kanda, causando uma leve tremulação no ar a sua volta. Seus cabelos voltaram ligeiramente a esbranquiçar para logo em seguida, escurecer, até estabilizar num tom acastanhado.

Era claro como suas feições se tornaram mais nítidas, mais vivas, num curto período de tempo. Então ele foi se tornando mais jovem, como se voltasse a rejuvenescer.

- Sou Lorde Nefex de Coricia. Ele disse em tom ameno. Sua apresentação foi audível, mesmo que mal pudesse perceber o movimento de seus lábios. Fez uma reverencia em saudação com grande economia de movimentos e Garuda pareceu satisfeito com a apresentação.

- Lorde Nefex, nos enviou uma mensagem a mais de uma semana, nos informando de sua chegada e solicitou essa reunião o mais breve possível para nos fazer uma requisição.

- Sempre achei que a Casa Ganupi só aceitasse requisições vindas de Valiance. – Eu disse. Foi o que me foi ensinado por Altair quando vivia sobre a sua proteção.

Garuda voltou sua atenção em minha direção e apenas concordou com a cabeça.

- E você está certo. Mas Lorde Nefex trás consigo, o selo da Casa Valiance, e isso significa que devemos aceitar a sua requisição.

Selo Valiciano. Quando ele o teria conseguido?

- Aliança está fechada! – Eu protestei, notei que meu tom foi mais seco que o normal. Mas sabia que isso era devido pelas más experiências no meu passado.

- De fato! – Lorde Nefex disse chamando a minha atenção. – Mas não quer dizer que o selo Valiciano deva ser negligenciado.

Arrogante!

- De fato! – Concordei, mas não havia como não desconfiar.

- Ou seja! Devemos atender a requisição da Casa Coricia. – Garuda concluiu.

A coruja deu um leve passo a frente e lançou uma moeda dourada que voou rodopiando em minha direção. Agarrei a no ar, fechando a moeda em meu punho, para só então a estudar em meus dedos, olhando atentamente cada entalhe feito. O perfil do Leão feroz em um lado e no outro, uma estrela representando a Luz de Aliança.

- É indiscutível! Este é o selo Valiciano. – Tive de aceitar. – Eu reconheceria as sutilezas dos entalhes em qualquer situação, já que fora motivo de estudos para que soubesse avaliar sem dificuldade a autenticidade do artefato com cópias que pudessem ser dispostas pelo universo.

- Foi nos dado, um ciclo depois de Aliança ser fechada. Acredito que você deva conhecer o Leão que nos entregou pessoalmente este selo. – Nefex fez uma pausa e quando ele mencionou a coruja, levantei os olhar em direção a coruja, outro Leão saiu de Aliança antes de fechar? Isso me deixou curioso.

- Não conheço muitos leões. – Tive de admitir e a observação foi pessoal, um pensamento que expressei em palavras sem a real intenção de fazê-lo. Mas a Coruja não pareceu se importar com o comentário e continuou.

- Tive instruções específicas de seu mestre. Que o procurasse em Bardus para que você liderasse um pequeno grupo para essa missão.

- Meu mestre? – Eu questionei. Ainda não estava acreditando que ele se referia ao meu tutor.

- Asa Altair de Valiance. – A Coruja revelou, mas não foi apenas isso. Seu olhar astuto me observava numa análise profunda. A força de suas palavras havia me pegado desprevenido a ponto de quase passar despercebido o Kanda da coruja se expandindo sutilmente em minha direção numa tentativa de adentrar em meu espaço pessoal. Mas o meu próprio Leão o impediu se expandindo a minha volta e retendo a sua investida. As labaredas vermelhas dançavam a minha volta deixando meus lobinhos paralisados.

A tensão no salão ficou palpável.

O que essa coruja está tentando fazer? Uma invasão tão direta assim, só podia significar uma coisa. Ele estava tentando determinar o seu próprio curso de ação com base nas minhas escolhas futuras.

Mas até que ponto ele pode ter acesso as suas visões e permanecer com sua atenção presente a ocasião em questão.

Meus músculos se retesaram, meus punhos apertados, pela descortesia da coruja elevar seu Kanda de forma ardilosa.

- Recolha o seu Kanda coruja maliciosa. – Eu disse entre dentes.

Nefex estreitou levemente os olhos.

- É necessário! Quando ficou decidido que eu viria a Bardus, fui instruído pelos visionários a verificar a área de incerteza da história.

- Ah! Agora eu sou uma incerteza?

- A história passa a sua volta como se você não existisse, é uma perturbação. Libere o caminho para ser avaliado.

- NÃO! A menos que compartilhe o que enxergar.

- Não é assim que funciona. O que eu disser pode alterar tudo o que já sabemos. Isso pelo simples fato de você ser conhecedor da história que vai acontecer.

- Estamos num impasse.

Nefex pareceu considerar as opções e um leve movimento muscular em sua mandíbula, indicava que não estava gostando nem um pouco de ter seu Kanda bloqueado e suas intenções serem rejeitadas. Mas recolheu seu Kanda em seguida e voltou a permanecer imperturbável.

Meu leão recolheu o seu próprio Kanda, mas se manteve alerta a qualquer movimento. Sabia porque deveria ser cauteloso com essa coruja, mas não gostava de ser sondado sem a devida permissão.

- Voltemos então ao tópico a ser discutido. – Nefex disse despreocupadamente e no mesmo instante minha mente vagou para o que ele havia dito antes de expandir seu Kanda. Que o meu tutor, Asa Altair havia lhe entregue o selo Valiciano pessoalmente.

- Altair não está em Aliança? – A indagação saiu automaticamente. Foi apenas um murmúrio, mas também, uma forma de constatação feita para mim mesmo. Contudo, percebi que todos presentes pareceram notar.

Droga! Altair não está fechado em Aliança? Não entendia como isso era possível.

- Asa Altair, tem vivido em Flenn todo esse tempo. – A coruja disse, mas notei como suas palavras foram soltar como uma provocação sutil. Seu olhar avaliador buscava alguma coisa ao me observar tão atentamente. Ele cerrou os olhos levemente, numa profunda analise pela forma como me encarava. Mas o meu leão não detectou nem um fluxo de Kanda até então.

Ele não inspira confiança. O que tanto parece estar procurando? É quase como se tivesse uma agenda própria, com planos que só dizem respeito a ele mesmo. Mas de súbito, seu maxilar ficou tenso e numa piscada de olhos, sua atenção havia claramente voltada para Kane.

Ele pareceu incerto de alguma coisa. Em mais um movimento ligeiro em seu olhar e sua atenção havia voltada para os meus garotos. Ele inclinou a cabeça levemente e começou a olhar num ponto distante acima de nossas cabeças. Acenou levemente com a cabeça como se compreendendo alguma coisa.

Podia compreender o que estava acontecendo com essa coruja, devia estar averiguando o futuro, calculando probabilidades.

Não me importei.

Porque a partir de um dado momento, fui tragado sobre pensamentos a respeito de Altair. Todo esse tempo vivendo com as lembranças saudosas dos meus últimos momentos em aliança e em como ele simplesmente desapareceu sem nem se despedir de mim.

Ele me magoou profundamente.

- Ele tem vivido no planeta da Casa Coricia! – Deixei escapar. Minhas palavras saíram de forma mecânica. - Ele...tem vivido em Flenn...e não me procurou. – Era uma constatação melancólica.

Estava realmente magoado.

Sim, realmente magoado, porque meu mestre não me procurou durante todo o tempo em que fui mantido exilado.

Senti um aperto em minhas mãos. Olhei para o Jordan e Cameron, e vi a sua preocupação. Sorri para ambos os meus lobinhos para tranquiliza-los e empurrei para os cantos mais distantes da minha mente, esses pensamentos que me mantiveram distantes do presente.

- Qual é a requisição de Coricia? – Eu perguntei.

Lorde Nefex num movimento quase imperceptível, ergueu a ponta da frente de sua bota esquerda, e bateu ruidosamente no chão de pedra, dispersando uma onda de luz. Um círculo luminoso que se expandiu a partir de sua bota envolvendo a todos no salão de Garuda. Em seguida, uma linha de luz percorreu de várias direções até o centro se erguendo num estriado vertiginoso, formando um campo holográfico se transformando num ambiente tridimensional envolvendo a todos nós.

Sua luz suave e azulada refletia iluminando sobre os rostos de todos ali presente, e só então, a imagem de um jovem com os cabelos escuros também jogados elegantemente para trás, apareceu no holograma. Como Lorde Nefex, esbanjava certa graça pela forma como se portava. De pé, com o queixo erguido parecendo todo orgulhoso de si mesmo.

- Este é Enneci Ildernes de Coricia. Meu sobrinho de segundo grau. Como um jovem cientista, é uma das grandes promessas da Casa Coricia. Tem um gênio peculiar, e um cérebro prodigioso. Um cientista realmente brilhante. – Nefex deteve-se um tempo apreciando a imagem de seu sobrinho com orgulho aparente, para logo em seguida, continuar: - A cerca de um Ciclo ano foi enviado a Tarampour Planeta natal da Casa Ciambará, na Galáxia de Cilegon.

Ele fez um aceno com a mão, fazendo a imagem de seu sobrinho, desaparecer do holograma. Dando lugar a uma Galáxia com dois grandes círculos mal formados de massa espeça, do que pareciam ser nuvens pesadas de gás, aparentemente sobrepostas em direções contrarias. Formavam um “X”. No seu centro, uma grande e massiva esfera de luz em tom azul claro se mesclava nas extremidades a rastros luminosos de um violeta radiante.

- Galáxia de Cilegon. – Ele afirmou olhando diretamente para a imagem.

Logo em seguida, com mais um aceno despreocupado de mão. A imagem da Galáxia começou a movimentar-se em um zoon vertiginoso, nos oferecendo um tour em todo o sistema pertencente aos Tubarões. Até deter-se em um dos cantos desses círculos, exibindo um grande planeta azul intenso. Ele tinha um aspecto selvagem pelas formas como as linhas horizontais, eram traçadas irregularmente, como se fosse coberto de tempestades furiosas.

- Ah! Ai está o destino de vocês. Sede da Casa Ciambará. – Ele disse indicando o planeta a nossa frente. - Como bem sabem, costumamos auxiliar todas as Casas quando as circunstâncias assim requerem e por isso, enviamos Enneci. Só não esperávamos que eles vetassem permanentemente o seu retorno quando o solicitamos, e muito menos, a proibição de atracar em Tarampour em uma visita de um representante de Coricia para discutir esse desagradável impasse.

- Eles explicaram o porquê? – Eu perguntou.

Lorde Nefex negou levemente com a cabeça.

- Há mais! Por uma de nossas fontes, descobrimos que está usando os conhecimentos de Coricia, para mexer com a manipulação da vida.

- O que é isso?

- Vou ser franco. – Nefex disse num tom desgostoso. – Não é de natureza da Casa Coricia, revelar os nossos conhecimentos sobre as demais casas. Mas a situação nos compele e me foi autorizado oferecer qualquer dado que seja útil para o sucesso dessa empreitada. – Lorde Nefex se deteve nas palavras, e limitou-se a observar os presentes, percebendo que ninguém tinha nada a dizer ele continuou:

- Tem alguma coisa em Tarampour que está impedindo as nossas habilidades de enxergar o que se passa no planeta. É obvio de que não gostamos disso, ainda mais, quando eles se utilizam de um dos nossos, para conseguir tal façanha. Por isso, não tivemos escolha e foi necessário nos utilizarmos de alguns espiões Audracianos, para obter a informação que lhes revelo. Eles estão realizando experimentação da vida e isso não pode ser permitido.

- Espiões Audracianos! – Eu murmurei, mais comigo mesmo. – Não sabia que a Casa Coricia se utilizava desses meios para colher informações. Sempre pensei que suas habilidades fossem fora do comum.

- E são! – Nefex disse levemente ofendido. – Ainda assim, nossa habilidade vem com um preço muito grande. Dedicar nosso tempo a enxergar o passado o presente e o futuro, faz com que nos desliguemos do mundo a nossa volta, e uma vez em transe, é difícil voltar a realidade. Por isso, só aquele que nasce com potencial latente, é permitido a viver no plano astral, fincar morada no véu do espaço tempo e registrar os acontecimentos, para que os anciões possam estudar minuciosamente e traçar os planos ideais para o sêxtuplo. Mas sempre enfrentamos problemas, porque os nossos visionários, não conseguem penetrar na luz ofuscante de Aliança dos Leões Valicianos e muitos menos, enxergar na escuridão de Bryne, das Panteras Audracianas.

- Vocês não conseguem enxergar tudo. Então como podem traçar planos eficientes para o sêxtuplo?

- Trabalhamos com probabilidades.

- Probabilidades!

- Sim! Por exemplo. Usamos o fato de que é muito pouco provável de a Casa Valiance, imponha sua força sobre as demais casas deliberadamente. Apenas se alguma delas ameaçar a coexistência pacífica no Sêxtuplo. Não conseguimos enxergar em Bryne, mas historicamente falando, levamos em consideração a ausência de movimentos dos membros de Audracia. Então, em consequência, mesmo os nossos visionários mais experientes, não conseguindo ultrapassar a luz Valiciana ou a escuridão Audraciana, ainda nos é possível usar como base, as previsões retiradas da Casa Ganupi, a Casa Coricia e a Casa Ciambara.

- Parece lógico! Garante uma boa margem de acerto dessa forma? – A informação era realmente coerente. Tive de admitir.

- De fato, tem garantido até a pouco tempo. Contudo, com a incapacidade de previsibilidade de Tarampour, a balança da probabilidade fica muito desiquilibrada, já que são três incógnitas no sêxtuplo contra duas certezas. Com esta situação, fica evidente que o equilíbrio no sêxtuplo pode ser facilmente alterado sem que possamos mobilizar forças em tempo hábil para interver em qualquer calamidade.

- E os navegadores? – Garuda perguntou chamando a atenção todos automaticamente.

Lorde Nefex observou Garuda com pouco interesse e mesmo não exibindo grandes emoções, pude notar que pareceu ascender uma centelha em seus olhos. Ao mesmo tempo, demonstrando certo desanimo.

- Eles estão perdidos no cosmos. Ele disse por fim. - Foram longe demais. Distante demais, estão muito afastados para os visionários alcançarem. Em diversas direções, não existe a mínima possibilidade. Mas...

Garuda percebeu no mesmo instante.

- Há algo mais?

- Não temos certeza. Mas um dos antigos, dos visionários mais experientes se confundiu, ou viu algo realmente preocupante.

- O que ele viu? – Eu perguntei.

Lorde Nefex relaxou o corpo e voltou a sua expressão serena, desprovida de emoções e olhou diretamente em minha direção, parecia estar novamente numa profunda análise.

Talvez, decidindo se podia revelar o que quer que tenha de posse em seu conhecimento.

Mas Nefex suavizou seu olhar parecendo um pouco cansado.

- Ele viu uma anomalia gravitacional massiva!

- O globo do Navegador! – Garuda disse empolgado. Fazendo um leve sorriso surgir no rosto de Lorde Nefex.

- Exatamente!

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CONTINUA...

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Kazzano - Obrigado, fico muito feliz por continuar contando com seu apoio....muito obrigado pelo comentário e mais ainda por continuar a acompanhar a história...bjos e até a próxima.

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Ru/Ruanito - muito obrigado pelo comentário e mais ainda por continuar a acompanhar a história...bjos e até a próxima.

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Hello 👌 - Isso ainda vai demorar um pouco pra descobrir...porque a história a partir daqui eu devo focar mais na história do Kane com big boss....mas não deve demorar muito e já já to voltando com o Leozinho. muito obrigado pelo comentário e mais ainda por continuar a acompanhar a história...bjos e até a próxima.

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Bibizinha2 - Fica tranquila...não vou sumir..srsrsrsrs...as vezes posso demorar pra postar, até porque fico preso em outras paradas....mas pode ficar tranquilo que não tenho planos de abandonar a história...muito obrigado pelo comentário e mais ainda por continuar a acompanhar a história...bjos e até a próxima.

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flor de lis - Big boss, sabe o que tem dentro dele...srsrsrsrs....bem, o leozinho ainda vai ficar de molho por enquanto....por causa d ahistória do kane...então já sabe...ter um pouquinho de paciência...que pra prosseguir com a história...preciso destrinchar a história do kane antes...muito obrigado pelo comentário e mais ainda por continuar a acompanhar a história...bjos e até a próxima.

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magus - poca fico muito feliz por ter curtido a história...é muito bom contar com o apoio dos leitores da cdc, e venho a lhe convidar a continuar deixando seu comentário...muito obrigado pelo comentário e mais ainda por continuar a acompanhar a história...bjos e até a próxima.

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Cintia C - muito obrigado pelo comentário e mais ainda por continuar a acompanhar a história...bjos e até a próxima.

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Arthurzinho - Mil desculpa pela demora seu lindo...mas realmente andei preso nuns lances, mas não se preocupa que não tenho planos de abandonar a história...muito obrigado pelo comentário e mais ainda por continuar a acompanhar a história...bjos e até a próxima.

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Nara M - Sabe que fiz ela pra você né? hauahauahauhauhua.....você é tão doidinha que fiquei imaginando ela em você, exceto que ela se considera uma senhora....hauahauahauahaua....muito obrigado pelo comentário e mais ainda por continuar a acompanhar a história...bjos e até a próxima.

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GALERA...OBRIGADO AI PELA MOTIVAÇÃO QUE VOCÊS VEM ME DANDO A CONTINUAR A ESCREVER A HISTÓRIA...DESDE JÁ OBRIGADO, UM BJÃO FORTE A TODOS...ATÉ A PRÓXIMA...^^

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Comentários

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Pena que não teve continuação! História perfeita! Nota 10!

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Em pleno 2017 e não continuou ainda??? Por favor!!!

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Moço, pode continuar a historia agora mesmo pq minhas teorias pra o que cada uma dessas informações novas significam na história já tá me deixando louco hahahahahaha tá muito foda, Gael. Realmente não me arrependo de ficar na espera desenfreada por capítulo novo mas vê se não demora muito com o próximo tá? kkkk abraço!

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Sou nova aqui mas desde que encontrei esse hestoria procuro sempre ver se tem capitulo novo...E estou louca pro capitulo de rendição do kane...

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Oi amore! Não intento muito hoje! Gosto quando tem Leozinho e o Leão 😍😍😍😍

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Eu que agradeço por sua história magnífica. Aguardo o próximo capítulo, sinto falta de Leozinho

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Hey, Gael. Cara, eu queria muito te dizer (chega estou até emocionado) que tu é um grande escritor para mim. Um dos melhores aqui da CDC e que eu te admiro muito, pelas suas histórias compartilhadas aqui. Sério, eu sou apaixonado por esse conto. Eu parei de ler no cap. 30, mas vou retomar a leitura e inclusive ler seus livros lá no wattpad. Você é incrível nas suas narrativas, sério sou seu fã. Nara Moita fala muito de você e eu fico na expectativa de um dia conhecer você mais a fundo - coisa de fãboy. Não sou nenhum psicopata, viu, não se assuste. Parabéns por essa história. Sou louco no Big Boss e vou reler tudo do começo. Abraços, meu chapa. E fique bem. Sou seu admirador número 30, pq devem ter muitos heim. Flw.

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Ve se n some kkkk seu conto é muito bom e eu to acompanhando desde o inicio ve se tenta fazer ele mas longo hehehee

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