Boa tarde leitores, antes de tudo quero falar que o relato que escrevi abaixo já foi postado, mas por algum técnico as pessoas não estão conseguindo visualizar, então estou postando junto com o capítulo, quem conseguiu ler entendeu o por que do relato, estou repostando por que é importante pra mim que vocês entendam, por favor quem não quiser ler pode ir direto ao conto, mas como mudei meu perfil é interessante pra quem quiser saber.
“ Eu me chamo WILLIAM FERNANDO, 26 anos natural de Chapecó, Santa Catarina, acredito que minha origem eu já citei aqui na CDC...enfim, decidi explicar a vocês o por que de usar o nome Gabriel aqui na CDC, por que acredito que já tenho maturidade pra isso, sei que posso estar me expondo ao ridículo mas devo isso a ele.
Hoje fazem 3 anos que perdi meu companheiro meu primeiro amor Gabriel. Ele desencarnou tranquilo segurando minha mão na tarde de 30 de julho de 2013 vítima de um câncer de próstata visto que foi diagnosticado tarde demais e não teve chance de cura,foi dado no máximo 6 meses de vida a ele, mas ele foi antes eu fiquei até o fim com ele, já havia me preparado para o pior, minha missão naquele momento era confortá-lo pra ter uma passagem tranquila, suas últimas palavras foram “ aproveita a vida meu amor, eu aproveitei a minha do lado da única pessoa que eu amei e me amou de verdade” , eu fui tão forte queridos leitores que não chorei pra não demonstrar fraqueza, eu tinha que ser forte por mim e por ele, assim foi naquela fatídica tarde quente em Marabá. Lembro que ele foi tão tranquilo eu rezei tanto pros bons espíritos receberem ele que sua passagem foi tranquila, ele morreu como se estivesse dormindo com um sorriso no rosto, sereno não sofreu.
Depois disso desabei, chorei muito, eu me senti só, só quem já passou por isso sabe o que é perder alguém que se ama, agradeço muito ao meu pai e aos amigos pela força que ele me deram, o Gabriel era engenheiro na mesma empresa que meus pais trabalham e eu também, ficamos juntos por 5 anos entre 2008 e 2013 começamos a nos relacionar quando eu morava em BH e terminou em Marabá no Pará, ele me ensinou muita coisa do que eu sei hoje, foi barra viver sem ele, cheguei ao ponto de pensar se seria certo viver sem ele, pois eu me culpava por ele ter ido, quase entrei em depressão, mesmo eu sendo espírita e médium eu não estava aceitando de jeito nenhum até que um senhora que psicografava cartas na casa espírita que eu ia me entregou uma carta onde ele dizia que eu tinha que seguir em frente, viver a vida que ele morreu me amando e cuidaria de mim, mas eu tinha que seguir, ele falou que a maior prova de amor que eu dei pra ele foi amar e cuidar dele até o final, não se importando se era perda de tempo ou não, mas que agora eu teria que seguir pois ele não tinha paz enquanto eu não tivesse.
Nem preciso dizer que chorei horrores, li e reli a carta várias vezes inclusive pra minha família, engraçado que aquela carta com aquela declaração foi o combustível que faltava pra mim voltar a viver feliz e tranquilo tanto que em Dezembro de 2013 eu já estava praticamente recuperado e já estava saindo com amigos e voltando a fazer o que gostava, mas até então não tinha me relacionado com mais ninguém, fazia quase um ano que não tinha relações sexuais e tentaria evitar ao máximo com medo de me apegar há alguém.
Acontece que eu fui pra festa da minha família no sul do Brasil e lá reencontrei muita gente que eu não via há mais de dez anos, entre primos tios reencontrei meu primo Robson (nome verdadeiro) um primo que eu odiava quando era pré adolescente e adolescente, eu tinha 23 anos na época e ele 30, ele nunca gostou de mim.
Queridos sempre soube que eu era gay, mas nunca dei pinta aliás até hoje não dou, sou até muito hétero normativo,homem que gosta de homem, me desculpem se ofender alguém, acontece que meu primo sacou e me perturbou a minha pré adolescência inteira até os 15 anos quando ele me agrediu alegando que eu dei em cima dele. Nessa época decidi ir morar com meus pais em Minas gerais (Uberlândia) e logo após nos mudamos por causa do serviço deles (Belo Horizonte).Fui cumprimentar a família dele e ele apareceu, lindo barbudo e peludo (minha tara) com cara de mal , cumprimentei todos e ele me pediu um abraço o qual eu neguei, mas vocês sabem festa de família é foda e se for italiana é pior ainda, lembranças são desenterradas, bebida, risos,gritos eu decidi sair um pouco pra fora do barracão e ele veio atrás.
Brigamos, lavamos muita roupa suja até o momento em que ele me beijou a força, eu sai confuso até por que ele foi meu primeiro grande amor. Gente nada, mas nada mesmo acontece por acaso, a minha tia veio falar comigo quando eu estava sozinho e me contou que meu primo nunca mais foi o mesmo depois do soco que me deu, ele chorava arrependido e ela soube ali que ele gostava mais de mim mais do que como primo, ela falou que esse seu amor por mim custou seu casamento que não duros 1 anos, pediu pra mim ir atrás e eu fui.
Transamos loucamente naquela noite não foi uma simples transa, ele disse que nunca mais me deixaria, que se assumiria pro resto da família (o que ele fez mesmo no outro dia com umas 100 pessoas ao redor me matando de vergonha), lembro da minha vó praguejando a gente em italiano, foda-se rsrsrs, na semana que passei lá dormi com ele todos os dias e conheci um outro Robson em uma dessas noites me levantei pra tomar água e vi alguém próximo ao pé da minha cama, Gabriel estava lá me olhando com um sorriso no rosto, eu chorei demais com aquilo ali eu percebi que ele estava em um lugar bom e estava feliz,eu poderia continuar a vida agora mesmo já tendo aceitado, com um aceno de cabeça e um sorriso ele ele simplesmente se foi, Robson acordou e disse que estava sentindo algo tão bom, que o ambiente tinha um cheiro de flor e transmitia uma paz, ele me perguntou o por que de chorar e falei que foi algo bom que eu tinha sentido só isso, claro que depois de alguns dias contei a ele. Não somos casados, mas somos um casal. Hoje eu com 26 anos e ele com 33, Robson prometeu e estamos juntos até então, ele sempre foi meu grande amor, não foi o primeiro a quem amei, pois não foi possível, mas com ele eu me permiti a me entregar novamente e ele a mim.Ele sabe dessas palavras pois não escondemos nada um do outro e ele sabe do Gabriel e a sua importância na minha vida.
Queridos resumidamente essa foi a minha história pessoal, quem quiser ler leia quem não quiser não leia enfim...acho que eu devia isso a mim mesmo e a vocês leitores.
Esse conto começou a ser bolado na semana que Gabriel foi embora, ele citou que gostaria de ter escrito um conto de amor inclusive os personagens Cibele e Maria são de autoria dele.
Acabei decidindo por escrever o conto a uns dois meses atrás quando achei a anotação dele em um caderno, inclusive que tinha o email que usávamos pra conversar, era sua última vontade e decidi fazer isso, eu podia ter contado no início do conto mas ainda não me sentia a vontade, eu devo muito a ele e assim hoje dedico esse capítulo ao meu amigo, amor , companheiro que me ensino a amar e ser amado Gabriel...
Queridos a partir da próxima postagem passo a usar meu nome verdadeiro no perfil, pois não tem mais necessidade de usar o nome dele.
Esse capítulo eu dedico ao Gabriel, que mesmo não sendo o meu grande amor, foi minha primeira paixão sim muito importante pra mim...
Boa leitura...
Ação e Reação – Surpresa Desagradável
Acordei na cama do Mario abraçado de conchinha junto dele, era gostosa essa sensação, parecia que eu estava abraçado com um ursão de pêlucia gigante, tentei me desvencilhar de seu abraço sem acorda-lo mas foi impossível.
- Buongiorno (Bom dia) – disse me com um sorriso largo me dando um abraço e um beijo na testa.
- Buongiorno (Bom dia) – respondi retribuindo o abraço sorrindo, me levantei e fui olhar a hora no meu celular pois a impressão que tive é que dormi muito pouco visto que a madrugada foi agitada.Mario pediu se podia ir tomar banho e fazer sua higiene antes afirmando que não ia demorar, eu disse que sim pois iria dar uma olhada na sacada e nas minhas redes sociais.Mario agradeceu e entrou no banheiro.
Fui a sacada e vi que fazia uma manhã bonita e quente, o céu estava azul , apresentava poucas nuvens e sentia uma brisa quente no meu rosto, hoje o dia iria prometer eu me acabaria nas piscinas, coisa de criança mas se tem uma coisa que gosto é aqueles tobogãs e chuveirinhos que tem em parques aquáticos e pelo que percebi olhando o parque aquático do hotel hoje vou ter 10 anos novamente, ri de mim mesmo.
Sou tirado desse pensamento por uma ligação que recebo no meu celular, olho na tele e me surpreendo, vejo que é Marcos me ligando, como eu estou feliz e aquele miserável não iria conseguir estragar meu dia eu resolvo atender.
- Alô – disse seco a ele – o que você quer Marcos? – perguntei.
- Aonde vocês estão Fernando – disse de forma grossa sem ao menos me dar bom dia.Resolvi provocar.
- Ué, o tio Geovane não te contou? – perguntei de forma debochada.
- Não seu viado burro, senão eu não estaria te perguntando! – disse debochando e com raiva.
- Pois é....se eu sou um viado burro eu não posso lhe ajudar... – fui interrompido por ele.
- Fernando, não brinca comigo – disse com raiva – eu sei que vocês estão em Caldas Novas, agora eu quero saber o hotel aonde estão hospedado – nessa hora meu sorriso sarcástico desapareceu, pelo seu tom de voz isso não era um pedido era uma ordem.
- Pra que você quer saber? – perguntei sério e com medo de qual seria a resposta.
- O que foi, ficou com medo de eu aparecer aí viadinho – disse em tom de deboche, odeio quando ele me chama assim mas ignoro – não precisa se preocupar em me dizer aonde estão – disse pausando a voz e eu fiquei mais calmo - to te vendo só de cueca na sacada – gelei, quando olhei pra rua ele estava escorado no carro enquanto me observava com o celular na orelha – é tão fácil te amedrontar seu mané – disse rindo.- Co-como você descobriu que estamos nesse hotel aqui? – gaguejei.
- Fernando você é burro? – perguntou ele com tom jocoso - estamos em um mundo completamente globalizado e digitalizado – disse gesticulando do seu carro pra mim – eu liguei pro meu pai e perguntei em qual carro vocês tinham ido, quando ele me falou que foi no Mercedes foi simples eu entrei com meu login e senha e rastreei o carro já que ele está em meu nome – disse com um tom de superioridade – e então descobri o hotel que vocês estavam, fui na recepção e descobri onde o quarto do meu pai e avisei que resolvemos vim pra cá também– completou.
- Resolvemos ? – perguntei sem entender.
- Sim, já que vou me divertir um pouco aqui chamei a Giovanna o Luiz pra vim comigo, ao contrário de você eu tenho amigos – disse ele debochando já que não gostava dos meus amigos, mas o que me enfureceu é que eu não estava acreditando que ele fez isso, chamou o Luis pra vim pra cá, ele só pode ser doido só falta a piranha da Stephany vim junto.
- Você é doente Marcos! – exclamei com nojo – você pra me atingir está passando da noção do ridículo, todo esse trabalho pra vim pra cá por que? – peguntei – está com medo que eu de pra alguém, ou que eu faça sua caveira pro tio Geovane... – fui interrompido.
- Cala a boca, cala a porra dessa boca seu viado de merda – vi que na rua ele gritava ao telefone falando comigo e algumas pessoas passavam com medo por ele – se eu te pegar com alguém ai eu vou bater em você e nele, eu não vou passar vergonha por sua causa – eu fiquei puto resolvi brincar com a cara dele.
- Chegou tarde primo querido, eu estou com um homão aqui no quarto, mas isso você deve saber né? Já que pesquisou o quarto em que estou não foi? – perguntei com sarcasmo.
- Fernando não me tira do sério – eu ria do jeito que ele estava ficando nervoso – eu vou te pegar vou te encher de porrada – completou.
- Vai nada seu bunda mole, desde quando você manda em mim hein?Você é um surtado, seu sem noção – eu dizia ao telefone e mantinha contato visual com ele – e outra eu fico com quem eu quiser seu otário, se você não me odiasse tanto eu diria que isso é ciúmes Marcos e que você gosta de mim – completei e desliguei na cara dele.
- Vai pra put... – não deixei ele terminar, desliguei na cara dele, ele olhou pra mim entrou no carro e saiu cantando pneu.
- Droga! – exclamei de raiva – aquele desgraçado tinha que vim pra cá e trazer o Luis com ele - falava pra mim mesmo – mas ele não vai acabar com o meu dia...não mesmo – completei.
Ou vi a porta do quarto bater e só de cueca mesmo eu fui atender.
- Quem é? – perguntei, acho que fui meio idiota já que é um hotel.
- Sou eu filhote, abre pro tio – disse meu tio, pelo tom de voz ele estava preocupado, abri a porta e ele me olhou preocupado.
- Entra tio – disse com um sorriso lhe dando um abraço de bom dia – eu sei sobre o que você veio conversar comigo – completei, eu sabia que era sobre Marcos.
- Fernando eu... – interrompi ele.
- Tio não precisa se explicar, eu sei que não foi culpa sua, não vou brigar com você e nem achar ruim do Marcos estar aqui, eu sei que era pra ser nosso fim de semana, mas ele é seu filho e eu o sobrinho, ele tem mais direito do que eu de estar aqui – disse a ele, não era mentira meu tio deveria ter convidado Marcos também, pelo menos assim eu não passaria por uma chateação logo cedo.
- Fernando, não fala assim entendeu – disse ele me me repreendendo apertando o ombro – você tem o mesmo direito que ele, amo os dois igual e você é como se foi meu filho mais novo, o que eu não gostei foi dele chegar de surpresa e fazer uma cena la embaixo na recepção, ele mesmo disse que ficaria na casa de Giovanna , ai de uma hora pra outra decide vim – disse sério.
- Relaxa tio, como você mesmo disse não vamos brigar, viemos aqui pra nos divertir – disse sorrindo dando um soquinho na barriga dele – eu to louco pra ir pro parque aquático do hotel – completei.
- Na verdade Nando nós vamos pro Resort por que la tem piscinas e tobogãs e podemos almoçar por lá também – disse ele sem muito entusiasmo – só que o Marcos também vai – completou, eu engoli em seco pois sabia que Luiz estaria lá, seria estranho tratá-lo bem perto dos outros sabendo o que ele fez.Eu botei um sorriso na cara e me virei pro meu tio que me olhava meio apreensivo.
- Tudo bem tio, o resort é tão grande que mal vamos esbarrar com eles né! – exclamei tentando parecer o mais convincente possível, isso acalmou meu tio que sorriu.
- Claro Nando, seremos só eu , você e Mario – afirmou ele.
- Que bom tio – disse , de repente Mario sai pelado do banheiro e fica paralisado quando vê meu tio que faz cara de espanto ao vê-lo.
- Mario , cade il rispetto , dove sono i tuoi vestiti (Mario, cade o respeito, onde está sua roupa)? – perguntou meu tio visivelmente constrangido.
- Scusate ragazzi , ho dimenticato che ero da solo (Desculpa pessoal,eu esqueci que estava sozinho) – disse Mario envergonhado puxando a toalha do seu ombro e se cobrindo com ela.
- Ma non sei solo Mario , per piacere alla gente (Mas você não está sozinho Mario, mais respeito por favor) – meu tio era sistemático quanto a isso, eu mesmo não ando nem de cueca pela casa, imagina um homão desses andando pelado no quarto com seu sobrinho, meu tio reprendeu ele mesmo.
Mario estava sem graça pois ficou vermelho feito um tomate, foi na sua bolsa e pegou a roupa e voltou para o banheiro, depois que fechou a porta voltei a conversar com meu tio.
- Tio eu tenho que me arrumar também – disse a ele que estava mais calmo.
- Tudo bem, disse ele bagunçando meu cabelo, mas não demore pois quero sair logo pra podermos aproveitar mais – disse ele abrindo a porta do quarto e saindo.
- Ok – respondi, ele fechou a porta e eu fui até minha mochila, separei sunga, shorts, camiseta, protetor, óculos de sol e coloqueri tudo na minha mochila menor, além de uma muda de roupa que eu usaria depois.
Mario saiu do banheiro envergonhado e eu ri da cara dele, é engraçado a intimidade que se pega com a pessoa depois que você dorme com ela.
- Non preoccuparti Mario , mio zio è come quella (Não se preocupe Mario, meu tio é assim mesmo) – disse sorrindo e dando um soquinho no ombro dele para tranquiliza-lo.
Depois disso entrei no banheiro e tomei um banho rápido, fiz minha higiene bucal e sai, Mario me esperava sentado no quarto, eu peguei e minha mochila e fiz sinal para irmos encontrar meu tio, mas ele que estava sentado e sério na cama me chamou e pediu para me sentar com ele. Voltei e sentei perto dele, ele pegou na minha ão e me olhou.
- Fernando , che ha dovuto questa mattina è stato molto buono , mi hai dato un sesso incredibile, era stato a lungo da quando ho sentito questo tipo di piacere , ma io sono il tuo uomo migliore e non posso fare questo con te , mi piaci come un bambino e volevo che tu mi perdoni (Fernando, o que tivemos de nessa madrugada foi muito bom, você me deu uma transa incrível, já fazia tempo que não sentia esse tipo de prazer, mas sou seu padrinho e não posso mais fazer isso com você, eu gosto de você como um filho e queria que você me desculpasse) – disse me olhando com ternura enquanto uma das mãos segurava na minha enquanto a outra estava no meu ombro.
Eu entendi ele, pois apesar da madrugada ter sido maravilhosa foi só sexo, foi um momento de tesão entre eu e ele, depois que ele me disse isso eu fiquei aliviado, pois por mim não voltaria a transar com ele, ainda mais depois que ele me disse que era meu padrinho, claro que no momento de tesão eu não me importei, mas agora é diferente, já vejo ele como um tio, alguém da família.
- Mario Capisco perfettamente e apprezzo si apre anche a me perché anche io non voglio che ciò accada , è che vedo come uno zio , ma vi assicuro , non essere dispiaciuto e non mi scuso perché volevo troppo , da ora siamo padrino e figlioccio (
Mario eu entendo perfeitamente e agradeço por você se abrir comigo assim, pois eu também não quero mais que isso aconteça, já te vejo como um tio, mas lhe garanto, não fique arrependido e nem me peça desculpas pois eu quis também,a partir de agora somos padrinho e afilhado) – eu percebi que uma feição de alívio surgir em seu rosto e um sorriso também, eu definitivamente me apeguei a Mario mas não sexualmente falando, saber que ele era um elo do que me ligava ao meu pai me fazia sentir ele perto de mim.
Mario abriu os braços e me deu um abraço de urso, eu retribui o abraço e vi uma lágrima escorrer do seu rosto, ele definitivamente estava feliz e eu também, sua história era triste, perdeu mulher e filho, se fosse pra ele ter o sentimento de ter uma família de novo ou o amor parecido com o de um filho eu seria feliz em transmitir isso a ele.
Descemos e encontramos meu tio no que já estava impaciente nos esperando no restaurante do hotel para tomarmos café.Após o café pegamso nossos pertences e partirmos rumo ao resort que fica próximo a Caldas Novas, chegamos lá e da cara vi a caminhonete do seu Antônio e o carro do meu primo estacionados próximo de onde nós estacionamos.Entramos no resort e decidimos ir pra parte dos chuveirinhos e tobogã pois a criança aqui gostava de brincar neles.Mario olhava de um lado a outro maravilhado e as pessoa olhavam Mario com cara de surpresa ou medo, era engraçado, meu tio me olhava com um sorriso, ele estava feliz por mim, parece que pra ele era a sensação de dever cumprido.
Decidimos ir logo pra área dos quiosques e não ir ao vestiário já que estávamos com roupa de banho por baixo e só era necessário tirar a roupa de cima. Feito isso eu estava usando uma sunga box preta que ficou interessante em meu corpo de ursinho, o preto dava contraste no branco, senti meus pelos da barriga, peito e perna curtindo o ventinho quente do cerrado, meu tio em Mario estavam de sunga vermelha e azul e perto deles eu me sentia pelado já que a quantidade de pelos nos peitos, braço , pernas e barriga era consideravelmente mais que os meus.
Acabamos virando o alvo de atenção de homens e mulheres que hora nos nos olhavam com cobiça e hora nos olhavam surpresos isso por causa de Mario que insistia em observar todos com cara fechada enquanto tirava suas roupas. Eu fiquei um pouco envergonhado com meu corpo, pois não era comum eu usar sunga , mas como estava muito calor, mas tirei isso da cabeça quando vi alguns caras com meu perfil ai me soltei.e chamei meus companheiros para ir pras piscinas de água quente. Meu tio declinou dizendo que logo encontrava a gente, que queria beber alguma coisa, isso era conversa, meu tio não é acostumado a frequentar lugares com muita gente, é a desculpa até ele se soltar também, mas Mario não quis beber com ele e aceitou ir comigo pra piscinas, vi um olhar de ciúme nascer no rosto de meu tio mas deixei pra lá era até divertido ver isso.
No caminho para as piscinas eu fui apresentando algumas coisas pro Mario, como as palmeiras que ele ficou encantado e disse que na Europa não eram comuns, expliquei que se tratava do babaçu e que era comum da região do cerrado brasileiro, também expliquei a ele que na região onde se encontra a cidade e o resort é um antigo vulcão inativo. Mario ouvi tudo com atenção e olhava ao redor pra ver as coisas, definitivamente ele ia aproveitar mais que eu.
Continuamos andando e eu mostrando as coisas pra ele. Decidi mostrar ao Mario o maior tobogã do complexo, pois se ele já estava maravilhado com o que ele tinha visto e eu contado ele iria adorar descer no tobogã. Ao passar próximo a um dos restaurantes r me deparo com uma cena que estava torcendo pra não acontecer nesse fim de semana, vejo sentado em uma mesa com várias garrafas de cerveja em cima Marcos, Giovanna, Luiz e a piranha da Stephany agarrada nele, que porra, de longe vi que ele sorria e conversava animado com o grupinho, fiquei puto pois não esperava esbarrar com eles, eu sabia que estariam aqui, sabia do risco de encontrar com eles, mas não que seria tão rápido.
Mario percebeu e olhou na mesma direção que eu, quando ele viu quem era rapidamente foi na direção deles pra cumprimenta-los, eu não sai do lugar só me encostei em um dos pés de babaçu próximo a borda do calçamento e fiz que estava distraído com o movimento ao redor, eu fiquei puto com a cena que vi, mas me lembrei da madrugada com Mario, dos meus amigos e tio e a raiva diminuiu, lembrei também que esse final de semana era pra curtir e eu faria isso mesmo, doa a quem doer.
Ouço meu nome ser chamado e olho em direção a mesa dos “casais”, Mario está sorridente acenando pra mim me chamando pra ir até lá, vejo que todos estão me encarando, eu penso em recusar mas não pegaria bem, posso ser tudo menso mal educado,eu engulo em seco respiro fundo olho ao redor e vou, enquanto percorria aqueles poucos metros que até o restaurante fui dizendo pensando, sou superior não vou cair na graça do meu primo e nem dar ideia pra Luiz.
Vou me aproximando da mesa onde estavam sentados e Mario sorria tentando ser cordial. Todos me encaravam Marcos me analisava de cima a baixo com um risinho cínico, Giovanna e Stephany me olhavam com deboche, mas era o olhar de Luiz um misto de culpa e alegria que me deixou intrigado.Me aproximei e cumprimentei todos de uma vez.
- Olá – disse seco a todos, percebi que o clima pesou e meu primo que estava calado sorriu irônico e se manifestou.
- Sabe Fernando – disse ele me analisando – você devia saber que sungas são pra pessoas magras – debochou e as duas hienas louras deram um risinho. Eu fiquei com vergonha, olhei pro Luiz e ele se encolheu, grande bosta, Mario mesmo não falando nosso idioma entendeu que foi alguma ofensa e fechou a cara pra todos, eu prometi que não ia cair nas graças dele mas não deu.
- Engraçado Marcos, eu não perguntei sua opinião, você devia procurar olhar pro seu rabo e não pro dos outros , se é que você me entende – ironizei.Ele não gostou da resposta e rebateu.
- Até por que muitos olham pro seu não é Nando? – perguntou com deboche e as meninas riram alto agora.
- Nando Marcos vamos manter... – interrompi Luiz.
- Luiz não pedi sua ajuda, eu tenho boca pra me defender, não preciso que façam isso por mim – disse seco a ele que voltou pra seu lugar, todos me olharam surpresos com o meu comportamento porém não me intimidei.
- Olha como você fala com os outros Fernando,assim vou ter que te ensinar a ser educado– disse meu primo querendo me pegar pelo ombro. Mario foi mais rápido e segurou ele pelo pulso.
- Mark per tutto ciò che è santo e l'amicizia che hanno con il padre , ma se avete il coraggio toccare il Fernando Ti insegnerò maniere (Marcos por tudo que é mais sagrado e pela amizade que eu tenho pelo seu pai, mas se você tocar no Fernando eu vou te ensinar boas maneiras) – Mario falava calmo e tranquilamente com Marcos que se sentou novamente ficando sem ação, ele não seria louco de confrontar Mario.Algumas pessoas ao redor acompanharam o ocorrido e ficaram nos encarando com medo de que algo fosse acontecer.
- O que está acontecendo aqui – disse um funcionário se aproximando, sua feição era de medo já que Mario olhou ele de cara fechada.
- Nada! Encontramos uns amigos mas já estamos de saída, desculpe o transtorno – disse puxando Mario pela mão e indo em direção a saída do restaurante.
Mario e eu saímos sem olhar pra trás e quando chegamos a um quiosque ele já estava calmo, então ele me perguntou o por quedo meu primo me tratar daquele jeito.Quando eu ia responder meu tio aparece.
- Até que enfim achei vocês – disse ele se sentando – se divertiram sem mim pelo jeito – vi um pouco de ciúmes nesse comentário.
- Não tio – disse olhando sério pra ele – encontramos Marcos e Luiz ali no restaurante e Mario foi cumprimentá-los – apontei onde eles estavam, todos nos olhavam sérios.
- Já sei – disse ele se virando de novo pra mim – seu primo foi mal educado contigo? – perguntou ele preocupado.
- Foi – disse sério – mas não se preocupa tio, eu não rendi assunto – completei.
- Menos mal Nando – disse ele aliviado.
- Mas o Mario repreendeu ele – disse pro meu tio que olhou de mim pra Mario.- Como assim, Mario quello che hai fatto( Mario que você fez)? – perguntou meu tio sério pro Mario
Mario então juntou as mãos e olhou pro meu tio.
- Geovane mi scusi , ma mi è stato scortese con Mark ha minacciato di danneggiare l' Fernando e io lo difese dicendo che se mi appoggiai che avrebbe insegnato le buone maniere a lui (Geovane me desculpa, mas eu fui mal educado com o Marcos ele ameaçou de agredir o Fernando e eu defendi ele dizendo que se encostasse nele eu iria ensinar boas maneiras pra ele) – Mario estava envergonhado e temeroso sobre como meu tio iria reagir.Tio Geovane olhou dele pra mim e começou a rir, sim riu alto inclusive e olhou pra mesa onde estava meu primo e fez sinal de negativo.
- L'hai fatto anche Mario ? Marcos dovrebbe essere così lontano riprendendo dalla paura lo hai dato per che con questo di fronte al male anche io sarei intimidito (Você fez isso mesmo Mario?Marcos deve estar até agora se recuperando do susto que você deu nele, até por que com essa cara de mal eu também ficaria intimidado) – Mario sorriu aliviado e depois de alguns minutos conversando e rindo sobre isso nos levantamos pra ir as piscinas.
- Está tudo bem mesmo filhote – perguntou meu tio me fazendo parar para encara-lo enquanto Mario se distanciava.
- Sim tio, eu estou bem – sorriso timidamente – não precisa se preocupar – ele passou seu braço por mim e seguimos rumos as piscinas.Definitivamente o domingo não iria ser um dia típico.
Continua....
