VI- Blank Space.
“Prazer em te conhecer, onde você esteve? Eu posso te mostrar coisas incríveis, Mágica, loucuras, paraíso, pecado, Te vi ali, e eu pensei "Ai meu Deus, olhe esse rosto", Você parece o meu próximo erro, O amor é um jogo, quer brincar? Então, irá durar para sempre, Ou acabará em chamas, Você pode me dizer quando estiver terminado”
Quando sai pra cozinha sinto um cheiro de café invadir minhas narinas, acompanhado de um delicioso cheiro de bolo de fubá, preciso disso, hoje meu dia vai ser longo.
Narrado Por Matt.
Tento a todo custo me prende ao sono, ao sonho, que estava tendo, mas as batidas incessantes da porta me despertam. Porra! Quero matar quem me acordou. Me levanto cambaleando e pulo na porta:
Eu- OQUE E? – disparo, mas percebo que e a Rachel.
Rachel- calma, só vim te chamar pro café. – ela tenta me beijar mas eu desvio, involuntariamente, mas só percebo quando e tarde demais. – oque foi isso? – ela me olha com certa raiva, cara esse dia vai ser longo.
Eu- nada. – coço minha cabeça. – eu não escovei os dentes, tô com a boca suja. – invento, só que na verdade não tenho a mínima vontade de beija-la, e sempre assim pela manhã. – vou tomar um banho e já vou pra mesa.
“Então, ei, vamos ser amigos, Estou louca para saber como esse acabará, Pegue seu passaporte e a minha mão, Eu posso fazer os caras maus, bonzinhos por um fim de semana, Então irá durar para sempre, Ou acabará em chamas, Você pode me dizer quando estiver terminado, Se os momentos bons superaram a dor, Tenho uma longa lista de ex-namorados, Eles te dirão que sou maluca, Pois, você sabe, eu adoro os jogadores, E você ama o jogo”
Corro pro banheiro, quando tranco a porta sinto um alivio, suspiro, todos os beijos que a dei, todos sem exceção, foram tentado parecer que eu estava beijando o Darren. Ah Darren, aquele sonho. Fecho meus olhos me recordando de momentos atrás. Faz anos que só tenho pesadelos e ele sempre me culpa, mas agora... foi diferente, tudo foi diferente, ele não me culpa, claro que ele não me culparia. Eu que sou um estupido por pensa que ele me culparia, mesmo em sonho. Ele nunca iria quere me magoar, mas esse sonho foi tão real, “quero que prometa que nunca mais vai ficar triste por mim”, vai ser difícil mas eu vou tentar, prometi que não iria ficar triste, mas não prometi que ficaria alegre ou mesmo seria feliz ao lado da Rachel. Agora, voltando pra casa não tenho tanta certeza se quero me casar com ela.
Depois de fazer todas as minhas necessidades vou pra cozinha, estou vestido em uma das camisas claras do Darren, ele adorava roupas claras, rosa, azul bebé, branco, amarelo, verde claro, essas cores ele adorava, e eu também gostava quando ele as usava, principalmente as azul bebé, ele ficava parecendo um anjo com elas, tão inocente, tão puro, e seus olhos se destacavam com elas, aqueles olhos azuis que eu tanto amo.
Sento na mesa ao lado da Rachel:
Pai- como você está? – ele me olha atentamente, sei que ele me culpa e mais que isso, se culpa, muito mais que qualquer um, mais que eu.
Eu- tô bem, acho que fiz bem em vir pra cá.
Ele me olha espantado e minha mãe também, como um pedaço de pão e sorrio discretamente. Estou vestido em um short xadrez branco com linhas azuis e vede claro, um chinelo branco e a camisa azul bebé do Darren, ele adorava ela, mas eu sempre reclamei que ela era enorme, agora parece que foi feita pra mim, estou usando óculos de sol apesar do sol estar aparecendo ainda. Resolvo caminha e visitar a Dona Rosa.
“Pois somos jovens e imprudentes, Levaremos isso longe demais, Vai te deixar sem fôlego, ou com uma cicatriz horrível, Tenho uma longa lista de ex-namorados, Eles te dirão que sou maluca, Mas eu tenho um espaço em branco, querido, E escreverei seu nome, Lábios de cereja, céus de cristal, Eu posso te mostrar coisas incríveis, Beijos roubados, mentirinhas, Você é o rei, querido, sou sua rainha”
Narrado Por Darren.
Eu- vai ficar bem sozinha? – pergunto pela milésima vez, o dia está tão lindo que resolvo sair pra andar de bicicleta, ela tem uma só não usa.
D. Rosa- vou meu filho, você precisa arejar suas ideias, vai fazer bem sair um pouco, fora que o dia está tão lindo.
Eu- e mesmo. - vou ate as rosas brancas e tiro uma, coloco atrás vez da peruca atravessando minha orelha. – elas estão lindas essa manhã, tudo está lindo.
D. Rosa- vai aproveitar o dia.
Eu- volto mais tarde.
Subo na bicicleta, ela e azul bebé, minha cor preferida, tenho que troca minhas roupas, eu gosto de roupas claras mas se eu quiser me aproximar do Matt tenho que ir com calma, comprei uma lentes de contato pra mim, pretas, por isso deixei os óculos de lado e ainda escondi a cor dos meus olhos. Quando me olhei no espelho essa manhã quase tive um treco, aquele ali não era eu, confesso que não gostei muito mas e o que temos pra hoje. Estou vestido com um short verde agua e uma camisa t-shirt branca, depois me preocupo com minha vestimenta. A manhã está linda, todas as casas com a grama devidamente cortada, com cercas brancas ao redor do jardim. As arvores que vão por toda a rua, parece cena de filme, as folhas caindo, o vento soprando meus cabelos, o sol entrando saliente pelas frestas que tem nas arvores, fecho meus olhos por um momento e o aprecio, uma paz me invade e tão quente e limpa. Mas essa paz não dura muito.
“Descobrirei do que você gosta, Serei essa garota por um mês, Mas o pior ainda está por vir, Gritando, chorando, a tempestade perfeita, Eu posso fazer os jogos virarem, Uma rosa cheia de espinhos, Fazer você se perguntar, "Ai meu Deus, quem é ela? ", Eu fico bêbada de ciúmes, Mas você voltará todas as vezes que fugir, Pois lindo, eu sou um pesadelo vestido de sonho”
Quando percebo estou no chão, ralei meu cotovelo. Droga! Acabei atropelando alguém. Me levanto em um pulo e pego o cara pelo braço:
Eu- sinto muito, eu não te vi, você está bem? – quando vejo quem e meu folego some. – MATT?!
Dou um salto pra trás e me coloco em posição de luta, ele sorri e se limpa, me olha torto um fico imóvel em posição de soldado e ele ainda sorri:
Matt- como sabe meu nome. – ele se aproxima.
Eu- eu não sei... quer dizer, sei... que dizer, não... sim! Eeeeeeee... oque mesmo?
Ele sorri e eu também, olho bem pra ele:
Eu- está usando minha camisa. – sorrio, ele arregala os olhos, OH MERDA! – quer dizer, que camisa bonita, onde comprou?
Matt- eu...
Eu- deixa pra lá, já assistiu Titanic?
Matt- não mas...
Eu- eu também não, o filme nem era tão bom. – pensa porra. – está com fome? está com fome ne? tem um restaurante aqui perto...
Matt- calma...
Eu- não? Tudo bem o lugar e um porcaria mesmo... desenhos? gosta de desenhos por que eu... – ele segura meus lábios com os dedos.
Matt- calma. – ele está sorrindo alegremente.
Eu- vuuu tantar ficar camo. – falei meio torto por que ele tava segurando meus lábios.
Matt- respira. – respirei fundo tentando me recupera do susto, de todas as pessoas no mundo eu tinha que tombar justo com ele? – agora devagar fala, qual seu nome?
Eu- Darrrrrr... – me dei um tiro mentalmente, que droga.
Matt- Darrr? – ele franze a testa e sorri.
Eu- Da-Da-Da-Darlin. – que porra de nome foi esse?
Matt- bem, acho que você já sabe mas, meu nome e Matheow.
Eu- prazer... – toquei sua mão e senti um formigamento atingir minha mão. – sou eu ou...
Matt- eu também... bizarro. – cara se eu ficar aqui mais tempo vou babar nele, como ele tá lindo com esse óculos.
Eu- bem... Dona Rosa me falou muito sobre você...
Matt- conhece Dona Rosa? – ele me olha desconfiado.
Eu- hum sim! Ela e minha avó. – sorri nervoso. – bem eu tenho que ir babar em você... que dizer, compra pavê.
Sai correndo com a Bike, mas ainda pude ouvir um tchau dele meio entre um sorri. Corri e montei na bike, cara esse foi o maior mico que eu já paguei em minha vida e agora eu tenho que compra pavê, num sei nem que diabos e isso.
“Então, irá durar para sempre, Ou acabará em chamas, Você pode me dizer quando estiver terminado, Se os momentos bons superaram a dor, Tenho uma longa lista de ex-namorados, Eles te dirão que sou maluca, Pois, você sabe, eu adoro os jogadores, E você ama o jogo, Pois somos jovens e imprudentes, Levaremos isso longe demais, Vai te deixar sem fôlego, ou com uma cicatriz horrível”
Narrado Por Matt.
Sorri olhando pro... Darlin se afastando as pressas, foi hilário, ele surtou quando me viu, não parrou de falar coisas sem noção. Sorri de novo. É, parece que foi mesmo bom eu ter voltado. Olho pro chão e vejo uma rosa branca lá, deve ser dele, deve ter caído, me abaixei e peguei-a, conheço essa rosa, são as preferidas do Darren e por aqui só a Dona Rosa as tem. Caminha com a rosa na mão ate a casa dela, e a encontro como esperado, com um chapéu e luvas cuidando das flores. Dona Rosa e um a mulher muito especial, ele convenceu o Darren a voltar pra casa quando ele fugiu por umas cinco horas, não sei o que ela disse mas ele voltou muito feliz, desde então ele passou quase todos os dias aqui com ela, na verdade ele que acabou ajudando ela, ele nunca soube mais ela está tendo depressão e as rosas a ajudaram e supera-la:
Eu- ouvi dizer que tinha uma rosa que cultivava rosas por essa região... – ela me olhou e sorriu alegremente . – vim dar uma olhada e o que eu vejo não e uma rosa, e sim a mais bela das rosas dando vida a outras.
D. Rosa- deixe de tolices e de cá um abraço.
Corro ate ela a abraço, faz tanto tempo. Ela me conduz até dentro da casa, ficamos colocando assunto em dia, contei como tem sido a vida sem o Darren do meu casamento, que claro fiz questão de convida-la, apesar de não estar bem certo de que quero mesmo que aconteça:
Eu- e aproposito, conheci seu neto. – tomei um pequeno gole de chá, não tomo mais café de jeito nem um, fico meio travado pra dormi depois, apesar de ainda ser cedo.
D. Rosa- neto? Que neto...
- ai vovó como você está?
“Tenho uma longa lista de ex-namorados, Eles te dirão que sou maluca, Mas eu tenho um, espaço em branco, querido, E escreverei seu nome, Meninos só querem amor se for tortura, Não diga que eu não, diga que eu não te avisei, Meninos só querem amor se for tortura, Não diga que eu não, diga que eu não te avisei, Então, irá durar para sempre, Ou acabará em chamas, Você pode me dizer quando estiver terminado, Se os momentos bons superaram a dor”
Narrado Por Darren.
Fui até a Dona Rosa abracei, ele se levantou:
D. Rosa- oi meu neto lindo... – ele sorriu amarelo. – que nome voxe escoeu? – ele falou por entre os dentes ainda com um sorriso.
Eu- Darlin. – ele me olhou e me abraçou de novo.
D. Rosa- que nome e exe? – falou ainda por entre os dentes.
Eu- foi o que deu pra arranja.
Matt- estão bem? – ele sorriu.- a vida com ele por aqui deve ser interessante.
- que nada. – falamos juntos.
Eu- bem vou deixar vocês conversarem. – olhei pra ela como quem diz “me da uma mão”.
D. Rosa- bem Matt, eu não queria abusar mas, eu já sou uma velha, frágil e franca. – cara adoro quando ela faz esse drama. – e esse cabeçudo não conhece nada por aqui... – ela o olhou com cara de cachorro que caiu do caminhão da mudança. – você poderia fazer um imenso favor de leva-lo pra conhecer a cidade, em? – ela bateu os silícios.
Matt- claro, quando pode ser? – ele sorriu, e eu congelei.
D. Rosa- que tal agora? Claro, se não tiver problema. – ela continua se fazendo de frágil, sorriu de canto.
Matt- claro podemos ir!
Ele se levantou. O que agora? Ficou doida veia? Ah meu Deus:
Eu- isso vai da meerrrdaaa. – falei cantando por entre os dentes.
Ela sorriu. Bem lá vamos nós.
“Tenho uma longa lista de ex-namorados, Eles te dirão que sou maluca, Pois, você sabe, eu adoro os jogadores, E você ama o jogo, Pois somos jovens e imprudentes, Levaremos isso longe demais, Vai te deixar sem fôlego, ou com uma cicatriz horrível, Tenho uma longa lista de ex-namorados, Eles te dirão que sou maluca, Mas eu tenho um espaço em branco, querido, E escreverei seu nome”
