Meu vício é você! CP. 4

Um conto erótico de Dotosa
Categoria: Homossexual
Contém 2479 palavras
Data: 04/07/2016 21:55:10
Última revisão: 05/07/2016 06:18:27

Minhas pernas doíam, eu não havia parado um minuto sequer naquela noite, o bar estava demasiado*¹ lotado para fazermos isso.

- Jacob tem como ir naquela mesa? Já estou com três nas costas.- Leonardo falou correndo para cozinha com papéis na mão.

- claro!- falei enquanto passava com uma bandeja de petiscos, a deixei na mesa e peguei a cardeneta indo para mesa que ficava do outro lado do estabelecimento.- boa noite- falei procurando a caneta.- como posso ajuda-los?- os olhei, e sorri, Taylor estava ali com dois rapazes. Eu não o via a dois dias, mas nos falamos muito por mensagem.

- vamos querer as sugestões do chefe, dois cosmopolitan*² e um Manhattan*³.- ele disse amigavelmente.

- okay.- anotei.- alguns minutos e eu trago.- me retirei o mais rápido que podia, voltei para cozinha e entreguei um papel para o cozinheiro e depois o outro para o barman. Mal me encostei na parede e vi outro braço levantado, respirei fundo coloquei um sorriso no rosto e os fui atender.

- boa noite, como posso ajuda-los?- um dos homens me olhou fixamente.

- uma vodka e um uísque.- anotei e ele continuou a me analisar com uma sobrancelha erguida.

- algo mais?- senti sua mão alisando minha perna oque fez com que eu me esquivasse rapidamente.

- calma, não vou te machucar.- ele puxou meu braço.

- vejo que não quer mais nada.- me soltei logo em seguida virando, pude ver Taylor algumas mesas a frente me observando. Depois de alguns minutos peguei a bandeja e levei até sua mesa, quando estava saindo ele me chamou.

- Jacob, que horas esse lugar fecha?- ele disse pegando seu Manhattan.

- vocês se conhecem?- um de seus colegas disse me olhando.

- sim, ele é o cara que alugou uma das casas.- Taylor respondeu.

- mentira! Você é o cara?!- ele disse baixo, porém, entusiasmado.

- como assim?- pronunciei me aproximando.

- as meninas da comunidade não param de falar de você! Mal chegou e já está arrasando corações.- Taylor olhou para o amigo e sorriu.- cuidado, os caras estão de olho em você.- o homem de cabelos castanhos pegou um petisco e colocou na boca.

- porque?- falei olhando ao meu redor

- ciúmes.- olhou para Taylor.- vou pra mesa de sinuca.- ele se levantou juntamente com o outro que não havia dito nada e foi jogar.

- bom, dias de semana fechamos as duas da manhã. E finais de semana as quatro.

- nossa, quando você posa ?- sorri.

- os trabalhos de modelo não aparecem sempre.- voltei ao trabalho logo depois do gerente chamar minha atenção.

Trabalhei por mais duas horas e finalmente pude ir embora, comecei a andar pela rua que estava escura e deserta, vi um carro a minha frente, mas não me importei.

- ei garoto!- ouvi uma voz atrás de mim e continuei andando.- qual é? não vou te machucar.- senti alguém pegando no meu braço, me virei.

- você denovo não! Qual o seu problema?!- olhei para o mesmo homem que alisou minha perna no bar.

- não importa se você é gay ou não! Vai vir comigo!

- não mesmo!- me soltei.

- eu não te perguntei se queria! - ele se aproximou, pude dar um soco em seu rosto e corri, sabia que ele estava atrás de mim, eu podia ficar e bater nele, mas nunca fui bom de briga e não sabia se aquele maluco estava armado.

Quando estava prestes a passar pelo carro a porta se abriu, um homem saiu e agarrou meu braço, num movimento rápido ele tirou algo de sua cintura e apontou para o homem que corria atrás de mim.

- se eu fosse você dava meia volta, não estou num dia muito bom.- eu conhecia aquela voz.

- Taylor...- pronunciei boquiaberto. Depois que estávamos sozinhos ele guardou o revólver e se virou totalmente ficando de frente pra mim.

- você está bem?- ele esticou sua mão direita para coloca-la no meu rosto, mas me esquivei.- oque foi?

- você tem uma arma...- falei dando um passo pra trás.

- não faz assim.- ele pegou no meu braço.- entra.- ele me puxou cuidadosamente até o outro lado do carro, eu não conseguia esboçar nenhuma reação, ainda estava em choque.- vou te levar.- entrei no carro e coloquei o sinto. Começamos a andar, um silêncio constrangedor se instalou ao nosso redor, minha cabeça estava encostada na janela enquanto eu observava a paisagem.

- quero ir pra minha casa.- falei ao ver que ele estava pegando um caminho diferente.

- não, você não vai.- ele disse se concentrando ainda mais no caminho

- para o carro.- disse tirando o sinto.

- liga pra sua mãe e diz que não vai dormir em casa.

- eu vou dormir em casa!

- não vai! Precisamos conversar, ou você acha que não sei que você está em choque?!- liguei pra minha mãe e expliquei que não iria dormir em casa, quando desliguei ele parou em frente à sua casa, abriu o portão automático e entrou.- vamos.- ele saiu do carro acompanhado por mim, andamos em silêncio até a sala.

- oque você quer?- falei me encostando na parede.

- um obrigado talvez.- ele colocou as mãos no bolso da calça.

- você anda por aí armado.

- então não vai agradecer?

- obrigado! Está feliz?!- ele se aproximou.

- não! Eu gostaria que fosse mais atencioso, afinal, eu salvei sua vida!

- e se eu não for?! Vai usar sua arma em mim?!-não nos preocupamos em saber se tinha ou não outras pessoas dentro daquela casa, nossa raiva era oque dominava no momento. Ele se aproximou, eu podia ver raiva e frieza no seu olhar, uma veia no lado esquerdo da sua testa pulsava nitidamente.

- se eu não estivesse com a porra dessa arma você poderia estar morto nesse exato momento!- ele gritou fazendo meu ouvido tremer.

- é isso que te faz ser respeitado?! É com isso que trabalha?!- dei um passo para trás e senti a parede nas minhas costas.

- oque diabos te importa?! Oque você tem a ver com isso?!- ele se aproximou mais uma vez, meu corpo gelou, eu não conseguia dizer nem sentir mais nada além de medo.

- exatamente! Oque você tem a ver com a minha vida?! Oque te importa se eu seria morto ou não?!- ele continuou parado me observando.- me deixa ir embora.

- não.

- eu quero ir embora.- falei mais duramente.

- eu disse que não. Você vai ficar aqui porque está tarde.- ele disse mais calmo ficando a alguns centímetros de mim.

- por favor.

- por favor digo eu! Chega! Eu já decidi.- olhei nos seus olhos.- o seu problema é a arma, não é?- ele a tirou da cintura.- então pega.- ele a estendeu em minha direção.

- tira as balas.- ele suspirou indicando cansaço, suas mãos foram até o revólver e tirou as balas as deixando dentro de um pote colocando o mesmo na estante.- obrigado.- falei enquanto ele se aproximava, senti seus dedos ficando em volta do meu pulso.

- se sente melhor?

- um pouco.- ele pegou na minha cintura.

- não queria te assustar.- ele me puxou para si grudando nossos corpos.- precisa relaxar.- ele me puxou escada a cima e me levou até o banheiro.

- uma banheira.- falei sorrindo tentando me distrair.

- fique à vontade.- ele saiu, enchi a banheira com água quente, me despi, entrei e fechei os olhos. Depois de alguns minutos ouvi a porta se abrir, Taylor entrou e começou a tirar a roupa, eu olhava cada curva do seu corpo e como ele era lindo.- se você continuar me olhando desse jeito vou ficar com vergonha.- ele sorriu e se aproximou.- você pode ir pra frente?- me afastei enquanto ele entrava devagar derrubando um pouco de água, ele sentou me deixando entre suas pernas, encostei a parte de trás da minha cabeça no seu ombro.

- obrigado.- pronunciei enquanto seus braços me envolviam num abraço apertado.

- bem relaxante isso, né?- o olhei de lado.

- sim, acho que vou acabar dormindo.- sorri.

- não mesmo, nós vamos relaxar aqui pra depois desmaiarmos na minha cama.- dei um beijo no seu queixo.

- okay.- fechei os olhos.- eu sei que é chato...

- são aqueles assuntos super desagradáveis?

- no que você trabalha?

- deixa isso pra lá.

- você precisa de uma arma pra isso?- ele suspirou, senti seu peito subir e descer rapidamente.

- eu cobro as pessoas que devem para o chefe.

- como assim?- ele deu um beijo no meu ombro.

- da comunidade.- sussurrou no meu ouvido.

- você mata?!- falei assustado.

- deveria.- ele pegou minha mão.- mas eu te juro, de todo meu coração que nunca matei ninguém. Eu ameaço, ando armado, mas matar não, eu não me sentiria bem.- Apertei sua mão.- ele morreu assim.- eu tinha pego no seu ponto fraco, o pai.

- tudo bem, eu não pergunto mais nada.

- ótimo.

- por enquanto.- ele sorriu.

- posso dar medo, mas diz, eu sou gostoso pra caralho.

- você não dá medo justamente porque é gostoso.- ficamos na banheira abraçados por longos minutos.- Taylor?- o chaqualei.

- diz.

- eu to dormindo aqui.- ele se movimentou, pegou duas toalhas e me jogou uma, sai da água e me sequei juntamente com ele.- deixei minha roupa no banheiro.- ele mexeu no guarda-roupa.

- você não vai dormir com aquela roupa desconfortável.- ele jogou uma camisa com um short de jogar futebol.- veste, sua bunda vai ficar bem mais realçada com isso.

- Taylor!- falei jogando a toalha nele.

- mas se quiser ficar assim eu não ligo.- ele riu, senti minhas bochechas ficarem quentes, eu estava corado. Coloquei a roupa rapidamente, me deitei ficando debaixo das cobertas.- nossa que abusado.- Taylor disse se deitando.

- eu sei que você gosta.- falei dando um sorriso malicioso, ele me puxou.

- quero colo.- me ajeitei na cama, ele colocou a cabeça no meu peito entrelaçando nossas pernas.

- no fundo é um crianção.- falei alisando seu cabelo.

- cala a boca.- senti sua mão descendo pela minha barriga entrando no short e se envolvendo no meu pênis.- boa noite.

- e essa mão aí?

- isso é um escudo.- ele disse sorrindo. Fechei os olhos, não demorou muito e eu já estava mergulhando nos meus sonhos.

Acordei com um peso sobre mim, Taylor beijava meu pescoço carinhosamente, abri os olhos e soltei um sorriso.

- são que horas?- o empurrei.

- dez horas.- o olhei.

- é sério? Eu não dormi nada.

- eu também não, não queria ficar acordado sozinho então te acordei.- dei um tapa leve no seu braço.

- e oque vamos fazer agora?

- bom...- ele me puxou, deitei minha cabeça no seu peito enquanto ele entreleçava nossas mãos.- a gente pode fingir que transou a noite inteira, e que estamos super felizes, ficamos fazendo carinho um no outro e dormimos.- olhei pra cima.

- você está basicamente dizendo que me acordou porque queria carinho?

- exatamente.- comecei a acariciar sua barriga enquanto ele fazia um cafuné.

Comecei a ouvir passos pesados que pareciam vir na direção do quarto onde estávamos, Taylor se levantou num pulo, correu até a porta e a trancou.

- Taylor?!- uma voz potente pronunciou.- Taylor!- ele batia na porta com força, parecia apressado.

- não acredito!- ele sussurrou.- pega essa coberta e esse travesseiro, coloca no chão e finge que está dormindo.- seus lábios se chocarão nos meus num selinho rápido.

- Taylor! Pelo amor de Deus!- o homem bateu com mais força na porta me assustando.

- já vai tio!- ele disse fazendo uma voz de sono.- belo jeito de acordar às pessoas.- ouvi ele indo até a porta e a destrancando.

- que demora! Precisamos conversar!- eu não via nada porque a cama era box, mas sabia que eles estavam perto. Me virei e fingi está dormindo.

- fala mais baixo, um colega meu está dormindo.- eles se aproximaram mais.

- e porque ele está aqui se tem quarto de hóspedes?

- nós voltamos de um bar ontem, ele exagerou e caiu aí.

- vamos logo conversar.

- só deixa eu me trocar, vai decendo.- ouvi passos.- Jacob.- ele se sentou em cima de mim.- vai ficar?- peguei na sua cintura.

- não.- ele se inclinou, colocou seu rosto no meu pescoço.

- me desculpe por hoje de madruga, eu estrapolei.- passei as mãos pela sua coxa indo até sua bunda.

- tudo bem...- ele levantou sua cabeça e ficou me encarando.- obrigado.- ele se aproximou e chocou nossos lábios.

- pensei que ia rolar o maior beijão cheio de mãos bobas, mas não, você vem e me dá um selinho.- sorri.

- eu acabei de acordar, creio que isso não seja muito agradável.- ele me deu um beijo na testa.

- vá pra casa descansar, parece que tenho muito trabalho hoje.- ele se levantou e me puxou.

- preciso da minha roupa.- ele saiu correndo e voltou do mesmo jeito com minhas peças de roupa.

- você ficou uma delícia na minha roupa.- ele me abraçou por trás colocando seus braços em volta da minha barriga. Me virei lhe dando alguns selinhos. Depois de colocar a roupa sai da casa, eu queria ver o tio dele, mas não o encontrei pelo caminho, então fui embora dando um abraço de despedida.- aquela rua é perigosa, promete que se cuida?

- prometo.

Cheguei em casa depois de alguns minutos, fui pro meu quarto e me deitei.

- Jacob!- Rosana entrou correndo.- onde você dormiu?!

- como você entra aqui?- falei me sentando.

- sua mãe me ama.- ela se sentou.- na casa do Taylor?

- sim.- contei a ela tudo que aconteceu.- ainda estou em choque, quer dizer, ele me disse que nunca matou ninguém mas...

- não sabe se acredita?- ela me abraçou.

- não sei se ele vale a pena. Eu pensava em ir fundo nessa história mas tenho medo doque vou encontrar.

- se você parar com tudo isso agora vai machucar bem menos.

- eu sei... talvez esse seja o melhor caminho.

******&******

*¹ Demasiado: Exagerado, excessivo, muito.

*² Cosmopolitan: Drink de vodka, suco de cranberry, entre outros.

*³ Manhattan: Drink de uísque, gotinhas de angustura entre outros.

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Comentem. Eu gosto, seus lindos!

******&*****

❌Hello❌--->> muito mesmo,👏 amoo❤

Edu19>Edu15--->> que bom! 👏 Aqui está a continuação❤

Hb--->> não consigo ficar sem vocês.👏 Gostei da sua sugestão, será que vai ser isso mesmo?❤

Deiia--->> que bom👏 fico feliz e agradeço❤

★May★--->> da inimiga? To curiosa 😂👏 to tentando não sumir ❤

S.veneno--->> eita pleura mulher, quase 👏❤ kkkk

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Comentários

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Roendo as unhas de ansiedade!! O que vem por aí?? Acho que o Jacob terá surpresas por aí! E o Taylor com certeza está gamado :O

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Rs minha linda saudades. Pelo capítulo de hoje(04.07) vejo que ele um cara legal com muitas responsabilidades e também com problemas mas volto a dizer que o Jacob vai se dar mal nessa história... Beijão e se cuida tá meu bem, teu conto como sempre ótimo

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(Finge q eu escrevi algo criativo aqui, to sem idéias hj 😕)

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