Oi gente, sei que tem muita gente(apesar de ninguém ter se manifestado) está com raiva por que eu matei o Darren, mas realmente foi necessário, vão ver o porquê agora. Vem novos personagens, novos cenários e principalmente, um drama que eu adoro.
#DangerouslyInLove#SegundaTemporada.
I – Hush, Hush.
Narrado Por Matt.
“Cale-se, Cale-se
Cale-se, Cale-se
Eu não queria te beijar
Você não queria se apaixonar
Eu nunca quis te magoar
Nós não queríamos que isso significasse tanto
Cale-se, cale-se agora”.
Dois anos.
Já se passaram dois anos e ainda não me acostumei a ideia de ter perdido meu Darren... Para sempre.
E tudo por causa daquela maldita porta aberta. Por que eu fui rápido demais naquela rua molhada. Porque eu ignorei aquele maldito aviso do que ia acontecer. Ignorei tudo e agora o Darren está morto.
“Eu queria que você ficasse
Para sempre ao meu lado
Você sabe o que eu ainda fico
E tudo o que eu queria era acreditar
Cale-se, cale-se agora”
Acordei no hospital três dias depois do acidente, estava tão desorientado, não lembrava de muita coisa, nem como havia ido para ali. Mas quando perguntei onde o Darren estava e que a ficha caiu. Eu matei o Darren. Eu o matei. E tudo minha culpa.
As duas semanas seguintes eu nem conseguia falar ou abri os olhos direito de tanto chora. Não fui no enterro, não conseguiria ir sabendo que nem mesmo o corpo dele estava lá, havia sido completamente carbonizado dentro do carro. Quando acordei e olhei meu pai e perguntei do Darren ele apenas caiu de joelhos no chão e começou a chora, foi um dos golpes mais duros que já recebi em toda minha vida. Já faz dois anos e eu não me acostumei a ideia de não tê-lo mais comigo. Eu não voltei mais pra casa, fui mora com minha tia no Rio. Depois de um ano morando lá conheci uma garota, quase cai pra trás quando a vi de costas, parecia tanto com o Darren que eu corri ate ela e quando ela virou eu fiquei com uma decepção tão grande, ela perguntou se eu estava bem e eu disse que na verdade não. Fomos nos conhecendo e eu acebei gostando dela, não me apaixonado, apenas gostando da companhia dela. Só que depois de três messes já estávamos namorando, ela até que me entendia, falei sobre o Darren e oque aconteceu e ela ficou do meu lado, me consolou e acabou rolando, mas quando eu estava com ela eu chamei o nome dele, ela nem ligou. Depois de três messes eu vi que talvez devêssemos nos dar uma chance, então resolvemos nos casar, faz mais ou menos seis messes que estamos noivos, a cerimonia vai ser na minha cidade natal daqui a dois messes.
“Então, vá em frente, viva a sua vida
Então, vá em frente, diga adeus
Tantas perguntas
Mas não vou perguntar o por quê
Então, desta vez, não vou nem tentar
Cale-se, cale-se agora
Cale-se, cale-se agora”
Acho que talvez eu possa aprender a ama-la. Mas voltar pra casa vai ser doloroso. Vou andando ate o quarto pra fazer minha mala.
Rachel- está pronto amor? – ela me pergunta.
Eu- sabe que não gosto que me chame assim, e sim estou quase pronto. – fechei minha mala e fomos pro aeroporto.
6 horas depois.
Estamos em um taxi, indo pra casa dos meus pais, eu estou muito nervoso, não por que vou vê-los depois de tanto tempo, e sim porque vou ter que encara as lembranças do Darren. Ah Darren, como queria que você estivesse vivo. Também queria ter me entregado a você quando tive chance, ser teu em todos os sentidos da palavra. Ter dito que te amava mais, ter te beijado mais. Mas agora e tarde.
Rachel- chegamos.
“Quando tento te esquecer
Eu continuo lembrando
O que tivemos foi tão verdadeiro
E de alguma forma, perdemos tudo
Cale-se, cale-se agora
Cale-se, cale-se agora”
Engoli em seco, faz dois anos que não venho aqui e parece que nada mudou, nem mesmo meus pais. Eles fizeram as perguntas habituais, como eu estava, oque estava fazendo, a quanto tempo conheço a Rachel, coisas que eu nem liguei.
Estou de volta em casa, mas meu lar se foi.
“Então, vá em frente, viva a sua vida
Então, vá em frente, diga adeus
Tantas perguntas
Mas não vou perguntar o por quê, não
Então, vá em frente, viva a sua vida
Então, vá em frente, diga adeus
Tantas perguntas
Mas não vou perguntar o por quê
Talvez um dia
Mas não esta noite
Cale-se, cale-se agora
Cale-se, cale-se agora
Cale-se, cale-se agora”
Depois de sair de fininho fui andando ate o corredor que dava acesso ao meu antigo quarto, meu e do Darren. Senti meu coração bater com tanta força que podia arrebentar minhas costelas. Girei a maçaneta e abri o local. Cai de joelhos no chão. Estava tudo igual, a cama bagunçada, os pôsteres, nossas roupas espalhadas pelo cômodo, a cueca que ele estava usando naquela noite ainda estava exatamente no mesmo lugar. Eu quase podia ver ele vestido em uma das minhas camisas fazendo o café da manhã. Sorri com as lagrimas nos meus olhos e ainda de joelhos. Meu Darren. Como queria que você estivesse vivo.
Subi em sua cama e fiquei com uma camisa dele nas mãos, quase não podia ver por causa das lagrimas. Sorri e aspirei o perfume:
Eu- ai Darren. – olhei em volta. – esse lugar não e o mesmo sem você. – me levantei e fui ate a sua gaveta, sorri ao me lembrar de uma coisa. – você odiava quando eu mexia nessa gaveta, por que será? – puxei ela mas estava trancada. – com chave? Serio Darren? – perguntei pro nada. Fui ate o seu colchão e lá, em baixo dele estava a chave. – você e tão previsível as vezes. – abri e quase tive um troço. – o que significa isso? – lagrimas e mais lagrimas saiam dos meus olhos.
“Não, não, você nunca disse uma palavra
Que você jamais pensou em ouvir
Que você nunca contaria a ninguém
Mas você sabe
Eu tento esconder
Mas ainda acredito
Que nós
Que nós fomos feitos um para o outro
E não posso te deixar ir embora agora, não
Cale-se, cale-se agora”
Eram fotos, dele, minhas, de nós dois juntos, em vários momentos, eu nunca reparei quando ele as tirava, tinha uma que tava ate de boca aberta. Sorri e peguei um livro que tinha em baixo desse monte de fotos, era um álbum. Estava abarrotado de fotos, minhas e de nos dois nos beijando, minhas dormindo, sorrindo, com raiva e com cara de boco. Ele ficou tirando fotos minhas o tempo todo e eu nem notei. Mexi um pouco na gaveta e lá achei outro livro, dessa vez um diário, era o meu diário.
Abri em uma pagina qualquer, quase tive um troço.
“acho que eu devo ter ficado louco por está escrevendo aqui, mas se bem que o Matt nem escreve mais então não deve ter problema”.
Ele estava escrevendo as paginas restantes. Ai que eu notei, o diário estava completo.
Me levantei, sai pela porta da cozinha, e fui para aquela pracinha, que sempre íamos juntos.
Me sento sobre a grama, olho em volta e parece que nada mudou, a roseira continua lá, as arvores continuam lá, tudo parece que continua aqui, quase posso sentir que posso voltar pra casa que vou achar o Darren me esperando na janela.
Me lembro de tudo que vivemos, todos os beijos, as vezes que ele me disse que me amava, como ele foi corajoso, entrou em minha mente e tirou todos os meus medos. Suspirei, agora o que me resta e o silencio. Recebo aquela sensação que ele nunca vai voltar, e como gritar em campo escuro onde o som não existe. Um cale-se para nossa vida juntos.
“Então, vá em frente, viva a sua vida
Então, vá em frente, diga adeus
Tantas perguntas
Mas não vou perguntar o por quê, não
Então, vá em frente, viva a sua vida
Então, vá em frente e diga adeus
Tantas perguntas
Mas não vou perguntar o por quê
Talvez um dia
Mas não esta noite”
E nossa vida acabou mas ele sempre vai esta no meu coração. Me levanto e decido me despedir de vez dele. No cemitério e tinha alguém no tumulo dele, tinha os cabelos loiros e pele branca, estava de costas pra mim, ele estava ajoelhado na frente da lapide. Me aproximo devagar e toco no seu ombro:
Eu- perdão, você conhece o Darren?
Ele deu um pulo e virou de frente, ele tinha o rosto lindo, estava usando óculos escuros a pele dele e pálida e quando ele olhou pra mim ficou muito vermelho, seu rosto tem uma barba crescendo, seus lábios são rosados no mesmo formato da do Darren.
“Cale-se, cale-se agora
Cale-se, cale-se agora
Cale-se, cale-se”