Éden - Capítulo II

Um conto erótico de Gu Alvarenga
Categoria: Homossexual
Contém 3193 palavras
Data: 06/07/2016 18:01:01
Última revisão: 06/07/2016 18:11:35
Assuntos: Homossexual, Gay

Joseph67 – Obrigado, espero que continue acompanhando o conto.

Prireis822 – Obrigado, continua acompanhando que tem muita coisa pela frente.

RickN – Obrigado, que bom que gostou do conto... tem mais em?

Ru/Ruanito – Então não desanima, tem muita coisa boa por aí.

Irish – Vou continuar sim, obrigado e continua acompanhando Lilian ainda vai dar o que falar.

FlaAngel – Obrigado 

Hello – Continua acompanhando que vem muita coisa por aí.

Flor de Maio – Obrigado, continua acompanhando.

NinhoSilva – Obrigado, continua acompanhando.

É ótimo acordar um pouco mais tarde, finalmente voltei a ir trabalhar de carro e me livrei daquela superlotação dos transportes públicos aqui de São Paulo. Tomei um banho demorado e resolvi passar em uma padaria que fica perto de casa para tomar café, o ambiente sempre estava lotado e mesmo assim continuava sendo agradável. Sentei-me em uma mesa de canto e comecei a ler meus e-mails, eu não tinha mais nenhuma rede social desde que comecei a namorar o Natan, sempre gerou discussões e preferi apagar. Quase ativei minha conta no Facebook novamente para ver se o Fernando tinha alguma conta por lá, mas desisti da ideia. Era melhor não criar ilusões dentro da minha cabeça. Decidi levar um bolo de fubá cremoso para deixar no setor e fiquei esperando na fila para pagar minha comanda. Estava quase chegando minha vez e um rapaz que estava atrás de mim puxou assunto.

- Esse bolo de fubá cremoso é realmente uma delícia, não é? – disse o rapaz.

- Sim, é realmente muito bom. Aliás, tudo aqui é muito bom – respondi de forma educada.

- Sim, realmente é um lugar muito bom. Gosto do público, sempre tem gente bonita por aqui. Principalmente no horário do café-da-manhã – ele falou e sorriu – Como você se chama?

- Gustavo e você? – perguntei.

- Otávio, você trabalha aqui perto? – ele perguntou.

Vi que ele reparava na minha bunda, querendo ou não, sempre ficava marcada por conta da calça social. Fingi que não percebi que ele estava olhando para minha bunda e quando fui respondê-lo, a moça do caixa me chamou. Paguei minha comanda e saí daquela padaria. Quando estava se aproximando do meu carro, Otávio se aproximou e falou ainda de longe.

- Você esqueceu de me responder, trabalha aqui perto? – Otávio perguntou e foi se aproximando de onde eu estava, reparei em seu corpo melhor. Otávio tinha um cabelo grisalho, apesar da pouca idade, já era meio grisalho e uma barba por fazer. Tinha a mesma altura que eu e o corpo um pouco menos definido, mas tinha umas pernas bonitas.

- Não tão perto, mas moro perto daqui – falei.

- Bacana, eu tenho uma clínica veterinária aqui perto – ele falou – O que acha de marcarmos um dia para bebermos algo?

Ele era bem direto, percebi que não estava rodeando e querendo perder tempo não.

- Pode ser – falei e passei meu número para ele, que logo me mandou uma mensagem no whatsapp e pediu para salvar – Daí a gente marca um dia para beber uma cerveja e trocar ideia.

- Está ocupado hoje à noite? - perguntou.

- Que eu lembre não estou não - respondi e sorri.

- Então te encontro que horas? – Otávio perguntou e esboçou um sorriso lindo – Pode ser as 20:00 em frente a essa mesma padaria?

- Combinado, te encontro as 20:00 então. – falei – Tenho que ir, se não, não posso chegar atrasado no trabalho.

- Beleza, fico no aguardo em Gustavo? – apertou minha mão e nos despedimos ali.

Fui pensando o quanto eu fui louco de passar meu número para um desconhecido, mas ele não parecia uma má pessoa. E mais, quanta gente não faz coisa pior, não é verdade? Foi isso que eu pensei para me justificar. Cheguei no trabalho um pouco antes das 08:00, coloquei em cima da mesa da salinha de café e fui para minha sala. Fui o primeiro do setor a chegar. Aproveitei para dar uma geral na minha mesa e jogar no lixo um monte de documentos que não serviam de nada. Logo Lilian chegou e me cumprimentou de longe mesmo, acenei com cara de poucos amigos e então ela veio falar comigo.

- Gu, me perdoa por ontem – ela falou – Sério, você sabe que eu gosto muito de você. Não queria te expor, de verdade, não foi minha intenção.

- Sem problemas Lilian, esquece essa história – falei sem olhar para ela.

- Mas você está chateado comigo? Você é a pessoa que mais gosto aqui do setor, não quero ficar brigada com você – Lilian falou de forma chorosa.

- Lilian , de verdade? Eu não estou a fim de conversar sobre isso não – falei sério – Você mais do que ninguém sabe que não gosto de expor minha vida pessoal dentro da empresa, o que você fez foi realmente desnecessário, mas que bom assim o fez. Não sei qual foi tua intenção, mas já tirou a minha responsabilidade de contar ao nosso companheiro de trabalho. – falei de forma seca.

- Intenção? Como assim intenção Gustavo? Acha que fiz de propósito? Eu realmente só queria saber, nós nunca tivemos outra pessoa que não poderia escutar nossa conversa, eu realmente esqueci - ela falou de maneira a demonstrar que se sentia ofendida.

- Lilian, na boa? Esquece isso – falei – Já está tudo OK.

- Tudo bem, mas não fica chateada comigo – ela falou.

- Beleza – respondi sem vontade mesmo.

Eu sempre tive esse defeito, gosto de mais das pessoas... Mas se vacilar comigo, deixo de gostar na mesma intensidade. As pessoas foram chegando no setor e até que estava bem movimentado, lembrei que era por causa da auditoria que começaria naquela quarta-feira. Fernando chegou e me deu bom dia sem conseguir segurar um sorriso no rosto.

- O que aconteceu que está rindo? – perguntei sério.

- Calma Sr. Bravinho, não estou rindo de você – falou e não parava de rir – Está mais calmo hoje?

- Eu sempre estou calmo – respondi e não tirei os olhos da tela.

- Huuum, ontem não parecia não – ele falou baixinho – parecia que queria matar a sua amiga por ter me contado sobre você, mas enfim, não vejo o porquê de não me contar. Somos amigos pow, pode confiar em mim.

- Eu não gosto de expor minha vida para ninguém e mal te conheço – falei e percebi que tinha sido meio ignorante – Eu ia contar quando me sentisse confortável e não por um comentário paralelo.

- Desculpa, não quero me intrometer na sua vida – ele falou meio ressentido – Mas como te falei, eu já havia escutado a conversa que vocês tiveram lá fora, eu já estava sabendo, só fiquei na minha.

- Beleza então Fernando, vamos por fim nesse assunto OK? – falei, eu não estava com paciência para discutir o que os outros achavam de mim ou não.

- Beleza então Gustavo, foi mal mesmo – falou.

O dia passou de forma tranquila, eu e Fernando mal conversamos durante o expediente de trabalho. Com a Lilian então, nem se fala, não troquei ideia com ela nenhuma vez se quer. Liguei para o Natan e perguntei se poderíamos conversar durante o horário de almoço, marcamos em um lugar que ficava próximo a agência que ele trabalha. Chegou o horário do almoço e Fernando estava saindo da sala, voltou e me perguntou da porta mesmo.

- Gustavo, vai descer para almoçar agora? – perguntou meio sem graça.

- Sim, mas vou ter que passar em um outro lugar e almoço por lá mesmo – falei.

- Beleza então, vou nessa - ele falou e logo saiu.

Passei pela recepção e vi Gustavo conversando com a Jéssica. Passei sem cumprimentar os dois, já que não me viram. Estava um trânsito e acabei chegando atrasado no restaurante que marquei com o Natan. Logo que entrei, o avistei sentado do outro lado do salão.

- Acabei pegando um trânsito, por isso cheguei atrasado – me expliquei.

- Não precisa explicar, eu vi o trânsito que estava – ele falou e pegou na minha mão que estava em cima da mesa, por impulso, eu tirei. – O que foi? Ainda está chateado comigo?

- Não, não estou chateado. Estou cansado, muito cansado mesmo – falei sem rodeios – Mas diz aí, o que queria falar comigo?

- Eu quero conversar contigo, estou com saudades de você. Você parece que nem sentiu minha falta – falou e voltou a segurar minha mão, mas dessa vez eu não tirei.

- Natan, eu acho que nós deveríamos parar por aqui. Você sabe que não está dando certo, você não consegue diferenciar as coisas. Uma amizade para você já é o suficiente para brigar, um olhar que recebo na rua é o suficiente para você querer bater em mim e em quem olhou. – falei – Vamos deixar do jeito que está, é melhor para nós dois.

- Melhor para você Gustavo, só se for melhor para você – ele falou já querendo se alterar e eu olhei como quem pedia calma – Eu estou sentindo sua falta meu, eu quero você. Você não sentiu minha falta?

- Eu gosto de você, mas de verdade Natan... já tentamos muito, acho que o melhor é deixar acabar mesmo – falei – Desculpa, tentamos e não deu certo.

- Você já tem outra pessoa Gustavo? Encontrou alguém já? – perguntou nervoso e tirei minhas mãos de perto das dele.

- Para de ser louco Natan, eu quando estava contigo nunca fiz nada que não foi junto contigo – falei – E mesmo assim você vivia cobrando ciúmes por coisas que eu não fiz.

- Gustavo, me dá mais uma chance cara. Eu vou mudar, não vou ficar pegando no teu pé. – falou e puxou minha mão – Eu te prometo, me dá uma chance.

- Natan, desculpa... não dá certo! Não mais, já fizemos de tudo – falei e comecei a pensar em todas as brigas que já tivemos – Você sempre fala a mesma coisa e continua sendo o mesmo, confunde namoro com prisão, não é isso que quero pra mim. Eu vou nessa, só vim para conversar contigo.

- Calma, você não vai almoçar? Vamos almoçar de boa, conversamos sobre coisas que fizemos esses dias que estivemos longe e não tocamos no assunto até você pensar melhor – Natan falou.

- Não tem o que pensar Natan e também estou sem fome – menti sobre o fato de não estar com fome, pois estava faminto – Eu vou nessa, só queria esclarecer pessoalmente contigo, não liga mais em casa e nem no trabalho. De verdade, não liga. Por favor!

Levantei e estava quase saindo quando ele me chamou.

- Gustavo, Gustavo... – me chamou por algumas vezes e eu não queria olhar, mas olhei.

- Você um dia ainda vai me pedir para voltar Gustavo, escuta o que estou te falando. Vai aprender dar valor ao meu jeito de te tratar – falou com ira nos olhos.

- Eu sinceramente não acho que irei sentir falta não, gosto de você... Mas suas atitudes me fazem gostar de você a cada dia que passa – falei aliviado – Até mais Natan, boa sorte.

Sai daquele restaurante e olhei a hora, eu ainda tinha alguns minutos antes de voltar do horário de almoço. Procurei algum lugar para comer e acabei passando em um fast food de comida japonesa, até que a comida não estava ruim e de tanto nervoso, fiquei sem fome. Cheguei na empresa e trabalhei calado o dia inteiro, mal conseguia me concentrar nos arquivos que tinha que fazer. Percebi que Fernando me olhava e abaixava a cabeça, minha cabeça começou a doer e sai da sala a procura de um remédio para dor de cabeça, mas ninguém tinha. Voltei para a sala e Fernando logo me chamou.

- Gustavo, está tudo bem cara? Você está meio esquisito, está passando mal? – perguntou.

- Estou bem sim, estou com um pouco de dor de cabeça apenas. – falei.

- Não tomou remédio? – perguntou.

- Ninguém no setor tem, vou descer na farmácia para comprar um comprimido – falei colocando a mão sobre a cabeça – Está forte pra caramba, minha vista está até embaçada.

- Quer que eu vá com você? – ele perguntou.

- Não precisa, logo aqui do lado da empresa tem uma farmácia. – falei – Se perguntarem por mim, fala que já volto.

Desci pelo elevador de olhos fechados, minha cabeça estava latejando de tanta dor. Fui até a farmácia e comprei comprimidos de neosaldina. Quando estava saindo da farmácia, dei de cara com o Fernando.

- O que está fazendo aqui Fernando? – perguntei – Deixou a sala sem ninguém?

- Relaxa, a Jéssica pediu para eu verificar se você não tinha passado mal no meio do caminho. Ela falou que você passou por ela com uma cara estranha – ele se explicou – Está bem mesmo? Não quer ir ao hospital, você está com uma aparência estranha mesmo.

- Eu estou bem Fernando, de verdade. É só uma dor de cabeça muito forte mesmo – falei.

- Beleza, se está falando que está bem. Então está bem mesmo – fingiu acreditar.

Passamos pela portaria e ficamos esperando a próxima vez para entrar no elevador, já que estava lotado. Logo chamamos o elevador de novo e entramos, o movimento do elevador estava me dando tontura e resolvi fechar os olhos. Acordei logo em seguida com o Fernando me apoiando sobre suas coxas e pedindo para alguém trazer álcool. Logo trouxeram o álcool e senti o cheiro de álcool envolvendo o lugar, minha vista foi ficando mais clara e o cheiro de álcool começou a me dar enjoo. Ouvi a voz da Jéssica ao fundo.

- Levem ele para o hospital, o nosso convênio cobre atendimento nesse hospital ao lado. – ela falou.

- Eu levo, meu carro está aqui em frente hoje – Fernando falou e puxou meu rosto olhando para o meu rosto – Consegue levantar Gustavo?

- Acho que sim, mas não precisa me levar para o hospital. Já estou melhor – falei, mas a vontade de vomitar era enorme.

- Para de ser teimoso cara, vou te levar lá no hospital e se não tiver nada, te levo em casa. Deixa teu carro no estacionamento hoje e te levo para casa no meu, ou ligo para seus pais te buscarem – Fernando falou.

- Quer ajudar para descer com ele? – Jéssica perguntou.

- Eu consigo andar – falei – Não precisa me levar para o hospital.

- Gustavo, vai no hospital e amanhã se estiver melhor você vem trabalhar. Se não estiver, descansa. Semana que vem você tem que está perfeitamente bem para viajar, estou contando com você em? – Jéssica falou e percebi que tinha diversos curiosos olhando, inclusive a Lilian – Fernando, você o leva então? Mantenha-me informada, já falei ao diretor que precisamos de um ambulatório aqui nesse prédio, não é a primeira vez que alguém passa mal por aqui.

- Pode deixar, o levarei até o hospital e te aviso assim que tiver noticia. – Fernando falou.

Consegui levantar e ficamos esperando a Lilian trazer nossas coisas para irmos embora, peguei minhas coisas e agradeci. Entramos no elevador e o movimento dele mais uma vez me causou enjoo, mas segurei.

- De verdade, não precisa me levar ao hospital – falei – Eu já estou bem.

- Você falou que estava bem e logo em seguida desmaiou, não vem com essa de que está bem – falou – O hospital é logo aqui perto.

Nada que eu falava convencia ao Fernando de não me levar para o hospital, dei entrada pela emergência e logo fui atendido. A médica que me atendeu disse que era só nervosismo, quando contei sobre a viagem, fim de namoro e algumas questões do trabalho a única coisa que ela me disse foi: está explicado, é o nervosismo e a ansiedade ao extremo. Ela passou alguns remédios e pediu alguns exames, fiz os exames e me mandaram retornar no dia seguinte para pegar o resultado. Quando sai da sala, Fernando ficou conversando com a médica e logo ligou para Jéssica. Olhei e ainda estava cedo, falei que daria para voltar ao trabalho e ele disse que Jéssica pediu para ele me levar em casa.

Insisti para ele me deixar pegar o carro, mas ele só passou no estacionamento para avisar que meu carro ficaria por lá. Seguimos para casa e a todo o momento ele ficava me perguntando se eu estava bem. Estacionou em frente de casa, chamou e logo minha mãe atendeu. Ele explicou o que tinha acontecido e sabem como é mãe né? Ficou toda preocupada, mas ele avisou que não era nada de mais. Ela perguntou se ele se importava de esperar só um pouco, pois minha vó estava no quarto e teve crises de convulsão. Ele falou que não teria problema algum em aguardar, subimos para o meu quarto e deitei na cama. Perguntei se ele queria assistir algum filme e ele disse que sim, coloquei um filme de comédia e falei para ele sentar na cama ou na cadeira ao lado da cama. Eu fiquei deitado na cama e ele sentado próximo a minha cabeça.

Acabei pegando no sono, acordei meio sonolento e senti sua mão bagunçando meu cabelo. Fingi que estava dormindo, estava gostoso sentir a mão dele passando pelo meu cabelo. Ele tirou a mão do meu cabelo e eu abri meus olhos devagar.

- Gustavo, está melhor? – perguntou.

- Estou sim – respondi sonolento – Que horas são agora?

- 21:30 – Fernando respondeu – Ligaram umas 5 vezes no seu celular, melhor você retornar. Seus pais saíram para o hospital e estavam tentando falar com seu irmão, mas não chegou ainda.

Peguei o celular e vi que as ligações eram do Otávio, vi também que tinha duas mensagens.

“E aí carinha, estou te esperando aqui. Vai demorar?”

“Pelo jeito não virá. Já que não atende também, vou considerar como um cano” – Otávio mandou e eu não respondi.

Ouvi um barulho nas escadas e logo meu pai apareceu no quarto.

- Gustavo, está melhor? – perguntou, percebi que sua cara estava estranha e parecia que esteve chorando.

- Sim, estou melhor – falei – O que aconteceu? Onde está todo mundo?

- Sua mãe e seu irmão estão no hospital, vim te buscar para ir se despedir de sua vó – meu pai falou e começou a chorar – O médico disse que ela tem mais algumas horas apenas, a respiração já está fraquinha e falou que nem entubando resolveria.

O choro prendeu na garganta, junto com a dor no peito e a vontade de desabar em lágrimas ali. Minha vó sempre esteve presente na minha vida, desde a minha infância e foi a primeira pessoa que conversei sobre ser gay. Lembro da reação dela, falava que sempre imaginou que eu era diferente e que só queria a minha felicidade. Quando contei aos meus pais, minha mãe aceitou e meu pai foi mais duro. Ela levantou-se a noite para ir conversar com ele a respeito de mim, falando que eu nunca mudaria e que minha personalidade seria sempre a mesma.

“Não faça o seu filho sofrer mais, não fala ele se odiar... ame-o, respeite-o. Ele é um moço tão bom Carlos. Tenha orgulho de seu filho” – foram as palavras que minha avó disse ao meu pai.

Meu pai pegou algumas roupas da minha vó e eu tomei um banho rápido, coloquei uma roupa qualquer e me despedi de Fernando. Ele pediu para informar a ele quando viesse acontecer o fato em si, foi assim que ele falou.

Cheguei no hospital, sentei-me ao lado da minha vó que já estava inconsciente. A sua respiração realmente estava baixa e ela já estava com uma cara de que estava descansando, foi inevitável não chorar. Chorei quietinho, junto com a minha família e ali nos despedimos da Dona Feliciana, mãe de meu pai e tão carinhosa como a melhor vó do mundo poderia ser.

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Comentários

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Triste a avó dele era muito especial pra ele. indosso a opinião dos demais... O Nathan parece que vai causar problemas...que pena que ele não foi ao encontro.

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Triste esse final. Acho que o Natan vai aprontar muito ainda, alguém ciumento assim não vai desistir tão fácil. É verídica a história, autor?

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