Delírio 5

Um conto erótico de Bib's
Categoria: Homossexual
Contém 4247 palavras
Data: 09/07/2016 09:41:29

Jake olhou para Caleb e sorriu.

Eles haviam sido grandes amigos quando crianças. Faziam tudo juntos. Subiam em árvores, exploravam o lago, pescavam e nadavam, mas depois que começaram a ver um ao outro como algo mais do que simples companheiros, o relacionamento foi ficando mais tenso.

Jake nunca lhe havia agradecido por ter sido um amigo tão bom, mas também não pretendia fazê-lo agora. Queria que ele o enxergasse como mais do que um amigo. Queria voltar àquele lugar, àquele dia exatamente anterior ao momento em que eles começaram a olhar um para o outro com um desejo adolescente, e tentar fazer as coisas tomarem outro rumo.

— O que é que você quer me mostrar?

— É surpresa — disse Jake. — Você é sempre tão impaciente assim? Ou será que detesta surpresas?

— Os dois — admitiu Caleb.

— Relaxe. Você não está mais na cidade grande. Respire fundo e tente desfrutar desse dia lindo.

O celular de Caleb tocou e ele o tirou do bolso, mas antes que pudesse atende-lo, Jake o tirou dele.

— Você pode falar com eles mais tarde — disse Jake, dando uma rápida olhada no visor.

— Eu tenho responsabilidades — disse Caleb pegando o aparelho. — Você não tem um celular? As pessoas de seu escritório não precisam conversar com você?

— Eles não têm o meu número. Eu não quero que fiquem me ligando por qualquer motivo. Depois que deixo o escritório, não quero mais saber de trabalho. Eu não sou tão importante assim a ponto de ter todas as respostas. Você é?

Caleb franziu a testa, perplexo com a pergunta.

— Sou. Foi por isso que me tornei sócio da empresa.

— Você talvez devesse confiar um pouco mais nas pessoas com quem trabalha, senão vai acabar enlouquecendo.

Jake falava por experiência própria. Havia passado meses sem dormir direito quando abrira a firma de arquitetura, preocupado com todas as coisas horríveis que poderiam acontecer. Depois que se assegurou de que elas não viriam, parou de se preocupar. Não tinha a intenção de se tornar um milionário, nem de aparecer na capa de alguma revista famosa de arquitetura. Tudo o que queria era ganhar o suficiente para ter uma vida decente e deixar os clientes satisfeitos.

— Eu trabalho melhor sob pressão — disse Caleb, para depois abrir o celular. — Dê-me o seu número. Eu posso ter uma emergência.

— Só lhe darei o meu número se você me prometer que o usará — disse ele. — Coloque o seu número na memória do meu telefone. Eu mesmo posso ter uma emergência numa noite dessas.

Jake procurou cuidadosamente a placa de madeira que pendia da velha árvore

Caleb olhou ao redor.

— A placa dizia "propriedade privada". Nós não podemos entrar aqui.

— Relaxe — disse Jake. — O proprietário quase nunca usa esta casa no inverno. Já faz tempo que ninguém vem aqui.

Caleb ficou em silêncio por algum tempo e Jake o fitou:

— Está tudo bem, eu garanto.

Eles finalmente chegarem a uma clareira em meio às árvores. Havia uma casa antiga acima do lago. A casa tinha uma varanda muito deteriorada, sustentada por uma fundação de pedra que dava a volta na casa inteira. Três chaminés irrompiam do teto. Jake mal podia acreditar que aquela casa finalmente era dele.

— Meu Deus! — Murmurou Caleb, olhando pelo para-brisa. — É a nossa fortaleza. Ele olhou para Jake com um amplo sorriso estampado no rosto. — Eu não venho aqui há anos. Está tudo exatamente como era antes. Mas menor.

— Chama-se Havenwoods — disse Jake. — Eu descobri que esta foi uma das primeiras casas do lago construídas por aqui, quando Villa Bella ainda era apenas um buraco bonito onde se podia pescar no meio da floresta. Foi construída em 1885 por um magnata do ramo ferroviário.

— Há alguém em casa — disse Caleb. — As luzes da varanda estão acesas em pleno dia.

Jake balançou a cabeça.

— A luz é acionada por um sensor na entrada dos carros _ Ele desligou o motor. — Quer entrar?

Eles haviam explorado cada centímetro daquela propriedade quando crianças e passado muitos dias chuvosos dentro da casa, depois de entrar por uma janela do primeiro andar cuja fechadura estava quebrada.

— Nós não podemos. Seria uma invasão.

— Nós fazíamos isso o tempo todo. Ninguém vai se importar — disse Jake. — Eu sei onde está a chave. Não teremos que arrombar a porta. Ele saltou do caminhão e deu a volta para ajudá-lo a sair. — Se o Oficial Wilson nos pegar, basta você sorrir para ele.

O olhar de Caleb permaneceu fixo na fachada da casa enquanto ele se aproximava.

— Você me trouxe aqui no meu 15º aniversário e me deu aquele colar. Eu usei aquilo o ano inteiro. Minhas amigas achavam-no a coisa mais feia do mundo, mas para mim era especial.

— Você ainda o tem?

— Sim. O cordão de couro arrebentou, mas eu o guardei. Isso e tudo o mais que você me deu.

Eles subiram os degraus cobertos de neve. Caleb foi até a janela e olhou para dentro, com as mãos ao redor dos olhos.

— Está tudo igualzinho.

Jake foi até o segundo grupo de janelas, abaixou-se e tirou uma pedra do lugar, onde encontrou as chaves.

— Como você sabia disso?

— Eu vim aqui sozinho durante um verão e o vigia apareceu. Vi quando ele pegou as chaves. Depois disso, passei a entrar quando bem entendia.

Ele sorriu e agarrou a mão de Caleb para puxá-lo até a porta da casa.

Jake destrancou os três cadeados da porta principal e então a abriu, dando um passo ao lado para permitir que Caleb entrasse.

Eles permaneceram no corredor da entrada. Um antigo lustre pendia sobre suas cabeças. Os móveis estavam empoeirados, mas ele havia conseguido organizar a maior parte da desordem causada pelo telhado furado e janelas quebradas.

— Uau! — Disse Caleb. — Este lugar precisa de um trato. Parecia um palácio quando nós éramos crianças mas agora eu consigo vê-lo como ele é de verdade.

— Olhe para além da superfície — disse Jake. — Acha que é capaz de ver como ele poderia voltar a ser?

— Posso — disse Caleb. — Mas isso precisaria de alguém com muito tempo e dinheiro.

— Eu costumava caminhar por esta casa e memorizar todos os seus detalhes. Foi por isso que decidi me tornar arquiteto. Queria projetar casas como esta, lugares onde as pessoas pudessem relaxar e se divertir.

Caleb pegou a mão de Jake e entrelaçou seus dedos nos dele. Era um gesto simples, mas Jake soube imediatamente que ele o havia compreendido. Ninguém mais o conseguiria daquela maneira,

— Venha, vou lhe mostrar o resto.

Embora ainda não o tivesse beijado, nem tocado intimamente, Jake teve a sensação de que eles de repente ficaram mais próximos.

Eles caminharam a esmo pela casa. Caleb absorveu todos os detalhes em silêncio, levado pelas lembranças. Jake tomou-o suavemente nos braços e beijou-lhe a boca à procura de um sabor familiar pelo qual ansiava há tanto tempo.

— Eu preciso de você — murmurou ele, com os lábios quentes contra os dele.

Caleb fixou os olhos na boca dele.

— Mostre-me o resto da casa — murmurou ele.

Eles caminharam lentamente por cada um dos seis quartos. Jake mostrou todos os detalhes arquitetônicos que tornavam Havenwoods tão especial. Estava desesperado para beijá-lo quando voltaram ao corredor da entrada, mas se conteve, na esperança de que aquele lugar faria alguma mágica nesse sentido. Aquela casa estava decadente, mas fazia parte da história comum dos dois e parte do homem em quem ele havia se transformado. Ela merecia melhor destino do que ser consumida pelos elementos naturais.

Jake havia hipotecado o próprio futuro para comprá-la, resgatando os investimentos e vendendo o carro esporte. Tinha até mesmo vendido a casa que possuía na cidade, passando a morar numa residência minúscula de apenas um quarto para poder pagar a hipoteca e todas as taxas. Ele ficara com muito pouco dinheiro disponível para as reformas, mas achava que tinha valido a pena. Ele ainda não havia contado a ninguém que a tinha comprado, mas Caleb era um aliado.

— Apenas duas coisas eu realmente quis na minha vida, e esta casa era uma delas — disse Jake.

— Qual era a outra? — perguntou Caleb.

— Você — disse ele com um sorriso diabólico.

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Jake trancou a porta principal e recolocou a chave no lugar embaixo da janela. Caleb o observou, com a mente repleta de lembranças da infância. Aquele tinha sido um lugar mágico, um lugar só deles. Era muito doce da parte dele se lembrar disso, pensou ele. Não era difícil entender por que ele havia se apaixonado por Jake tantos anos atrás. Ele o fazia se sentir a pessoa mais importante do mundo.

Quando Jake voltou para o lado dele, Caleb passou os braços ao redor de sua cintura e, ficando na ponta dos pés, pousou um beijo suave nos lábios dele.

— Obrigada — disse ele.

— Por quê?

— Por ter me trazido aqui.

Jake o puxou mais para perto, beijando-o de forma calma e suave. A língua acariciou a dele de uma maneira sedutora e lenta. Não havia mais nada que pudesse detê-los. Se um simples beijo podia acabar com as defesas dele tão facilmente, o que uma noite na cama com ele não faria? Ele queria descobrir. Não precisava mais pesar as consequências do que estava prestes a fazer porque já não se importava mais. Tudo o que queria agora era se entregar completamente a Jake.

— Você gostaria de voltar para o hotel? — perguntou ele.

— Pensei em ir com você ate o lago — disse ele.

— Há algo mais que eu quero lhe mostrar.

— Eu quero voltar ao hotel — disse Caleb — com você. Ele o olhou no fundo dos olhos, com uma expressão ímpar no rosto.

— Nós não precisamos voltar — murmurou ele.

— Não?

Ele o puxou em direção a varanda, deu a volta na casa até alcançar o lado que ficava de frente para o lago. Ele viu então uma pequena construção feita de toras. Eles a chamavam de vigia quando crianças.

Jake retirou as chaves do bolso e abriu o cadeado.

— Você tem uma chave? — Perguntou ele.

— Sim. Ela é muito útil já que eu sou o dono do lugar — murmurou ele.

Caleb arfou, sem muita certeza de que tinha ouvido direito.

— Você é dono desta cabana?

— Não, eu sou o dono de toda a propriedade.

Caleb olhou ao redor. Havia uma mesa de desenho montada perto da janela e uma pequena cama de lona em frente à lareira. Ele foi até a mesa e olhou para as plantas amareladas espalhadas, reconhecendo a fachada da casa principal. Estavam cobertas de anotações em amarelo com a caligrafia de Jake.

Caleb sentiu o coração se aquecer, repentinamente compreendendo as razões mais profundas daquela visita. Aquele era o lar de Jake. E ele queria a aprovação dele.

— Eu não posso acreditar que tudo isso é seu — disse ele. — Como foi que você conseguiu?

— Eu estava em Nova York para um seminário e decidi procurar pela proprietária do lugar. Nós tomamos chá juntos e eu contei a ela o quanto amava esse lugar e como costumava me infiltrar aqui quando criança. Ela concordou em vendê-lo a mim, contanto que eu deixasse tudo como era na sua infância, e me pediu que a convidasse quando estivesse tudo pronto para que os seus netos pudessem passar algum tempo por aqui de vez em quando.

— Por que você me trouxe aqui?

— Este é o nosso lugar — disse Jake. — Achei que você devia vê-lo outra vez. Você é meu amigo mais antigo e certamente o apreciaria.

Caleb abriu lentamente a jaqueta.

— Eu não quero ser seu amigo agora — disse ele, jogando a jaqueta no chão.

Jake acariciou os braços dele, por cima da blusa.

— Talvez eu devesse acender o fogo.

Caleb sentou-se na beira da cama o observou enquanto ele enfiava jornais amassados na velha lareira de pedra. Jogou algumas toras menores por cima, riscou um fósforo e então acendeu a fogueira. Ambos ficaram fitando as chamas lamberem a madeira seca até que, em pouco tempo, um suave calor começou a se espalhar pelo lugar.

— Você vem sempre aqui? — Perguntou ele.

— Quando saio da cidade — disse Jake. — É mais difícil no verão, quando a minha família está na cidade e eu tenho que permanecer com eles. No inverno, porém, ninguém sabe que eu estou aqui. Eu trabalho na casa. É calmo e dá para cuidar de parte de minhas outras tarefas também.

— Eu estou acostumado a ter muitas pessoas ao meu redor — disse ele. — Não consigo imaginar como seria trabalhar com todo esse silêncio.

— O silêncio às vezes faz bem — disse ele, inclinando-se para beijá-lo.

Ele levou a mão até os botões da camisa de Jake e ele arfou. Pressionando a sua mão sobre o peito dele, ele sentiu o coração bater sob os dedos. Caleb estava ofegante, como se a expectativa o estivesse cansando.

— Você tem certeza de que quer fazer isto aqui? — perguntou ele. — As condições são um pouco rústicas.

— Aqui é perfeito — disse Caleb.

Jake pegou a carteira e tirou de lá um preservativo.

— Acho que vamos precisar disso — disse ele.

— Está nervoso? — Perguntou Caleb, estendendo a mão para agarrar a jaqueta dele e puxá-la sobre ele.

— Não — disse ele, com um sorriso. — Bem talvez um pouco. Meu Deus, eu estou me sentindo como se estivesse novamente no segundo grau e esta fosse a minha primeira vez.

— Eu sei. Eu sinto a mesma coisa. — Ele tirou a jaqueta dele e a jogou longe. — Isso só deixa as coisas ainda mais excitantes, você não acha?

Caleb ficou de joelhos e baixou a camisa, deixando-a cair sobre a jaqueta. Jake acariciou lhe o mamilo fazendo-o, mais uma vez, enrijecer . Eles arrancaram as roupas um do outro, explorando freneticamente cada centímetro de pele nua. O ar ainda estava gelado e o toque dele deixou a pele de Caleb toda arrepiada.

Ele estava se sentindo vivo, assustado, nervoso e excitado ao mesmo tempo. Quando ficaram apenas com as roupas de baixo, ambos pararam e olharam um nos olhos do outro.

— E agora?

— Eu sou o virgem aqui — provocou Jake. — Talvez você devesse me mostrar o que fazer.

Caleb passou o dedo sobre o lábio inferior dele. Ele estava colocando o controle nas mãos dele. Ele o seduziria, como tinha tentado fazer há tantos anos e, desta vez, com sucesso. Caleb passou as mãos ao longo do corpo de Jake, enganchando os dedos no cós da cueca para então baixá-la. Depois disso, cuidou rapidamente das próprias roupas. O corpo irradiava mais calor que a própria lareira. Jake o puxou para si, terminando de esquenta-lo.

Estendido em cima dele, Caleb se deleitou com a sensação de seus corpos nus pressionados um contra o outro. Jake deslizou as mãos pelas costas dele até alcançar-lhe os quadris. Ele podia sentir o desejo dele, quente e rígido. Queria absorver tudo lentamente, saborear cada momento, mas estava impaciente. Tinha esperado tanto tempo e, agora que havia tomado a decisão de tomá-lo para si, nada o deteria. Ele se afastou e traçou uma linha de beijos sobre o peito forte, descendo cada vez mais até alcançar os pelos macios da barriga.

Ele o acariciou, fechando os dedos em torno do pau duro. Jake fechou os olhos e gemeu, ofegante. Arqueou todo o corpo em reação ao toque e, quando olhou para cima outra vez, viu que ele estava de olhos bem abertos, observando todos os movimentos dele.

— Eu não imaginei que minha primeira vez pudesse ser tão boa.

Caleb sorriu e desceu um pouco mais, tomando-o na boca. O toque dele foi como um verdadeiro choque, sacudindo-o violentamente.

— Estou fazendo tudo direito? — Provocou ele, sorrindo para ele.

— Oh, sim. Isso é muito bom. Que boquinha.

Caleb continuou a acariciá-lo com a língua e lábios, avaliando cuidadosamente cada reação dele, afastando-se repetidas vezes sempre que ele parecia prestes a gozar. Quando suspeitou que ele não ia aguentar mais, ele subiu novamente pelo corpo dele até aninhar a rigidez dele entre as próprias pernas, esfregando os dois pênis juntos, e acomodando a cabeça do pênis dele em sua entrada.

Ele se agitou em cima dele, fazendo a ereção deslizar contra seu buraco. Aquela fricção estava enviando deliciosas ondas de prazer pelo corpo. Caleb já estava muito perto do orgasmo e ele nem sequer o havia tocado. Uma urgência o fez seguir, em direção a algo que ele nunca havia experimentado. Ele pegou o preservativo e o abriu.

— Espere — murmurou ele. — Vamos devagar.

— Eu venho esperando por isso há 11 anos — disse ele. — Não posso esperar mais.

Ele deslizou o preservativo pelo membro de Jake e então montou sobre os quadris dele, descendo devagar , rebolando para entrar até ele esta dentro dele. Com um profundo suspiro então, ele mergulhou sobre ele. A sensação do corpo de Jake preenchendo-o era uma verdadeira revelação. Era a perfeição, o paraíso, a intimidade absoluta. Eles estavam mais próximos do que jamais haviam estado mas aquilo parecia muito natural, como se seus corpos tivessem sido feitos um para o outro.

Jake começou a se mover dentro de Caleb, com o olhar fixo no dele e os dedos entrelaçados aos dele. Ele se inclinou sobre ele e passou-lhe a língua sobre os lábios. Ele o puxou para um beijo desesperado e profundo, comunicando toda a ansiedade com todas as partes da boca, sem precisar de palavras.

Aquilo era mais do que sexo, pensou Caleb. Era paixão e instinto, um desejo que tinha ardido dentro deles durante anos. Era o passado e o presente se unindo num mar de prazer. Agora ele compreendia por que não tinha acontecido nada, anos atrás. Eles não estavam prontos para a intensidade daquela união.

Jake estendeu a mão por entre seus corpos para tocá-lo, mas Caleb agarrou as mãos dele e as prendeu ao longo do próprio corpo. Ele já estava à beira do orgasmo e aquele toque ia fazer com que ele perdesse o controle. Ele acelerou o ritmo, movendo-se cada vez mais rápido, sentindo a tensão crescer. Estava ávido por se deixar levar, mas sabia que se esperasse um pouco mais a sensação seria muito mais intensa. Ele queria atingir o máximo do prazer, mas queria que aquele fosse o orgasmo mais intenso de todos.

Jake se ergueu e prendeu as pernas dele em torno da própria cintura, penetrando-o até ele senti-lo mais fundo dentro de si, batendo contra sua próstata repetidamente. Quando ele começou a se mover outra vez, ele soube que estava perdido. Cada investida dele era pura tortura. Caleb sentiu que estava se aproximado de gozar. O clímax estava tão perto que ele quase podia tocá-lo. Foi então que ele se abateu sobre ele como uma cascata, Caindo sobre seu peito ,lavando o corpo inteiro e fazendo-o latejar. Ele gritou em meio a uma sucessão de espasmos, completamente descontrolado.

Jake o acompanhou, penetrando-o uma última vez antes de se unir a ele. Ele pressionou o rosto entre o pescoço dele gemendo, agarrando-lhe os ombros e puxando-o para si repetidas vezes até ficar completamente esgotado.

Quando os tremores se acalmaram, eles desabaram um em cima do outro. Jake o tomou nos braços. Tudo tinha acontecido tão rapidamente, mas Caleb estava completamente esgotado e saciado. O corpo, tão tenso ainda há pouco, parecia agora o de um invertebrado,

— Meu Deus — murmurou ele.

— Por que foi que nós esperamos tanto tempo? — Perguntou ele, beijando-o abaixo da orelha.

— Não teria sido tão bom assim há 11 anos — disse Caleb.

— Estou falando desses últimos dois dias. — Ele passou a mão pelos cabelos despenteados dele e os puxou suavemente para trás até encontrar o seu olhar. — Como é que eu vou poder ficar perto de você agora e me conter para não tocá-lo e beijá-lo?

— Quer dizer que isso não é uma aventura de uma noite apenas?

— Não — disse Jake balançando a cabeça. — Você não consegue resistir a mim.

— E você não consegue resistir a mim — retrucou ele com um sorriso satisfeito.

— E por que deveria?

Caleb aconchegou-se no corpo quente dele.

— Nós podemos ficar aqui esta noite. Eu conheço o dono do lugar.

Ele pressionou os lábios no peito dele e então suspirou.

— Não há ninguém esperando por nós — disse Jake.

— Com exceção de Emma. Mas ela pode esperar mais um pouco.

Caleb se apoiou sobre o cotovelo e afastou uma mecha de cabelo da testa de Jake.

— Quer dizer que nós podemos fazer tudo outra vez?

— Sim — respondeu Jake. Depois franziu a testa e soltou um palavrão baixinho. — Não, eu só tinha um preservativo.

— Há outras coisas que nós podemos fazer — sugeriu Caleb.

— É mesmo? Eu sempre amei o seu espírito aventureiro — respondeu Jake, agarrando-o pela cintura e puxando-o para baixo dele.

Ele colou a boca à de Caleb, que se perdeu no beijo Havia muitas coisas que ele jamais havia ousado experimentar na cama. Com Jake, porém, todas as inibições pareciam se dissolver ao mínimo toque. Ele não se sentiu vulnerável com ele, mas poderoso. Não tinha de se preocupar com o que ele queria porque ele não queria nada além de lhe proporcionar prazer.

— Não vá — disse Jake, puxando-o de volta para os seus braços. —Ainda não. Fique um pouco mais.

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Caleb olhou para ele e se aninhou sob as cobertas da casa dos barcos. Eles já eram amantes oficialmente há 24 horas e as desculpas para as fugas já estavam ficando escassas.

Depois do jantar nos Lombardi, Caleb inventou uma história ridícula sobre preparar os brindes para o casamento. Ambos seguiram juntos até a casa dos barcos e, assim que a porta se fechou, eles arrancaram as roupas e se jogaram na cama. Jake tinha passado a noite com Caleb no hotel e saído às escondidas bem cedinho, de modo que pudesse estar de volta antes que qualquer um desse falta dele.

— Você não acha isso estranho?

— O quê? — Perguntou Caleb enquanto continuava a se vestir.

— Nós não deveríamos estar tão preocupados em sermos apanhados.

— Isso só complicaria as coisas — explicou Caleb, — Eu quero que isso fique apenas entre nós dois, está bem?

Jake assentiu.

— Então você quer que eu me enfie na sua cama esta noite?

Caleb pegou a jaqueta e colocou a mão no bolso pegando em seguida uma chave, e a agitou em frente ao rosto dele.

— Eu consegui uma chave para você. Só não deixe Emma vê-lo entrar. Ela tem ido para a cama cedo, portanto venha logo que conseguir escapar.

Ele lhe deu um beijo rápido e então calçou as botas.

— Nosso plano está de pé?

Eles haviam elaborado uma estratégia no dia anterior para testar o comprometimento de Sam e Emma.

Tinham discutido todas as armadilhas e problemas que os casais enfrentam a caminho do amor perpétuo e preparado uma verdadeira corrida de obstáculos para ambos.

— Operação Estraga Casamento pronta para ser iniciada.

— Nos não estamos tentando estragar o casamento — disse Caleb. — Vamos apenas testar a profundidade dos sentimentos de ambos. Nada mais do que um bom conselheiro faria.

— Só que nós não temos nenhuma qualificação profissional para isso, nem experiência em questões conjugais.

— Mas temos experiência em relacionamentos — disse Caleb. — Isso deve servir para alguma coisa.

Ele sentou-se na ponta da cama, já completamente vestido.

— Eu vou levar Emma ao Tyler's amanhã à noite. Há sempre muitos rapazes solteiros por lá para dançar e eu vou me assegurar de que ela beba bastante.

— E eu vou levar Sam a um clube de strip-tease.

Caleb arregalou os olhos.

— Um daqueles clubes em que as mulheres tiram toda a roupa?

— Quase — disse Jake. — Elas usam fio dental e muitas notas de dinheiro espalhadas pelo corpo.

— Quer dizer então que você já esteve lá? Jake balançou a cabeça.

— Não, mas já ouvi falar. Brett foi lá com alguns amigos no aniversário de 21 anos. Você se incomoda?

— Claro que não — disse Caley.

— Eu ficaria perturbado se você fosse ver homens tirando a roupa.

— Talvez eu devesse arranjar um clube desses para ir com Emma também — disse Caley.

— Só há um corpo que estou interessado em ver — disse Jake. — O seu. Você não tem com o que se preocupar.

— Boa resposta — disse Caleb. Ele se deitou sobre ele e lhe deu um beijo mais completo. — Até mais tarde.

— Eu mal posso esperar — disse Jake.

Ele foi até a porta e ainda sorriu para ele antes de sair. Jake levantou da cama, enrolado no edredom e espiou pelas cortinas enquanto ele seguia pelo gramado em direção à casa dos Lombardi.

Jake se jogou novamente de costas na cama e fechou os olhos. Já havia feito amor com muitas mulheres bonitas, sempre à espera daquela conexão, daquela centelha. Nas últimas 24 horas, porém, ele havia compreendido que Caleb, que não era uma mulher, era o único que o fazia sentisse assim. Eles viviam em mundos diversos tinham estilos de vida diferentes. Embora quisesse acreditar que o amor seria capaz de superar tudo, Jake conhecia a realidade de um relacionamento. Caleb tinha deixado claro que o caso deles acabaria assim que ele voltasse para NY. Embora planejasse fazer tudo o que estivesse a seu alcance para convencê-lo do contrário, Jake tinha de se preparar para a probabilidade de que tudo acabasse no fim da semana.

Ele não acreditava que outra mulher pudesse vir a ocupar o lugar de Caleb um dia,e ele não iria querer outro homem, caso as coisas entre eles realmente chegassem ao fim. No fundo, ele sempre havia comparado as mulheres que conhecia com ele mas não tinha se dado conta disso até agora. Elas eram inteligentes, mas Caleb era mais. Eram desejáveis, mas Caleb tinha um poder de o seduzir, que nenhuma tinha. Jake havia crescido desejando-o, apenas ele e mais ninguém.

Jake cobriu os olhos com o braço e xingou baixinho.

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