Eiei.. Gente sobre o conto, esse é o primeiro que me arrisco escrever, e não vou ousar começar algo que não vou ser capaz de concluir. Por isso a história está enxuta, não me arrisco a colocar um drama , ou um outro casal. Talvez mais para frente. Só queria relembrar que é minha primeira vez, e que sou igual ao Z ignorante . kk Bom, então é isso, Espero que não esteja maçante para vocês, estou tentando ir devagar ,para não me perder na história. Vamos ao conto.
=======================================================================================================
Não posso acreditar que o rei esteja falando sério — Zane disse enquanto caminhava em direção do seu quarto. — Ele realmente espera que eu fique no palácio até me casar? Tenho minha vida, um emprego, um lar...
— O rei não vê as coisas desse modo.
Rafe conteve um sorriso. Zane não apreciaria se ele risse.
— Você já percebeu que passa grande parte do dia irritado? — ele perguntou. — Já não houve uma cena dessas depois de sua cavalgada com Byron, pela manhã?
— Eu não estava irritado! — Ele olhou para ele com os olhos arregalados. — E não estou irritado agora. É fácil para você caçoar de mim. Não é você que está para ser feito prisioneiro.
Rafe olhou ao redor, para os mosaicos nas paredes e para as paredes lindamente decoradas.
---É difícil pensar grande tragédia em que se transformaria sua vida.
— Não seja engraçadinho. Você sabe o que eu quis dizer. Tenho minha própria vida. O rei pensa que eu posso largar tudo e tornar-me seu... seu... — Ele suspirou. — Não sei a palavra certa. Seu alguma coisa.
— Seu filho — Rafe o socorreu. — Ele quer que você seja filho dele. Que fique com ele para conhecê-lo melhor, bem como ao seu país.
— Mas eu tenho uma carreira. Estudei muito para fazer meu doutorado. Tenho amigos, planos. Devo dar as costas a tudo isso?
— Não sei. Como são as coisas no seu mundo? São maravilhosas?
Ele desviou o olhar.
— Acho que entendo — ele disse. — Você precisa se acostumar a essa vida da realeza.
Zane continuou a caminhar pelo corredor.
— Não posso acreditar que o rei me peça para mudar permanentemente para cá. Nem sei se quero viver no palácio. É cedo demais. Preciso de tempo.
Rafe o alcançou.
— Zane, tenha cuidado com o modo como vai lidar com isto. O rei acha que você vai viver permanentemente no país. Ele o considera um membro da sua família e, para ele, seu lugar é aqui no palácio.
— E se eu não quiser viver no palácio?
Ele não tinha resposta para essa pergunta.
— Não tome decisões apressadas. Você passou toda a sua vida procurando por sua família. Agora que a encontrou não seria tolice dar as costas a ela?
Zane diminuiu o passo e concordou.
— Entendo o que quer dizer. Mas tenho a horrível sensação de estar caindo em uma armadilha.
Se Separaram à porta dos aposentos dele. Zane se despediu, entrou e ouviu ruídos no quarto de Cléo.
— Finalmente está em casa! — gritou, subitamente feliz em encontrar alguém em que confiava. — Posso saber o fez durante esses últimos dias?
Cléo tinha voltado, mas era óbvio que não pretendia ficar por muito tempo. Várias malas estavam abertas sobre a cama. Algumas roupas haviam sido guardadas, e outras estavam dobradas sobre a cama. Sua irmã movia-se rapidamente pelo quarto, pegando artigos de toalete e jogando-os dentro de uma mala menor.
— O que está acontecendo? — Zane perguntou preocupado.
Cléo olhou para o irmão, os grandes olhos azuis emocionados.
— Você é o inteligente da família. Pensei que fosse óbvio.
— Vejo que está arrumando as malas, mas aonde vai?
— Para casa.
Zane se preparou para ouvir que ela ia viajar com um dos príncipes. Todos eles haviam se interessado por Cléo, apesar de o príncipe Haadan ter sido o mais entusiasmado.
— Cléo, o que está fazendo? Pensei que estivesse se divertindo.
— Tive férias maravilhosas, mas estou pronta para voltar ao mundo real. Tenho um emprego me esperando.
Zane também tinha, mas estava em férias de verão enquanto Cléo tirara apenas duas semanas.
— Você não quer ficar mais?
Os lábios de Cléo tremeram.
— Não, esse não é o meu lugar. Você é o principe. Eu sou apenas uma plebeia que o está acompanhando.
Zane se aproximou da irmã.
— Não diga isso. Somos irmãos.
Cléo balançou a cabeça.
— Não. Sua irmã é a Princesa Sadik, da Bahania. Agradeço por ter deixado que eu participasse dessa aventura, mas agora acabou.
— Sadik não é minha irmã. Não no meu coração. Eu mal a conheço. Cléo, preciso de você ao meu lado.
Não posso ficar. — Cléo caminhou até a cama e pôs as camisas em uma das malas. — Você ficará bem. O rei realmente gosta de você e estará tão ocupado em aprender a ser um membro da família real que não sentirá falta de mim.
Zane não entendia o que estava acontecendo. Reconhecia que essa atitude da irmã era um modo de se auto proteger, mas não sabia por quê.
— Alguém a magoou?
— Não. Todos são muito gentis.
— Está bem. Então vou com você.
Cléo olhou para Zane com os olhos arregalados.
— Não seja louco! Toda sua vida desejou um pai e agora o encontrou. E... Céus... Ele é um rei. Se for embora se arrependerá pelo resto de sua vida. Ambos sabemos disso.
— Mas eu não quero ficar aqui sem você.
— Dará tudo certo. Há aqueles dois rapazes interessados em você. Talvez fique noiva até o final do mês.
— Certamente, não com o duque — Zane resmungou.
— Então com o outro, o francês.
---É pouco provável. Você sabe da sorte que tenho com os homens. Cléo aproximou-se e abraçou O irmão.
— Acho que sua sorte está mudando. — Cléo afastou-se para olhar para Zane. — Quero o melhor para você, Zane, sinceramente, mas não posso ficar aqui. Não pertenço a esse lugar.
— Isso não me interessa, em absoluto.
— Interessa a mim — Cléo respondeu. — Posso cuidar de mim mesma, tenho um bom emprego. Me Deixe voltar para a minha vida, para o meu lugar.
Zane não conseguia falar, pois as lágrimas embargavam sua voz.
Se Sentia como se estivesse para perder algo precioso e não podia fazer nada para que Cléo mudasse de ideia.
Cléo sorriu para o irmão e o abraçou novamente.
— Você pode me telefonar e me pôr a par das novidades da corte.
— Prometo que o farei — Zane disse, abraçando a irmã com força, sem querer soltá-la.
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Zane mal podia se manter acordado. A combinação do sono com a conversa maçante de Jean-Paul quase o fizeram cochilar sobre o prato. Piscou diversas vezes e tomou um gole de água gelada.
Felizmente, Jean-Paul não parecia perceber sua falta de atenção.
— As flores pequenas são maravilhosas — ele estava dizendo. Ele teve a certeza de que ele ainda continuava a falar sobre seus vinhedos e sobre o palácio da família, que era seu assunto favorito.
— Parece maravilhoso — ele murmurou, enquanto ele fazia uma pausa para ouvir a opinião dele.
Naquele momento, o garçom chegou com a sobremesa. Zane comeu um pouco de mousse de chocolate, desejando que o açúcar lhe fornecesse energia.
Não imaginara que Jean-Paul fosse tão arrogante. Estava exausto.
Ficara dois dias caminhando pela sua suíte, em silêncio, desejando que Cléo não houvesse ido embora. Nunca se sentira tão sozinho e deslocado.
Tentou clarear sua mente. Este não era o momento para pensar na partida de Cléo. Estava jantando com um francês de boa aparência e rico, tinha de aproveitar a noite e a companhia. Pelo menos esse encontro era mais privado do que fora seu passeio com Byron. Dessa vez não havia jipes atrás deles, e Rafe se sentara discretamente em outra mesa.
— Você precisa vir comigo à França — Jean-Paul dizia. — No outono seria ideal, pois não há muitos turistas.
— Você faz isso parecer mágico — Zane afirmou,
— Lembro-me do outono, quando eu era um garotinho — ele disse, tomando um gole de bebida. — Eu corria descalço sobre as folhas. O aroma daqueles dias está comigo até hoje. Eu levava meu cachorrinho para correr até o riacho de detrás da casaO demorado jantar chegou ao fim quando o garçom tirou os pratos e trouxe a conta, Zane sentiu um grande alívio. Rafe já bebia a terceira xícara de café. Sem dúvida precisava da cafeína para se manter alerta.
Zane pensava se devia se levantar quando ele esticou o braço e pegou na sua mão.
— Zane, você é um homem excepcional.
Zane apenas sorriu.
O francês olhava fixamente para ele, os olhos escuros cheios de promessa.
— Eu desejaria muito torná-lo meu. Creio que nos daríamos bem juntos.
Zane abriu a boca. Fazê-lo dele? O que isso queria dizer? Ele a queria por marido ou simplesmente como amante?
Ficou ainda mais aborrecido. Esse homem realmente pensava que ele ficara atraída pela conversa egocêntrica e maçante?
Empurrou a cadeira e levantou-se.
— Acho que você julgou a situação erroneamente — ele disse de modo formal e frio.
Em um instante, Rafe estava ao seu lado.
— Preciso sair daqui — ele lhe disse, ignorando os protestos de Jean-Paul.
— As suas ordens — Rafe respondeu.
Passou o braço ao redor dele e o conduziu para fora do restaurante.
Estava tão distraído que nem se deu conta que Rafe o levara a um bar.
O salão principal do bar tinha umas doze mesas. Um conjunto de três pessoas tocava sobre um palco ao canto. Rafe escolheu uma mesa, e se sentou depois dele. Falou com um garçom e se recostou na cadeira.
— E então... Como foi o jantar?
Zane franziu o cenho e, em vez de responder, olhou ao redor, notando as cortinas vermelhas atrás do pequeno palco e as toalhas de mesa também vermelhas. O garçom trouxe duas taças com um líquido cor âmbar, depositou sobre a mesa e se afastou.
— Conhaque — Rafe disse. — Você parece precisar de algo forte.
Ele tomou um gole
— Quer falar a respeito?
— Não sei. Talvez. — Ele se recostou na cadeira e suspirou profundamente.
— Presumo que você tenha escutado a brilhante conversa de Jean-Paul.
— Tentei não ouvir, mas foi impossível.
— E não teve pena de mim? Fiquei sentado na frente dele ouvindo todas as baboseiras que ele disse, fingindo interesse.
— Então você não gostou da grande cena final de sedução?
Rafe o estava provocando. Ele percebeu, pelo tom da voz e pelo brilho dos seus olhos azuis, e simplesmente sorriu. -
— Acho que não fiquei acordado durante todo o tempo. E... Está sendo pior do que eu imaginava.
— Que parte?
— Tudo. Sinto muita falta de Cléo. Cléo tinha apenas duas semanas de férias. Eu estou de folga durante todo o verão. Meu horário é mais folgado. Eu pedi para que ela ficasse, gosto de tê-la por perto. Sinto-me mais seguro na companhia de minha irmã.
— Nada de mal vai acontecer a você.
Zane achou difícil explicar o que estava sentindo.
— Como poderei me acostumar com essa gente? Sempre quis raízes, mas não tão profundas. O rei tem ancestrais de mais de mil anos, eu me contento com apenas duas gerações.
— Tenha cuidado com o que você deseja.
Mesmo contra sua vontade, Zane olhou para a boca de Rafe e para seus lábios, que o haviam beijado com tanta ternura. Não imaginava ter este tipo de conversa com homem algum, mas com ele tudo parecia perfeitamente natural.
Tenha cuidado com o que você deseja.
Ele era esperto em lembrá-lo do perigo, porque o que ele mais queria era ele.
— Não quero mais falar sobre isso. Como um agradável americano como você se tornou um sheik?
Ele sorriu.
— Nunca diga a um homem que ele é agradável. Detestamos esta palavra. Você deveria saber disso.
— Então eu a retiro. Como um americano sisudo e rude como você se tornou um sheik?
— Salvei a vida do príncipe Kardal.
Ele falou com simplicidade como se estivesse ensinando a alguém o caminho do aeroporto.
— Como? Não, espere. Primeiro me fale sobre o príncipe Kardal.
— Ele... — Rafe hesitou. — Isto é confidencial, Zane. Você não pode repetir essa informação a ninguém.
— Prometo.
Rafe olhou para ele muito seriamente e concordou.
— A Cidade dos Ladrões é real e existe. Kardal é o Príncipe dos Ladrões, um dos homens que controla o deserto.
Zane não sabia o que dizer.
— Isto é incrível!
— É como ouvir que Atlanta ainda existe — Zane comparou.
— Enquanto o mundo não descobrir, estará tudo bem.
— Não direi nada. Nunca trairia sua confiança. Mas, como você veio para cá? -
— Eu já lhe disse. Fui para uma organização paramilitar. O príncipe Kardal nos contratou e, quando o serviço terminou, fiquei como segurança. Um dia estávamos no deserto, fomos atacados, e eu salvei a vida de Kardal. Em gratidão, ele me deu o título de sheik.
Rafe desabotoou o punho da manga direita da sua camisa e dobrou-o, mostrando uma pequena marca no lado interno do pulso. Uma pequena caveira com uma espada fincada Zane se aproximou para ver melhor.
—Oque é isso?
— O selo da Cidade dos Ladrões. E a marca do príncipe. Com ela, eu possuo terras, camelos e fortuna, que, embora modesta para os padrões do príncipe, me garante uma vida confortável. Eles também me ofereceram uma mulher, pediram que eu a escolhesse, mas eu não quis.
Zane ficou chocado.
— Uma mulher? Eles ofereceram uma mulher?
Rafe sorriu.
— Aqui isso é normal.
— Céus! Isto é feudal demais!
— Não me senti confortável com a ideia, por isso recusei.
Zane nem sabia o que dizer. Eles ofereciam mulher como se fosse gado. Que horror!
— Se você está rico, por que ainda trabalha?
— Porque gosto do que faço.
Rafe pegou sua taça e bebeu o conhaque. Percorrera um grande caminho desde seus dias de criança de orfanato, quando era uma criança assustada e sozinha.
— Você tem família? — Zane perguntou.
— Não. Meus pais morreram quando eu tinha quatro anos. Não havia mais ninguém, e eu fiquei sob a guarda do Estado.
Rafe não gostava de pensar no passado. Agora ele era forte, aprendera a cuidar de si mesmo e a nunca precisar de ninguém.
— Por que nunca se casou? Deve ter havido mulheres e homens no seu passado.
— Muitas e alguns poucos homens, mas não sou o tipo de homem que quer ter raízes.
Em toda sua vida, Zane nunca sentiu uma vontade tão grande de chorar.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx