Não poderia ser verdade o que o senador estava ali dizendo.
-não consigo acreditar nisso senador. Disse olhando para aquele homem na minha frente com ódio no olhar.
Lucius- acredite, esse miserável matou minha esposa. Ele apontou a arma mais uma vez para a cabeça do marcos. –eu não consigo pensar em mais nada a não ser vingança.
-e você não parou pra pensar que isso tudo foi forjado, foi feito para parecer que o culpado fosse ele e não outra pessoa?
Nesse momento ele olhou pra mim com curiosidade. –ora senador, você é um homem que tem muitos inimigos, todos temos inimigos e muitas vezes esses inimigos fazem coisas para culpar outra pessoa e poder tirar o deles da reta.
Lucius- eu sei que tenho inimigos, mas tudo indica que foi ele. Ele estava no local do crime, ele estava la.
-só estar não significa que foi ele senhor, ate mesmo você já fez coisas e colocou pra outras pessoas. Não me venha com mentiras dizendo que não.
Lucius- e quem é você pra falar essas coisas na minha cara? Você não tem medo de morrer não?
Naquele momento ele veio com a arma em minha direção e seus capangas junto.
-você pode me matar e matar todos aqui, mas eu garanto que amanha as noticias estarão em todos os jornais mostrando o senador inescrupuloso que é. Sorri olhando para a cara de surpresa dele. –sorria senhor, você esta sendo filmado.
Foi no momento que ele percebeu uma câmera no quarto que dava de frente para o do marcos. Eu havia pedido a um dos policias que filmasse 24h o quarto do marcos caso alguém visse matar ele.
Lucius- você é esperto policial, muito esperto. Ele sorriu e guardou a arma, mandando seus capangas também guardarem. –oportunidade de matar ele não vai faltar, você sabe disso.
-sei, como também sei que ele lhe deixou um neto, isso já é algo bom, você pode ser o avô mais legal do mundo pra ele, e você também pode fazer a diferença na vida dele.
Lucius- sei disso, ele é tudo pra mim.
-entao porque não esquece isso, procura os verdadeiros culpados e faz valer essa vingança, tenho certeza que o marcos não fez isso.
Lucius- como sabe? Porque coloca tanto a Mao no fogo por ele?
-por que ele é meu melhor amigo, crescemos juntos feito irmãos. Sei que ele não mataria alguém a sangue frio por nada, ainda mais a avó do seu filho.
Lucius- não sei.
Ele estava olhando o marcos deitado e eu coloquei minha Mao em seu ombro.
-de uma chance a ele Lucius, vera que não foi ele e que ele é um homem maravilhoso para o filho.
Lucius- tenho medo do que o pai faz chamar o filho, tenho medo de o pequeno entrar para essa vida do crime.
-no destino dos filhos não podemos modificar senhor, apenas tentar fazer ele andar no caminho do bem. Muitas vezes conseguimos fazer pessoas boas, mas muitas vezes também a vida faz com que algo de errado e tudo muda.
Lucius- obrigado... Como é seu nome mesmo?
-Josh, prazer.
Peguei na Mao dele.
Lucius- prazer Josh. Vou tentar mudar muitas coisas em minha vida.
-comece mudando esse sentimento que você tem pelo marcos, encontre o culpado verdadeiro e ai sim pode se vingar. Depois o traz pra vida do filho, não deixe isso atrapalhar a sua família.
Ele acenou e saiu do quarto com os seus capangas. Eu respirei fundo e acenei para o outro policial na janela. Ele saiu e eu fiquei olhando o marcos dormir enquanto o Alfred vinha fechando a porta.
Alfred- caramba que agora esta uma bagunça a sua vida. Ele disse se encostando na parede. –rapaz só foi seu amigo aparecer e sua vira virar do avesso.
-acho que agora minha vida vai ter adrenalina não é mesmo. Disse sorrindo. –pelo menos meu amigo voltou.
Alfred- não sabemos por quanto tempo Josh. Você sabe o quanto ele é barra pesada.
-sei Alfred, mas algo me diz que ele não é esse ser maligno que todos acham que é. Ele é uma pessoa boa que anda pelos caminhos errados, só isso.
Alfred- e também meu amigo. Ele colocou seu braço no meu pescoço. –também não somos nenhum santo hahaha, todos erramos.
-pois é, todos erramos.
Fiquei olhando o marcos dormir profundamente ali, fiquei também juntando peças de quem tentou matar ele em minha casa, poderia muito bem ser o lucius, mas também poderia ser outra pessoa. Todos o queriam mortos, todos queriam ficar no topo onde ele estava, e também todos perto dele corriam risco de vida.
Alfred- nem quero imaginar como é que vai ser daqui pra a frente.
-nem eu Alfred, nem eu.
-9 meses depois-
Entrei correndo no hospital com Victoria em uma cadeira de rodas, ele já estava dando a luz.
-ALGUÉM ME AJUDA AQUI.
Os médicos vieram correndo e a levaras para a sala de parto. Logo atrás veio Alfred, marcos, lucius e a esposa de marcos. Lucius descobriu quem matou a esposa dele e se vingou, também descobrimos quem foi que atirou no marcos em minha casa e o prendemos, tudo corria bem ate aquele instante.
Alfred- calma homem, tudo vai ficar bem.
Lucius- é Josh, calma.
-não consigo. Disse me tremendo e olhando para marcos. –se ela morrer?
Levei um tapa na cara de marcos que me olhou serio.
Marcos- ela não vai morrer, agora vai la e fica do lado dela, você é o pai. Ele me abraçou forte e sorriu. –é um momento mais feliz de sua vida, não perde essa chance.
Entrei correndo para a sala de parto, coloquei as vestimentas e fiz todos os procedimentos para não contaminar o local. Fiquei ao lado da vic a todo o momento . ela gritava de um lado e eu do outro.
Mas foi no momento que eu vi aquele pequeno ser vindo em nossa direção chorando, aquele menino indefeso chorando nos braços da mãe, que eu percebi que o meu mundo agora era ele, eu deveria proteger ele de tudo e todos.
Victoria- olha o papai trevor, quer ir pro papai?
Ela me entregou ele e foi naquele momento que eu chorei de alegria segurando o meu filho.
-oi campeão, sou eu o papai. Foi então que ele segurou meu dedo e apertou. –você é minha vida agora sabia pequeno.
Ele sorriu e eu sorri junto. Era mágico. Eu entreguei ele ao medico e fui correndo avisar ao pessoal que meu filho havia nascido.
-NASCEU GENTE, MEU FILHO NASCEU.
Disse correndo ate ele e abraçando o marcos.
Marcos- que bom mano, mais um pra a gente ter dor de cabeças.
-só espero que o mundo e o destino pra ele sejam ótimos e que nada de ruim aconteça.
Marcos- vamos ajudar que nada de errado venha para o pequeno trevor.
Assim pensava a todos, mas o destino escreve certo por linhas tortas, muito tortas.
--32 anos depois--
Continua????