Uma batida na porta o fez levantar-se novamente surpreso por ele ter voltado tão rápido. Ele esperou que Caleb entrasse, mas ouviu uma nova batida. Vestiu então a cueca e cruzou o quarto para abrir a porta. Não era ele quem estava do outro lado, mas sim, Sam, irmão dele.
— Posso entrar?
— Claro — disse Jake, dando um passo para trás para permitir que ele passasse.
— O que houve?
Sam começou a caminhar pelo quarto com os ombros tensos e uma expressão grave no rosto. Depois sentou-se na beira da cama e entrelaçou nervosamente os dedos.
— Eu segui o seu conselho. Disse a Emma que estava na hora de sermos honestos um com o outro e que deveríamos fazer sexo se quiséssemos, mesmo antes de nos casarmos.
— E ela se recusou?
— Não — disse Sam. — Nós fizemos sexo. — Ele balançou a cabeça. — Foi muito ruim.
Jake franziu a testa.
— Como assim?
Sam cobriu o rosto com as mãos.
— Ela estava tão excitada quanto eu no início. Eu quis ser romântico e tornar aquela ocasião especial mas tudo que eu fazia parecia extremamente forçado E então, eu... Eu não consegui...
— Fazê-lo subir?
— Mantê-lo de pé, eu diria. — Sam se virou e olhou para Jake. — Você acha que eu estou precisando de Viagra?
Jake deu uma risadinha.
— Você nunca teve problemas antes, não é?
— Não! Nunca. Mas eu nunca fiz sexo com alguém com quem eu pretendesse me casar. E se as coisas forem assim com Emma? E se eu não for capaz de...?
— Isso acontece nas melhores famílias.
— Já aconteceu com você?
— Não, mas eu nunca passei pelo tipo de pressão que você está passando. Quando o encorajei a fazer sexo com ela, eu não tive a intenção de que você o fizesse para dar conta de uma tarefa como aparar o gramado ou trocar o óleo do carro.
— Eu tentei caprichar nas preliminares, — disse Sam — mas estava muito afobado. Achei que ia ter que convencê-la, mas ela embarcou completamente na minha. Parece que Caleb disse a ela que era importante ser sexualmente compatível com o marido. — Ele deteve. — Não, acho que Emma disse crucial. Foi aí que eu comecei a ficar realmente nervoso.
— Dá para entender — disse Jake. Ele sentou-se ao lado do irmão e lhe deu um tapinha nas costas. — Mas não significa que isso vai voltar a acontecer.
— E se acontecer? Eu não vou querer me casar com ela desse jeito.
— Isso é passageiro — disse Jake. —Acredite. Na próxima vez dará tudo certo.
— Não é que eu não estivesse querendo — disse Sam. — Emma é muito sensual. Ela tem um corpo lindo e o jeito que ela me beija me deixa louco. Você sabe como é, não?
Jake mordeu o lábio inferior e se forçou a sorrir, enquanto se lembrava da tarde que tinha passado com Caleb.
— Eu sei — murmurou ele.
— Ela e Caleb vão sair juntos esta noite — disse Sam. — Programa de irmãos. E se Emma resolver procurar alguém que... Dê conta do recado?
— Talvez fosse bom nós sairmos também — sugeriu Jake. — Espairecer um pouco. Só o padrinho e o noivo. Coisas de homem
— Isso — disse Sam. — Eu já tenho 21 anos. Posso entrar em qualquer lugar.
Jake se levantou e pegou o jeans do chão.
— Você pode dormir aqui esta noite. Há lençóis e cobertores para o sofá-cama no armário. Só vou dar um pulo em casa para pegar uma bebida para a gente.
— Obrigado — disse Sam. — Não sei o que eu faria sem você. Talvez um dia eu possa retribuir esse favor, quando você se casar.
Jake terminou de se vestir.
— Eu volto já — disse ele, a caminho da porta
— Relaxe.
Ele desceu a escada correndo e tentou falar cora Caleb, mas a ligação caiu na caixa postal.
— Oi, sou eu. Não vou poder encontrá-lo esta noite Sam passou na casa dos barcos depois que você foi embora. Ele está precisando de companhia. Coisas de homem. Acho que só poderei vê-lo amanhã. — Ele se deteve, contendo o que iria dizer e então prosseguiu-
— Durma bem.
"Eu te amo". Era isso o que ele tinha querido dizer, Estar com Caleb novamente havia feito com que ele resgatasse uma parte da vida que estava faltando. Ele o havia feito pensar que era possível reunir o melhor amigo e o amante numa só pessoa e, por que não dizer um companheiro também?
Jake balançou a cabeça. Ele nunca tinha pensado muito em casamento. Talvez sempre tivesse sabido em algum canto secreto da mente, que só havia uma pessoa para ele. Ele se deteve e xingou baixinho. Sempre tinha pensado que levaria uma eternidade para se apaixonar e outro tanto para descobrir se o amor era capaz de sobreviver ao casamento. Agora porém, tudo parecia tão simples. O celular tocou e ele sorriu ao reconhecer o número de Caleb.
— Oi. Recebeu a minha mensagem?
— Recebi. O que são "coisas de homem" , eu deveria saber?
— Eu disse a Sam que ele deveria dizer a Emma, se quisesse fazer sexo com ela antes do casamento, e ele o fez, mas parece que as coisas não saíram muito bem.
— Como assim? Emma se recusou?
— Não, ela adorou a ideia. Eles tentaram, mas Sam não conseguiu.
— Oh — disse Caleb. — Deve ter sido difícil para eles.
— Acho que isso favorece o nosso plano — disse Jake. — Eles devem estar cheios de dúvidas no momento.
Um longo silêncio se fez ouvir do outro lado da linha, a ponto de Jake achar que a ligação tinha caído.
— Você acha que nós devemos continuar? — perguntou ele finalmente.
— Acho que sim — disse Jake
. — O que nós sabemos a respeito do relacionamento deles? Nós nem sabemos ao certo o que acontece entre nós.
— Sexo — disse Caleb — Desejo. Curiosidade.
— Isso é tudo?
— O que mais seria? — Questionou ele.
— Diga-me você.
— Eu também não sei o que está acontecendo. Acho que saberei quando essa semana chegar ao fim.
— Certo — disse Jake. — Sam está esperando por mim. Eu fiquei de pegar uma cerveja para nós.
— Emma e eu vamos para Chicago amanhã de manhã — disse Caleb — Ela quer tratar do bolo e falar com algumas amigas que estão cuidando do chá de panela. Eu só o verei amanha à noite. Divirta-se no clube de strip-tease.
— Está com ciúme, Caleb?
— Não! Por que me importaria com isso?
— Eu bem que gostaria que você gostasse o suficiente de mim para se importar.
— Talvez eu tenha que dançar no poste para você na próxima vez que o encontrar — disse ele, provocando-o.
— Grato pela imagem — murmurou Jake. — Agora eu não conseguirei mais dormir.
— Boa noite, Jake.
— Boa noite, Caleb.
Aquele era um sentimento novo e estranho para Jake. Eles agiam como um casal, e o mais surpreendente era que ele não estava se incomodando nem um pouco com aquilo. Quer estivesse disposto a admiti-lo, ou não, Caleb gostava dele, talvez até o amasse um pouquinho. Talvez até ele o amasse um pouquinho também.
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— Não entendo por que tínhamos que ir embora. Eu estava me divertindo muito — queixou-se Sam, enrolando um pouco a língua por causa da cerveja.
Jake olhou para o irmão mais novo. Não esperava que Sam se divertisse tanto. Tinha achado que eles passariam uma hora no clube e então seguiriam para Tyler's, para encontrar as meninas. Jake havia finalmente conseguido convencer Sam a se afastar dos encantos de Tiffany Diamond e ver como estava a sua noiva.
Embora Caleb pudesse estar preocupado com as mulheres nuas daquele lugar, Jake era quem realmente tinha razões para isso, afinal, fora ele quem acabara de deixar o namorado e ido para a cama com o primeiro homem que havia tentado seduzi-lo. Embora quisesse acreditar que Caleb só tinha olhos para ele, Jake sabia que um pouco de bebida e atenção masculina podiam fazer maravilhas por um homem fogoso como Caleb.
— Essas garotas só estão sendo amáveis porque você está pagando o champanhe delas. Elas ganham uma comissão por tudo o que você consome aqui.
— Elas são muito bonitas — disse Sam. — Especialmente a Tiffany. Ela vai nos encontrar no Tyler's.
— Você convidou uma stripper para sair com a gente?
Jake balançou a cabeça. Aquilo já estava indo longe demais.
— Tiffany Diamond. Você acha que esse é o nome verdadeiro dela?
Ele estava começando a sentir-se um pouco culpado pelo rumo que as coisas estavam tomando, mas aquilo era ridículo. Alguém assim, tão ingênuo, definitivamente não tinha condição alguma de se casar.
— Você já tinha vindo a um clube de strip-tease antes? — Perguntou Jake.
— Claro — resmungou Sam, apoiando a cabeça na janela fria. — Mas eu nunca tinha ido a um em que as strippers fossem tão legais. Você acha que a Emma ia se incomodar se eu convidasse Tiffany para o nosso casamento?
— Não — disse Jake. — Estou certo de que ela não ia se importar. Mamãe também ia ficar encantada em conhecê-la. Quem sabe ela até pudesse ir à cerimônia com o traje que usou para dançar hoje.
— Ela me disse que não quer ser uma stripper para o resto da vida.
Sam adormeceu pouco depois com o rosto contra o vidro gelado da janela do carro. Jake se perguntou qual era afinal o sentido de tudo aquilo. Será que Caleb e ele estavam realmente prontos para lidar com os desdobramentos daquela noite?
Jake estacionou no Tyler's, mas em vez de acordar Sam, decidiu entrar e procurar Caleb para cancelar tudo. Eles tinham ido longe demais e já estava mais do que na hora de recolocar o casamento nas mãos de Sam e Emma. Jake não queria passar o resto da semana pensando apenas neles.
Ele pagou a entrada e começou a abrir caminho por entre as pessoas, tentando localizar os Lombardi em meio à escuridão. Logo viu Emma na pista de dança, vestida num traje impressionantemente sexy: um jeans colado à pele e uma blusa transparente que deixava entrever a lingerie por baixo dela. Estava dançando com um jovem de boné de beisebol. Ambos riam e agitavam os braços ao som de uma canção de Bruce Springsteen.
Jake continuou olhando através da multidão até localizar Caleb na beira da pista de dança e soltou um palavrão quando viu Jeff Winslow ao lado dele.
Jake cerrou o punho. Por que será que a presença daquele homem o deixava naquele estado? A julgar pelo modo que eles estavam conversando, nada parecia estar acontecendo, mas ele não gostava de competir com ninguém pela atenção de Caleb.
Ele caminhou por entre os fregueses até se colocar ao lado dele.
— Caleb — gritou ele.
Ele teve um sobressalto ao ouvir a voz de Jake, mas quando se virou e o viu, sorriu aliviada.
— Olá, Wilson — disse Jake, com um meneio de cabeça.
Jeff sorriu.
— É melhor vocês dois levarem aquela garota para casa — disse ele, apontando para Emma com a mesma mão que segurava a cerveja.
— Onde está Sam? — gritou Caleb.
— No carro. Bêbado e adormecido.
Ele tomou a mão dele e o conduziu até a porta. Ao chegarem lá, Jake se virou e olhou novamente para Jeff Wilson. Ele não parecia nada feliz, mas também não tinha tentado detê-los. Jake olhou então para Emma.
— Ela parece estar se divertindo um pouco demais.
Caleb assentiu.
— Ela exagerou um pouco na tequila. Está dançando com um tal de Robert. Ele parece inofensivo.
Eles saíram da casa noturna, enfrentando o ar gelado da noite. Assim que alcançaram um lugar um pouco mais reservado, Jake o agarrou, pressionando-o contra a parede, e o beijou. Aquilo não era uma expressão de desejo e nem mesmo de afeto. Ele precisava certificar-se de que nada havia mudado entre eles enquanto estiveram afastados. A reação de Caleb o encheu de alívio.
— Assim é melhor — murmurou ele.
Ele deslizou a mão por baixo da jaqueta dela à procura da pele nua e, ao encontrá-la, acariciou lhe as costas.
— Você está tão quentinho. Caleb tremeu, batendo os dentes.
— Não por muito tempo. Meu carro está estacionado por ali. Vamos sair desse frio.
Caleb passou as chaves a Jake e correu com ele até o lugar onde havia deixado o carro. Ele o fez entrar no banco de passageiros e então se colocou atrás do volante. Virou a chave e ligou o aquecedor.
— Vai levar um tempo até esquentar.
— Estou começando a achar que tudo isso não foi uma boa ideia — disse Caleb, esfregando as mãos.
Jake entrelaçou os dedos aos dele e os aqueceu com um sopro.
— Eu também.
— O que nos fez pensar que essa era a coisa certa a fazer?
— Talvez estejamos transferindo nossos próprios temores a respeito de compromisso para Sam e Emma. Eles parecem saber o que estão fazendo, enquanto nós ainda não tivemos muito êxito nesse departamento.
— Bem, um pouco de êxito, talvez — murmurou Caleb, olhando para os dedos que Jake estava beijando, um a um.
Ele sorriu e pressionou as mãos dele contra o peito.
— Sim. Um pouco. Mais que um pouco, eu diria. Ele o enlaçou pela cintura, puxando-o para mais perto de si. Havia passado a noite inteira olhando para mulheres nuas sem ter a menor reação, mas bastou tocar em Caleb para que o desejo se inflamasse e o pulso começasse a acelerar. Ele não era hetero. Já tinha a confirmação
— Você acha que alguém ia perceber se a gente se enfiasse no banco de trás e tirasse todas as nossas roupas? — Murmurou Jake. — As pessoas fazem sexo em estacionamentos o tempo todo.
Caleb riu.
— Você não acha que seria mais fácil simplesmente voltar para o hotel?
— Só se você fizer aquela dança que me prometeu — disse Jake.
— Acho que posso fazer isso — respondeu Caleb
— Vamos levar Emma e Sam embora e deixar que eles se entendam.
— Bom plano.
Ambos saíram do carro, apressando-se em direção à porta principal, quando notaram uma pequena multidão aglomerada na entrada.
— O que está acontecendo? — perguntou Jake.
— Uma briga — disse uma das garotas. — Um rapaz, sua noiva e uma stripper.
— Droga! — Ele se voltou para Caleb. — Fique aqui. Eu voltarei logo.
Pouco depois, ouviu-se os sons de uma sirene ao longe.
— Pegue Emma antes que ela se machuque — gritou Caleb.
Jake se infiltrou por entre as pessoas e, quando finalmente conseguiu entrar, encontrou o lugar praticamente vazio e com as luzes acesas. A banda estava reunida em torno do palco e havia um pequeno grupo no centro da pista de dança. Emma e Sam estavam sentados no chão e Tiffany estava segurando o próprio nariz, enquanto discutia com Jeff Wilson e o rapaz que estava dançando com Emma, estendido no chão, com as mãos no próprio sexo.
— O que está acontecendo aqui? — Perguntou Jake.
— Para trás — advertiu Wilson. — Está tudo sob controle.
— Estes são o meu irmão e minha futura cunhada. Quero levá-los para casa.
Wilson olhou para Jake e balançou a cabeça.
— Vou ter que deter o seu irmão e sua cunhada. Foram eles que começaram a briga. Agressão e embriaguez.
— Eles estão num bar — disse Jake. — Todo mundo está embriagado.
— Você vai poder vê-los na delegacia. Nós vamos esclarecer tudo lá.
— Não faça tanto jogo duro, Wilson Ninguém ficou seriamente machucado.
— Ela acertou o meu nariz! — gritou Tiffany.
— Foi ela que esbarrou no meu cotovelo — respondeu Emma. — Eu estava tentando ajudar Robert a se levantar depois que Sam o chutou, e ela se meteu no meio.
— Eu não o chutei — disse Sam.
— Chutou, sim — disse Robert, ainda gemendo de — Foi uma joelhada.
— Não há uma multa que eu possa pagar para resolvermos tudo sem perder mais tempo? — Perguntou Jake.
— O que é isso?
Todos se voltaram na direção de Caleb, que se uniu ao grupo com uma expressão preocupada.
— Eu estou rompendo com Sam — anunciou Emma. — Nós não vamos mais nos casar.
— Você não pode romper comigo, — retrucou Sam — pois eu já rompi com você antes.
— Você não tem nenhuma razão para romper comigo. Eu só estava dançando com Robert e não em cima dele como aquela stripper estava fazendo com você
— Eu não sou uma stripper — disse Tiffany. — prefiro ser chamada de bailarina exótica.
— Você a convidou para o nosso casamento! — Gritou Emma. — Às vezes eu me pergunto se você tem mesmo um cérebro.
— E eu me pergunto se você tem um coração — retrucou Sam.
— Já chega! — Gritou Wilson. — Não quero mais saber de discussão ou vou prender todo mundo.
— Posso ir agora? — Perguntou Robert. — Preciso começar a encher o furgão. Estou com a banda. Eu não quero prestar queixa.
— Nem eu — disse Tiffany.
Ela olhou para Robert e sorriu timidamente.
— Quer dizer que você trabalha com a banda? Eu adoro músicos.
Os dois se dirigiram para o palco, seguidos por Wilson. Ele se voltou então e apontou para Emma e Sam.
— Não saiam daí — ordenou ele.
Jake olhou para Caleb e deu de ombros.
— Por que você não conversa com ele? Jeff parece gostar mais de você do que de mim.
Caleb fez o que ele pediu. Embora odiasse dizer a Caleb para ir atrás de Wilson, Jake sabia que não havia nenhuma possibilidade de ele decidir ir embora com ele.
Pouco depois, Caleb retornou com um sorriso satisfeito no rosto.
— Nós podemos levá-los para casa — murmurou ele. — Jeff está disposto a liberá-los, contanto que se comprometam a não causar mais nenhum problema enquanto permanecerem aqui.
— O que você teve de lhe prometer em contrapartida? — perguntou Jake.
— Nada. Ele só me fez um favor.
Caleb estendeu a mão para a irmã.
— Venha, vamos sair daqui. Eu vou levar Emma de volta para o hotel e você leva o Sam.
Sam também se ergueu cambaleante, limpando o jeans.
— É tudo culpa sua — resmungou ele para Jake. — Nós deveríamos ter ficado no clube. Estava muito mais divertido lá.
Todos seguiram juntos até o estacionamento, Sam e Emma taciturnos e em silêncio, com Jake e Caleb entre eles.
— Eu o verei mais tarde? — Perguntou Jake a Caleb.
Ele assentiu e então foi embora, passando o braço em torno dos ombros de Emma. Sam ficou olhando para eles com uma expressão enigmática no rosto.
— Vocês não vão mesmo cancelar o casamento não é? — Perguntou Jake.
— Acho que sim — murmurou Sam, antes de se virar na direção oposta.
Eles não trocaram uma palavra durante todo o caminho para casa. Sam se perdeu nos próprios pensamentos e Jake não queria se intrometer ainda mais na vida do irmão.
Será que ele e Caleb também iam capitular no primeiro obstáculo que encontrassem? Perder Caleb pela segunda vez seria muito mais difícil. Ele achava que tinha que se preparar.
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Quando Caleb chegou ao quatro do hotel, Jake já estava dormindo na cama, nu, emaranhado nos lençóis, com o cabelo sobre a testa. Caleb tirou as suas roupas e torceu o nariz ao sentir o cheiro de cerveja e cigarro.
Olhou para o relógio no criado mudo e soltou um suspirou. Eram quase 3h da manhã. Ele havia passado as últimas três horas com Emma, tentando convencê-la a reconsiderar e repassando todas as qualidades de Sam. Não podia acreditar que Emma estava se desfazendo tão rapidamente do compromisso. Os ânimos haviam ficado muito mais exaltados por causa da bebida, mas Emma parecia perfeitamente lúcida e determinada a deixar Sam e os planos de casamento para trás. Chegou até a telefonar para a companhia aérea para comprar uma passagem para Boston no primeiro vôo do dia seguinte. Será que alguém no mundo encontrava mesmo o famoso amor eterno, ou tudo não passava de uma grande fantasia?
Caleb sabia que seus pais amavam um ao outro.
Estavam juntos há quase 30 anos. Os pais de Jake ,por sua vez, frequentemente se comportavam como recém-casados. Por que então ele achava tão difícil assim acreditar no amor? Esse sentimento é realmente verídico?
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Oii. Boa Noite. Bjs
