Delírio 7

Um conto erótico de Bib's
Categoria: Homossexual
Contém 2533 palavras
Data: 10/07/2016 17:18:23
Assuntos: Homossexual, Gay, Amizade

Ele foi até o banheiro e fechou a porta. Ligou o chuveiro, ignorando o desejo de se enfiar na cama ao lado de Jake. Ele sentia-se à vontade com ele, mas não sabia se aquilo que sentia por ele era real ou apenas uma fantasia que ele só havia tido possibilidade de realizar agora. Ele já não conseguia mais imaginar a vida sem ele mas não tinha a menor ideia de como poderia ficar ao lado dele.

Uma suave batida se fez ouvir na porta do banheiro antes que Jake a abrisse lentamente. Ele entrou, completamente nu e lindo. Passou os braços em torno da cintura de Caleb e beijou-lhe a testa.

— Está tudo bem?

— Eu só precisava de uma ducha. Estou fedendo a cigarro.

— Como está Emma?

— Ainda bêbada e furiosa com Sam, e disposta a voltar para Boston amanhã de manhã.

Jake o tomou pela mão e o conduziu até o box, abrindo a porta de vidro. Entrou debaixo do chuveiro e deixou a água bater no corpo nu. Caleb o seguiu abraçando-o.

Ele enterrou os dedos no cabelo de Caleb e o beijou afastando os lábios dele com a língua para sentir lhe o sabor da boca. Assim que os corpos se tocaram todas as dúvidas e inseguranças desapareceram. Jake se afastou e o olhou nos olhos, estendendo a mão para tocar-lhe o peito, acariciando-o até o mamilo enrijecer Passou então a mão ao longo do quadril, provocando-o. Caleb acariciou o membro duro e grosso de Jake. Ele só havia precisado de um minuto para ficar excitado, ele esfregou as suas ereções juntas. O poder que ele exercia sobre ele mexeu com Caleb, Jake gemeu suavemente quando ele fechou os dedos em torno do seu sexo.

O corpo dele já lhe era familiar. Ele sabia como Jake reagiria a seu toque, como perderia o fôlego e sussurraria o nome dele, como o corpo ficaria tenso pouco antes de ele alcançar o gozo.

Jake o agarrou pela cintura e o pressionou contra a parede de azulejos. Beijou-lhe a curva do pescoço e então desceu mais, provocando o mamilo com a língua.

— Diga-me o que você quer — sussurrou ele.

— Você — disse Caleb. — Dentro de mim.

Ele baixou a mão até a curva das nádegas e as apertou suavemente.

— Diga-me como.

— Primeiro você tem que me beijar do jeito certo. Jake fez o seu melhor, beijando-o primeiro suavemente e então com uma urgência crescente, contornando os lábios dele com a língua até ele se render completamente. Os joelhos de Caleb fraquejaram e ele sentiu-se derreter nos braços dele enquanto a água quente corria sobre ambos.

— É um bom começo — murmurou.

Jake traçou uma trilha de beijos no ombro dele, seguindo pelo seu braço. Quando ele se ajoelhou na frente dele, Caleb enterrou os dedos nos cabelos molhados dele, afastando-o quando sua língua lhe fez cócegas.

Ele era tão bonito e tão incrivelmente sexy. Caleb jamais imaginou sentir tamanha atração por um homem. Bastava um toque dos dedos dele em sua pele nua para que a atração tomasse conta de ambos. Os lábios de Jake desceram ainda mais, colocando o pênis dele na boca. Caleb já estava tão excitado que começou a tremer.

— Eu adoro poder tocá-lo dessa maneira — sussurrou ele.

Ele afastou as pernas dele suavemente, chupando ele sem pausa, fazendo-o se contorcer contra ele.

— Isso — disse ele, arfando. — Aí, assim...

À medida que ia chegando cada vez mais próximo do orgasmo, Caleb começou a sussurrar o nome de Jake com urgência, retorcendo os dedos nos cabelos dele, mas o afastou quando já estava a gozar. Ele não queria experimentar aquilo sozinho.

Caleb o puxou suavemente, fazendo-o ficar novamente de pé, bem à sua frente. Jake compreendeu o que ele queria, sem que precisasse dizer uma única palavra. Ele se afastou com um sorriso malicioso

— Tenho que pegar um preservativo. Caleb o segurou e balançou a cabeça.

— Não precisa se preocupar.

— Tem certeza?

Caleb assentiu. Nunca transava sem preservativo. Sempre lhe parecera a coisa mais prática a fazer. Ele confiava em Jake e ele confiava nele. Queria experimentá-lo sem que houvesse nenhuma barreira entre eles.

Ele desligou o chuveiro e o conduziu até a cama seus corpos pingando sobre o tapete. Deitou-se então de costas sobre o colchão e Jake se estendeu sobre ele Caleb o guiou suavemente até a sua entrada e ele fechou os olhos assim que eles se tocaram. Ele o penetrou lenta e meticulosamente, avançando centímetro por centímetro até chegar ao fundo. Ele sentia os músculos dele se tencionarem, mas ele não se deixou levar. Em vez disso, começou a se mover dentro dele. Batendo em sua próstata , fazendo choques passarem pelo seu corpo.

Ele fechou os olhos concentrando-se nas sensações que começavam a tomar seu corpo de assalto. Aquilo parecia estar levando-o a um nível ainda mais alto de prazer. O desejo foi ficando cada vez mais intenso a cada investida dele. Aquilo era o paraíso, pensou ele. Não havia nada mais perfeito.

— Eu quero você — murmurou ele. — Goze para mim, goze dentro do meu cuzinho Jake,

Jake acelerou os movimentos e Caleb começou a sentir-se perto do limite. O orgasmo veio tão rápido que o pegou de surpresa. Ele gritou enquanto o prazer sacudiu-lhe todo o corpo, tirando-lhe toda a capacidade de raciocinar, gozando na sua barriga e na de Jake. Ele nem se tocou. Omg

Jake perdeu o controle ao vê-lo daquela maneira e se rendeu logo em seguida. Gozando dentro dele

Ele era como um vício para ele, um desejo que ele só podia satisfazer por um curto período de tempo. Embora estivesse saciado agora, Caleb sabia que em breve iria querer mais.

Ele se virou, tomando-o nos braços e mordiscando-Ihe a curva do pescoço.

— Nós podemos ficar aqui para sempre? — Murmurou ele.

— Acho que a camareira vai nos flagrar quando vier arrumar o quarto — brincou Caleb. Jake se apoiou no cotovelo.

— Você deveria ter dito que sim para eu achar que você não estava satisfeito.

— Eu estou — disse ele.

Eles ficaram deitados juntos, enroscados um no outro, por muito tempo. Caleb ficou se perguntando no que ele estaria pensando, mas teve medo de perguntar.

— O que vamos fazer a respeito de Emma e Sam?

— Indagou ele. — Temos que encontrar um jeito de reaproximá-los.

— Eu sei. Estou começando a achar que eles se amam de verdade. Se não fosse pela nossa intromissão, nada disso teria acontecido.

Jake acariciou lentamente o buraquinho dele, enfiando levemente um dedo.

— Como faremos isso?

— Não sei. Nós temos que fazê-los querer um ao outro assim como nós nos queremos.

— Não acredito que haja qualquer outro homem no mundo que deseje alguém como eu o desejo — murmurou Jake.

— E o que é que nós vamos fazer depois que isso acabar?

Aquela pergunta pareceu pegá-lo de surpresa.

— Eu não sei, Caleb. Não quero pensar sobre isso.

— Prometa-me que nós vamos nos encontrar aqui uma última vez antes que qualquer um de nós comece a vida com outra pessoa.

— Eu prometo — disse ele. — Podemos vir aqui a cada verão e ficar em Havenwoods. Ninguém saberá que nós estamos aqui.

Caleb aconchegou-se ao corpo de Jake, pressionando o rosto contra a pele quente. Aquilo era suficiente por enquanto, pensou ele.

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Jake despertou com um sobressalto. Caleb o sacudiu novamente e ele se virou para olhá-lo.

— O que foi? — Murmurou ele, esfregando os olhos.

— Acorde. São 9h da manhã. Nós perdemos a hora.

Jake se virou de bruços e se aconchegou nos travesseiros.

— Eu vou dormir mais um pouco. Tive uma longa noite ontem.

— O que você vai dizer à sua mãe quando ela perceber que você não está em casa?

— Vou dizer que fui a Chicago bem cedo para checar umas coisas no escritório e parei para tomar café a caminho de casa. Nós podemos passar a manhã inteira aqui. O escritório fica a duas horas da minha casa, sem contar o tempo para o café-da-manhã.

Caleb sorriu.

— E se eles virem seu caminhão no estacionamento?

— Eu estacionei nos fundos — disse Jake.

— Está bem. Eu desisto — disse Caleb. — Nós podemos passar a manhã na cama.

Jake sorriu e beijou cada um dos seus mamilos.

— Que bom. Eu sabia que você não ia precisar de muito para se convencer.

Ele se aninhou novamente a ele, passando os braços ao redor da sua cintura, mas se lembrou:

— Nós não podemos ficar na cama. Temos que consertar as coisas entre Emma e Sam.

Ele jogou as cobertas de lado e se levantou, cambaleante, à procura das roupas.

O cabelo de Caleb estava completamente despenteado. Ele havia ido para a cama com ele molhado.

— Emma disse que partiria hoje de manhã. Pode inclusive já ter ido. Sam já deve ter colocado a boca no trombone. Nós vamos ter que tratar disso primeiro antes de cuidarmos de nós.

Jake fechou os olhos, relembrando o que havia acontecido na noite anterior. Ficou se perguntando quanto tempo levaria para que a notícia do cancelamento do casamento se espalhasse entre os Brardi Sam provavelmente ainda estava dormindo depois da bebedeira, mas quando se levantasse certamente informaria a todos da decisão, mencionando todos os detalhes, inclusive a participação de Jake e Caleb na ruptura. Jake afastou as cobertas.

— O que você sugere?

— Eu esperava que você tivesse uma ideia. Nós não temos muito tempo — disse Caleb.

Jake passou a mão sobre a coxa dele, para então subir um pouco mais, perguntando-se se conseguiria provocá-lo um pouco. Ele fechou os olhos e gemeu suavemente.

— Não faça isso — sussurrou ele.

— Eu preciso — respondeu Jake.

— Você tem que falar com o Sam — disse ele. Jake deslizou os dedos por seu pênis .

— Eu o farei, assim que cuidar disto.

— Nós teremos tempo para isso mais tarde — sussurrou ele. — Eu prometo.

Jake sabia muito bem quanto tempo ainda lhe restava com ele. Uma semana havia lhe parecido uma eternidade quando ele o encontrou pela primeira vez na cama, mas os dias foram se passando e pareceram se dissolver até ele ter de se confrontar com o fato de que aquela fantasia teria fim.

— Mais tarde, não — disse ele. — Agora.

Ele o agarrou pela cintura e o puxou para cima dele, e então o pegou pelos pulsos, prendendo-os atrás das costas dele.

— Diga que você me quer. — Jake o puxou para si e então o beijou longa e profundamente. — Diga e eu o deixarei ir.

— Eu o quero — murmurou Caleb. Ele se virou e deitou sobre ele, pressionando-lhe o membro duro sobre sua entrada,. — Quero mesmo.

Jake soltou os pulsos de Caleb, mas ele não saiu do lugar. Em vez disso, passou as mãos pelo cabelo dele e retribuiu o beijo, provocando-o com a língua. Era como se ele estivesse compartilhado o mesmo desespero. Era o fim do verão outra vez, pensou Jake. Mas dessa vez ele podia lhe pedir para ficar. Ele tomou o rosto dele nas mãos e examinou lhe o olhar sonolento.

— O que nós vamos fazer a esse respeito? — Perguntou ele.

Caleb estendeu a mão na direção dele e, pouco depois, ele estava dentro dele.

— Podemos fazer o que bem quisermos — disse ele enquanto descia sobre ele. — Não somos mais crianças.

Eles fizeram sexo lentamente, deixando a paixão crescer aos poucos, com beijos suaves e carícias delicadas. Enquanto o tocava, Jake tentava memorizar cada centímetro daquele corpo e o som da voz dele. Depois que ele tivesse ido embora, ele se lembraria de cada detalhe. Quando eles finalmente se renderam um ao outro, foi como havia sido no início: perfeito.

Quando Caleb se aconchegou contra o seu peito Jake enterrou o rosto nos cabelo dele, inspirando seu perfume. Ele tinha muitas coisas para dizer a ele, mas simplesmente não se sentia capaz de formar frases coerentes. Queria lhe dizer o quanto ele significava para ele. Queria prometer a ele que eles ficariam juntos para sempre, independentemente do que pudesse acontecer, mas tinha medo de falar demais e acabar fazendo com que ele se afastasse.

— Se ao menos Emma e Sam estivessem fazendo o mesmo que nós nesse momento — murmurou Caleb.

— Talvez haja uma maneira de levá-los a isso --disse Jake, brincando com o cabelo dele — Se você quisesse planejar uma cena perfeita de sedução, de que precisaria?

— De um lugar onde pudesse ficar completamente a sós com o meu par, sem que nada pudesse nos perturbar — disse Caleb.

— Isso nós já temos: Havenwoods. O que mais?

— Champanhe, coisas gostosas para comer e uma lareira. — Caleb deu uma risadinha. — Creme de Chantili, mel, calda de chocolate.

— Cinta-liga — disse Caleb. — Todos os homens adoram isso.

— Existe algum lugar aqui na cidade onde você possa comprar alguma coisa assim? Meias arrastão também. E um desses sutiãs que puxam o peito para cima. E uma tanga.

— Pelo visto a sua noite no clube de strip-tease transformou num verdadeiro perito. A maioria das mulheres acha essas coisas vulgares. Querem alguma coisa bonita, feminina... mas sexy.

Jake se levantou da cama e colocou a cueca. Se não se vestisse logo, jamais sairia de lá.

— Eu vou comprar o champanhe e os mantimentos. Você cuida da lingerie. Depois você pega Emma e eu Sam. Nos encontraremos ao meio-dia em Havenwoods. Nós os prenderemos lá e não os soltaremos até que eles tenham resolvido todas as questões.

— E o que nós vamos fazer?

— Vamos sentar e esperar — disse Jake — e torcer para que pelo menos parte do nosso DNA sexual também pulse nas veias deles.

Eles ouviram uma batida na porta. Caleb levantou sobressaltado, com os olhos arregalados.

— Sim?

— Caleb? É Emma. Eu já fiz as malas e estou pronta para partir. Esperava que você me levasse ao aeroporto.

— A que horas é o seu voo?

— Só à tarde, mas eu já quero ir agora. Não quero ver Sam.

— Dê-me apenas um minuto — disse Caleb. — Eu a encontrarei lá embaixo. Podemos tomar café juntas.

— Está bem — disse Emma.

Caleb enfiou-se nas roupas e passou os dedos pelo cabelo desarrumado.

— Eu acho que posso detê-la, mas você vai ter que cuidar das compras. Mas nada de meias arrastão ou tangas. Compre apenas uma camisola bonita e algumas calcinhas sexies. Há uma loja perto daquele restaurante que tem os pães de canela. Eles abrirão daqui a uma hora. Vou ligar para lá e dizer do que você precisa. Depois levarei Emma para Havenwoods ao meio-dia.

Jake o agarrou pela cintura e lhe deu um longo beijo.

— Meio-dia — disse ele. — Depois que os deixarmos lá, poderemos passar o resto da tarde juntos.

Caleb respirou fundo e caminhou até a porta, mas Jake entrelaçou os dedos aos dele, fazendo-o se voltar para olhar para ele.

— O que foi?

— Eu estou feliz por não termos feito isso aquela noite, na praia — disse Jake.

— É mesmo?

— Não teria sido assim — disse ele.

— Nada jamais foi como isto — admitiu Caleb.

Jake acariciou o lábio inferior dele com o polegar e então o beijou mais uma vez.

— Se o tivéssemos feito, porém, talvez fôssemos nós agora a nos casarmos em vez de Sam e Emma.

— Ou talvez fôssemos nós aqueles a ter dúvidas — disse Caleb.

Jake sorriu e o observou ir embora. Não era mais possível separar sua vida da de Caleb. Cada pensamento a respeito do futuro, fosse para daqui um dia ou anos, sempre se voltava para ele.

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