Olá, meus amores!
Voltei com mais um capítulo. Me perdoem pela demora, era para eu ter postado na manhã dessa Sexta-feira que passou, mas encontrei alguns problemas de continuidade no material e tive que reescreve-lo, não o capítulo todo, mas algumas partes, então deixei para postar hoje.
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GABRIEL,
Obrigado, querido! Continue acompanhando.
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SAFADINHO GOSTOSO,
Nunca duvide!
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RPH_RJ,
Sua ansiedade acaba aqui, sobre a demora, por mais que tenha tentado postar na sexta e infelizmente não deu, acredito que não demorou tanto assim, vou fazer de tudo para postar o próximo capítulo ainda nesta semana. Beijo!
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FLAANGEL,
Tiro, porrada e bomba ainda está por vir. Dica do Tio Vitor!
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VALTERSÓ,
Gostou? Vem mais por aí! Beijos.
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MATHSXD,
Me lembrei da música: Você não vale nada, mas eu gosto de você... ♪ HAHAHA.
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ZE CARLOS,
Obrigado, meu querido! E não venha teimar comigo, VOCÊS que são demais. Amo muito vocês, muito mesmo ❥
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WELL26,
Finalmente, não é? Luan com essa frescura de não contar, frescura não, vergonha mesmo.
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RYUHO,
Já tava na hora, não é? Ah, e você ainda vai ter muitos capítulos para querer até matar o Max. Aguarde! Hahahaha.
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WORLD,
Calma que tem muita história para rolar e muitos personagens para odiar hahahaha.
E aos demais leitores, muito obrigado! Eternamente grato a vocês. Beijão!
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NARRAÇÃO: Vitor Gabriel (Autor)
Lucas não demorou a pegar o transporte coletivo e após alguns minutos, já estava subindo a rua da sua casa, logo observou dois carros e uma moto na frente da mesma, um desses carros era uma Ecosport.
— Ué? – Lucas estranhou — Esse não é o carro do Luan?
O filho mais novo de dona Josefa estranhou vendo a Ecosport vermelha do irmão na frente da casa.
— Será que... Não! Não é possível – Lucas se apressou e abriu o portão.
Seu coração apertou quando viu a casa escura pelo basculante da porta e logo pensou que tinha acontecido algo com a sua mãe.
— Só me faltava essa para acabar logo com o meu dia — Disse para si mesmo.
Mas assim que Lucas colocou a mão na maçaneta da porta, a mesma estava aberta, fazendo o irmão de Luan estranhar mais ainda, mas foi tudo rápido. As luzes se acenderam e todos gritaram fazendo Lucas se assustar. Estava lá o seu irmão, dona Josefa, Edson, Bel, Carol, Rose, Hugo, uma vizinha e a sua tia.
— S U R P R E S A! – Gritaram em uníssono.
— AI QUE SUSTO!
Lucas gritou com a mão no coração pelo susto que levou ao entrar na casa que estava escura.
— Pensou que a gente não iria fazer nada, não é viado? – Rose gargalhou.
— Eu não... – Tentou completar com o coração a mil.
— E pensou que eu e Carol iríamos esquecer-nos do nosso amigo? – Bel se aproximou de braços abertos.
— Lógico que a gente não iria prestar um papel desses – Carol também se aproximou.
As duas abraçaram o aniversariante ao mesmo tempo.
— Quer dizer que o Edson era cúmplice esse tempo todo? – Perguntou retribuindo o abraço.
— Com certeza! Fiquei te enrolando lá na sala para você não desconfiar – Disse abraçando Lucas também.
Foi quando Lucas esbarrou no olhar do seu amigo de infância, Hugo.
♫ TRILHA: https://www.youtube.com/watch?v=BA0x0ScUAvQ
Ele estava bem arrumado, usava uma camisa tipo polo azul, gola aberta exibindo sua corrente, calça jeans escura e por fim, um tênis esportivo preto e branco. O mesmo observava tudo com um meio sorriso, mas quando Edson abraçou, o braço direito de Paulão se aproximou mais ainda com uma cara carrancuda.
— Lucas? – Hugo chamou atenção.
— Oi, Hugo! – Lucas o olhou intensamente — Vocês quase me mataram do coração.
Sem cerimônia, o irmão de Luan abraçou o seu amigo que retribuiu o apertando.
— Ai! – Se sentiu sufocado — Você não tem noção da sua força, Hugo? – Lucas disse encabulado.
— Tem muitas coisas na nossa vida que a gente não tem controle. – Disse Hugo.
— Menino! – Izabel interrompeu — Amei a Rose, sabia? – Disse.
— Ela é louquinha, mas a gente ama demais – Disse Lucas carinhosamente.
— Morri de rir com ela – Falou.
— Ei, como é que você sabia onde eu moro? – Perguntou — E como você organizou tudo isso?
Rose se aproximou.
— Eu que organizei tudo, meu amor! – Rose disse se achando — A trans finíssima aqui foi no face das meninas, que descobri graças a algumas fotos que elas te marcaram no Facebook, e passei para elas tudo que eu estava planejando.
— E mesmo com a violência que está no meu bairro, já que prenderam um meliante numa favela próxima que estava tocando terror nas redondezas, daí os comparsas dele estão incendiando os ônibus para soltarem o bandido, só vim hoje mesmo porque o Edson está de carro e trouxe a gente aqui antes de ir para faculdade te enrolar, e claro, porque sou sua melhor amiga e não iria deixar essa data passar em branco, não é amiga? - Perguntou a Carol.
— Com certeza! – Carol abriu um sorriso
— Só vocês mesmo – Lucas abraçou as duas novamente.
— E você me enrolou direitinho – Disse abraçando Edson de lado que retribuiu.
— Será que agora posso falar com meu filho? – Dona Josefa se aproximou.
— Ai, mãe! – Disse abraçando — Vocês me enrolaram direitinho.
Foi quando Lucas olhou para o seu irmão que por um milagre de Deus, ele estava junto com a sua família.
— Que Deus te dê muita saúde, meu filho! Que te dê muita paz, muito amor e muita sabedoria – Desejou.
— Obrigado, mãe! – Agradeceu sinceramente.
— Cadê o meu sobrinho mais gato que eu tenho?
Tia Joelma, ou Tia Jôjô, como era chamada, se aproximou do sobrinho mais novo e o abraçou, apertando o corpo do pobre jovem. Joelma era a irmã mais velha de dona Josefa que morava numa cidade de interior do estado, a fama que ela não podia ver comida é passada de pais para filhos.
— Tia Joelma! Quanto tempo! – Lucas retribuiu o abraço.
— Esse menino não para de crescer, Zefinha? – Falou olhando para a mãe de Lucas.
— Eu trouxe uma lembrancinha, querido! Espero que você goste – Disse entregando um embrulho.
...
Após Lucas cumprimentar todos, seu irmão veio em sua direção para parabenizá-lo.
— Simplesmente eu não acredito que você está aqui junto de todos nós – Lucas alfinetou.
— Poxa, Lucas, assim você me ofende, eu tenho lá os meus motivos, mas você fala como se eu tivesse nojo de vocês – Falou — E eu vim aqui por você.
— Obrigado, Luan! Desculpa, é que você...
— Eu entendo! – Interrompeu — Mas nunca se esqueça de que eu amo você – Falou abraçando o irmão.
— Zefa! – Joelma gritou — Essas coxinhas estão uma delícia – Disse com as mãos cheias do salgado.
— Essa tia Joelma – Lucas riu — Sei não!
Disse sentando no sofá ao lado da mãe que estava conversando com dona Geralda, que era uma vizinha.
— E aí, Luquinhas! – Rose sentou junto — Ave maria, eu tô gorda! – Falou pondo a mão na boca.
— Tá nada! Está gostosa, hein? Paulão deve pirar – Lucas provocou.
— Para, viado! – Disse Rose fazendo à tímida.
— Para de fazer a menina pura e me conta como anda o “rolo” de vocês? – Perguntou.
— Ai – Disse mexendo em seu cabelo — Que rolo, amor?
— Lá vem você querendo dar uma de desentendida. Vai, fala logo! – Pressionou a amiga.
— Tá indo, né? – Disse.
— Indo...
Rose se aproximou ainda mais do amigo e falou no seu ouvido.
— De vento em popa! – Sussurrou no seu ouvido.
— EITA!
Lucas se empolgou e abriu os seus braços, só que não imaginava que uma das suas mãos iria parar bem nas partes íntimas do seu amigo que estava em pé ao lado do sofá e logo protestou.
— Poxa, Lucas! – Hugo riu — Esperava pelo menos terminar a festa. Aqui não dá!
Todos riram
— Ridículo! – Lucas se levantou rindo, se sentindo incomodado com o olhar intenso do seu amigo.
— Só porque vai ser papai!
Lucas soltou a informação sem querer, deixando Hugo branco que nem papel.
— Rose tinha que dar com a língua nos dentes – Disse irritado andando pisando duro.
— MENINO, VEM CÁ! – Izabel puxou o seu amigo.
— Lá vem! – Lucas esperava alguma pérola.
— Quem é esse machão ali? – Perguntou apontando para o seu crush.
— Quem? Hugo? – Lucas sentiu o ciúme crescer por dentro.
— Esse mesmo! – Falou — Eu gostei dele.
— Então desgoste, porque além de ser futuro papai, ele também é barra pesada – Disse com ciúmes.
— SÉRIO QUE ELE...
— Fala baixo, menina! – Lucas a repreendeu
— Sério que ele é barra pesada? – Izabel sussurrou.
— Sim, é braço direito e esquerdo do chefão que comanda as coisas por aqui – Lucas falou.
— Mentira? Menino, e eu falando dos bandidos lá perto de casa. Espero que ele não me pegue lá fora, apesar de que não iria ser uma má ideia – Falou para si mesma.
— Você tem noção do que está falando, garota? – Lucas perguntou incrédulo.
— Claro que eu tenho, meu amor. Tenho noção de tudo! – Riu de si mesma.
— Edson está ali conversando com Carol só de olho em você, sabia?
Izabel olhou para o mesmo e deu um tchauzinho.
— Mas a gente não tem nada demais, só o peguei e ele me pegou. Ah, e ele não está só de olho em mim!
— E ele está olhando para quem mais? – Inocentemente, Lucas perguntou.
— Ai fofinho – Disse pegando em uma das suas bochechas — Você precisa acordar mais um pouco, tá?
Quando o nosso protagonista iria falar mais alguma coisa, Rosemary interrompe.
— Desculpa atrapalhar algum babado forte de vocês, mas tem alguém querendo falar com você lá fora.
Disse apontando para Lucas.
— Alguém querendo falar comigo? Manda entrar! – Sorri.
— É melhor você ir lá fora – Rose recomendou — Ele quer falar muito com você.
— Depois eu te conto o babado, Rose! – Izabel se levantou.
— Vou aguardar ansiosa, racha! – Rose sorriu.
— Gostei dessa sua amiga. Ela é bem espontânea! – Rose falou.
— Às vezes ela é espontânea até demais – Lucas sorriu.
— Acredita que agora pouco ela veio me perguntar se eu tinha pênis ainda? – Rose revelou.
— Eu não acredito que ela te perguntou isso – Lucas disse desacreditado.
— Pois ela perguntou – Disse gargalhando.
— Só essa minha amiga mesmo. Sei não, viu? – Lucas riu — Duas doidas numa porta só na minha vida.
— Eu? Louca? Jamais! Ah, e vem cá, você falou alguma coisa para Hugo sobre ele ser pai?
Rose perguntou.
— Sem querer soltei, Rose! – Lucas se desculpou.
— Ele pediu para não comentar com ninguém, agora ele tá querendo me matar – Rose riu — Você também, hein? Tinha que dá com a língua nos dentes – Falou — Fofoqueiro.
— Não sei por que esse estresse todo. Ele podia ter contado, eu não sou nenhum estranho para ele.
— Ah, meu filho! Hugo pediu para não contar principalmente para você – Falou.
— E o que eu tenho para ele fazer questão que eu não saiba? – Perguntou sem entender.
— Sabe-se lá o que passa na cabeça daquele ogro. Talvez ele não queira que você o julgue – Falou.
— Eu ainda vou puxar a orelha dele – Disse olhando para Hugo que o olhou na mesma hora — Não encapa o negócio e depois está aí com a mão na cabeça – Falou.
— Tá vendo? Acho que é por isso que ele não queria que você soubesse – Rose riu.
Andando, Lucas gargalhou junto com a amiga transexual e abriu a porta para ver quem o esperava.
— Juninho? – Chamou o nome do amigo totalmente surpreso.
Lucas estava sentindo falta do amigo e vê-lo em sua frente não deixou de surpreendê-lo.
— Oi... Oi, Lucas! – Cumprimentou um pouco desconfiado.
— Porque você não... Não entrou? – Lucas também estava um pouco desconcertado e sem graça.
— Eu queria falar muito com você. Posso? – Pediu.
— Po... Pode – Lucas respondeu.
— Eu sei que ultimamente eu tenho agido feito um idiota depois do que aconteceu naquele maldito show. Eu tenho os meus motivos de ter agido daquele jeito, e você tem os seus de não querer olhar na minha cara depois de tudo aquilo.
— Jun...
— Me deixa falar, por favor! – Interrompeu — Eu acho que você deve pensar que eu estava nem aí para você. Muito pelo contrário, eu penso em você todos os dias, sem gracinhas que eu não sou viado – Falou involuntariamente — Mas eu fiquei muito mal de a gente ter brigado e parado de se falar. Eu gosto muito de você, cara. Gosto de graça! Você é o meu brother do coração.
Juninho respirou fundo
— Eu... Eu posso te dar um abraço? – Junior perguntou todo sem graça, fazendo o seu amigo se espantar.
Lucas ficou emocionado com o desabafo do amigo e resolveu passar uma borracha em cima de tudo.
— Claro que pode, seu insuportável! – Lucas puxou o amigo que retribuiu com um abraço apertado.
— Te amo, Luquinhas! – Falou no seu ouvido.
— Eu também, seu chato! Agora vem, entra logo.
Lucas puxou o seu amigo, mas o mesmo ficou parado.
— O que foi? – Lucas estranhou.
— Acho que é melhor eu ir embora, porque...
— E AÍ? FIZERAM AS PAZES? – Rose se aproximou com um copo de alguma bebida na mão.
— Eu já perdoei ele e ele também me perdoou, mas agora ele quer fazer cu doce, Rose – Lucas disse.
— O quê? – Rose andou apressada em direção a Juninho.
— VIADO, DEIXA DE TUA VIADAGEM E ENTRA LOGO QUE HOJE EU TÔ SEM PACIÊNCIA.
Rose puxou o mais novo pelo braço exageradamente, fazendo o mesmo quase voar.
Todos gargalharam!
...
► AINDA NA FESTA...
— Lucas – Tati o chamou.
— Oi, Tati! – Respondeu olhando a mesma.
— Migo! – Ela se aproximou — Me responde uma coisa.
— Ixi, lá vem bomba! – Lucas zombou.
— Para, menino! É sério. – Tati reclamou.
— Vai, o que é? – Perguntou curioso.
— Aquele seu amigo – Apontou a cabeça para o Edson — É bem bonitinho, hein?
— Quem? Edson? – Lucas apontou de propósito para o colega de classe que o olhou na mesma hora.
— Isso! – Tati se irritou — Sobe logo em cima do sofá e chama mais atenção – Disse batendo no amigo.
— Mas você já tá com fogo na pepeka, menina? – Lucas riu — O nome dele é Edson.
— Assim, seria SUPER LEGAL – Disse dando ênfase no Super Legal — que você apresentasse os amigos.
— Veja só! – Fez uma pausa e olhou para Edson que parecia entender tudo — Eu não sei a real situação dele, mas ele estava ficando com aquela loira ali – Apontou para a minha amiga que estava batendo cabelo com a Rose ao som de Wesley Safadão.
— Ficar não é namorar, meu bem! – Mexeu nos seus cabelos negros — Se quiser apresentar, estou à disposição.
— Tem um carro buzinando lá fora, Lucas – Carol o abordou — Acho que é para você!
— Para mim? – Lucas estranhou.
Lucas abriu a porta da sala que dava acesso à parte de fora da casa e depois abriu o portão que dava acesso para a rua. O jovem ficou surpreso ao encontrar a Ranger Rover do Max e o próprio saindo do automóvel.
— Max? – Se surpreendeu com a sua visita.
— Lucas! – Disse dando a volta no carro e parando na frente do namorado.
Lucas logo sentiu o cheiro de álcool saindo pela boca do Max.
— Algum problema, Lucas? – Hugo se materializou ao lado do amigo.
— Dá licença, por favor? – Max deu um sorriso amigável, mas olhando com desdém.
— Tá tudo bem, Hugo! – Sorri para despreocupar o meu amigo — Valeu!
— Qualquer coisa eu estou logo ali – Disse Hugo devolvendo o olhar com desdém para o empresário.
Dona Josefa apareceu na porta de casa dando início ao ápice da confusão que se formaria ali.
— O que foi... – Luan se surpreendeu com o seu amigo na frente da casa da sua mãe.
— Luan?
Max espantou-se com a presença do seu subordinado e amigo na casa do jovem estagiário.
— Ma-Max? – Disse Luan totalmente assombrado.
— O que você está fazendo aqui, Luan? – Max perguntou com os olhos um pouco vermelho.
— Eu... Eu fui convidado, Max! – Gaguejou.
Sua mãe observava tudo um pouco atrás.
— Convidado? – Max estranhou — Ah, agora eu entendi – Max riu falsamente.
— Max... – Lucas tentou apaziguar o que estava por vir.
— Lógico que você não me convidaria, não é Luquinhas? – Disse se aproximando do estagiário — Eu esqueci o seu aniversário, logo de uma pessoa tão importante para mim. Eu mereço! – Falou.
— Não é isso, Max! Na verdade... – Lucas tentou explicar.
— Não! – Max encostou uma das suas mãos no ombro do namorado — Eu entendo, entendo perfeitamente.
Estavam lá fora apenas o Luan, dona Josefa, Lucas e Max. Quem estava lá dentro, não imaginou o que estava acontecendo lá fora, mas se demorasse um pouco mais, com certeza iriam dar falta de algumas pessoas, principalmente do aniversariante.
— Mas sabe de uma coisa, Lucas? – Perguntou — Eu não imaginava que você e o Luan, que é o seu superior direto, fossem tão íntimos assim – Max disse com ódio — Convida o seu novo amiguinho fiel e por mais que eu tenha errado, não convida o seu próprio... – Disse não completando.
— Max, você não está entende...
— Eu disse para calar essa sua boca! – Max interrompeu apontando o dedo para o seu namorado.
— APONTA O DEDO MAIS UMA VEZ PARA ELE QUE EU QUEBRO ELE TODINHO!
Hugo se irritou sendo impedido por dona Josefa de avançar no jovem milionário.
— Pelo que estou vendo, minhas teorias estão confirmadas.
Max ignorou o tom agressivo de Hugo e falou com deboche olhando para os irmãos.
— Que teorias? – Luan perguntou.
— Cala a boca, seu traidor! – Disse Max indo para cima do amigo, ou melhor, seria ex-amigo?
— Para com isso, Max! – Lucas se colocou na frente do irmão.
— Você está bêbado e está me envergonhando, sabia? – Lucas disse encarando o bonitão.
— Vergonha... – Max riu — É só que eu te represento nesse momento, não é? Uma vergonha!
— Max, por favor...
— Vá embora daqui, rapaz! – Josefa falou num tom mais grosso e alto — Não tá ouvindo?
— Lucas, cadê você que...
Rose apareceu na porta e se calou de repente olhando para todos e percebendo o clima.
— Lucas não te convidou, Rapaz! Sabe porque ele não te convidou? Porque isso tudo foi uma festa surpresa para o aniversário dele, que pelo o que você falou, você esqueceu. Nós temos consideração por ele e todos nós o amamos, ao contrário de você – Falou.
— EU TAMBÉM... – Pausa — Eu também gosto dele, senhora! – Max falou num tom mais baixo.
— E quem convidou o Luan fui EU! – Disse fazendo Max se espantar — Convidei porque ele é MEU FILHO e merece estar aqui e você não merece – Josefa colocou a ultima pá de terra.
— Co-como é? – Max pareceu não acreditar — Como assim? O Luan é filho da senhora? Se ele é filho...
— Sim, é meu filho! O Luan é meu filho, ele é irmão de Lucas e eu quero que saia desta casa AGORA!
Dona Josefa começou a ficar transtornada.
— Eu... Eu não sabia – Max disse confuso — Desculpa, eu...
— Vamos, homem! Tá esperando o quê – Josefa falou — Pega o teu carro e some da frente da minha casa.
— Você nunca me contou, Luan! – Max não sabia o que pensar.
Quando Luan iria falar alguma coisa, Josefa mais uma vez interrompeu cheia de ódio.
— Vai embora, homem! Você já causou transtorno demais por hoje.
— Eu... Eu vou – Disse olhando para Lucas — Lucas...
— Ele não vai embora! – Lucas olhou para a mãe que se surpreendeu — Ele não tem condições.
— Não! Sua mãe tem razão, Lucas. Já causei transtorno demais por hoje – Disse Max andando.
— Você não pode dirigir nessas condições, Max!
Apesar de toda a mágoa, o que ocupava a maior parte do seu coração, era a preocupação referente a Max.
— Lucas... – Hugo tentou falar algo, mas o seu amigo não ouviu.
— Max, eu não posso deixar você pegar numa direção bêbado
Lucas andava apressadamente atrás do seu namorado que já estava quase abrindo a porta do carro.
— Lucas! – Max se virou e segurou nas mãos macias do namorado fortemente — Eu sei que ultimamente eu andando fazendo muita, mas por favor, não me deixe. Eu amo você! Desse jeito maluco, mas amo.
— Tá certo, mas por favor, não...
— Eu te amo, Lucas! Eu bebi, mas eu tenho total consciência do que eu estou falando – Interrompeu.
Max abriu a porta do carro, entrou e fechou.
— Eu vou consertar tudo isso. Você vai ver! – Disse após o vidro elétrico baixar.
O rapaz fechou o vidro, ligou o carro e o automóvel saiu cantando pneu. Enquanto descia uma ladeira de paralelepípedo, Max começou a esmurrar o volante de tanta raiva.
— Vamos entrar!
Disse Lucas assim que esbarrou no corpo de Hugo que estava a centímetros do seu, ao se virar.
— Tá tudo bem? – Hugo perguntou.
— Tudo ótimo! – Lucas deu um sorriso falso que foi logo descoberto pelo seu amigo.
A festa transcorreu normalmente, claro, sem o mesmo ânimo do começo da parte de Lucas. Sua mãe não soube disfarçar seu rosto de preocupação e foi percebida por todos os convidados da festa, mas entre mortos e feridos, salvaram-se todos, ou melhor, quase todos.
— Até que fim todos foram embora – Josefa comemorou.
— A senhora quer ajuda, mãe? – Disse Lucas já cansado e pensativo.
— Não, eu não quero ajuda, meu filho, mas eu quero que você me responda uma coisa.
— Responder o quê, mãe? – Lucas ficou apreensivo.
— Você e o rapaz lá – Se referia ao Maximiliano — Aquilo não é amizade nem aqui e nem na China.
O coração do nosso protagonista começou a bater ainda mais forte.
— Afinal, o que acontece entre vocês, hein? Fala pra mim! – Disse num tom mais alto.
— Mãe...
— FALA! – Gritou.
— ELE É MEU CHEFE! EU SOU AMIGO DELE E ELE É O MEU AMIGO! – Irritou-se — QUAL O PROBLEMA DISSO?
— FALE BAIXO COMIGO QUE EU NÃO SOU SUAS PARICEIRA – Exasperou.
— E se fosse uma coisa além de uma simples amizade, mãe? E SE NÃO FOSSE UMA AMIZADE?
Josefa arregalou os olhos.
— É ISSO QUE ESTÁ TENTANDO DIZER? QUE EU SOU GAY? É ISSO?
Lucas fechou os olhos, respirou fundo e resolveu mentir novamente.
— Eu não sou gay, mãe. O Max não é meu namorado, meu caso ou meu macho como está pensando. Mas se eu fosse Gay, você faria o quê? Gritaria? Me espancava? ME EXPULSAVA DE CASA?
Josefa ficou em silêncio sentindo suas pernas tremerem.
— É... Quem cala consente.
Disse se virando e indo direto para o seu quarto. Chegando lá, observou vários presentes em cima da sua cama, pegou todos e colocou dentro do guarda roupa, ligou o ventilador e se cobriu caindo num sono profundo, um sono repleto de preocupações, pensamentos e angústia.
— Meu Deus! Isso só pode ser uma provação. O que eu faço? O QUE EU FAÇO? – Josefa exasperava — Mais essa agora. Além do meu outro filho ter vergonha da sua própria mãe, da sua própria família, agora eu descubro que... Não, não é possível.
Josefa caiu no sofá da sala, totalmente sem cor, olhou para o teto e colocou a mão na cabeça.
— Me dê uma Luz, minha nossa senhora da conceição. Eles são irmãos, são meios-irmãos.
...
E você? O que faria no lugar da Josefa, mãe de Lucas?
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O próximo capítulo terá mais uma armação da Kelly, e dessa vez será algo mais sério, capaz de prejudicar Lucas.
O que será que ela vai fazer?
Aguardem!