Questão de tempo - 3.2

Um conto erótico de Bib's
Categoria: Homossexual
Contém 975 palavras
Data: 12/07/2016 11:16:13

Eu posso falar quando preciso, e eu precisei falar durante. Eu mantive um fluxo constante de conversa, da série CSI até como eu estava pensando em me tornar um católico porque eu gostava da variedade de santos. Eu o fiz provar minhas panquecas de banana e sorri largamente quando ele admitiu que elas não eram ruins.

“Cristo, você fala muito,” disse ele em voz baixa.

Eu fiquei em silêncio e bebi meu suco de laranja.

“Ei.”

Olhei em seus olhos azul-prata.

“Eu não quis dizer que você deve parar. Você só me faz lembrar das minhas irmãs, é tudo.”

“Isso não pode ser bom,” eu disse, inclinando-me para trás.

“Não,” ele disse rapidamente. “Na verdade, é sim.”

Eu balancei a cabeça e terminei o suco. “Então, você quer mais alguma coisa ou está satisfeito?”

“Eu quero alguma coisa,” disse ele, realmente olhando para mim.

E eu tive a estranha sensação, que eu tinha certeza de que era apenas uma ilusão da minha parte, que talvez ele estivesse falando de mim. Porque mesmo que o homem, obviamente, me odiasse, ele era lindo. Impossível não notar as linhas de riso profundas ao redor dos seus olhos, a cicatriz sobre sua sobrancelha esquerda, ou a forma como as suas roupas se agarravam a ele como uma segunda pele. E mesmo que eu tivesse reclamado antes, a ideia de ele ser áspero comigo era muito excitante. Todo cara que já tinha tentado me jogar contra a parede ou sobre uma cama, deles eu tinha sido capaz de escapar. A maioria deles realmente não queria explorar aquele aspecto de qualquer maneira, não queriam me forçar a me submeter a eles, era tudo um show. Mas o Detetive Kage poderia me obrigar a fazer o que ele quisesse. Os músculos definidos, seu tamanho, o olhar nos olhos escuros me diziam tudo isso.

“Frio?” ele perguntou quando eu estremeci.

Eu balancei a cabeça e respirei fundo. “Não, eu estou bem,” eu disse, me levantando e puxando a minha carteira.

“Deixe que eu pago,” disse rigidamente, se levantando para ficar ao meu lado.

“Oh inferno, não,” eu disse a ele, colocando 25 dólares sobre a mesa. Eu tinha que cobrir a gorjeta também. “Eu prefiro levar um tiro a dever alguma coisa a você.”

Ele olhou para mim com uma carranca e eu ri antes de lhe dar um tapinha no braço. “Vejo você por aí.”

Sua mão apertou meu ombro com força para me segurar onde eu estava. “Eu vou te levar para casa. Fique aí.”

Então, eu fiquei ao lado dele enquanto ele colocava sua parte da conta sobre a mesa e depois sai à frente dele.

“Você quer me algemar para que as pessoas não pensem que estamos namorando?” Perguntei-lhe casualmente.

“Ninguém em sã consciência poderia pensar que estamos juntos.”

“Não?”

“Não.”

“Por que não?”

“Porque não.” Mas ele não explicou, então eu deixei para lá.

O beco era escuro, mas ele estava bem atrás de mim, então eu não me preocupei. Eu vi seu carro assim que saímos do outro lado e fiquei feliz porque eu estava começando a congelar.

“Posso fazer uma pergunta?”

Eu me encolhi.

“O que é isso?”

Eu tentei sorrir. “Como assim?”

“Não se faça de desentendido. Por que essa reação? O que você acha que eu vou perguntar, pelo amor de Deus?”

“Algo horrível.”

Ele olhou para mim. “Legal.”

“É como navegar num campo minado,” eu murmurei quando chegamos ao SUV.

O alarme do carro tocou quando a porta abriu e eu subi. Inclinei-me para destrancar a porta para ele antes que ele rugisse para mim.

“Por que você não tem uma porra de uma jaqueta?” ele me perguntou secamente.

Eu dei de ombros. “Eu tenho, só que não está super frio ainda. É uma dor de cabeça levá-la para o clube, guardar, pegar senha, depois lembrar de pegá-la.”

“Então você prefere pegar pneumonia?”

“Detetive, você sabia que essa doença é causada por germes e não pelo frio?”

“Engraçado,” disse ele categoricamente.

Eu inclinei minha cabeça para trás e me acomodei. Meu telefone tocou e era Kevin, então deixei a ligação ir para a caixa postal. Taylor ligou, e então Nick, mas eu não estava com vontade de conversar. Estava quente dentro do carro e com nós dois em silêncio, comecei a cochilar. Quando meu telefone tocou de novo eu o configurei para vibrar.

“Essa coisa nunca parar de tocar?”

“Mmmm,” respondi-lhe, meio acordado.

“Você é popular, não é?”

Eu grunhi enquanto ele colocava o carro em movimento. Ele pegou o telefone e eu ouvi distraidamente enquanto ele falava sobre horários e datas. Era difícil imaginar a vida de um detetive. Eu me perguntava como seria ter um trabalho do qual nunca pudesse me afastar.

O carro estava quente, o trajeto tranquilo, e havia o ruído baixo dos pneus na estrada. Perdi a noção do tempo.

“Jory.”

Eu senti as costas de seus dedos deslizarem pela minha garganta, e percebi que o carro havia parado.

“Merda, me desculpe.” Eu respirei, me sentando. Difícil saber quanto tempo eu estava dormindo. “Eu sou uma porcaria em carros. Sempre desmaio.”

“Eu também, quando não estou dirigindo,” disse ele em voz baixa.

“Obrigado,” eu disse, minha voz rouca, quando abri a porta para sair.

“Ei.”

Eu olhei para ele.

“Tome cuidado, está bem?”

Eu balancei a cabeça.

“Você é um idiota por não entrar no programa.”

“Eu não quero uma nova identidade, detetive. Eu...”

Ele levantou a mão. “Poupe-me, certo? Só tente ser um pouco menos visível.”

Eu prometi a ele que iria trabalhar nisso.

Ele murmurou alguma coisa que eu não entendi.

“O que?”

“Nada.”

“Você está preocupado comigo, detetive?” Eu perguntei, esperançoso.

“Não,” ele grunhiu. “Eu só não quero encontrá-lo com o seu cérebro explodido.”

Aquilo, basicamente, fechou a porta na cara da minha fantasia.

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Como estão reclamando do tamanho, vou postar assim agora. Bjsss Até

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Comentários

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TÔ SENTINDO UM CLIMA. ESSE DETETIVE AINDA VAI SE REVELAR UM ÓTIMO AMANTE. NÃO VEJO A HORA DISSO OCORRER.

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