Por volta das 20 horas eu já tinha acabado de me arrumar e estava com o mesmo questionamento martelando, o que será que esse homem quer comigo? E em meio a esses pensamentos ouvi a buzina de seu carro e desci, estranhei ao ver a casa toda apagada, isso era sinal de que o Caio havia saído, espero que finalmente tenha ido transar. Fui até o portão e quando saí dei de cara com um homem impecável, com uma blusa social lá da loja que delineava muito bem seus músculos e uma calça que marcava muito bem suas pernas e bunda e continha um volume razoável. Concentrei-me em seu rosto e sorri. Ele me olhou de cima a baixo, fazendo-me corar, eu não estava mal vestido, mas também não estava bem vestido como ele, eu usava uma blusa básica de manga longa e uma calça jeans, fiquei um pouco sem graça e logo falei:
-Sr Lyncer, perdoe-me, mas eu não sabia que eu deveria vir bem arrumado ao ponto, o senhor pode esperar um instante? Eu troco a roupa em segundos. - falei e vi seu rosto ficar indignado.
-Mas você está perfeito! O que mais quer mudar? - ele disse fazendo-me corar e não saber o que falar. Eu não entendi bem o que ele queria dizer com aquilo, mas gostei da entonação que ele deu. - E por favor, pare de me chamar formalmente, estamos como amigos, chame-me por Renato!
Renato. Renato era seu nome. Um lindo nome para um lindo homem. Fiquei parado por um tempo até que vi a porta do carro aberta e ele olhando para mim confuso.
-Vamos? - ele disse arqueando uma sobrancelha.
-Ah sim, claro. - Isso estava estranho. Homens não costumam abrir a porta para outros homens, a não ser que... Será?
Entramos no carro e ficamos um tempo em silêncio até que decidi quebrar o gelo.
-Sr Lyncer, para onde iremos, eu não estou mal vestido não? - perguntei ainda nervoso, nervoso pela minha roupa, nervoso pelo cheiro daquele homem estar inebriando minhas narinas e mexendo com minha líbido, nervoso por estar a pouco centímetros dele e mais nervoso ainda com seu olhar para mim. - havíamos parado em um sinal. Ele me avaliava e parecia questionar a si mesmo minha pergunta.
-Digamos que para onde vamos você poderia estar vestido de qualquer forma. - ele parou um pouco e voltou a dirigir. - é um local bem tranquilo.
Fiquei um pouco mais aliviado com sua resposta, mas ainda com medo, afinal, ele é rico, o qualquer coisa dele, não é o meu qualquer coisa.
Após ficarmos em silêncio mais uma vez ele ligou o rádio e tocava Leonard Cohen - Chelsea Hotel 2, eu conhecia muito bem essa música e não me fazia muito bem, lembrava de meus pais e de todas as nossas brigas por conta do meu gênio complicado. Mas deixei viajar e me peguei cantando baixinho com a memória de meus pais em mente, viajei e quando a música acabou simplesmente continuei olhando para fora e senti que Renato intercalava seus olhares para mim e para pista.
-Você canta bem! - disse com a voz serena e percebi que estávamos um pouco distante já e me preocupei, porém fiquei quieto.
Pouco tempo depois estávamos em frente a um portão de ferro grande que foi aberto mecânicamente fazendo um barulho um pouco alto e adentramos a casa, casa não, mansão.
Um jardim lindo envoltando uma piscina de águas cristalinas, uma churrasqueira mais ao fundo e uma imensa casa mais a frente. Pude perceber também que próximo a piscina tinha uma mesa e dois homens com roupas que pareciam ser garçons, um em cada ponta da mesa e na frente uma outra mesa estava colocada com duas cadeiras, uma de frente para a outra. Ele parou o carro e disse:
-Vamos? - descemos quase que juntos do carro e ele fez sinal para que eu o seguisse de encontro as mesas, ele puxou uma das cadeiras para que eu sentasse, o que eu achei incrivelmente fofo da parte dele, eu particularmente não estava acostumado com isso e talvez se fosse outro eu nem iria gostar. Sentamos e ele sentou à minha frente e um dos garçons vieram com uma garrafa que aparentava ser champagne e colocou em nossos copos enquanto Renato fitava-me. - Serei bem direto. Estou encantado com você desde que lhe conheci e eu não costumo enrolar, não sinto mil amores por você, ainda é cedo, mas sinto que preciso possuí-lo, sinto que preciso tê-lo nem que seja por uma noite.
Apenas olhei para seu rosto e confesso que fiquei um pouco desapontado com o fato dele praticamente dizer que queria apenas sexo, não que isso fosse problema para mim, entretanto eu criei expectativas.
-Oh, eu nem sei bem o que dizer, você foi bem direto e me deixou sem palavras. - tenho certeza que estava corado.
-Apenas diga que sim. Jantaremos e levarei você para conhecer a casa - e pude ver um sorriso em seu rosto, até que fez sinal para os garçons e eles nos serviram com a comida que estava em cima da mesa maior. Durante o jantar quase não falamos, comemos em silêncio com seus olhares desconcertantes sobre mim.
-Há algo de errado Sr Lyncer? - perguntei sem graça por seus olhares.
-Lucas já lhe pedi para que não me chamasse dessa forma, é Renato! - ele falou áspero. - e não, não há nada de errado, é que seus lábios parecem-me saborosos e não consigo parar de olhar.
Ele fez sinal para que os garçons trouxessem mais champagne e após colocar em nossos copos pediu que deixassem na mesa e que estavam dispensados.
-Agora somos apenas nós dois, temos o que conversar ainda. - ele falou dando uma breve golada em seu champagne.
-Estou ouvindo sr, digo, Renato. - estava corado.
-Eu quero possuir você, mas digamos que meu prazer é um pouco peculiar e preciso que esteja de acordo. - ele falou e bebeu o resto de seu champagne. Fiquei nervoso e bebi o meu juntamente.
-Como assim peculiar Renato? - perguntei ainda sem graça.
-Primeiramente, você deve me prometer que o que conversaremos e faremos aqui não será falado para ninguém! E quando digo ninguém, é ninguém! - falou autoritário.
-Tudo bem! - disse suavemente e isso pareceu deixá-lo inquieto.
Ele encheu nossos copos, olhou-me por alguns segundos e decidiu falar:
-Você tem problemas com algemas? Vendas? Mordaças?
-Eh... como? - eu não sabia bem o que dizer. Bebi mais de meu champagne e pela velocidade em que estávamos bebendo logo logo estaríamos bêbados.
-Isso que ouviu. Responda-me! - mais uma vez autoritário.
-Acho... que... Acho que não... - seu rosto foi iluminado.
-Garoto você está surtindo um efeito em mim que você não conseguiria imaginar. - eu preciso fazer algo.
E se levantou tascando-me um beijo de desentupir a alma, sua língua passeava em minha boca enquanto sua mão apertava meu pescoço. Ele fez-me levantar e pressionou-me contra seu corpo. Esse foi de longe o melhor beijo de minha vida, pude sentir algo completamente duro em minha barriga e isso fez com que o meu pulsasse mais ainda.
-Vamos entrar, antes que eu te coma aqui mesmo! - ele ordenou.
Fomos juntos até a casa e quando entrei me deparei com um Hall imenso e lindo, passamos rapidamente com ele grudando em minha boca até eu sentir minhas costas tocar numa porta e ele a abrir. Quando ele abriu, pude ver um quarto simples, mas bem decorado e bastante escuro.
-Deite na cama e me espere! - ele falou e eu obedeci.
Poucos minutos depois ele voltou e trouxe em suas mãos duas algema, alguns panos e algo parecido com uma mordaça. Senti medo e ele deve ter percebido.
-Nada disso vai lhe machucar. Você sentira mais prazer que dor - ele disse comendo-me com os olhos. - Tire sua roupa. - ordenou ele já sem camisa, que peitoral senhor!
Quando nú ele me olhava feito um animal e eu vi algo em sua calça parecer vivo.
-Caralho, não teremos tempo nem para bobeiras, quero logo o prato principal. deite de bruços na cama. - Assim fiz e ele veio por cima sarrando seu membro em mim, pude senti sua respiração em meu pescoço e alguns mordiscos em minha orelha até que senti minha mão direita ser levada até a cabeceira da cama e ser algemada, senti medo, logo depois minha mão esquerda. Não demorou muito para os pés e por último meus olhos.
-Eu queria amordaçar você, mas sinto que preciso ouvir seus gemidos - disse ele em meu ouvido direito e fez-me ficar arrepiado
E então começou a beijar meu pescoço e apertar minha cintura enquanto esfregava seu membro duro em minha bunda, eu comecei a gemer baixinho e ele foi descendo meu corpo com beijos até chegar em minha bunda, a abriu e respirou próximo a ele. A respiração quente dele deu-me um choque fora do comum, me arrepiei todo e ele percebeu, pois sorriu. E ficou por um tempo nisso, sem encostar a boca em mim. Até que eu não aguentando mais disse:
-Por favor, pare de me torturar.
-Você não fala nada aqui! Na sua! - ele falou dando-me um tapa na bunda e então subiu novamente por minhas costas dando me beijos novamente no pescoço e pude sentir seu membro agora fora da bermuda tocar meu saco e começou um movimento de vai e vem, eu já não aguentava mais, precisava dele dentro de mim.
-Por favor... - e um tapa atingiu minha bunda que segundos depois estava sendo lambida por ele e alisada e apertada, eu estava indo a loucura, esse homem sabia o que estava fazendo. Ele começou a me dedar, começou com um, dois, três e no terceiro ele me fodia com as mãos e meu pau friccionando na cama e sua respiração perto do meu pescoço, fez com que eu melasse a cama num grito abafado pelo travesseiro e isso tirou um sorriso dele e pude sentir seu pau pulsar, mesmo após eu ter gozado fartamente meu pênis continuava duro, foi quando ouvi barulho do plástico da camisinha ser rasgado e colocada no pênis dele.
-Vamos começar? - ele perguntou segurando em minha cintura e começando a introduzir seu membro em meu anus anestesiado. Não senti tanto, só um incomodo mais para o final, seu pênis não era diferente de outros que já recebi, era normal. Enquanto ele estocava em mim, ele falava coisas em meu ouvido e dava tapas em minha bunda e apertava todo o meu corpo de maneira muito forte, eu tenho certeza que ficarei marcado amanhã. Dava-me chupões no pescoço.
-Caralho, você é muito gostoso- ele dizia enquanto me fodia meu pau tinha voltado a sarrar na cama e mais uma vez melei a cama contraindo meu corpo todo e estreitando meu buraco, pude sentir seu pau inchar em bombear uns 3 jatos de porra dentro da camisinha enquanto urrávamos.
Ele caiu acabado em cima de mim, falando coisas que eu não compreendia.
Poucos minutos depois, depois de se recompor ele se levantou. Ficou uns minutos em silencio.
-Renato? - Perguntei preocupado.
-Sim!? - ele perguntou ainda ofegante.
-Me solte, por favor. - ele pareceu ter saído de um transe.
-Desculpe, eu esqueci. - e desamarrou-me e tirou-me as algemas e a venda, quando virei para ele na intenção de vê-lo pelado, ele já estava de calça e isso me entristeceu. Ele percebeu.
-Eu sei o motivo desse semblante e não gosto dele, mas não consigo mostrar. - ele falou calmo, eu apenas baixei a cabeça e aceitei. - Essa é uma das minhas peculiaridades, espero que você ainda esteja aqui para conhecer as próximas...
Então gente, eu tinha um conto escrito, só que meu computador apagou e para não deixar vocês na mão escrevi esse final improvisado. Desculpem-me a demora, fiquei sem net. Espero que tenham gostando, pois pretendo postar outros...