A Obsessão S02C02 – Memórias

Um conto erótico de Daniel
Categoria: Homossexual
Contém 1903 palavras
Data: 14/07/2016 22:18:33
Última revisão: 14/07/2016 22:59:00
Assuntos: Gay, Homossexual

Capitulo 02 (2ª Temp)

*NARRADO POR DANIEL*

Resolvi voltar à casa de meu namorado e tentar fazer com que ele se lembre de tudo, eu não aguentava mais viver sem ele do meu lado, devo me esforçar para não perder o controle diante dele, ele deve estar confuso, desnorteado, cercado por pessoas que ele não lembra conhecer, ele deve estar sofrendo e eu devo ser forte por nós dois nesse momento, já estava escurecendo quando sai de casa, o céu estava vermelho como sangue, anunciando que viria uma enorme tempestade. As cotas de água já caiam quando cheguei à casa de Leonardo, toquei a campainha e esperei alguns minutos até que Marta a governanta veio me receber.

- Boa noite Daniel, entre – falou Marta ao abrir a porta, rapidamente entre, pois nesse momento a chuva havia ficado mais forte.

- Boa noite Marta, onde está o Leonardo? – perguntei ao me secar com uma toalha me Marta me dera.

- Está no quarto, ele só tem ficado lá desde que perdeu a memória – falou aflita – ele não desce nem pra comer, eu que levo as refeições em seu quarto, está distante e fechado – falou com um semblante triste.

- Você gosta muito dele não é? – perguntei.

- Sim, ele é como um filho, me dói muito vê-lo desse jeito – respondeu, Marta já era uma senhora de idade, com seus sessenta e poucos anos, Leonardo me disse uma vez que ela já teve um filho, que morreu devido a uma doença grave, ele nunca mais se casou e dedicou toda a sua vida ao cuidar do menino Leonardo, era assim que ela o chamava.

- Eu prometo trazer o nosso Léo de volta, não se preocupe, nunca sairei de seu lado – falei abraçando Marta.

A mesma saiu chorando de minha presença, era de partir o coração. Subi para o quarto do Léo, a porta estava entreaberta, então entrei bem devagar para não assusta-lo. Leo estava em pé de frente para a janela de vidro observando a tempestade que caia, o quarto estava escuro e era iluminado pela luz dos raios que caiam lá fora. Cheguei mais perto dele que parecia hipnotizado com a imagem que observava, fiquei atrás dele e o abracei por trás, ele pareceu se sobressaltar mais não fez nada, era muito bom abraça-lo, sentir o seu calor, sua energia me fazia ter esperança. Depois de alguns minutos ainda olhando pela janela, me perguntou.

- O que você está fazendo aqui? – indagou rispidamente.

- Vim passar um tempo com meu namorado – falei colocando meu queixo em seu ombro.

- De novo você com essa história de namorado? – perguntou, seu tom era neutro.

- Eu estou te incomodando? – indaguei tirando o queixo de seu ombro e me afastando dele, Léo ficou calado diante da minha pergunta – Tudo bem, eu vou embora – me virei e sai andando, quando estava prestes a cruzar a porta Léo falou.

- Espera! – gritou ele – a chuva está muito forte, não seria conveniente sair agora – falou vindo até mim.

- Não, eu já te incomodei demais – falei virando-me novamente em direção à saída.

- Fica – falou ele segurando em meu braço – Eu quero que você fique – falou olhando para o chão.

- Pra que? Pra você me tratar rispidamente como tem feito durante o tempo que eu vim te ver? Pra você ser frio comigo como a dias vem sendo? – minha voz falhava, eu estava lutando para não chorar. – Você acha que é fácil pra mim, ser tratado desse jeito pela pessoa que eu mais amo? – desabafei, aquilo estava preso em minha garganta.

- Desculpa – Leo ainda fitando o chão falou – Mas tenta me entender, eu estou confuso, eu não sei quem sou e nem onde estou, tudo é estranho pra mim.

- Deixa eu te ajudar Leonardo – falei chorando – eu posso, você só precisa querer –falei sentando-me na cama.

- Tudo bem – falou sentando-se ao meu lado – Não chora, eu me sinto mal quando você chora – falou passando a mão em meu rosto enxugando minhas lagrimas.

- Mesmo depois de ter perdido a memória você continua sendo um fofo – sorri timidamente e em seguida o beijei, era um beijo terno e calmo, nossas lingas se moviam lentamente explorando cada canto de nossas bocas, depois de algum tempo sem beija-lo era completamente novo o que fazíamos, meu coração estava acelerado como da primeira vem, minhas mãos suavam a medida que o beijo ia ficando mais quente, depois de alguns minutos nos separamos, ofegantes e com as bocas vermelhas como sangue.

-Você beija muito bem – falou Léo timidamente – estou morrendo de fome, faz dias que não como muito bem.

- Então vamos pedir pra Marta fazer um lanche – falei pegando em sua mão e o puxando para fora do quarto.

Quando íamos descendo as escadas Léo parou repentinamente, ficando parado igual a uma estátua, seu olhar era vago estático e em um piscar de olhos ele desmaiou perdendo o equilíbrio e rolando escada a baixo.

- LÉO - gritei descendo as escadas completamente desesperado – Léo, por favor acorda – falei chorando enquanto tentava acordá-lo – MARTA – gritei.

Marta chegou segundos depois assustada.

- Mas o que aconteceu menino – Falou jogando-se no chão ao lado do Léo – Eu vou ligar pra ambulância – falou pegando o celular em seu bolso.

Ainda chovia bastante e a ambulância estava demorando muito para chegar, achamos melhor não tentar move-lo, ele podia ter fraturas. Meia hora se passou e nada de ambulância, eu estava entrando em desespero, ele não acordava. Alguns minutos depois ele começou a se mexer e logo fiquei em alerta, ele gemia enquanto recobrava seus sentidos, aos poucos foi abrindo os olhos.

- Léo, está tudo bem? – falei aflito.

- Oi amor, o que aconteceu? – falou sentando-se no chão.

De presa eu o abracei, estava chorando muito.

- Não chora amor, eu odeio quando você chora – falou me abraçando.

- Estou tão feliz que você voltou pra mim – sussurrei em seu ouvido – Eu nunca mais vou deixar que você seja tirado de mim, nunca mais.

- Eu te amo Daniel - falou e em seguida me beijou, aquele era o beijo mais terno e verdadeiro que ele já tinha me dado, eu podia sentir o amor que ele sentia por mim, algo tão verdadeiro e puro que me emocionei, eu não consegui conter as lagrimas que eram de orgulho e felicidade por tê-lo ao meu lado.

....

Acordei cedo, tudo estava perfeitamente bem, tomei banho, fiz minha higiene matinal e depois voltei para o quarto para vestir meu uniforme, arrumei meu cabelo que estava totalmente bagunçado e então desci para tomar meu café, como sempre meus pais já haviam saído para trabalhar. Tomei meu café e depois fui para escola, estava voltando às aulas, no caminho encontrei Malia, fomos conversando até que chegamos na escola. Fomos direto para a sala e não pude deixar de notar os novos rostos que ali estavam, eram os novos alunos, um eu já conhecia e me surpreendi quando o vi, era o Thomas o garoto da praia, acenei pra ele e segui para ocupar o meu lugar, Malia sentou-se ao meu lado como sempre, depois de alguns minutos Leonardo chegou, meu amor estava simplesmente lindo, com seus cabelos penteados formando um topete, sentou-se atrás de mim e me cumprimentou.

- Bom dia amor – falou no meu ouvido, me deixando arrepiado.

- Bom dia – respondi timidamente, com um sorriso bobo no rosto.

- Nossa que lindinhos – falou Malia sarcasticamente.

Nós rimos, ela quando estava de mau humor era a pior, meu sorriso foi desfeito quando vi o JP entrando pela porta, junto de seus amigos Thales e Jonas, ele olhou pra mim e depois simplesmente seguiu o seu caminho, acho que ele estava envergonhado, afinal ele se abriu pra mim e eu fiz pouco caso de sua situação, parecia um pouco abatido, no fundo me senti mal por isso.

A aula seguiu normalmente e logo já estava na hora do intervalo, seguimos para o refeitório juntos, eu Malia e Leonardo. Sentamo-nos em uma das mesas eu e Malia enquanto o Léo foi pegar o nosso lanche. Thomas estava na mesa ao lado junto de seus amigos, os novos alunos, logo me levantei e fui cumprimenta-los e inevitavelmente arrastei Malia comigo.

- Oi Thomas, bem-vindo à escola – falei formalmente, ele levantou-se e me cumprimentou apresentando-me aos seus amigos.

- Oi Daniel, tudo bem? Esses são meus amigos, Felipe Aguiar, Livia Marques, Diogo Monteles, Isabella Ribeiro, e essa é a minha namorada Victoria Máximo.

Felipe era do tipo nerd descolado, usava óculos de grau bem bonito, que dava uma aparência mais intelectual a ele, seus olhos eram castanhos e seus cabelos eram negros e lisos, penteados para cima.

Lívia era uma garota tímida, estudiosa e delicada, usava roupas com estampas claras e seus cabelos castanhos sempre andavam soltos, sua pele era clara e seus olhos eram castanhos mel.

Diogo era aquele típico mulato descolado, trajava roupas de muito bom gosto e parecia ser de família rica, ele era do tipo que se gabava por tudo que tinha, era mulherengo e as meninas andavam aos montes atrás dele. Sua pele era de um tom chocolate e seus olhos eram pretos.

Isabella era uma garota fina e sofisticada, usava turbante na maioria do tempo e uma de suas marcas eram as jaquetas de couro caríssimas que usava, seus cabelos eram loiros e seus olhos azuis, Isabella era prima de Victoria.

Já Victoria era do tipo mulher fatal, seu estilo era parecido com o de Malia, porém Victoria era mais arrogante, seus cabelos eram loiros com ondulações nas pontas, seus olhos eram azuis marinho, e tinha muito bom gosto para se vestir.

Cumprimentei a todos, os achei bem legais e extrovertidos algo me diz que seremos bons amigos, voltei para a mesa onde o Léo já se encontrava com nossos lanches, sentei-me e nesse momento meu celular vibra anunciando que tenho uma nova mensagem, era de um numero desconhecido, logo após o meu celular vibrar começamos a ouvir vários toques de celulares ao mesmo tempo, era os celulares de todos que estavam ali no refeitórios, todos começaram a checar seus aparelhos e a cara de espanto e horror estava presente na face de todos.

Abri a mensagem e só o que tinha era um link, o abri rapidamente, era um vídeo, dei play e comecei a assisti-lo. Uma figura mascarada apareceu no vídeo em seguida a imagem de um garoto amarrado em uma cadeira e chorando muito, no começo não deu para identificar o garoto, mas depois que as luzes do lugar onde o vídeo foi gravado se acenderam podemos ver quem era, se tratava de Rafael. Ele implorava e suplicava para que aquela pessoa mascarada tivesse compaixão dele, foi ai que o assassino se dirigiu para atrás dele, puxou os seus cabelos com força e com um único golpe enfiou a faca em seu coração. Nos últimos segundos do vídeo foi mostrado o nome “MIST” escrito com sangue em uma parede.

Todos no refeitório comentavam aquele vídeo, alguns estavam horrorizados outros achavam que era só uma brincadeira, mas eu mais do que ninguém sabia que tudo havia começado e que o psicopata só estava esperando o momento de atacar, eu estava arrasado pela morte de Rafael, ele havia me ajudado e agora estava morto. Segundos depois chegou outra mensagem em meu celular, era da mesma pessoa que havia mandado o link do vídeo, a mensagem dizia.

“Ele foi o primeiro de muitos, todos aqueles que você ama vão morrer e você não pode fazer nada para mudar isso.”

Continua...

Email - luckinhass114@gmail.com

Wpp: 98,82,79,38,34

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Comentários

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Nossa muito boa a historia. A Pesa de ter hora que querê lé mata por fazer isso com o Daniel, risos. Continuar logo, e não demora muito pra posta, nós leitores não aguentamos muito tempo sem nossos contos favoritos ^-^

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Nossa que história. Quero logo a continuação quem mais morrerá?

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Eta que o negocio está ficando quente, quero continuação colega...

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