Boa noite caros leitores,segue mais um capítulo pra vocês. quero me desculpar, pois era pra postá-lo mais cedo mas só cheguei agora em casa. Obrigado pelos votos e comentários ao último capítulo postado fico feliz pois percebi que novos leitores estão comentando e votando.
Boa leitura...
Ação e Reação – Decepção...
- Felipe que porra é essa – exclamei.
- Desculpa - disse ele envergonhado se encolhendo.
- O que foi isso? – perguntei incrédulo.
Felipe baixou sua cabeça entre as pernas ficando assim por alguns segundos, me olhou novamente e se levantou andando de um lado pro outro da sala.Era visível que ele estava bêbado, como eu também estava um pouco alterado, percebi que Felipe procurava uma explicação pra me dar, após parar e me encarar se sentou novamente e vi seus olhos marejarem.Felipe não se prestaria a um papel desses sem ter um motivo, eu conheço ele muito bem, tem alguma coisa errada em tudo isso.
Felipe exitou, mas então começou a falar.
- Nando, me desculpa cara – disse se aproximando mais – eu não queria que fosse assim, mas eu precisei fazer isso, por que assim você não vai me abandonar e eu posso te proteger – disse visivelmente arrependido e atordoado.
- Como assim Felipe? – perguntei sem entender nada, por que ele disse que eu vou abandonar ele, não estou entendendo o Felipe, eu estava um pouco tonto por causa da vodka – me explica da onde que você tirou essa ideia que eu vou te abandonar e que você não vai mais poder me proteger cara ? – perguntei impaciente.
- Nando – disse ele segurando no meu ombro e me olhando nos olhos – se eu virar seu namorado você não vai me deixar nunca e eu vou conseguir te defender né? – não acredito que ele estava me fazendo uma pergunta dessas, eu não acredito que ele estava tendo um comportamento desses.
- Felipe, você está me assustando – disse me afastando dele – que ideia é essa de virar me namorado cara, você é meu melhor amigo e é hétero! – exclamei incrédulo.
- Mas eu tenho medo que você me deixe de lado pra ficar com o Luiz, desse jeito além de perder nossa amizade eu não vou conseguir te proteger mais cara – disse ele chorando.
Não precisou o Felipe me explicar mais nada, eu entendi tudo de algum jeito o Felipe descobriu sobre o meu lance com o Luiz. Agora eu mato a Cibele por que ela é a única que estava sabendo sobre isso, então quis saber melhor sobre isso.
- Felipe, mas o que o Luiz tem a ver com isso? – perguntei, faltava alguma coisa pra tudo se encaixar.
- Nando – disse ele limpando os olhos – hoje de manhã quando eu fui no shopping comprar o quebra cabeça, eu encontrei a Cibele lá dai fomos tomar uma cerveja juntos e papo vai papo vem ela deixou escapar que você e o Luiz estavam juntos. Ela ficou em pânico por soltar sem querer essa informação e me fez prometer que eu não iria contar nada pra você e nem fazer nada, mas eu comecei a me preocupar, pois você é meu melhor amigo cara, se você for namorar o Luiz e esquecer de mim, do nosso grupo de amigos, quem vai ser meu brother confidente, meu parça, e tem mais o Luiz é o melhor amigo do seu primo, quem me garante que ele não quer te fazer mal Nando não quer te sacanear, cara eu não posso deixar acontecer o que aconteceu daquela vez, eu não vou me perdoar se alguma coisa de mal te acontecer, daquela vez eu era mais novo e menor mas agora eu tenho condições de cuidar de você, então pensei que se nós fossemos namorados eu deixaria você longe do seu primo e da influência de Luiz que pode te fazer mal a mando do Marcos, assim eu consigo te proteger – bingo, sabia que tinha algo estranho nisso tudo.
Eu ouvi atentamente o que ele me disse enquanto ele esperava a minha resposta.Finalmente resolvi me manifestar.
- Felipe – disse de forma calma – quando tempo faz que a gente se conhece hein?como é que você pode pensar uma coisa dessas, que eu vou trocar a nossa amizade por um namoro Lipe, cara lembra do que nós dissemos quando viramos amigos/irmãos : um apoia o outro, um defende o outro, independentemente da situação, eu não acredito que você pensou numa ideia dessas cara – disse olhando pra ele com cara de reprovação – parece que você não me conhece senhor Felipe Passos – disse já começando a levar pro lado cômico, por mais que o Felipe tenha dado uma de egoísta e exagerado a forma dele de mostrar mostrar a amizade ou segurança foi engraçada, eu não podia destrata-lo de forma alguma, ele fez o que fez pensando na minha segurança – e aliás, eu e Luiz não estamos juntos – completei.
- Nando só me diz que você me perdoa cara – disse ele.
- Felipe, eu devia ficar muito chateado com você cara – disse olhando sério pra ele – muito mesmo, me beijar sem ter atração em mim, mas eu sei que por mais que foi estranho a intenção foi boa, eu te perdoo, só que você tem que parar de ter ideias idiotas como essas, desde quando namorar cara, você faria como se você é hétero, você já pensou que somos incompatíveis de frente – disse rindo pra ele e apontando pro meio das minhas pernas e pra dele – eu não tenho uma rachada no meio – completei.
- Bom Nando – disse ele coçando a cabeça sem graça, Felipe sempre faz isso quando faz alguma coisa sem pensar nas consequências – agora que você falou, eu não tinha pensado muito nisso não – completou.
- Agora Felipe eu tenho que te confessar uma coisa – fiz cara de sério e cheguei mais perto dele – você beija mal pra caralho, não é a toa que não pega ninguém, teve que pegar o melhor amigo não é? – disse o fazendo rir, quebrando o gelo pra ele ver que não fiquei chateado mesmo.
- Para Nando assim você me deixa mais envergonhado do que eu já estou – disse ele esfregando a mão na perna.
- Lipe eu também sei que a intenção foi boa, mas eu já to bem grandinho você não acha? – perguntei olhando pra ele – eu já sei me defender, eu sei tomar minhas próprias decisões, eu sei que pode parecer estranho mas o Luiz é gente boa Lipe, eu vou dar um jeito de vocês se conhecerem melhor, e eu ter tido um lance com ele não significa que nós iremos namorar, e se isso acontecer eu nunca vou deixar meus amigos de lado – completei lembrando da conversa que tive a caminho de casa com Luiz.
O Felipe tinha uma ideias idiotas, claro que essa de longe foi a mais a pior idiota possível até agora, mas não caberia a mim julgá-lo ou criar um clima e sabe ou me fazer de vítima, se ele tentou fazer o que fez foi por que se importa comigo, não rolou interesse sexual, claro que pintou um clima, mas se pensar que estamos bêbado isso não conta o Lipe da sua maneira torta estava tentando me proteger e como eu mesmo disse um apoia e cuida do outro.
- Nando, você me perdoa? – perguntou ele com receio e ansioso pela resposta – eu sei que fiz uma coisa idiota, mas não deixa de ser meu amigo – Felipe parecia uma criança de dez anos coma cara que ele fez.
- Olha eu não devia fazer isso, pois o que você fez foi errado,mas claro que te perdoo Lipe, mas não faça mais isso cara, por favor – disse reprendendo ele.
- Não vou mais prometo – disse ele – pelo menos não com você – completou rindo.
- Então vamos esquecer isso e beber ou terminar de montar esse quebra cabeça – disso apontando pra garrafa de vodka e pro quebra cabeça espalhado no tapete.
Após mais um pedido de desculpa de Felipe e mais uma vez eu tranquiliza-lo dizendo que eu não estava mais chateado, voltamos a beber a comer batata chips já que esquecemos de pedir a pizza e quando lembramos já estava tudo fechado.
A madrugada passou rápido muito rápido e entre uma dose e outra de vodka quando demos conta o sol estava nascendo, olhei no relógio do meu celular e ele já marcava 6:15 da manhã, estávamos bêbados, eu menos do que Felipe , decidimos que era hora de ir dormir, como meu amigo não se aguentava mais em pé de tão louco que estava,acabei ajudando ele a ir até seu quarto, botei ele na cama e olhei rindo pra ele e pensando como um cara de 21 anos tinha umas ideias tão idiotas assim, mas no fim pensei é só o Felipe sendo o Felipe, sai do seu quarto e fui em direção ao quarto de hóspedes, caiu na cama e adormeci.
Quando acordei já passava das onze da manhã, estava numa ressaca terrível, minha cabeça doía, minha boca estava seca (culpa da vodka) meu estomago roncando de fome, fui a cozinha beber água e comer alguma coisa mas não encontrei nada pronto, o jeito seria comer fora mesmo estando de ressaca.Fiz um café na cafeteira e quando ficou pronto peguei uma xícara e tomei um pouco.
Peguei uma xícara e fui em direção ao quarto do Felipe para acordá-lo pois se eu estava assim desse jeito imagina ele como não estava já que tinha bebido bem mais do que eu, entrei em seu quarto e não vi ele na cama, ouvi o barulho de chuveiro ligado e então deixei sua xícara de café no criado mudo e saiu pra sala espera-lo.
Chegando na sala resolvi ligar pra Cibele, disquei seu número e na terceira vez que chamou ela atendeu.
- Alô, Nando – disse ela surpresa.
- Sim Cibele sou eu – falei meio sério.
- Nando me desculpa, eu encontrei o Lipe no shopping , nós bebemos e eu falei sobre o Luiz , me desculpa – ela disse sem respirar, desesperada me deixando surpreso.
- Pois é Cibele, você contou pro Nando mas era pra mim contar – disse pra ela.
- Me desculpa mesmo, mas é que quando dei por mim tinha falado – disse ela.
- Cibele, eu te conheço eu sei que você não me sacanearia desse jeito, claro que eu to puto contigo, mas você não sabe o que o Felipe fez tentando me proteger do Luiz– disse pra ela.
- Não, o que ele fez? – perguntou ela.
- Ele me beijou, e me propôs namoro! – disse rapidamente.
Cibele ficou por alguns segundos muda, mas depois começou a rir descontroladamente, me deixando com surpreso com sua reação, achei que no mínimo ela ficaria puta com a atitude do Felipe.
- Por que você está rindo? – perguntei.
- Só o Felipe pra fazer uma coisa dessas mesmo – disse ela contendo o riso – eu no lugar dele acho que faria o mesmo.
- Para Cibele, não foi nada legal o que ele fez – disse reprendendo ela.
- Nando, o Felipe te vê como um irmão mais novo que precisa ser protegido, você bem lembra como ele ficou aquela vez né – Cibele se referia a surra que Marcos me deu - quando eu disse sobre o lance do Luiz ele me falou que poderia ser uma forma do Marcos te sacanear usando o melhor amigo, tadinho, no nervosismo que ele ficou, foi a maneira que ele pensou em te ajudar,eu percebi quando Felipe ficou nervoso, e eu tenho culpa nisso pois disse que você e o Marcos na semana discutiram em casa lembra no dia que eu cheguei – disse ela.
- Nossa Cibele, agora ficou mais do que explicado por que ele fez isso – disse aliviado e meio culpado.
- Nando você não brigou com ele né? – perguntou ela preocupada.
- Dei uma dura nela, mas ele me explicou o ocorrido – disse a ela.
- Você conhece o Felipe, ele só tem tamanho, sempre está disposto a ajudar quem precisa, você sabe que ele só tem a gente e os primos como amigo mesmo não é? – ela falou com pesar e realmente era verdade, o Felipe assim como eu, tinha muitos colegas de academia, de faculdade, até de caminhada, mas amigo mesmo era seus primos do interior e eu, Cibele e Ágatha.
- Sei, mas a gente já se entendeu, eu não vou deixar de ser amigo dele – falei acalmando ela.
- Que bom – disse ela – mas e ai como é que você está nessa manhã, vai fazer alguma coisa hoje? – perguntou ela.
- Bom quero ir almoçar no shopping, ou em algum lugar, mas antes tenho que tomar banho também por enquanto estou esperando a criança tomar banho – disse me referindo ao Felipe.
- Então vou deixar vocês curtirem o sábado e vou voltar a atenção pra tia Maria que está me chamando - disse ela.
- Ta bom, vai lá – disse.
- Tchau – disse ela.
- Tchau – disse.
Finalizei a chamada e voltei a pensar na noite passada, no fim tudo se resolveu, o engraçado foi perceber que eu não tive atração pelo Felipe, claro que na hora do clima o beijo foi inevitável, mas não passou disso, não valeria a pena estragar uma amizade que já dura mais de 7 anos por uma transa.
Sou tirado dos meus pensamentos com Felipe vindo pra sala e sentando do meu lado no sofá.
- Bom dia – disse pra ele – dormiu bem? – perguntei irônico.
- Bom dia Nando – disse secando seu cabelo com a toalha – nunca mais me deixe beber daquele jeito.
- Tá bom – disse dando um soquinho no ombro dele – agora vou ter que tomar conta de marmanjo, vai sonhando, você bebeu por que quis – ri pra ele, ele retribui o riso me dando um soquinho no ombro também, foi então que percebi que o clima da noite passada, o ocorrido se houve algum ressentimento tinha morrido ali, com essa troca de soquinhos.
- Nossa Nando – disse ele assustado mudando de assunto.
- Que foi Lipe? – perguntei.
- Não conseguimos montar o quebra cabeça cara, nós bebemos tanto que não conseguimos completar nem uma pequena parte dele – disse ele com cara de desapontado olhando pro tapete onde estava as peças do quebra cabeça todas espalhadas.
- Relaxa Lipe, a gente vai ter tempo de montar cara – disse pra ele.
- Mesmo cara – disse ele sem jeito.
- Claro, mas com certeza não em dois – falei pensativo – temos que chamar mais gente, senão vamos demorar um ano pra montar – completei.
- É mesmo, eu acho que dessa vez exagerei né? – perguntou.
- Não, só que da próxima vez compra um quebra cabeça bem menor por favor – disse pra ele que concordou comigo.
Conversamos mais uns 5 minutos e fui pro quarto tomar banho pois estava desesperadamente precisando de um. Terminei meu banho, peguei a muda de roupa na minha mochila e guardei a que tinha usado dentro,me arrumei e eu e Felipe fomos para o ponto de táxi já que não estávamos bons pra dirigir e decidimos ir no Uberlândia shopping almoçar. No caminho ele recebeu uma ligação dos pais pedindo pra ir pra fazenda deles depois que almoçasse pois sua prima que mora em São Paulo havia chegado a pouco e eles fariam uma galinhada a noite pra ela, além de moda de viola que ia virar a noite.Os pais do Lipe pediram pra ele me convidar, mas como era algo familiar decidi não ir, expliquei a ele que entendeu.
Chegamos no shopping e decidimos dar uma volta rápida antes de comer alguma coisa. O Felipe me pediu pra ir a uma loja com ele pra comprar algo pra prima, entramos compramos a rapidamente fomos para a praça de alimentação que por ser sábado estava lotada. Decidimos comer comida chinesa e então nos sentamos em uma mesa que próximos a passagem dos clientes.
Nos servimos e almoçamos, comemos bem pois estávamos com fome, Felipe ainda repetiu eu não, acabei pegando um pouco mais e fiquei satisfeito não precisando repetir.
Quando terminamos eu fui ao banheiro e quando entro dou de cara com meu primo Marcos que estava de óculos escuro se olhando no espelho.
- Ora ora – sorriu de maneira que me arrepiou – não sabia que esse shopping estava tão mal frequentado – disse irônico, alguns clientes que estavam no banheiro passaram por mim com um risinho de deboche no rosto.
Estava de ressaca, não iria aguentar isso nem a provocação dele calado dentro de um banheiro de shopping, eu também sei brincar, então sorri e fui em direção a pia, o encarei pelo espelho e com um sorriso sarcástico.
- Pois é né Marcos, hoje em dia você pode entrar em qualquer lugar – disse a ele que se virou quando um garoto que saiu de um dos box riu da minha resposta pra ele.
- Ta olhando o que pirralho – disse pra garoto que saiu do banheiro rapidinho assustado.
- Nossa – disse irônico – agora além de homofóbico vai começar a fazer mal com crianças Marcos? – perguntei,a expressão que ele fez pra mim era de ódio puro.
- Fernando, você não sabe o que te aguarda, deixa chegar a semana que vem pra você ver – disse me olhando – quem vai rir por último vai ser eu – disse tirando os óculos pra me encarar.
- Uau, to morrendo de medo – disse me aproximando dele – o que vai me acontecer?Você vai me matar ou vai tentar me estuprar de novo? – vi sua feição mudar de ódio pra vergonha, ele desviou seu olhar e colocou seu óculos.
Antes de sair do banheiro me olhou novamente.
- Você vai engolir essas palavras sua bicha – ele abriu a porta e saiu, quando olhei ao redor eu notei que havia uma três pessoas nos olhando trocar farpas dentro do banheiro.
- Que foi povo curioso, nunca viram ninguém trocar ofensas, eu hein – disse com a maior cara de pau.
Sai do banheiro e Felipe já estava me esperando próximo ao acesso aos banheiros,pela sua feição de nervosismo eu sabia do que se tratava.
- Cara, você nem sabe quem eu vi! – disse ele assustado.
- Eu sei, acabamos de trocar ofensas no banheiro – disse olhando pra praça de alimentação, foi quando eu vi Marcos com Giovanna sentados próximo a área central, ele fez um sinal com a cabeça em minha direção e ela olhou com cara de nojo, retribui a cara de nojo , mas foi quando ele se sentou que eu pude ver quem estava com eles que eu me surpreendi, era o Luiz, ele estava com a loura de ontem do bar, estavam abraçados, rindo e se beijando como um casalzinho de namorados agora percebendo com mais atenção ela é uma mulher bonita, loura um belo par de olhos pretos seu corpo parece ser moldado de academia, mas sua cara é de piranha.Com essa cena melosa eu fiquei puto, o cara da o maior vexame na rua, chora dizendo me ama e que a loura é a ex e depois aparece com ela abraçado num shopping, eu estava decepcionado comigo mesmo, de ter caído na conversa do Luiz no bar, e o pior eu fui pra cama com ele, me “comeu”, disse que me amava pra depois estar aos abraços com ela, é obvio ele me usou só quis me abater como um viadinho e eu cai, me senti usado e foi ai que percebi que meus sentimentos pelo Luiz eram maiores que uma simples atração. Me odiei por isso,mas é só mais uma decepção na minha vida, já tenho algumas não vai fazer diferença, como se diz o que não te mata te deixa mais forte.
Felipe observava a cena e entendeu tudo, ele pôs sua mão no meu ombro e apertou , olhei pra ele e sorri.Dei graças a Deus por ele estar ali comigo.
- Vem Nando,você não precisa ver e nem passar por isso – ele passou seu braço pelo meu pescoço enquanto Luiz nos encarava.
- Você está certo Lipe – sorri pra ele – eu não preciso passar por isso.
Ele então me deu um abraço me segurou pelos ombros e me olhou nos olhos.
- Você não está sozinho – disse sério.
- Eu sei cara, obrigado – agradeci – mas você não vai me beijar de novo não né? – ri da cara que ele fez.
- Para Nando claro que não né! – disse ele envergonhado – vem vamos sair daqui, eu ia comprar um sorvete mas perdi a vontade.
Dei risada do que Lipe falou e agradeci mentalmente por ter ele como amigo, enquanto caminhávamos pela praça de alimentação eu percebi os olhares que vinham da mesa onde Marcos e Luiz estavam, meu primo olhava do Luiz pra mim como se não estivesse entendendo a situação, Giovanna e a mulher conversavam enquanto ele me seguia com os olhos em desespero, olhei ele com indiferença e sai.
Felipe depois do shopping tinha que ir pra fazenda que os pais tem próximo a Coromandel, chegamos em sua casa e ele me chamou novamente mas eu falei que não, ele então me evou em casa, me deixou no portão e com um aceno partiu.
Continua...