Eu e meus amigos estávamos no camarote quando o próprio Hugo chegou. Eu tinha esperanças de que ele viria, mas não fazia a menor ideia. Ele era o meu cantor de Axé, o melhor na minha opinião e a julgar pela multidão que assistiu ao show naquele dia, milhares de outras pessoas compartilhavam da mesma opinião.
As pessoas até estranharam meu estado, sem jeito, quando o cantor veio falar com a nossa rodinha de amigos. Ele era simpático, um cara legal. E, deixando claro que não era gay, Hugo era bonito mesmo. Tinha vontade de concordar com as garotas quando elas começavam a falar da beleza dele. Loiro de cachos curtos e olhos azuis, e uma voz de anjo que, não só combinava estranhamente com suas músicas carnais, mas as deixava muito... excitantes.
Eu gostava de transar escutando suas músicas. Pensei em qual a seria a sua reação se eu contasse isso para ele, e logo senti meu rosto queimando.
Hugo ficou bem próximo de mim quando flertou com minhas amigas, pude sentir seu cheiro caloroso. O homem tinha uma aura que puxava toda atenção, isso eu tinha que admitir. Ele me olhou e apertou minha mão, e eu lutei para não passar vergonha soltando algum som de prazer que uma mulher manhosa costumava soltar.
Eu acharia que havia conseguido passar uma boa impressão, pois ele lembrou do meu nome depois que nos encontramos da primeira vez, e depois me introduziu para alguns amigos mais íntimos. Eu tentava ser engraçado a qualquer momento, e mesmo achando que falhava miseravelmente, Hugo ria. Disse que eu era um cara engraçado. Disse que gostou de mim. E eu o fiz companhia.
Eu e ele e duas mulheres que conhecemos ali no camarote estávamos conversando. Hugo era o cara mais predador que eu havia conhecido. Uns sorrisos ali e uns comentários aqui e ele acabou convencendo as duas mulheres se juntar a nós em um dos seus veículos de transporte, que ficavam por trás do palco. Ele convenceu até a mim!
O plano era que eu e ele iríamos na frente e depois elas iriam nos seguir, os seguranças estariam por dentro de tudo. Quando ele se virou para mim para perguntar se eu estava dentro, eu confirmei rapidamente, achando que havia caído num sonho. Ele sorriu simpaticamente, como se fosse um deus olhando para um sub mortal. Uns quinze minutos depois, eu estava seguindo os seus passos por baixo da multidão e entre seguranças. Muitas mulheres estavam gritando “Hugo!” Senti-me especial por estar indo com ele.
Nós chegamos num daqueles grandes ônibus que todo cantor tinha por aquelas bandas, especialmente cantor de forró e axé. Uma foto enorme de Hugo estava estampada na lateral. A foto, agora que tinha visto o próprio de perto, não parecia tão boa. Não fazia justiça.
O interior do ônibus era mais espaçoso do que dava a passar. De um lado, só havia um sofá que ia do início até o fim, e do outro algumas cabines com portas. A primeira, ele me mostrou, era um banheiro. A segunda era uma mini-cozinha. A terceira era onde ele guardava alguns de seus instrumentos. Ele foi me falando isso só para manter uma conversa e não me deixar desconfortável enquanto as garotas não chegavam, eu achei. Mas eu estava desconfortável mesmo assim. Não de um jeito ruim. Aquilo era a melhor coisa que me acontecia há um tempo. Mas não dava para ficar normal quando se está ao lado do ídolo, dentro de sua casa de rodas, prestes a compartilhar uma experiência em grupo com duas lindas garotas.
Ele me mandou se sentar e foi pegar duas cervejas. Ele me serviu com um sorriso, e eu tinha que admitir que ser servido por ele me deixou com uma sensação engraçada na barriga. Estava gostando daquilo. Sentou-se ao meu lado e começou a conversar. Checava o celular constantemente. Passamos um tempo na espera das mulheres. Elas não vieram.
Ele ligou para o segurança.
Eu assisti ao seu rosto e pude perceber quando ele recebeu a notícia ruim.
“Tá certo, Paulo. Fica de olho. Se chegarem, pode deixar entrar. Diga que estamos esperando.” Ele desligou o telefone, suspirou e olhou para mim. “Acho que elas deram um bolo em mim.”
“Que nada. Quem daria um bolo em você?” Eu o confortei. Ele riu, e deu outro suspiro.
“Se elas não vierem, vai ser uma merda. Vão queimar minha fita com você.”
“Duas putas. A gente acha outras...”
“Sério?” ele perguntou. Eu assenti. Ele continuou sorrindo, e coçando sua barba dourada de uma forma insegura. “Então... Você gosta mesmo da minha música?”
Foi a primeira pergunta a respeito dele que ele fazia. Eu respirei fundo, preparando-me para não deixar toda a minha esquisitice por ele passar.
“Meu amigo, você é o cara. Eu tenho todos os seus cd's.”
“Pirata?” perguntou ele, sério.
“Ehh. A maioria não, eu juro.” Então ele começou a rir, e bateu na minha perna. Eu respirei aliviado e sorri também.
“Mas estaria tudo bem se todos fossem piratas, o que importa é que você gosta de mim.” Ele apertou na minha perna. Um arrepio passou por mim.
“É, eu gosto muito de você. Toda vez que eu tô trepando, eu tô escutando você cantando.” Não sei o que me levou a falar aquilo daquela maneira. Abruptamente. Ele ficou surpreso, e eu temi ter estragado tudo. Então ele riu.
“Minha voz faz o seu subir?” perguntou, brincando. Recostou-se no sofá de braços abertos.
Sem graça, eu só balancei a cabeça, sem negar nem confirmar. Podia sentir meu rosto esquentando e ficando vermelho para ele ver. Eu abaixei o rosto.
Eu só senti um movimento no sofá enquanto ele se mexia ao meu lado. Subitamente, sua mão estava na minha calça, apertando no meu membro como se estivesse morrendo de vontade de ver o que tinha por baixo. Assustado, eu recuei para trás, mas colocou a mão por cima de mim e a boca perto do meu ouvido. Senti o seu hálito de cerveja. Tentei manter a calma ao máximo, sendo apertado e segurado por ele. Então Hugo começou a cantar no meu ouvido. Primeiro, ele estava rindo como se tudo fosse uma brincadeira e eu entrei nela. Mas sua mão massageou o meu lugar lá embaixo direitinho, como um profissional. E sua voz estava doce estava mil vezes mais depravada tão perto do meu ouvido.
“Ah, nossa, minha voz é o seu viagra?” perguntou. Eu ri sem graça, completamente duro. Hugo não tirou a mão.
“Quanto mais perto da piroca, maior o efeito” eu disse.
Hugo virou o meu rosto e me beijou na boca. Sua barba arranhou o meu rosto, e eu me perguntei se era daquele jeito que as meninas que me beijavam se sentiam. Sim, eu estava beijando um homem. Mas aquele homem era Hugo, o cantor mais gostoso do nordeste. Ele mordeu meu lábio, e por fim parou.
“Sabia que beijava bom desde que te vi,” disse ele.
Eu ri.
“Você disse aos seguranças para não deixar as meninas entrarem, não foi?”
Ele me olhou de um jeito culpado. Mas não tirava a mão da minha dureza de jeito nenhum. Beijei sua bochecha.
“Merece levar uma surra de pica, seu mentiroso safado.”
“Porra, cara. Sim.” Ele ficou de joelhos, abriu minhas pernas e tirou minha calça. Depois tirou minha cueca e começou a admirar meu pau do mesmo jeito que eu admiro sua voz. Meu pau era grande, 17 cm. A cabeça era vermelha, mas tão clara que parecia rosada. Ele passou a língua primeiro e depois começou a me chupar.
Primeira coisa que pensei foi no que os meus amigos diriam se soubessem o que estava acontecendo. Eu não acho que teria coragem de admitir que estava sendo mamado por um homem, mesmo que esse homem seja a porra do meu cantor favorito. Mas no momento eu me sentia muito feliz. Aquela língua fazia um trabalho lindo.
Eu assisti ao meu pau entrando e saindo daquela boca sagrada ainda sem acreditar. Ele prendeu seus olhos com os meus, parou de chupar por um momento, masturbando-me, e sorriu.
“Eu tenho uma teoria,” ele disse. “De que a porra dos meus fãs deixam minha voz mais bonita. Será que você pode me dar isso?”
Eu puxei sua cabeça e coloquei meu pau na sua boca.
“Só se você não parar por nada.”
A merda do meu pau grosso coube todinho na sua boca. Subitamente me veio a noção de que cantar não era seu único talento perfeito. O homem sabia chupar piroca como um mestre. Outra coisa pela qual eu o vou admirar para sempre.
Enquanto eu o olhava daquela ângulo, vi a sua bunda empinada, apertada naquela calça escura. A vontade que me veio naquele momento de pegar naquela bunda me fez esquecer até do prazer que sua boca me dava. Cheio de coragem, eu me inclinei, apertei sua cabeça até o fundo do meu pau, e dei um tapa por cima da sua nádega. Agarrei no cabelo dele, loiro e macio, e apertei a carne abundante do seu traseiro.
Por favor, Deus, me dá um pouco disso.
Deus ouviu minhas preces, e meu deus era Hugo. Ele tirou o pau da boca:
“Vou tirar a roupa.”
Fiquei sentado enquanto ele tirava a camisa primeiro, e fiquei admirado com a beleza natural do seu corpo. Ele era musculoso, mas de uma forma essencialmente diferente de mim, que ia para a academia todo dia. E seus pelos eram todos louros, povoando seu peito, fazendo uma trilha até o umbigo e a virilha, onde se juntava aos pelos por cima do membro.
Então ele tirou a calça e cueca. E Jesus amado, pela primeira vez na vida eu queria muito ficar de joelhos e agir como uma puta barata enquanto caía de boca naquele monumento. Aos meus olhos, Hugo era perfeito. O cheiro que vinha dele era perfeito. Sua beleza era perfeita. Eu quase tive um infarto.
Achei que ele havia percebido o efeito que teve em mim, porque deu um sorriso petulante que me deu vontade de bater nele. Não de raiva, uns tapinhas amorosos. Só para tirar o sorriso do rosto e colocar uma expressão de desejo intenso no lugar.
“Tira a sua, cara, não me deixa na seca!” ele pediu.
Eu me levantei também e tirei minha roupa. Foi a vez dele me olhar da mesma forma, eu não duvidava, que eu estava olhando para ele. Eu estava só de cueca e havia guardado meu pau. Aproximei-me dele e coloquei minhas mãos na sua bunda. Dei um apertão do jeito que todas as mulheres gostavam, e não foi tão diferente com Hugo. Ele segurou na minha cintura e fechou os olhos, aproximando seu rosto para um beijo.
Eu o achei tão lindo naquele momento, que se não fosse hétero, poderia ter me apaixonado. O jeito que meu coração palpitou foi uma coisa a série, para não se levar na brincadeira. Por um momento, eu não estava sendo controlado pela racionalidade.
Eu dei um beijo na sua boca. E pareceu muito melhor do que o anterior.
“Eu sou bom em cantar, beijar e mamar. Esse deveria ser o título da sua próxima música.”
Ele estava beijando meu pescoço e começou a rir abafadamente sobre minha pele. Eu me arrepiei.
“Posso falar uma coisa?” ele disse. “Eu gosto de como você fica corado, ou como você se arrepia toda hora que eu faço algo. Sua reação corporal é incrível.”
“Você está falando como se eu fosse uma experiência.”
“Honestamente?” Hugo disse, e apertou no meu pau. “A melhor de todas.”
Eu o puxei para o sofá, e ele subiu em cima de mim quando a gente caiu juntos. Ele me beijou ferozmente. Minha mão começou a acariciar a sua entrada, e o pau de Hugo, duro e curvado, raspava na minha barriga. Eu adorei seus gemidos. Suas reações eram boas também, tinha que lembrar de dizer isso a ele. Qualquer coisa que eu fizesse com o dedo no seu cu ele reagia com um gemido baixo, que ele talvez nem percebesse que fazia.
Hugo começou a esfregar nossas picas. Eu gostei daquilo mais do que deveria. Mordi meu lábio enquanto assistia ao espetáculo.
“Hugo.Você tá realizando um sonho meu que eu nem sabia que tinha, esfregar as pirocas com o meu cantor favorito.”
Ele gargalhou.
“Eu já disse que você é engraçado?”
“Trinta vezes.”
Ele me encarou de uma forma engraçada, seu sorriso foi mantido solenemente. Então ele negou com a cabeça e parou de me encarar.
“O que foi?” perguntei, com o coração acelerado.
“Nada, só que... Eu espero te ver de novo, depois que hoje acabar.”
Com o peito pesado, eu alisei seu rosto, querendo confortar a coisa mais preciosa que apareceu na minha vida até então... Pelo menos foi o que achei no momento.
“Vamos nos preocupar com isso depois.” Então eu o beijei lentamente.
Depois dali, a gente foi aos poucos nos arranjando, até que eu estava no interior de Hugo, enquanto ele rebolava por cima de mim como se estivesse numa das danças de suas músicas. Aquele quadril poderia fazer magia. E como gemia... Até os gemidos pareciam musicais. Aquele homem... Ah, por aquele homem, eu não poderia negar que ser gay parecia a melhor coisa do mundo, dane-se o preconceito.
Depois de um tempo, eu tive que parar aquela doçura, porque outra coisa me veio em mente. Algo que eu queria muito ver.
“Hugo, se você ainda quiser minha porra, é melhor voltar a me chupar agora, porque eu não sei se consigo segurar.”
Felizmente, ele quis. E não muito tempo depois que colocou meu pau entre os lábios, eu estourei dentro dele. Foi tanta que ele ficou de boca cheia. Depois engoliu.
“Eu não tenho nenhuma doença, aliás...” eu falei, subitamente lembrando que aquilo não era muito seguro.
Hugo sorriu.
“Relaxa. Eu também não.”
Então ele se levantou e foi se vestir. Fiquei parado no sofá, sem jeito. Hugo pareceu um pouco irritado. Preocupação me atingiu como uma bala. Ele estava calado e evitava me olhar, o que me deixou confuso e sem reação.
“Ei, desculpa se te ofendi, eu só queria ter certeza...Meu... Segurança é tudo.” Eu queria bater com a cabeça na janela até ela ou o vidro quebrar.
Hugo se virou. Os olhos estreitos em confusão, depois ele os abriu em reconhecimento.
“Não! Eu sei. Não se preocupa com isso.”
“Você parece um pouco irritado. Eu fiz algo...?”
“O quê? Não. Eu não estou irritado.” Ele vestiu a calça e veio para perto. Se ajoelhou na minha frente e beijou minhas bolas. Meu pau acordou na velocidade da luz. “Eu não estou irritado.” Ele repetiu.
Eu alisei seus cabelos, e isso o fez fechar os olhos.
“Você é incrível. Em todos os sentidos.” Eu disse.
Hugo abriu os olhos. Encarou-me por um longo período e depois, como se tivesse acabado uma batalha consigo mesmo, respirou fundo.
“Quer ir comer alguma coisa? A gente pode assistir um filme juntos depois. Eu tenho uns DVD's aqui.”
Ele parecia inseguro. O cantor famoso, rico, loiro de olhos azuis, excepcionalmente lindo estava inseguro por minha causa. Senti-me mal por gostar daquilo. Então para não ser ainda pior:
“O que você quiser” disse eu.