Olá, meus queridos leitores! Tudo bem com vocês?
Antes de conversar um pouquinho com vocês, queria avisar que a grande reviravolta que irá ligar o ponto mais alto da história está FINALMENTE chegando, a partir dela, a história irá tomar um outro rumo e ficará cada vez mais ágil.
O capítulo 30 será uma parte decisiva para a história, então não deixem de acompanhar.
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GABRIEL26,
Gostou? Aposto que esse você vai gostar também. Beijo!
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VALTERSÓ,
Acho que é muito fácil nós olharmos de fora e ditar o que ele poderia fazer, não é? Mas são várias coisas que pode pesar numa decisão tão difícil igual a esta que Lucas está tendo, você já pensou nas consequências? É um caso que tem que ser muito pensado. É muito complicado! Agradeço imensamente pelo seu carinho, espero que você goste deste também. Beijocas!
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K-ELLY,
Mas contar tudo envolveria muitas coisas, teria que ser um caso bem pensando e esperar as piores consequências, ou não. Perfeito são vocês! Beijão.
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SUUH16,
Será que seria viável assumir agora? Ou teria que pensar bastante. Lembre-se que SE ASSUMIR, estará assumindo as consequências boas ou ruins que estariam por vir. Beijo!
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RYUHO,
Guarde sua vontade de matar o Max, porque pode ser, EU DISSE PODE SER que você precise futuramente HAHAHA. Sobre a possibilidade do Max e do Lucas serem irmãos, é uma grande chance, não é? Sobre a Kelly, creio que a vontade de matar vai aumentar mais ainda HAHAHA. Beijão!
★
WORLD,
Só você? Até eu quando estou escrevendo as presepadas dela eu fico rindo. Ela é maluca! Beijos.
E aos demais leitores, amo muito vocês e continuem lendo a história, tá? Beijo!
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► NO CAPÍTULO ANTERIOR...
— Afinal, o que acontece entre vocês, hein? Fala pra mim! – Josefa disse num tom mais alto.
— Mãe... – Lucas tentou explicar.
— FALA! – Gritou.
— ELE É MEU CHEFE! EU SOU AMIGO DELE E ELE É O MEU AMIGO! – Irritou-se — QUAL O PROBLEMA DISSO?
— FALE BAIXO COMIGO QUE EU NÃO SOU SUAS PARICEIRA – Exasperou.
— E se fosse uma coisa além de uma simples amizade, mãe? E SE NÃO FOSSE UMA AMIZADE?
Josefa arregalou os olhos.
— É ISSO QUE ESTÁ TENTANDO DIZER? QUE EU SOU GAY? É ISSO?
Lucas fechou os olhos, respirou fundo e resolveu mentir novamente.
— Eu não sou gay, mãe. O Max não é meu namorado, meu caso ou meu macho como está pensando. Mas se eu fosse Gay, você faria o quê? Gritaria? Me espancava? ME EXPULSAVA DE CASA?
Josefa ficou em silêncio sentindo suas pernas tremerem.
— É... Quem cala consente.
Disse se virando e indo direto para o seu quarto. Chegando lá, observou vários presentes em cima da sua cama, pegou todos e colocou dentro do guarda roupa, ligou o ventilador e se cobriu caindo num sono profundo, um sono repleto de preocupações, pensamentos e angústia.
— Meu Deus! Isso só pode ser uma provação. O que eu faço? O QUE EU FAÇO? – Josefa exasperava
Josefa caiu no sofá da sala, totalmente sem cor, olhou para o teto e colocou a mão na cabeça.
— Me dê uma Luz, minha nossa senhora da conceição. Eles são irmãos, são meios-irmãos.
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► DIAS DEPOIS...
Narrado por Lucas.
— Merda! – Reclamei após o creme dental cair da minha escova de dente — Odeio quando acontece isso.
Estava escovando os dentes antes de dormir.
— Boa noite, mãe! – Disse dando um beijo na testa da mesma que estava deitada.
Após a nossa discursão calorosa alguns dias atrás no meu aniversário, minha mãe pediu desculpas assim que o sol nasceu no dia seguinte, dizendo que estava apenas preocupada com o filho. Agora mais do que nunca tenho que tomar cuidado em relação a minha opção sexual, por mais que a minha mãe acolha Rosemary que é uma transexual, nunca se sabe a reação dos pais quando são com os próprios filhos.
— Boa noite, meu filho! – Retribuiu.
Claro que isso me deixava bastante entristecido, já que esperava uma reação mais pacífica da minha mãe. Assim como muitos homossexuais, também tenho medo de acabar distanciando as pessoas que eu mais amo de mim por apenas ser diferente dos que são considerados pela sociedade como normais. Nós não somos?
— Merda de vida! – Reclamei para mim mesmo.
Liguei o ventilador que já estava para lá de Bagdá e precisava comprar outro urgentemente. Deitei a minha cabeça no travesseiro e meus pensamentos começaram a voar, voaram como uma folha de papel nas ruas em dias que ventam bastante. Fechei meus olhos e meu primeiro pensamento foi no Max, ele que estava há vários dias agindo como se fosse outra pessoa, mais ciumento, mais autoritário e cada vez mais paranoico, e eu cada vez mais afastado dele pela junção de coisas que ele andou fazendo, eu coloco muita areia entre nós dois, mas ele sempre está com uma pá para tira-la, ou melhor, tentar tira-la. Eu ainda não defini que tipo de sentimento eu tenho pelo bonitão dos olhos azuis, meu carinho por ele é verdadeiro, meu tesão também era verdadeiro porque ele provoca isso nas pessoas, não como o Hugo provoca, mas o Max também tem seus atributos, e bota atributos nisso.
— Ai, Max! Cadê aquele Max que fez meu coração dar algumas palpitadas? – Sussurrei.
Fechei meus olhos novamente e deixei o sono me vencer.
— Essa merda!
Referia-me a porta do guarda-roupa que se abriu quando estava quase pegando no sono.
— Tenho que mandar seu José dar uma olhada nessa porta que agora inventa de abrir sozinha.
Disse fechando a porta que guardava as minhas melhores camisas em alguns cabides.
— Logo agora que já estava quase dormindo, agora tenho que implorar para o sono chegar – Disse irritado.
Após alguns minutos de sono, acordei novamente com a maldita porta se abrindo sozinha, e sempre com um barulho irritante que ela fazia ao abrir. Um misto de irritação e estranheza se formou em mim.
— Se essa porra – Disse fechando a porta com força — continuar abrindo assim, hoje eu não durmo.
Foi só virar o meu corpo que a porta se abriu novamente com aquele barulho irritante.
— Ah, não vai fechar? Ok!
Abri a outra porta, fui até uma caixinha de madeira que guardava algumas coisas e de lá tirei uma pequena chave, conhecida como Chave Colonial, que servia para móveis antigos como o meu guarda roupa. Enfiei o objeto na fechadura e dei duas voltas para garantir, puxei a porta para ver se estava devidamente trancada, deixei a chave na fechadura mesmo e voltei para cama.
— Quero ver essa porra abrir! – Dei um riso de vitória.
— QUE MERDA É ESSA?
Me assustei, arrepiei-me todo quando a chave caiu violentamente na cerâmica desgastada do meu quarto e a porta abriu como se alguém tivesse abrindo a porta do móvel com força. Peguei o smartphone que tinha ganhado recentemente do meu irmão, liguei a lanterna do mesmo e foquei no guarda-roupa antigo que estava a uma certa distância da minha cama, não havendo nada ali. Me lembrei do filme de terror que tinha assistido em que uma mulher horrorosa pulava de cima do guarda-roupas para atacar uma criança.
— Pai nosso que estás no céu...
Levantei discretamente da minha cama com a lanterna do meu aparelho ainda iluminando apenas o roupeiro de madeira. Caminhei lentamente com a mão que segurava o celular de cinco polegadas tremendo de medo, iluminei a chave que estava no chão do lugar, quando a iluminação voltou para a mobília, a porta do mesmo estava fechada e com a chave em seu devido lugar.
— Mas que merda...
Olhei para o chão e nada de chave. Sem entender, abri desesperadamente a porta do móvel com a chave e afastei os cabides com as roupas para ver se encontrava alguma coisa ali dentro, mas encontrei nada.
— Meu Jesus, eu juro que vi. Eu juro! – Disse olhando sem entender para dentro do guarda-roupas.
De repente senti uma respiração pesada e um hálito quente na minha orelha, a partir dali fiquei congelado, meu corpo não obedecia a comando algum, apenas fiquei estático sentindo uma presença colada atrás de mim. Quando me virei para ver o que estava acontecendo, apenas vi uma fisionomia alta de uma pessoa que não conseguia identificar e nada mais, porque a vista escureceu totalmente e acordei com os gritos da minha mãe.
— Acorda Lucas! Olha a hora. Você vai se atrasar!
Acordei assustado, encharcado de suor e pensativo. O que aquele pesadelo significava?
— Já tô indo, mãe! – Reclamei sonolento.
— O que você tem menino?
Minha mãe perguntou estranhando meu comportamento na mesa do café da manhã
— Eu estava tendo um pesadelo quando a senhora gritou – Falei mal humorado.
— Foi mesmo? Tadinho de você – Minha mãe riu com pena — Eu não sabia!
— Pois é! Da próxima vez a senhora tenta não gritar tão alto, vai que eu morra – Exagerei.
— Que drama, menino! E como foi esse pesadelo? – Perguntou.
— Sonhei que tinha alguém dentro de casa. Não sei se era um ladrão ou um espírito – Falei.
— Cruzes! Deus é mais. – Disse se benzendo — Ainda bem que foi apenas um pesadelo.
— Por via das dúvidas, vou trancar bem as portas de casa antes de dormir
Falei a verdade cortando o pão no meio e passando manteiga.
✖ ✖ ✖ ✖
— QUER ME MATAR DO CORAÇÃO?
Disse com uma das minhas mãos no peito depois que Hugo me pegou por trás e levantou meu corpo quando eu estava descendo o morro em direção a parada de ônibus.
— Se assustou bebê? – Hugo zombou.
Me lembrei de Max que sempre me chamava de bebê.
— Bebê é o caral...
— Olha essa boquinha suja, viu? Se não serei obrigado a cala ela.
Como eu gostaria que você me calasse, seu desgraçado — Pensei.
— Claro que me assustei, seu maluco! A rua um pouco deserta e você me faz isso?
— Desculpa Luquinhas! – Caçoou — Briga com eu não – Riu.
— Engraçadinho – Ri falsamente — Vou embora que eu tenho mais o que fazer.
— Vamos! Eu te acompanho até a parada de ônibus para não acontecer nada com você – Disse.
— Nossa! – Debochei — Como você está engraçadinho.
— Para de falar besteira e vamos – Disse puxando minha cintura com um dos seus braços.
— Cadê a sua prima? – Perguntei.
— Quem? Rose? – Perguntou.
— Não, inteligência! Eu! Eu sou o seu primo. Como ele está? – Perguntei zombando.
— Ah, o tal do Lucas? – Entrou na brincadeira — Lindo como sempre, ainda vou pegar aquele gostoso.
Meu coração foi até a garganta e voltou.
— Para com isso! – Ruborizei.
— AAAAAAAAH! – Gargalhou alto — Ficou vermelhinho!
— Para! – Ordenei totalmente sem graça.
— Ficou vermelho, ficou vermelho, ficou vermelho – Zombou.
— Para com isso, Hugo! – O repreendi.
— Lucas, eu vou dizer uma coisa... – Fez uma pausa — Se eu fosse viado, você não me escapava.
— Sai daí! Se eu também fosse gay – Menti — Quem disse que eu iria te querer?
— Ninguém resiste a isso, meu querido! – Disse levantando a camisa até acima do peitoral — E nem isso – Disse dando uma pegada no volume por cima da bermuda, “enchendo” a sua mão.
Disfarcei o meu olhar quando ele percebeu que estava olhando o seu dote.
— Pode perguntar a mulherada que eu peguei aqui – Disse me encarando — Na cama eu sou cruel! – Falou.
Me arrepiei dos pés a cabeça, mas não deixei ele notar.
— Err... – Disfarcei — Rose tá em casa?
— Quando eu saí, ela ainda estava dormindo – Falou andando ao meu lado.
— Coitadinha, deve estar exausta depois de ontem.
Referia-me a final do concurso das quadrilhas juninas, organizada pela Rede Globo, onde Rose, uma das componentes da quadrilha que representava o Morro da Conceição, era a primeira noiva transexual em todo país.
— Exausta e feliz – Hugo sorriu — Campeã do Festival Regional de Quadrilhas Juninas.
— E quando será a nacional? – Perguntei.
— Em Julho, ainda. – Hugo respondeu.
— Se Deus quiser, a Tradição será campeã também.
Tradição era o nome da quadrilha que representava a comunidade.
— Se Deus quiser. – Hugo ergueu as mãos para cima.
— Meu Ônibus! – Gritei ao avistar o ônibus amarelo.
— Vai lá! Bom trabalho. – Disse Hugo dando uma tapa na minha bunda.
— Seu ridículo – Gritei sorrindo — Tchau!
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Narrado pelo autor Vitor Gabriel.
► MAXIMUS ALBUQUERQUE TRADE CENTER
— Gostou mesmo do celular?
Luan perguntou pela milésima vez. O irmão de Lucas tinha dado um smartphone de ultima geração, um dos tops de linha que Lucas tinha amado, de presente de aniversário.
— Amei! – Lucas sorriu vendo o seu irmão sorrir — Ele é idêntico ao celular do Léo, você viu? – Perguntou — Era o que eu precisava mesmo, mas você sabe e eu já disse mais de dez mil vezes, não precisava gastar uma fortuna com esse celular que você comprou.
Apesar do comportamento mudado que Luan vinha demonstrando, o filho mais novo de Dona Josefa ainda estava receoso com o irmão, por causa de tudo que aprontou.
— Isso é o de menos, Lucas! Notei que você andava com um celular capenga daqueles e dei um melhor.
— Obrigado mais uma vez, Luan! – Agradeceu mais uma vez.
— Que calor infernal! – Kelly abriu a porta da pequena sala arrumando seus longos cabelos loiros e entrou.
— E aí, Kelly? Resolveu? – Luan perguntou.
— Eu fui ao prédio administrativo do plano, mas nada resolvido. Vai ser só com o Max mesmo – Falou.
— Como eu imaginava – Disse o filho mais velho de Dona Josefa.
Leonardo adentrou-se na sala fazendo todos olharem para ele.
— E aí, Léo? Falou com Fausto da contabilidade sobre aquela fatura com os valores errados?
— Sim! – Disse sentando na sua mesa — Mas ele disse que daqui a pouco viria falar com você.
— Tudo bem! – Luan concordou voltando para a sua pequena sala.
— E eu vou ao banheiro – Disse Lucas se levantando da mesa.
— Vai deixar o seu celular aí em cima da mesa? – Leonardo perguntou.
— Eita, valeu! – Disse Lucas pegando seu celular e colocando no bolso de sua calça jeans.
— Olha, notei que você tem uma mania de deixar seu celular em cima da mesa enquanto resolve algumas coisas fora da sala. Não confia, tá? – Leonardo avisou.
— Entendi – Lucas concordou.
— Por mais que a gente esteja aqui, não estamos ligados 100% em tudo na nossa volta, qualquer um pode entrar aqui e colocar o seu celular no bolso e ninguém ver. Lembra que tem algumas catitas por aqui que roubaram um Iphone e uma câmera fotográfica aqui no prédio. Então toma muito cuidado com os seus pertences.
Foi ai que uma luz se acendeu na cabeça da Gleyce Kelly, a megera aproveitou o aviso do colega de trabalho para arquitetar um plano contra o seu desafeto, um plano que poderia prejudicar muito o estagiário, mas era um plano que poderia tirar o jovem do seu caminho, então a técnica administrativa teria que pensar como o plano funcionaria para sair perfeito, pois todo cuidado é pouco.
— Ele tem razão, Luquinhas! – Sua falsidade falou mais alto — Todo cuidado é pouco – Disse sorrindo.
— Eu vou tomar mais cuidado – Disse a verdade — Obrigado, gente! – Agradeceu.
Lucas não imaginava o que estava por vir.
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► COLÔNIA PENAL FEMININA DO RECIFE
— Eu ainda não estou acreditando que você tirou algumas horas do seu dia para vir me visitar.
Severina estava surpresa pela visita da amiga no horário de visitas do presídio.
— Claro que eu viria! Só não vim antes, porque eu não estava sabendo. Cadê o Mateus?
— Ele não vai poder vir hoje, tem entrevista de emprego – Severina revelou.
— Entendi! Eu também não ficaria um minuto lá – Falou.
— Ai, Zefinha! – Disse abraçando a mãe de Lucas visivelmente emocionada — Eu acho que eu não mereço a sua amizade – Disse baixando a cabeça.
— Não diga isso, Severina! Você merece sim a minha amizade, assim como eu mereço a sua.
— Ai, Zefinha! Você é tão bondosa – Falou — Acho que tudo isso que estou passando é castigo.
— Não fala isso, Severina! Não abra essa boca para falar besteira, é claro que eu sei que você não matou aquele homem, aliás, quando soube que você foi acusada de matar o Maximus, fiquei totalmente chocada. Isso é um absurdo – Disse Josefa.
— Eu posso não ser uma mulher perfeita, Zefinha, aliás, eu não sou, muito pelo contrário, tenho muita coisa para pagar, mas uma coisa que eu tenho certeza é que eu não sou criminosa, eu não matei o meu patrão.
Disse Severina aos prantos.
— Calma amiga! – Josefa tentou acalma-la.
— Nesse pouco tempo que estou aqui, eu já não aguento mais. Tem uma mulher terrível na mesma cela que estou, ela... ela – Respirou fundo — Eu tenho até vergonha de dizer – Disse fungando.
— O que ela fez, pelo amor de Deus? – Josefa perguntou apreensiva.
— A desgraçada tentou me molestar duas vezes – Chorou copiosamente.
— Ai minha virgem santíssima – Josefa tapou a própria boca com as mãos — E porque você não denunciou? – Perguntou.
— Ela disse que iria me matar se eu falasse alguma coisa. Eu já não sei mais o que fazer, Zefa! – Chorou mais ainda — Eu cheguei pensar em até me...
— SE MATAR?! Você é doida? E o seu filho? E a sua inocência? Você tem que lutar por ela, aliás, eu tenho certeza que o Mateus está lutando, e se você se matar, imagina a tristeza dele?
Severina ficou entristecida.
— Promete para mim que vai lutar? – Josefa fez a amiga prometer.
— Eu...
— Promete? – Interrompeu.
— Prometo – Severina pela primeira vez sorriu, mesmo sorrindo timidamente.
— Então vem cá, me dá um abraço – A viúva de Alfredo abriu os braços.
— Ai amiga – Chorou nos braços da ex-diarista — Eu fui tão injusta com você – Disse chorando.
— Como assim, Seve? – Josefa estranhou.
— Eu... Eu...
— O horário de visitas acabou, por favor, me acompanhe – Uma policial abordou a dona de casa.
— Eu vou indo, amiga! Se cuide, ouviu? E honre o que você me prometeu. Semana que vem que veio por aqui para ver se você está bem – Prometeu — Que Deus te ilumine, minha amiga.
Josefa abraçou a amiga mais uma vez, esta que se corroía de remorso ao ver a amiga ajudando.
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► MAXIMUS ALBUQUERQUE TRADE CENTER:
Eram um pouco mais de três horas da tarde quando Lucas estava quase saindo do prédio, o mesmo tomou um susto quando alguém segurou um dos seus braços com força, era o Max.
— Que susto, Max! – Lucas se irritou.
— Vem comigo! – Ordenou o puxando.
— Max, eu preciso...
— Vem comigo, por favor! – Implorou olhando nos seus olhos.
— Eu preciso ir para faculdade, eu tenho aula.
— Por favor, me deixa propor um momento especial para você, e...
— Eu não vou a lugar algum com você, depois a gente combina direitinho, mas agora eu preciso ir.
— Lucas – Suspirou — Você não tem escolhas, ou você vai comigo, ou te levo apulso na frente das pessoas, você não vai faltar na faculdade, eu te levo depois. Por favor, vem comigo – Implorou.
Lucas suspirou e revirou os olhos.
— Para onde vamos? – Disse Lucas vendo o seu companheiro sorrir.
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Cada vez que Lucas se aproximava do último andar do prédio, ele ficava mais ansioso pelo que estava vindo. Subiam cada vez mais pela escada de emergência, até que chegaram à frente de uma porta de emergência de cor vermelha, onde Max abriu com facilidade.
— Eu... Eu não sabia que aqui existia um heliporto aqui – Falou espantado.
— Você ainda não viu nada! – Max sorriu.
Quando o milionário terminou de falar, Lucas ouviu um barulho estranho se aproximando cada vez mais, até que ele se vira e dar de cara com um enorme helicóptero dando rasante no prédio, deixando o irmão de Luan um pouco assustado, fazendo o mesmo apertar o braço do seu namorado.
—helicóptero?! – Disse Lucas espantado.
A aeronave deu mais um rasante assustando mais o jovem estagiário e finalmente posou no heliporto.
— Desconfiei que você gostasse quando passava um e você ficava procurando para ver – Falou.
— Ele é lindo!
Lucas se referia ao grande helicóptero modelo Grand New todo branco com detalhes azuis.
— Você é muito mais! – Max disse o encarando — Vem, vamos entrar!
— Espera aí... – Lucas respirou fundo — Você não quer que eu...
— Não! – Max zombou — Eu te trouxe aqui só para você olhar eu indo embora – Gargalhou.
— É sério que eu vou andar nesse helicóptero? – Disse Lucas espantado.
— Você não vai andar. Você vai voar! – Max se divertia com a cara do namorado.
Então o jovem empresário puxou Lucas pela mão e se aproximaram da grande aeronave, Max se abaixou um pouco por conta das hélices e Lucas quase foi rastejando para dentro do helicóptero.
— Também não precisa rastejar – Max gritava e gargalhava ainda mais alto.
— E você é um ridículo! – Lucas também falava num tom bem mais alto por conta do barulho.
Assim que Lucas entrou no transporte aéreo que valia em torno de 17 milhões de dólares, notou a sofisticação que tinha dentro do luxuoso helicóptero, quatro poltronas confortáveis individuais separados por um console central equipado com refrigerador e porta objetos, seu revestimento é em couro natural.
— Esse é o meu xodó – Falou — Já quebrou muito galho meu quando o transito daqui estava infernal.
— Imagino – Disse Lucas vendo o companheiro apertar o seu cinto.
— Tá tudo bem? – Max olhou nos seus olhos.
— Err... – Lucas estava nervoso — Tá!
Max gargalhou.
— Só você mesmo, Lucas! Relaxa que você vai gostar.
— O senhor vai pilotar? – O piloto perguntou.
— Você também pilota? – Lucas perguntou espantado.
— Algumas vezes, mas hoje eu só quero curtir com você – Disse em seu ouvido e beijou sua bochecha.
— Max, o piloto...
— Relaxa! – Max o acalmou — Pode pilotar Alessandro!
— Entendido – Disse o Piloto voltando para a sua posição anterior.
Quando o Helicóptero começou a decolar, as mãos do nosso protagonista ficaram mais frias que um iceberg, notando seu medo, Max apertou a sua mão tranquilizando o garoto.
— Curta o passeio – Max piscou o olho esquerdo.
♫ TRILHA: Coldplay - Up&Up
Lindo! Essa é a palavra para descrever o que Lucas estava achando de todo aquele passeio. O jovem morador da comunidade do Morro da Conceição estava cada vez mais maravilhado com a vista que a aeronave estava proporcionando, as pontes, os rios que cortavam o centro da cidade que denominavam Recife como a Veneza Brasileira.
— Não imaginava que Recife era tão linda daqui de cima – Disse Lucas encantado.
— Você vai ficar mais deslumbrado quando sobrevoarmos o mar – Max sorriu.
— Que estranho! – Lucas falou.
— O que é estranho? – Max perguntou curioso.
— Eu jurava que dentro do helicóptero estaria um barulho ensurdecedor – Estranhou.
Max riu mais uma vez e pegou na sua mão.
— Esse helicóptero é equipado com tecnologia a prova de som, reduzindo consideravelmente o ruído causado pelos motores, por isso que não escutamos quase nada – Explicou.
E o passeio continuava, o helicóptero fez uma volta brusca fazendo o marinheiro de primeira viagem segurar mais uma vez no braço do seu companheiro. Agora o helicóptero sobrevoava os grandes arranha-céus que davam a cidade um ar de metrópole, Lucas continuava em êxtase com a visão que estava tendo de cima.
— Meu Deus! Que lindo.
Lucas se referia à imensidão do mar que parecia ser infinito, o verde claro das águas destacavam.
— Eu sabia que você iria gostar – Disse Max alegre.
Após alguns minutos, a aeronave descia com lentidão sob o heliporto do prédio em que Max morava.
✖ ✖ ✖ ✖
— E aí? Gostou? – Max perguntou já dentro do apartamento em que residia.
— Se eu gostei? – Lucas dizia com brilho nos olhos — Foi à experiência mais emocionante que já tive.
— Isso é o de menos que eu posso fazer por você, eu moveria mundo se for possível – Disse sério.
— Assim você me deixa sem graça, Max! – O jovem ficou ruborizado.
— Sabia que você me deixa louco quando fica todo envergonhado assim? – Max mordeu os lábios.
— Acho que não deveria faltar a faculdade hoje – Disse Lucas.
— Você decidiu ficar no meu apartamento por mim – Disse — Vamos deixar as nossas desavenças no passado e me deixa cuidar de você? É só isso que eu quero. Eu quero te amar, Lucas!
Dito isso, Max começou a tirar seu paletó e desabotoar botão por botão, exibindo seu corpo musculoso.
— Max, eu acho melhor...
— Shhhh! – O bonitão calou a boca do mais jovem com um dedo — Só não tira os olhos de mim.
Max se afastou e começou a passar a mão pelo seu corpo, até que lentamente Max arrancou sua calça social, exibindo sua cueca box preta, marcada pelo pênis ereto que estava quase saindo da roupa íntima. O mais velho não perdeu tempo, ele foi até o estagiário e o agarrou no meio da sala do apartamento, os dois começaram a se beijar ali mesmo, Max arrancou a roupa do parceiro e transaram no chão frio da sala até Max esporrar jatos e mais jatos de sêmen sob o corpo de Lucas, deixando os dois exaustos.
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► ALGUNS DIAS DEPOIS...
Lucas estava sentando na sua mesa, preenchendo a planilha com alguns números e nomes referente à empresa, Leonardo fazia alguma coisa no computador e Gleyce Kelly via alguma coisa que não tinha nada a ver com o seu trabalho e sim com o seu cabelo.
— Léo, vem cá rapidinho – Luan o chamou na sua sala.
O auxiliar administrativo revirou os olhos.
— Estou indo – Deu um sorriso falso.
Kelly tinha esquecido de entregar um documento importante e foi na direção da pequena sala de Luan.
— Kelly, vou aqui beber água e já volto!
A técnica administrativa concordou, mas sua visão voltou para o celular do Leonardo que estava dando sopa em cima da mesa em que trabalhava.
— Essa é a minha chance – Kelly sussurrou e riu diabolicamente.
Aproveitando que não tinha ninguém na sala, a megera rapidamente pegou o aparelho de celular que pertencia ao jovem funcionário, foi em direção à bolsa do estagiário que estava em cima da mesa, abriu o zíper e soltou a prova do crime dentro da mochila.
— Quero ver você humilhado, seu viado filha da puta! – Disse com um olhar diabólico.
Kelly deu mais um sorriso e foi levar o documento na sala do irmão de Lucas, deixou o documento e saiu da sala com Leonardo e deu de cara com Roberta que se assustou com os dois, ao mesmo tempo em que Regina também entrava na sala com algumas folhas na mão.
— Se assustou Roberta? – Kelly brincou.
— Não – Negou um pouco sem graça — Eu vim ver se Rita estava por aqui, porque disseram que a viram entrando aqui – Falou.
— Não, só estamos eu, Leonardo, Luan e Lucas que acabou de chegar – Falou vendo o estagiário entrar.
— MEU CELULAR!
Todo mundo se assustou com o grito de Leonardo.
— Não acredito! – Disse procurando em sua mochila, nas gavetas da mesa e nos armários.
Roberta saiu de fininho e Regina não estava entendendo direito o que estava acontecendo.
— Não está no seu bolso? – Lucas perguntou.
— Se estivesse no meu bolso, eu sentia – Exasperou — Não acredito que foi me distanciar por alguns minutos que já roubaram ele. Eu não acredito! Vocês não viram nada?
— Eu estava bebendo água, cheguei agora. – Lucas se defendeu.
— Eu estava dentro da sala de Luan com você, não vi nada quando estava aqui – Kelly falou falsamente.
— O que houve? – Luan apareceu.
— Roubaram o celular do Leonardo! – Kelly disfarçava o seu sorriso.
— Eu quero meu celular! Não é possível, roubado dentro do seu próprio ambiente de trabalho.
— Lucas, é bom você dar uma olhadinha na sua bolsa que eu vou dar uma olhada na minha para ver se não sumiu nada – Kelly deu a corda para Lucas se enforcar — Agora temos um ladrão aqui dentro.
Lucas foi até a sua bolsa para revistar se nada havia sumido e Kelly foi até a sua, porém ficou de olho no seu colega de trabalho que arregalou os olhos quando encontrou algo que não estava na sua bolsa, Kelly percebeu e se aproximou do estagiário.
— Sumiu alguma coisa sua? – Se aproximou de mansinho.
O que ele encontra é um aparelho idêntico ao seu, mas na verdade era o aparelho do seu colega de trabalho. Surpreso com o que ele tinha achado, o estagiário tirou o celular da bolsa na inocência.
— Esse celular não é o do Leonardo? Ou é o seu? – Kelly falou em alto e bom som.
Leonardo se aproximou lentamente.
— Mas... Não é possível! – Lucas ainda não tinha entendido — Esse celular...
— Espera aí – Os olhos de Renato cresceram e na mesma hora tomou agressivamente e começou a mexer.
— Seu... SEU LADRÃO SAFADO! – Leonardo gritou enfezado.
Kelly segurou para não gargalhar, o plano maluco tinha dado certo.
— FOI VOCÊ QUE ROUBOU! – Leonardo apontou o dedo indicador no nariz do estagiário.
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