NO CAPÍTULO ANTERIOR...
Quando atendi a porta o Arthur entrou apressado, cumprimentou o Ricardo e se voltou para mim.
A: Amigo! To violeta! – falou pulando na sala.
Eu: calma bixa avoada, o que aconteceu?
A: o Caio me pediu em casamento!
...
DIEGO:
...
Eu: Meu Deus amigo! Como isso aconteceu?
A: Ai amigo, a gente tinha acabado de fazer sexo, ai ele olhou para mim, me beijou e quando nosso beijo acabou que eu abri os olhos ele estava segurando uma caixinha vermelha, ai eu comecei a chorar e ele fez o pedido – Arthur falava animado enquanto me mostrava o anel.
Eu: amigo estou muito feliz por você – falei lhe dando um abraço e um beijo na bochecha.
R: ta bom, vocês já podem se desgrudar, só quem pode te agarrar assim sou eu Diego – Ricardo falou com cara de bravo, mas estava brincando.
A: aaaaa mas eu cheguei na vida dele primeiro Ricardo – falou Arthur voltando a me abraçar.
R: larga ele idiota – Ricardo me puxou pela mão e o Arthur segurou na outra e os dois ficaram me disputando no meio da sala de casa.
Fiquei me sentindo supervalorizado nesse momento, mas meu amor venceu a disputa quando me puxou com força e eu cai em seus braços...
Eu: desculpe Arthur, você chegou primeiro, mas é ele que eu amo – falei dando um selinho no Ricardo.
A: não se desculpe – falou sorrindo – já tenho meu príncipe - falou olhando maravilhado para a aliança.
...
RICARDO:
...
Ficamos conversando mais um pouco no apartamento do meu namorado, os dois melhores amigos estavam super empolgados com o casamento, o Arthur estava cheio de planos e vendo eles naquela expectativa toda, eu comecei a pensar em pedir Diego em casamento logo depois que o nosso filho nascesse, assim seriamos uma família completa. Depois de quase uma hora conversando até que o Arthur teve que ir e resolvemos acompanha-lo até a saída do prédio.
Quando chegamos na garagem, passamos por uma moça que estava com dificuldades de tirar a cadeirinha do bebê do carro e eu resolvi ajuda-la e os meninos seguiram para a saída do prédio, logo depois que ajudei a moça, fui encontrar meu namorado e seu amigo na calça do prédio, de longe via eles dois conversando enquanto me aproximava da portaria, quando de repente dois caras mal encarados se aproximaram deles dois, um deles falou alguma coisa para meu namorado e logo o acertou um soco no rosto que fez meu namorado cair no chão enquanto isso o Arthur encarava o segundo homem, vi Sr. Flavio (porteiro) pegar o telefone para ligar ara a polícia enquanto eu corri para ajudar os dois.
Cheguei neles logo no momento em que o cara levantou meu namorado pela camisa e o encarou, pude ver que o nariz de Diego sangrava um pouco enquanto ele tentava se soltar...
Eu: Solta ele seu desgraçado!
- Ricardo, fica fora disso se não vai ser pior – falou o cara olhando para mim, só quero saber como ele me conhece?
Nesse momento pude perceber que o Arthur estava conseguindo conter o outro cara que já estava no chão e com a mão na barriga onde o Arthur tinha acertado um chute, pude perceber também que Arthur estava bem prejudicado, no momento de distração de seu agressor, Diego foi rápido e acertou um chute no meio de suas pernas fazendo com que o cara o soltasse e ele caísse sentado no chão e eu avançasse para neutralizar aquele desgraçado.
Quando cheguei perto dele, ele tentou me acertar um soco, mas fui rápido e neutralizei o seu ataque e acertei seu rosto com meu punho utilizando de toda a força que eu consegui reunir, ele cambaleou para traz, fui rápido e o agarrei pela gola da camisa e continuei o socando até não ter mais força para bater, o cara já estava todo mole em minhas mãos e seu rosto todo cheio de sangue, mas eu não conseguia parar de bater, quando pensava que ele estava ali para agredir meu namorado, a pessoa que eu mais amava no mundo, eu não consegui conter minha raiva até que o Diego veio até mim correndo e aos gritos pediu que eu parasse de bater, foi nesse momento que eu retornei a mim e parei e soltei aquele lixo no chão, ao nosso lado o Arthur estava sentado no chão e com a mão no rosto enquanto o outro cara havia fugido correndo.
Me virei para meu namorado e ele me abraçou forte enquanto chorava muito, foi nesse momento que tudo aconteceu muito rápido, do nada ouvi o Arthur gritando meu nome e quando separamos nosso abraço o cara que antes estava quase desmaiado no chão, vinha ao meu encontro com uma faca na mão, rapidamente o Diego se jogou na minha frente e só pude ver quando a faca entrou em sua barriga, tudo no mundo morreu para mim naquele momento, eu só pensava em matar aquele desgraçado e salvar a vida do meu amor, enquanto eu agarrei mais uma vez aquele desgraçado pude ouvir já perto o som das sirenes do carro da polícia se aproximando.
Comecei a bater nele mais uma vez enquanto perguntava ferozmente...
Eu: quem (soco) mandou (soco) vocês (soco) porra!
- Oswaldo! Foi o senhor Oswaldo – ele falou quase sem voz e não aguentando mais apanhar.
Nesse momento sinto duas mãos me puxando e me afastando do criminoso, tentei me soltar mas aliviei quando vi que quem me puxava era um policial enquanto o outro ia de encontro ao cara no chão, quando me soltei corri logo para o meu namorado que estava sendo amparado pelo seu amigo.
Eu: Diego... Diego amor, fala comigo – falei me sentando ao seu lado e o abraçando.
D: Ricardo... Fica aqui.
Diego estava muito branco e tremia muito, tinha muito sangue e assim como eu, o Arthur estava muito assustado para pensar em fazer alguma coisa, rapidamente uma ambulância chegou e a equipe veio ao nosso socorro, imobilizaram meu namorado e o colocaram na ambulância, quando fomos entrar na ambulância o policial disse que teríamos que ficar para prestar depoimento do que tinha acontecido, após uma conversa rápida eles deixaram eu ir com meu namorado enquanto o Arthur se prontificou a ficar e contar tudo o que aconteceu.
Na ambulância eu contei que a mãe dele é médica e falei onde ela estava trabalhando naquele momento, então eles concordaram em levar o Diego para lá, nesse momento eu resolvi ligar para a Doutora Liliana e contar o que aconteceu e também para ela preparar tudo para a chegada de seu filho. Quando ela atendeu, tudo o que eu pude fazer foi dizer que Diego estava ferido e que precisava de atendimento rápido e que ela preparasse tudo, claro que ela ficou muito desesperada e começou a gritar do outro lado da linha mas também foi profissional e enquanto falava comigo pude ouvir ela falando com o pessoal por lá para prepararem a sala de cirurgias...
L: já estão vindo Ricardo – perguntou ela nervosa.
Eu: sim, estou do lado dele aqui – eu estava segurando a mão dele enquanto ele olhava para mim chorando.
L: esta bem, estarei esperando...
Nesse momento Diego começou a tremer com intensidade e o médico logo se lançou a atende-lo...
- Ele está tendo convulsões – falou médico rapidamente.
L: eu ouvi isso Ricardo, o que esta acon...
Com o desespero eu desliguei o celular sem esperar a Doutora terminar de falar e acho que entrei em estado de choque ao ver meu namorado naquele estado, eu não conseguia me mover e muito menos raciocinar, o médico conseguiu estabiliza-lo e ele desmaiou e assim permaneceu por todo o caminho até chegar ao HospitalLILIANA:
...
Estava na frente do Hospital quando avistei uma ambulância de outro hospital chegar com tudo e parar na minha frente, quando abriram as portas a primeira pessoa que eu vi saindo foi o Ricardo, todo cheio de sangue e desorientado, foi nesse momento que eu vi que o negócio era sério de verdade, fiquei desesperada mas mantive a força, quase desmaiei de desespero quando vi o estado do meu filho, mas mesmo assim ainda me mantive forte, por ele.
Entramos correndo no hospital, com muito trabalho deixei o Ricardo na sala de espera e corri com meu filho para a sala de cirurgia, chegando na sala meus colegas médicos me impediram de entrar...
Eu: o que é isso, me deixem salvar a vida do meu filho!
Doutor João Carlos me tirou da sala e me abordou no corredor...
Eu: Eu quero ficar com meu filho João Carlos!
J: Liliana você não pode cuidar dele, é seu filho eu sei, mas é emoção demais para qualquer um na sua situação, você não está apta para cuidar disso.
Eu: mas doutor eu...
J: não Liliana, estaremos lá dentro eu e o Doutor Salvatore, você sabe que assim como você, somos os melhores aqui nesse hospital, vamos cuidar bem do seu filho.
Eu olhei para meu colega de trabalho e o abracei com força, comecei a chorar, foi naquele momento que eu não consegui mais segurar minha força e desmoronei com tudo...
Eu: por favor João, se não posso cuidar dele, pelo menos deixa eu acompanhar o procedimento?
Sabendo que não ia me vencer, João Carlos suspirou e me autorizou a entrar. Quando entramos, o Dr. Salvatore já estava iniciando os primeiros passos para a cirurgia, Diego estava com sangramento interno e ele teriam que retirar aquele sangue o mais rápido possível para o bem do meu filho.
Eu estava acompanhando tudo de perto, desde o início do procedimento, sempre segurando a mão do meu filho, não estava muito preocupada com o Ricardo porque pedi para que o Enfermeiro Alisson desse uma olhada no namorado do meu filho enquanto eu ficava com o mesmo. Eu já estava ficando nervosa com a demora que estava levando para eles realizarem aquele procedimento e estabilizarem meu filho, mas pelo o que eu vi, o estado dele era grave e o tempo tomado estava correto em relação a gravidade da situação...
- Doutor, os sinais do paciente estão caindo rapidamente – falou uma enfermeira ao analisar um aparelho do outro lado.
O desespero começou a tomar conta de mim, José Carlos começou a fazer algumas análises enquanto Salvatore continuava com a cirurgia, comecei a analisar os aparelhos e vi que o negocio era grave de verdade...
Eu: faz alguma coisa José Carlos! – ele estava certo, se eu tivesse entrado naquela sala como doutora do paciente eu poderia fazer alguma besteira, vendo meu filho naquele estado eu me desesperei e não sabia o que fazer a não ser chorar e me segurar para não desmaiar.
Não demorou muito e ouvi uma máquina soar um sinal que em muito eu conhecia bem, o monitor cardíaco do meu filho indicava que seu coração tinha parado de bater, naquele momento eu sentir um medo que nunca tinha sentido antes tomar conta de mim.
Naquele momento o meu filho esta mortoCONTINUA...
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