Olá, meus amigos. Espero que gostem desse capítulo. Muito obrigado pelos comentários e por lerem. Talvez eu suma por uns dias, mas é porque estou enrolado com meu TCC e vou aproveitar as férias pra dar uma adiantada. Se cuidem.
.. beijos ;)
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Acordei e fiquei com os olhos vidrados no teto de gesso. O tom marfim me acalmava. Fiquei me lembrando da noite anterior e tudo que eu sentia era uma paz muito grande. Ele ainda dormia. Suas costas estavam descobertas. Puxei o edredom cobrindo o corpo nu do meu homem e voltei na posição em que estava.
Não sei quanto tempo fiquei ali, acordado, mas foi tempo sificiente pra ter certeza que eu estava completamente apaixonado por ele.
Me levantei devagar e fui ao banheiro. Escovei os dentes e fui até a sala. Abri as janelas e dei uma respirada no ar que vinha de fora. O mar estava calmo e a Ilha nunca me pareceu tão acolhedora. No horizonte vi algumas nuvens carregadas. Chuva, de novo. Liguei a TV em baixo volume e esperei alguma notícia sobre o tempo. Por sorte não haveria tempestade, mas a chuva iria se estender ao longo de toda a semana.
Olhei o relógio e ainda era sete da manhã. Droga. Eu nunca consigo dormir ate a tarde, mesmo nos fins de semana. Fui até a cozinha e peguei o café que meu pai tinha dado ao Mauro e procurei uma caneca no armário pra botar a água ferver. Revirei tudo que era gaveta até encontrar filtro pra poder passar o café. Pronto!
Eu já estava quase dominando a cozinha.
" Açúcar... eu preciso de açúcar."
Encontrei o açúcar na parte inferior do armário dentro de um pote plástico grande com desenhos de vaquinha. Achei uma graça e comecei a rir feito bobo. Passei o café e fui vasculhar a geladeira.
Tinha de tudo. Okay...muita calma...o que eu vou fazer? Salada de fruta! Descasquei banana, maçã, melão, abacaxi, kiwi e laranja. Coloquei tudo em uma travessa de vidro junto com o suco de laranja e botei na geladeira. Tinha pão fatiado, presunto, queijo...e umas torradas. Peguei tudo e arrumei na mesa da cozinha mesmo. Fervi o leite e deixei tudo bonitinho pra quando ele acordar.
" Acordou ou não acordo? Acordo!"
Talvez ele iria reclamar por acordar ele tão cedo, mas já passava das 8:00.
Fui no quarto e me enfiei devagar embaixo do edredom. Ele se mexeu, mas não acordou. Com jeito, fui chegando mais perto e abrecei ele com todo o cuidado. UFA!
Fiquei quieto um pouco, só sentindo o cheiro do corpo dele. Afundei meu nariz em sua nuca e ele acordou.
— será que estou sonhando ou você está aqui? — ele disse ficando de frente pra mim.
— me beija e saberá. — ele verificou se estava com mal hálito e chegando mais perto, mordeu meu queixo.
— hummm...que gostoso...é você mesmo.
— eu queria um beijo, mas está bom...
— hahaha, eu vou escovar os dentes primeiro. Já volto. Caramba, você fez café? Está um cheiro de café...
— fiz. Acordei bem cedo e não consegui dormir.
Do banheiro ele conversava comigo. Não aguentei e fui até lá. Ele estava na pia, escovando os dentre e o abracei por trás, me aconcehando em seu corpo.
— vou ficar aqui. — disse e ele começou a rir.
— pode ficar, meu anjo...dormiu bem?
— uhum...dormi. Acordei não era sete horas. Fiquei olhando pro teto e pra você.
— rsrs, porquê não me acordou?
— pra quê? Aí enjoei em ficar deitado e fui pra cozinha.
— por isso o cheio de café.
Ele escovou os dentes e fomos pra cozinha. Pedi que se sentasse e terminei de colocar a mesa. Me sentei e nos servi café com leite. Se tinha algo nele que me desmontava inteiro, era seu sorriso fácil e sincero. Seu jeito mua quando estamos juntos. O modo como ele fala, mesmo quando estamos trabalhando, é mais suave. Diferente de quando está com o pai ou com os outros advogados do escritório. Comigo ele consegue ser sério sem ser carinhoso. A não ser que alguém mais apareça, mas mesmo assim, sinto um conforto por estar com ele.
Ele me pediu pra passar uma colher e serviu a salada de frutas.
— como sabia que eu adoro salada de frutas?
— eu não sabia. Mas fiz, imaginando que iria gostar. Ficou bom?
— uma delicia. Vem aqui, mais pertinho do seu homem.
— hahaha, vou. — arrastei minha cadeira mais perto dele e me beijou o rosto.
— fica longe de mim não. — ele sorriu e caramba, ele era um bobo tão romântico.
— estou perto...o que vamos fazer hoje?
— quer ir ao shopping?
— quero.
— preciso pegar uns ternos que encomendei.
— tudo bem. E se te verem comigo? — ele me olhou, mas não respondeu.
Fiquei quieto. Nem deveria ter perguntado. Ele pediu licença e se levantou. Veio por detrás da minha cadeira e beijando meu pescoço, surrurrou no meu ouvido:
— eu digo que você é meu namorado.
— não teria coragem...
— depois da noite maravilhosa que tivemos ontem? Eu seria capaz, sim.
— será?
— okay, talvez não hoje, mas um dia eu falo...
— hahaha...
— você da risada, mas sei que não está feliz com a nossa situação.
— não fale isso, nunca mais. Eu estou feliz com você. Você é um homem carinhoso, sincero. Se estou contigo é porque tenho certeza do que sinto por você e está acima de você ser assumido ou não. Eu amo você e disse que estou disposto a esperar.
— e se eu nunca me assumir, hipoteticamente falando.
— eu ainda estarei contigo, porque sei que não me faltará amor. Só não quero que surte e se afaste de mim, porque você não tem a obrigação de se assumir, mas tem o direito de amar e ser amado.
— amo você. Vamos terminar essa delícia se café da manhã e bater perna por aí.
Assim que terminamos de nos vestir, começou a chover na Ilha. Olhei pela janela e o mar começara a se agitar. Vesti um casaco e ele veio na minha direção e me pegando pela cintura, me levou até a porta.
— deixa eu te beija antes de sairmos. — ele disse e suas mãos me puxaram pra si.
Suas mãos seguravam meu rosto com carinho e de um modo sexy. Eu adorava. Ele me olhou, acariciou meus lábios com a ponta dos dedos e voltou a me beijar. Me rendi completamente. Nunca me senti tão querido e desejado.
— melhor irmos. — ele disse rindo.
— rsrs, eu não ligo se me beijar o dia todo.
Mas meu apelo não colou. Ganhei um tapa na bunda e fomos para a garagem.
A chuva estava calma e as ruas quase vazias. Você poderia andar nu nas ruas aos fins de semana que ninguém te notaria. A badalção ficava da porta pra dentro, diferente do Continente onde as ruas parecia um formigueiro de segunda a domingo.
Passamos pela Praça Dom Cabral e havia um grupo de umas trinta pessoas limpando o Coreto.
— estão limpando para a festa de São Clemente. — ele disse quando me viu olhando.
— com esse tempo? Não pára de chover.
— parece estranho, mas nunca chove no dia de São Clemente. É a festa mais tradicional da Ilha. Tem muita comida e dança.
— parece legal. Você vai vim?
— a gente pode vim, se você quiser. — eu sorri e ele segurou minha mão por instantes.
O shopping estava lotado. Como já disse, a badalação era sempre da porta pra dentro.Fomos direto numa loja chique, dessas que você paga só pra olhar. Quando entramos, a dona, toda elegante, veio nos receber com um sorriso calorosa. Três beijinhos em cada e pediu a assistente que nos trouxesse café.
— esse rapaz bonito não é seu filho não, né? — ela perguntou pro Mauro.
— não, não é. Ah, você disse que meus ternos chegaram no início da semana... — ele foi rápido e sem maiores explicações.
— sim, estranhei sua demora. — ela pediu pra assistente pegar os ternos e me levantei.
Fiquei andando pela loja, caminhando entre as araras e encontrei uma camisa linda. Olhei o preço e não era cara. Resolvi separar e gostei de uma calça. Levei as peças pro caixas e perguntei onde ficava o banheiro.
Assim que voltei, o Mauro já tinha pego os ternos e perguntei da roupa que eu tinha separado e ele disse que estava na sacola.
— não pagou por elas, pagou? — perguntei baixinho e ele só sorriu.
Nos despedimos e disse que depois dava o dinheiro pra ele.
— imagina, é um presente.
— não precisava, mas obrigado. Eu queria te dar um beijo, mas...
— hum...continue andando e não me provoque.
— rsrs, eu te provoco? Interessante.
— está provocando de novo...e pare de me olhar assim.
— assim como? — dei uma piscadela e ele apontou para praça de alimentação.
— que disfarçado. Está aí, doido pra me beijar...
— se você fizer isso no escritório, eu mato você. — ele começou a rir e eu com uma puta vontade de abraçar ele.
— desculpa, parei. Vamos sentar ali?
— pode ser.
Eu ainda estava com o café da manhã no estômago. Ele pediu um crepe-suíço e suco de laranja. Tomei o suco e fiquei esperando ele acabar. Meu celular tocou e era meu pai. Ele ligara para avisar que iria passar o domingo no clube. Fiquei feliz por ele, esta se socializando de novo e parecia sentir menos falta de minha mãe.
Seria ótimo se ele se apaixonasse ou se permitisse se divertir com mais frequência. Ele merecia, sempre foi um pai dedicado e passou muito tempo pensando só em mim depois que a minha mãe morreu, já estava mais do que na hora de pensar mais nele.
Fiquei mexendo no celular e ele terminou de comer. Perguntou se eu queria passar em mais algum lugar e disse que preferia voltar pro apartamento, se ele não se importasse.
— quero ficar só nós dois. A semana vai ser puxada. — disse e ele concordou.
— teremos três audiências essa semana. Acho bom você começar a se preparar porque você também vai. E não adianta ficar me provocando, eu sou muito sério no trabalho.
— hahaha, eu sei que você é. E deixa de ser hipócrita. Fica indo na minha sala com desculpa esfarrapada só pra me agarrar.
— hahaha, vou no meu intervalo.
— ah tá, então pode.
Nos levantamos e voltamos pro apartamento. Fizemos um almocinho gostoso e passandos a tarde toda namorando. Eu adorava ver como ele sempre dava um jeito de me fazer sentir a vontade. Por vários momentos, sua timidez aflorou, principalmente quando eu lhe pedia certos carinhos e fazia nele também.
Estávamos deitados no sofá, eu de frente pra ele e com sua mão na minha bunda. Minha cabeça estava apoiada em seu peito as vezes eu brincava com os pelos lhe causando arrepios. Ele ria, mas fechava os olhos e vibrava a cada toque. Seus dedos brincavam no cóz da minha cueca boxer e por fim, fui penetrado devagar por seu dedo travesso.
Resolvi brincar com minha mão esquerda. De leve eu o masturbava. Eu sarrava meu corpo no dele enquanto ele dançava com o dedo no meu rabo. Resolvi ir além.
— Mau?
— diga...
— alguém já te penetrou alguma vez?
— não. — ele me beijou a testa e ficamos em silêncio.
— coloca mais um dedo. — pedi, e ele, com jeito, introduziu mais um dedo em mim.
— ta gostoso agora?
— uhum...
— o quê você sente quando toco sua próstata?
— muito prazer, sou capaz de gozar assim...
— sério?
— sério... isso...assim...ahhh!!!
— goza! goza pra mim...
Eu me ajeitei melhor e pressionando meu cacete em seu corpo, gozei com seu dedo estimulando minha próstata. Relaxei meu corpo sobre o dele e senti ele tocando meu pau.
— nossa, me lambusou todo. — ele disse.
— rsrs, desculpa.
— não, foi excitante...eu adorei te fazer gozar assim.Você acharia esquisito se eu experimentasse sua porra? — eu olhei pra ele e o beijei.
— não. Claro que não.
Eu estiquei meu braço e lambusei meu dedo com a porra que estava no corpo dele. Me apoiei em seu peito e ele sorrindo disse:
— nunca fiz isso.
— nem com a sua?
— só com a minha.
— gostou?
— gostei. E você, já provou a sua?
— sempre que me masturbo...
— gosta?
— gosto...vem aqui!
Ele se inclinou e passei meu dedo em seus lábios o beijando a seguir. Ele fechou os olhos, curtindo o beijo.
— de novo. — ele disse.
Fizemos umas três vezes e ele começou a rir.
— que foi? — perguntei e comecei a bater uma pra ele.
— me beija de novo com isso...
— rsrs, beijo, mas quero com a tua também.
Passei mais um pouco da minha e nos beijamos tempo suficiente pra que ele gozasse na minha mão. Me levantei e espalhei em seu peito. Ainda estava quente. Me ajoelhei entre suas pernas e passei a língua em sua porra e o beijei novamente. Seus boca devorava meus lábios de um forma tão gostosa que eu pedia por mais.
— fica comigo mais essa noite? — ele me pediu entre um beijo e outro.
— fico!
Seus beijos, seus carinhos, o modo como me tratava, me dava ainda mais vontade de querer estar perto dele. Sua entrega em experimentar novas sensações e sabores aguçava ainda mais meu tesão.
Fiquei o domingo com ele, mas na segunda de manhã estava me levantando quando ele acordou.
— ei, vai aonde?
— pra casa. Preciso de roupa.
— rsrs, usa a roupa que eu te dei. — ele estava certo, tinha me esquecido.
— verdade. Vou me arrumar e ir pro escritório.
— não. Você vai comigo.
— não acha melhor eu ir primeiro?
— eu acho melhor você ir comigo.
— e nos verem chegar juntos?
— eu te encontrei no caminho e te dei uma carona. Simples. Não vou te mandar de taxi, como se você fosse algo que eu estivesse usando e estou te despachando. Imagina. Amo você e não é justo contigo. Me espera e já vamos.
— está bem, vou passar um café rapidinho pra gente.
Ele se levantou, me dando um beijo e foi se trocar.
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Continua...