Belo desastre - 26

Um conto erótico de Hello
Categoria: Homossexual
Contém 4176 palavras
Data: 21/07/2016 13:41:10
Última revisão: 21/07/2016 13:44:50
Assuntos: Homossexual, Gay, Romance

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Dei um giro, analisando meu reflexo no espelho com um olhar cético. O Blazer cinza, com a camisa social branca com botões pretos, calça social preta MUITO apertada, o que realçou muito a minha bunda! Ela ficou enorme!

- Uau! O Travis vai mijar nas calças ver você com essa roupa! Bela bunda viu! – disse América dando um tapa na minha bunda.

Revirei os olhos.

- Que romântico.

- Você entendeu o que eu quis dizer. Não experimenta mais nenhuma peça. – disse ela, batendo palmas animadas.

- Você não acha que marcou muito a minha bunda?

América fez que não com a cabeça.

- Leva essas roupas mesmo.

Fui me sentar enquanto ela experimentava um vestido atrás do outro, mais indecisa quando se tratava de escolher roupa para si. Acabou escolhendo um extremamente curto, justo, nude e que deixava um dos ombros a mostra.

Fomos no Honda dela até o apartamento e vimos que o Charger do Shepley não estava lá. Totó estava sozinho. América pegou o celular e discou, sorrindo quando Shepley atendeu.

- Cadê você, baby? – ela assentiu e depois olhou para mim. – Por que ficaria bravo? Que tipo de surpresa? – ela perguntou, desconfiada, e olhando para mim de novo. Depois foi andando até o quarto de Shepley e fechou a porta.

Esfreguei as orelhas pretas e pontudas de Totó enquanto América murmurava algo no quarto. Quando apareceu, tentou disfarçar o sorriso no rosto.

- O que eles estão aprontando agora?

- Eles estão a caminho de casa. Vou deixar o Travis te contar – disse ela, com um sorriso de orelha a orelha.

- Ai, meu Deus... que foi? – perguntei.

- Acabei de falar que não posso contar é surpresa.

Fiquei inquieto, mexendo no cabelo e nas unhas, incapaz de permanecer sentado enquanto esperava que Travis revelasse sua mais recente surpresa. Uma festa de aniversario, um cachorrinho... Eu não conseguia imaginar o que poderia vir agora.

O som alto do motor do Charger anunciou a chegada deles. Os meninos riam enquanto subiam as escadas.

- Eles estão de bom humor – falei. – Bom sinal.

Shepley foi o primeiro a entrar.

- Eu só não quero que você ache que tem algum motivo pra ele ter feito e eu não.

América se levantou para cumprimentar o namorado e jogou os braços em volta dele.

- Você é tão bob, se eu quisesse um namorado tão louco sairia com Travis.

- Isso não tem nada a ver com o que sinto por você – Shepley acrescentou.

Travis entrou pela porta com um curativo quadrado no pulso. Ele sorriu para mim e tombou no sofá, descansando a cabeça no meu colo.

Eu não conseguia desviar os olhos do curativo.

- Tudo bem... o que você fez?

Ele sorriu e me puxou para baixo para beija-lo. Eu conseguia sentir o nervosismo irradiando dele. Por fora ele, mas eu tinha a nítida sensação de que ele não sabia como eu reagiria ao que ele tinha feito.

- Eu fiz umas coisas hoje.

- Tipo o que? – eu quis saber, desconfiado.

Travis deu risada.

- Calma, Flor. Não é nada de ruim.

- O que aconteceu com seu pulso? – perguntei puxando a mão dele para cima.

Um motor a diesel com som de trovoada estacionou lá fora e Travis levantou do sofá num pulo para abrir a porta.

- Já estava na hora, cacete! Já faz cinco minutos que estou em casa! – ele disse com um sorriso.

Um homem entrou de costas no apartamento carregando um sofá cinza coberto de plástico, seguindo de outro homem que o segurava do outro lado. Shepley e Travis arrastaram o sofá velho- comigo e com Totó ainda sentados- e os homens colocaram o novo no lugar. Travis puxou todo o plástico, me erguendo nos braços e me colocando nas almofadas macias.

- Você comprou um sofá novo? – perguntei, com um largo sorriso.

- É, e algumas outras coisas também. Valeu pessoal – ele agradeceu enquanto os caras erguiam o sofá velho e iam embora.

- Lá se vão muitas lembranças – falei, com um sorriso de satisfação.

- Nenhuma que eu queira guardar.

Ele se sentou ao meu lado, me observando por um momento antes de arrancar a fita que segurava a gaze em seu pulso.

- Não entra em pânico.

Minha mente foi a mil com o que poderia estar debaixo daquele curativo. Imaginei queimaduras ou pontos, ou outra coisa igualmente horripilante.

Ele puxou a gaze e fiquei ofegante ao ver a escrita simples e preta tatuada na parte inferior de seu pulso, com a pele em volta ainda vermelha e brilhante por causa do antibiótico que tinha sido espalhado no local. Balancei a cabeça, sem poder acreditar, enquanto lia a palavra.

Beija-Flor

- Gostou? – ele me perguntou.

- Você tatuou meu nome no pulso? – eu disse, mas não soava como a minha voz. Minha mente se espalhava em todas as direções e, ainda assim, consegui falar num tom calmo e sereno.

- Tatuei.

Ele beijou meu rosto enquanto eu olhava fixamente a tinta preta permanente em seu pulso, mal podendo acreditar.

- Eu tentei dissuadir o Travis, Kevin. Mas fazia tempo que ele não fazia nenhuma loucura. Acho que estava tendo uma crise de abstinência – disse Shepley balançando a cabeça.

- O que você acha? – Travis me perguntou.

- Não sei – respondi.

- Você devia ter perguntado a ele primeiro, Trav – comentou América, balançando a cabeça e cobrindo a boca com os dedos.

- Perguntado o que? Se eu podia fazer uma tatuagem? – ele franziu a testa, se virando para mim – Eu te amo. Eu quero que todo mundo saiba que eu sou seu.

Eu me mexi.

- Isso é pra sempre, Travis.

- Nós também somos - ele disse pondo a mão no meu rosto.

- Mostra o resto – disse Shepley.

- O RESTO?! – falei baixando o olhar para o outro pulso dele.

Travis se levantou e puxou a camiseta. Os músculos de seu abdômen malhado se contraíram com o momento. Ele se virou e, na lateral de seu corpo, havia outra tatuagem nova, na extensão das costelas.

- O que é isso? – perguntei apertando os olhos para ver os símbolos nas verticais.

- É em hebraico – disse Travis com um sorriso nervoso.

- O que quer dizer?

- Quer dizer “Pertenço ao meu amado, e meu amado pertence a mim”.

Meus olhos se voltaram rapidamente para os dele.

- Você não ficou feliz com uma tatuagem só? Tinha que fazer duas?

- É algo que eu sempre disse que faria quando encontrasse a mulher ou homem da minha vida. Eu encontrei você... Fui lá e fiz as tatuagens.

O sorriso dele foi se esvaindo quando ele viu minha expressão.

- Você está bravo, não está? – disse ele, baixando a amiseta.

- Não estou bravo. Só estou... É um pouco sufocante.

Shepley apertou América de encontro à lateral do corpo com um dos braços.

- Vai se acostumando, Kevin. O Travis é impulsivo e mergulha de cabeça em tudo. Isso vai ser suficiente até ele conseguir colocar uma aliança no seu dedo.

As sobrancelhas de América se ergueram primeiro para mim, depois para Shepley.

- O que?! Eles acabaram de começar a namorar!

- Eu... acho que preciso de uma bebida – falei, entrando na cozinha. Travis deu uma risadinha, observando enquanto eu remexia no armário.

- Ele estava brincando, Flor.

- Estava, é? – perguntou Shepley.

- Ele não estava falando de nada tão cedo – Travis tentou se safar, então virou para Shepley e grunhiu: - Muito obrigado, babaca.

- Talvez você agora você pare de ficar falando disso – Shepley sorriu.

Despejei uma dose de uísque em um copo e inclinei a cabeça para trás, engolindo o liquido de uma só vez. Fiz uma careta quando o liquido desceu queimando pela garganta.

Travis envolveu gentilmente minha cintura por trás.

- Não estou pedindo você em casamento, Flor. São só tatuagens.

- Eu sei – respondi, fazendo que sim com a cabeça enquanto despejava mais uma dose no copo.

Ele puxou a garrafa da minha mão e girou a tampa, fechando-a e enfiando-a de volta no armário. Como não me virei, ele rodou meu quadril para que ficássemos cara a cara.

- Tudo bem, eu devia ter falado com você primeiro. Mas eu decidi comprar o sofá, e aí uma coisa levou à outra. Fiquei empolgado.

- Isso é muito rápido pra mim, Trav. Você já falou de morar juntos, acabou de se marcar com meu nome, fica dizendo que me ama... isso é tudo muito... rápido.

Travis franziu a testa.

- Você está surtando. Falei pra você não entrar em pânico.

- É difícil não entrar! Você descobriu sobre meu pai e tudo que você sentia por mim tomou outra proporção!

- Quem é o seu pai? – Shepley quis saber, claramente descontente por estar de fora.

Quando ignorei a pergunta, ele soltou um suspiro.

- Quem é o pai dele? – perguntou a América, que balançou a cabeça querendo dizer a ele que deixasse pra lá.

A expressão de Travis estava contorcida de indignação.

- Meus sentimentos por você não tem nada a ver com seu pai.

- Nós vamos a festa de casais amanhã; Supostamente, é uma grande coisa, onde vamos anunciar o nosso relacionamento ou algo de gênero, e agora vpcê em meu nome no seu braço e esse provérbio falando que pertencemos um ao outro é muita coisa tá? Estou surtando!

Travis agarrou meu rosto e plantou um beijo na minha boca. Depois e ergueu do chão e me colocou em cima do balcão. Sua língua implorava para entrar na minha boca, e, quando deixei, ele soltou um gemido.

Seus dedos se afundaram no meu quadril, me puxando para perto.

- Você fica gostoso pra cacete quando está bravo – ele disse de encontro aos meus lábios.

- Tudo bem – falei baixinho. – Estou calma.

Ele sorriu, satisfeito por seu plano de distração ter funcionado.

- Tudo ainda é a mesma coisa, Flor. Ainda somos eu e você.

- Vocês dois são doidos – disse Shepley balançando a cabeça.

América deu um tapa de brincadeira no ombro dele.

- O Kevin também comprou uma coisa para o Trav hoje.

- América! – dei bronca.

- Você achou a roupa? – Travis me perguntou.

- Achei – o envolvi com pernas e braços. – Amanhã vai ser a sua vez de surtar.

- Não vejo a hora de isso acontecer – ele me disse, me puxando para descer do balcão.

Acenei para América enquanto Travis me levava pelo corredor.

Na sexta feira, depois das aulas, América e eu passamos a tarde no centro da cidade nos embelezando. Fizemos as unhas, eu depilei o que tinha de depilar com cera e luzes no cabelos. Quando voltamos ao apartamento, cada canto tinha sido coberto com buquês de rosas Vermelhas, cor-de-rosa, amarelas e brancas – o apartamento parecia uma floricultura.

- Ai, meu Deus! – América soltou um gritinho agudo quando cruzou a porta.

Shepley olhou em volta orgulhoso.

- Nós saímos para comprar flores para vocês, mas nenhum de nós achou um buquê seria suficiente.

Abracei Travis.

- Vocês são... o máximo. Obrigada.

Ele deu um tapa no meu bumbum.

- Faltam trinta minutos para a festa, Flor.

Os Shepley e Travis foram se vestir no quarto de Travis enquanto eu e América ficamos no quarto de Shepley. Quando eu estava amarrando os cadarços do sapato social preto, ouvi alguém bater a porta.

- Hora de ir – disse Shepley.

América saiu do quarto e ele assobiou.

- Cadê ele? – Travis perguntou.

- Ele vai sair em um segundo – América explicou.

- Este suspense está me matando Beija-Flor! – Ele gritou.

Sai Do quarto, o Travis estava parado na minha frente, pálido.

América o cutucou e ele piscou.

- Puta merda!

- Está preparado para surtar? – ela perguntou

- Não estou surtando, ele está incrível – disse Travis.

Eu sorri e, lentamente, dei uma voltinha para mostrar com estava atrás.

- Ah, agora estou surtando – disse ele vindo até mim e me virando.

- Não gostou da roupa? – perguntei.

Travis ficou mudo, olhando para minha roupa.

- Você está lindo Kevin – disse Shepley, como desculpas pelo comportamento do primo.

Travis tinha uma expressão aflita enquanto falava.

- Você está lindo. Está incrível... mas não pode usar isso. Sua calça é... uau, essa bunda está.... sua calça realça sua bunda de mais...

Não consegui evitar sorri.

- É assim mesmo, Travis.

- Vocês gostam de se torturar? – Shepley franziu a testa.

- Você não tem uma calça sócia mais larga não? – Travis me perguntou.

Olhei para baixo.

- Na verdade acho que a parte da frente está boa, e mais a parte de trás mesmo.

- Beija-Flor – ele sussurrou, encolhendo-se com as próximas palavras que ia dizer -, não quero que fique bravo, mas não posso te levar na minha fraternidade assim. Vou arrumar uma briga em cinco minutos.

Fiquei na ponta dos pés e beijei os lábios dele.

- Eu tenho fé em você.

- Essa noite vai ser um saco – ele grunhiu.

- Essa noite vai ser fantástica – disse América ofendida.

- Só pensa em como você vai tirar essa calça depois – comentei com ele, beijando seu pescoço.

- Esse é o problema. Todos os outros caras lá vão ficar pensando a mesma coisa.

- Mas você é o único que vai descobrir – falei animado. Ele não respondeu, recuei para avaliar sua expressão – Você quer mesmo que eu me troque?

Travis analisou meu rosto , minha roupa, minha bunda, depois soltou o ar contido.

- Não importa o que estiver vestindo, você é maravilhoso. Eu preciso me acostumar com isso, certo?

Dei de ombros e ele balançou a cabeça.

- Tudo bem, já estamos atrasados. Vamos.

Eu me aninhei perto de Travis para me aquecer enquanto caminhávamos do carro até a casas da Sigma Tau. O ambiente lá dentro estava enfumaçado e morno. A música tocava alto no porão, e Travis balançava a cabeça no ritmo. Todo mundo pareceu se virar para nós ao mesmo tempo. Eu não sabia se era por que Travis estava numa festa de casais, ou porque ele estava usando calça social, ou por causa da minha calça que estava tipo segunda pele, mas o fato é que todo mundo estava nos encarando.

América se inclinou e sussurrou no me ouvido:

- Estou tão feliz que você esteja aqui Kevin. Parece que acabei de entrar em um filme da Molly Ringwald.

- Fico feliz por ajudar – grunhi.

Travis e Shepley guardaram meu Blazer e o casaco de América e nos conduziram até a cozinha. Shepley pegou quatro cervejas na geladeira e distribuiu entre nós. Ficamos em pé na cozinha, ouvindo os caras da fraternidade discutirem sobre a última luta de Travis. As meninas da fraternidade femininas que estavam com eles eram as mesmas loiras peitudas que tinha seguido Travis até o refeitório na primeira vez em que nos falamos.

Lexie era facilmente reconhecível. Eu não conseguia me esquecer do olhar na cara dele quando Travis a empurrou do colo dele por ela ter insultado a América. Ela me observava com curiosidade, parecendo estudar cada palavra que eu dizia. Eu sabia que ela queria descobrir porque Travis Maddox aparentemente me achava irresistível, e em peguei fazendo um esforço para lhe mostrar o porquê. Mantive as mãos em Travis, fazendo comentários irônicos e inteligentes em momentos precisos da conversa e brinquei com ele em relação as novas tatuagens.

- Cara você tatuou o nome do seu namorado no pulso? Por que você fez isso? – perguntou Brad.

Travis virou a mão orgulhoso para mostrar o meu nome.

- Eu sou louco por ele – ele disse, baixando a cabeça para mim com olhos ternos.

- Você mal conhece esse garoto – disse Lexie com desdém. Ele não tirou os olhos dos meus.

- Conheço sim – Então franziu o cenho. – Achei que as tatoos tinhas te deixdo em pânico. Agora você está se gabando?

Eu me estiquei para cima para beijar seu rosto e dei de ombros.

- Elas estão me conquistando aos poucos.

Shepley e América desceram as escadas e fomos atrás deles, de mãos dadas. Os móveis tinha sido afastados e alinhados ao longo das paredes para criar uma pista de dança improvisada. Tão logo descemos as escadas, uma música lenta começou a tocar.

Travis não hesitou em me levar para o meio da pista, me segurando bem perto dele e puxando minha mão para seu peito.

- Estou feliz por nunca ter vindo em uma festa dessas antes. Acertei em ter trazido somente você.

Sorri e pressionei o rosto em seu peito. Ele manteve a mão quente e macia encostada na parte de baixo das minhas costas.

- Todo mundo está encarando sua bunda nessa calça – ele comentou. Ergui o olhar, esperando ver uma expressão tensa, mas ele estava sorrindo. – Até que é legal... Estar o garoto que todos os caras querem.

Revirei os olhos.

- Eles não me querem. Eles estão curiosos para saber por que você me quer. E, de qualquer forma, tenho dó de qualquer um que ache que tem alguma chance comigo. Estou completamente apaixonado por você.

Uma expressão aflita obscureceu sua face.

- Sabe por que eu te quero? Eu não sabia que estava perdido até que você me encontrou. Não sabia que estava sozinho até a primeira noite em que passei na minha cama sem você. Você é a única coisa certa na minha vida. Você é o que eu sempre esperei Beija-Flor.

Ergui as mãos para pegar o rosto dele, e ele me abraçou, me levantando do chão. Pressionei os lábios contra os dele, e ele me beijou com uma emoção que tinha acabado de transmitirem palavras. Foi naquele momento que me dei conta do motivo pelo qual ele tinha feito a tatuagem, de por que tinha me escolhido e por que eu era diferente. Não era nem apenas ele nem apenas eu – era o que nós dois formávamos juntos.

Uma batida mais forte vibrou nos alto falantes, e Travis me colocou no chão.

- Ainda quer dançar?

América e Shepley apareceram ao nosso lado e ergui uma sobrancelha.

- Se você acha que consegue me acompanhar.

Ele abriu um sorriso presunçoso.

- Veja você mesmo.

Eu movi o quadril de encontro ao dele e passei as mãos em seu peito, abrindo os dois botões de cima da camisa. Travis riu baixinho e balançou a cabeça, e eu me virei de costas, me mexendo encostado nele ao ritmo da música. Ele me agarrou pelo quadril e eu estiquei as mãos ao redor dele, agarrando seu bumbum. Inclinando-se para frente e os dedos dele se agarraram em mim. Quando me levantei ele tocou minha orelha com os lábios.

- Se continuar desse jeito, vamos ter que sair mais cedo.

Eu me virei e sorri, jogando os braços em volta do seu pescoço, e ele pressionou o corpo contra o meu. Tirei a camisa dele para fora da calça, passando as mãos por suas costas e pressionando os dedos nos músculos robustos. Depois sorri com o ruído que ele fez quando saboreei seu pescoço.

- Nossa Beija-Flor, você está me matando – ele gemeu, agarrando minha bunda e pressionando nossas intimidades.

- Acho que sabemos qual é o apelo – disse Lexie em tom de zombaria atrás de nós.

América se virou e saiu pisando duro na direção dela, pronta para o ataque.

- Repete isso! – minha amiga disse. – Quero ver se você se atreve, vadia!

Lexie se escondeu atrás do namorado, chocada com a ameaça de América.

- É melhor colocar uma focinheira na sua namorada, Brad – avisou Travis.

Duas músicas depois, meus cabelos estavam pesados e úmidos de suor. Travis beijou a pele abaixo da minha orelha.

- Vamos, Flor. Preciso fumar.

Ele subiu pela escada e pegou meu blazer antes de me levar para o segundo andar. Saímos na varanda e nos deparamos com Parker e um garoto, que estava com uma perna enganchada no quadril de Parker, encostado na parede de tijolos. Quando ele percebeu nossa entrada, tirou a mão (de dentro) da parte de trás das calças do garoto.

- Kevin – ele disse, surpreso e sem fôlego.

- Oi, Parker – falei, abafando uma risada.

- Como, hum... Como você está?

Sorri com educação.

- Ótimos e você?

- hum – ele olhou para seu acompanhante. – Kevin, esse é Max. Max... Kevin.

- Aquele Kevin? – ele perguntou.

Parker assentiu rápido e desconfortavelmente. Max me deu um aperto de mão com um olhar de desprezo e então olhou para Travis como se tivesse acabado de ganhar um inimigo.

- Prazer em te conhecer... eu acho.

- Max – Parker falou em tom de aviso.

Travis riu e abriu a porta para que eles passassem. Parker agarrou Max pela mão e entrou.

- Isso foi... estranho – falei, balançando a cabeça enquanto cruzava os braços, me apoiandoo na balaustra. Estava frio, e só havia um punhado de casais ali do lado de fora.

Travis estava todo sorridente. Nem Parker seria capaz de estragar seu bom humor.

- Pelo menos ele desencanou e não está mais enchendo o saco para voltar com você.

- Eu não acho que ele estava tentando voltar comigo, e sim me manter longe de você.

Travis torceu o nariz.

- Ele levou UMA garota pra casa UMA vez pra mim. Agora age como se toda vez aparecesse em casa pra salvar cada garota que eu já comi.

Desferi um olhar seco para ele.

- Já te falei que odeio essa palavra?

- Desculpa – ele disse me puxando para seu lado.

Ele acendeu um cigarro e inspirou fundo. A fumaça que ele soprou era mais espessa do que de costume, misturada com o ar gelado do inverno. Ele virou a mão e olhou demoradamente para o próprio pulso.

- Não é estranho que essa tatuagem não seja apenas minha preferida, mas que eu gosto de saber que está aqui?

- Bem estranho. – Travis ergueu uma sobrancelha e eu ri. – Estou brincando. Não posso dizer que eu entendo, mas é meigo... de um jeito meio Travis Maddox.

- Se é tão bom ter isso no braço, não posso nem imaginar como vai ser colocar uma aliança no seu dedo.

- Travis...

- Daqui a quatro, talvez cinco anos – ele acrescentou.

Respirei fundo.

- Precisamos ir devagar. Bem, bem devagar.

- Não começa, Flor.

- Se a gente continuar nesse ritmo, teremos uma criança antes de me formar. Não estou pronto para me mudar para sua casa, não estou preparado para usar aliança, e certamente não estou pronto para ter um relacionamento definitivo com alguém.

Travis me agarrou pelos ombros e me virou frente para ele.

- Esse não é o discurso “quero conhecer outras pessoas”, é? Porque se for isso não vou dividi você. Nem ferrando.

- Eu não quero mais ninguém – falei, exasperado.

- Ele relaxou e soltou meus ombros, segurando na balaustra.

- O que você está dizendo então? – perguntou, encarando o horizonte.

- Estou dizendo que nos precisamos ir mais devagar. Só isso.

Ele assentiu, claramente desapontado. Encostei no braço dele.

- Não fique bravo.

- Parece que damos um passo pra frente e dois pra trás, Flor. Toda vez que acho que estamos falando a mesma língua, você ergue um muro entre a gente. Eu não entendo... A maior parte das pessoas pressiona o namorado para que o relacionamento fique serio, para que falem sobre sentimentos, para que sigam para próxima fase...

- Achei que já tínhamos concordado que eu não sou como a maioria das pessoas...

Ele deixou a cabeça pender, frustrado.

- Estou cansado de tentar adivinhar. Pra onde você acha que isso vai, Kevin?

Pressionei os lábios na camisa dele.

- Quando penso no meu futuro, vejo você nele.

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CONTINUA...

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Desculpa a demora, mas to meio enrolada aqui, prometo não abandonar não viu...

GABRIEL26: Não tem de quê.... Não tem do que se desculpar não querido <3 é eu gosto muito da história mesmo é um dos melhores livros que eu já li.... Eu estava pensando em escrever, uma história de minha autoria. Acho que ainda vai demorar pra mim escrever mas um dia sai kkk

HENRINOVEMBRO: O Kevin nunca perde no pôquer, só se for de propósito kkkk abraços <3 fofo.

PRIREIS: <3 Beijos...

GORDIN.LEITOR: KKKKK foi com esse livro que eu também descobri que tenho uma quedinha (mentira é quedona mesmo KKK) por bad boys, se eu tivesse um Travis na minha vida não precisaria de mais nada KKKK Bom, sobre o Kevin ter raiva de Mick, ele tem razão por sentir isso.... você não estava errado, esse Mick é uma desgraça ambulante,aff... Desculpa a demora, to meia enrolada aqui, que nem fazer o que eu mais gosto eu consigo (que é ler). Eu vi que vc postou os capítulos do seu, quando eu tiver tempo eu vou ler, tô quase ficando doida aqui... Beijos querido, que bom que continua gostando tanto assim...

BIBIZINHA2: Que bom que está gostando :D

MARC01CL: Esse é o casal mais “inabalável” que eu já vi em um livro, e eu acho incrível isso principalmente a forma como um compreende o outro, mas vamos ver né, é tanto amor que é muito difícil de haver uma separação entre elestbm amei o tapa que o Kevin deu no Parker kkk Acho que ele merecia mais kkk) Acho que Parker é inofensivo agora, e não vai fazer nenhum mal a eles. E eu nunca fui fã do Mick, ele vai aprontar já já e acho que vc vai odia-lo, eu mesma já odeio... Esses dois são fofos mesmo, o Kevin só não admite pra si mesmo que eles sempre estaram juntos kkk, É o Kevin conviveu com mafiosos desde pequeno, ele vivia em Las Vegas né kkk talvez seja por isso que ele tenha essa dificuldade toda de assumir os sentimentos... Beijos e desculpa a demora, mas estava meio enrolada aqui...

ROBINHUU19-87: Eles idolatram o Kevin kkkk

BINHO39: Prometo não desaparecer, posso demorar um pouco mas apareço...

CIC¡¡¡: Que bom que gosta tanto, vou fazer o possível para não demorar com o próximo... Beijinhos...

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Comentários

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Minha flor, não tem como não gostar dessa história, ela é perfeita. Super gostosa de ler com diálogos maravilhosos, mas agora eu me assustei um pouco: Tatuagem?! Hahaha, ele não deixa de ser um fofo! Fiquei apreensivo com o pai do Kevin... Esperando ansiosamente pela próxima parte.

P.S.: Fique tranquila quanto a demora, vale a pena esperar por suas atualizações! Beijão! ♥♥

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Beijo minha linda, não se preocupe com a demora o importante é que você voltou com mias um capítulo brilhante. Parker é passado e essa atitude de Max, não entendi. Como se Kevin tivesse feito algo contra Parker e ele pelo jeito fez a caveira de Kevin. Também gostei quando Travis abriu a paorta pra eles saírem, tipo "vazem" kkkkk. Olha só, fiquei imaginando o Kevin na festa vestido desse jeito e sinceramente se Travis não estivesse pegando eu pegava, a si pegava kkkkk.

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Amei! Por favor posta mais seguido amore! Beijinho

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Interessante, gostei de ver a reação do Kevin quando viu o Parker, no fim ele não era apaixonado pelo Kevin ele só não queria vê-lo com Travis, muito bom o capítulo.

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