Apenas Um Ano - III

Um conto erótico de Omar Junqueira
Categoria: Homossexual
Contém 1455 palavras
Data: 22/07/2016 21:59:03
Última revisão: 23/09/2016 00:11:15

- O quê? - seu olhar era de surpresa, ele ficou calado por alguns segundos - Você disse " E agora você", o que tem eu Omar? - perguntou.

- É que eu acho que eu estou gostando de você - merda! Não acredito que admiti, isso não pode estar acontecendo.

Ele ficou calado por um bom tempo, eu já estava ficando louco pra saber o que ele ia dizer depois de alguns segundos que pareceram séculos eu resolvo sair dali, andei o mais rápido que pude e dessa vez ele não conseguiu me deter, cheguei em meu quarto e tranquei a porta, fiquei andando de um lado para o outro imaginando o que iria acontecer, eu estava me odiando por ter demonstrado tamanha fraqueza diante dele. Me deitei na cama e logo em seguida adormeci, acordei uma hora depois com batidas em minha porta, prontamente me levantei e fui ver quem era. Era ele, Felipe, eu gelei, fiquei estático diante dele, ele parecia calmo.

- Posso entrar? - perguntou tirando-me de meus pensamentos.

- Você sabe que horas são? - perguntei demonstrando que eu não queria conversar.

- Eu sei, mas não ia conseguir dormir antes de vir falar com você - balbuciou.

- Pode falar - falei dando um passo pra trás para que ele entrasse.

Ele sentou-se na cama e eu fiquei em pé na sua frente ele me olhava nos olhos, isso estava me deixando desconfortável.

- É que eu pensei no que você disse e... - ele fez uma grande pausa como se procurasse as palavras certas - Quer saber? Foda-se - falou demonstrando impaciência e ao mesmo tempo levantou-se e me beijou me pegando desprevenido.

Eu não correspondi no começo mais aos poucos eu fui sedendo aquele beijo, era incrível, sua boca era macia e quente, nossas línguas exploravam a boca um do outro com cautela, as mesmo tempo que ele me beijava me apertava contra seu corpo, seus braços fortes me impediam de recuar me mantendo naquele abraço masculo que só ele sabia dar. Ele mordia meu lábio inferior me fazendo arrepiar, sua boca carnuda não desgrudava da minha era como se estivessem coladas, fomos nos separando aos poucos à medida que o nosso fôlego ficava escasso, ficamos por alguns segundos olhando um para o outro ofegantes e extasiados.

- O que foi isso? - perguntei

- Foi a minha resposta - falou saindo pela porta, me deixando ali, sozinho e sem saber o que fazer. Novamente deite-me na cama e voltei a dormir, sentindo o cheiro de seu perfume que havia ficado impregnado em minhas roupas.

...

Acordei no dia seguinte com Luís me chamando.

- Omar está na hora de acordar - falou quase gritando e abrindo a pequena janela que estava fechada.

- Que horas são? - perguntei com os olhos serrados por causa da claridade que invadia o quanto.

- São 06h00 - falou olhando no seu relógio de pulso.

- E porque você veio me acordar a essa hora da madrugada? - falei deitando-me novamente na cama e me cobrindo dos pés a cabeça.

- Deixa de frescura e levanta logo - falou retirando bruscamente o cobertor de cima de mim - Faço sua higiene e tome o seu café, estarei te esperando no estábulo para te mostrar os seus afazeres - falou saindo do quarto.

- Que saco - saí da cama a contra gosto - Esse Luís é um pé no saco - falei tirando minhas roupas - Meu pai vai pagar caro por tudo isso - falei enrolando a toalha na cintura e em seguida me dirigi ao banheiro.

Cheguei em frente a porta do banheiro mas a mesma estava trancada certamente alguém estava usando, depois de alguns minutos escuto a porta se abrindo e sem nem ver quem estava lá vou logo reclamando.

- Já era tempo - falei me levantado, estava sentado em um murinho que fica do lado do banheiro.

- Desculpa, não sabia que era você, se não tinha me apressado - Falou Felipe ao sair do banheiro.

Estava irresistível, vestia apenas com uma calça jeans que pendia em seus quadris e sandálias de plástico, sua barriga, braços e peitoral estavam desnudos revelado seus lindos músculos, seu peitoral era definido e seu abdômen trincado, o sequei por alguns instantes até perceber que ele sorria ao me ver hipnotizado diante dele. Filho da puta, estava adorando tudo isso, revirei os olhos e entrei no banheiro, meu coração estava quase saindo pela minha boca, o que esse garoto está fazendo comigo?

Fiz minha higiene matinal depois fui tomar meu café, que sem nenhuma surpresa era super simples, apenas café, leite e pão francês, com alguns ovos mexidos e farinha de mandioca, aquilo não iria fazer nada bem ao meu físico, certamente se continuasse a comer isso todos os dias meus anos de academia iriam por água abaixo, então resolvi ignorar o pão e a farinha e tomei apenas o café com ovos mexidos que não era uma combinação muito boa. Depois do café segui para a sala de Luís, que me esperava pra me mostrar o que eu iria fazer.

- Estou aqui - falei exasperado assim que entrei em sua sala.

- Muito bem - falou levantando-se de sua cadeira, eu era quem devia estar sentado ali, que ódio! - Vamos, vou te mostrar o que você vai fazer hoje.

Eu o segui até o estábulo, onde ele iria me mostrar quem iria me instruir no trabalho, já que eu era novo nisso e não tinha a mínima experiência.

- Omar esse é o Felipe, ele vai te ajudar neste primeiro dia, vai te ensinar o que fazer e o que deve fazer - falou.

- Nós já nos conhecemos - Falei revirando os olhos - Tem que ser com ele? - perguntei cruzando os braços.

- Sim e Felipe, nada de pegar mole com ele - Luís falou e depois saiu com ar de vitorioso.

- Tá, o que eu tenho que fazer - perguntei impaciente à Felipe.

- Primeiro... - Parou um pouco e pensou - Juntar o côco dos cavalos nos estábulos - Só pode estar de brincadeira! Esbravejei.

- Más nem morto - gritei.

- Você quem sabe - mas eu vou ter que chamar o Luís e ele vai reclamar com o seu pai.

Respirei fundo e falei.

- Tudo bem - falei levantando as mãos em forma de rendição. - Como eu faço isso?

- Primeiro você pega a pá, junta e coloca no carrinho de mão, depois você leva tudo e joga perto do outro monte de côco para ser feito o esterco.

Prontamente obedeci, era aquilo ou ter que me entender com meu pai! Quando o carrinho já estava cheio levei-o para juntar ao outro monte de côco que fedia bastante, era quase insuportável. Quando ia despejar o conteúdo do carrinho, me desequilíbrei e cai de cara no monte de côco de cavalo. Eu xinguei a mãe de todo mundo, amaldiçoei a tudo e a todos, estava muito bravo, aquilo era humilhação demais pra mim. Me levantei e tirei o excesso de côco do meu rosto, de longe pude ver que Felipe ria junto de outros empregados da fazenda, meus olhos se encheram de lágrimas rapidamente e sem pensar mais em nada saí dali correndo, todo sujo e fedendo, não consegui suportar o cheiro forte, não ter me alimentado bem também contribuiu para que eu desmaiasse antes mesmo de chegar em meu quarto.

...

Acordei não sei quanto tempo depois com Felipe ao meu lado, ele parecia preocupado, eu me sentia humilhado e magoado pelo fato da única pessoa que eu gosto nessa maldita fazenda ter zombado de mim.

- Estava preocupado com você - Felipe falou ao ver que eu já havia acordado.

- Preocupado? Você zombou de mim, me fez sentir mais humilhado do que eu já estava! - falei quase chorando.

- Desculpa, eu não tive a intenção de te magoar - falou olhando em meus olhos.

- Más magoou, poxa, você é a única pessoa que eu gosto aqui e não esperava isso de você - indaguei.

- Sério que eu sou a única pessoa que você gosta aqui? - perguntou Felipe lisonjeado.

- Sim - falei e corei logo em seguida.

Ainda não tinha percebido que estava limpo e apenas de cueca deitado na cama.

- Você me limpou? - perguntei curioso.

- Sim - falou com vergonha.

- E você me viu pelado? Você fez alguma coisa comigo enquanto eu estava desacordado? - perguntei, eu meio que queria que ele dissesse que sim.

- Sim te vi pelado, e não, eu te respeito e não teria coragem de abusar de você - falou com firmeza.

- Menos mal - me senti desapontado.

- Más não quer dizer que eu não vou fazer agora - falou ao desabotoar os botões de sua camisa quadriculada - Agora que você está acordado pode ser todinho meu - falou jogando sua camisa no chão.

Nesse momento eu gelei, minha boa ficou seca e meu coração estava quase saindo pela boca.

Continuo???

Iai galera, estão gostando do conto? Comentem aqui pra mim saber rsrs. Parte IV em breve.

Martines - Terão alguns FLASHBACKS durante o conto e um deles será da traição. Obg por ler.

Email - luckinhass114@gmail.com

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Lucas Junqueira a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

MEU DEUS!!! COMO VC TEVE A CORAGEM DE PARAR LOGO NESSA PARTE!!! Mas o contos ta otimo, quero ver o omar levando rola na cara.kkkkkkkkk

0 0
Foto de perfil de Doce Anjo Do Amor

Ótimo conto, Continuar logo ^-^! E continuar tbm com o conto ''A Obsessão SxCx''

0 0
Foto de perfil genérica

Ótima história pode continuar esse Felipe vai sossegar ele é com pica rsrs

0 0
Foto de perfil genérica

Adorei! Acho que Felipe vai aprontar alguma coisa, ele tá indo mto rápido!

0 0
Foto de perfil genérica

Acho também que o outro Felipe, o traíra, vai aparecer por aí...

0 0
Foto de perfil genérica

Só acho que o Felipe merecia um gelo, e pra quem era tão ruim o guri anda bem chorão hein!

0 0
Foto de perfil genérica

continua. quero saber como vai ser a historia deste riquinho esquentado. rsr. parabens.

0 0