Boa Noite, desde já informo que esses contos que vou postar não são somente de sexo. Caso não curta, não recomendo a leitura. Se curte seja bem-vindo. E vamos ao que interessa...
Alguns dias se passaram depois do encontro no portão da casa do marinheiro. Acalmei um pouco essas vontades sexuais que me atordoavam. Estava em minha rotina diária. Sentia-me até mais seguro. Aquele homem me deixava vulnerável, eu odeio ficar desse jeito.
Na loja o cara ganhou o apelido de “MG” (marinheiro gostoso), como as meninas insistiam em chamá-lo. Achei muita falta de criatividade, mas o apelido pegou. Toda vez que ele passava na praça, indo ou voltando do trabalho, alguém na loja sempre anunciava. Até os meninos começaram chamá-lo assim. Para eles as siglas tinham outro significado “Marinheiro Gay”.
- Será que ele é solteiro? – perguntou Iasmin, enquanto ele passava na praça.
Iasmin era uma loira linda, alta, olhos verdes. Um hétero não hesitaria a seus encantos. Meio burrinha, mas o restante compensava. Quando disse isso sentir uma pontada de raiva, misturada com fracasso.
- Claro que não, nunca vi homem bonito ser solteiro – Clara falou com um riso contido – Mas se for, só pode ser gay!
- Que preconceito – Me intrometi indignado – Isso significa...
- Você é diferente Artur! É nerd! – Clara falou e deu uma de suas típicas risadas histéricas.
- Muito engraçado. Pelo menos não vou ficar minha vida toda trabalhando em uma loja de sapatos. – Fiquei puto.
- Calma, só estava brincando.
- Vocês dois... Olha “MG” parou na sorveteria! – Iasmin disse apontando. – Vou comprar sorvete.
- Acho melhor não – Alertou Pedro – Olha a morena que está com o cara.
“MG” em seguida com dois sorvetes de casquinha na mão entregou a morena e a beijou. Um beijo de causar inveja. A garota parecia uma boneca de porcelana. Devia ter uns 19 anos. Fiquei feliz por ele está com ela, Iasmin não teria chances e também infelizmente o cara devia ser hétero. Deveria ter sacado desde o início, normalmente sentia atração apenas por hétero. Nunca gostei desses caras afeminados. Não necessariamente significa que todo gay é afeminado, eu não curto. Sem preconceitos.
- Vou comprar sorvete mesmo assim.
Iasmin foi saindo. Ficamos todos os quatro da loja observando. A loira era fatal. Rebolava durante a caminhada retirando algumas buzinadas e assovios de homens passando na rua.
Para o despeito de Iasmin quando passou ao lado do “MG”, ele nem olhou para ela de rabo-de-olho simplesmente a ignorou. Momo estava, ficou. Iasmin voltou em passadas rápidas e bufando de raiva. Sinceramente adorei. Na minha mente insana cheguei a duas conclusões: Ou era muito apaixonado pela morena ou não era tão hétero assim. Fiquei com a segunda hipótese.
O movimento da loja sempre aumentava no final da tarde. Como isso aconteceu nem pude ver “MG” saindo da sorveteira, não ouvi nem o ronco da moto.
Finalmente fechamos a loja. Apesar de ser metade do mês a loja havia dado muito movimento, sai moído e com dor de cabeça. Fui a farmácia comprar um remédio que fizesse minha cabeça parar de latejar, caso contrário não teria condições de ir ao curso.
Me arrependi de ir a farmácia. Quem encontro? “MG” com sua suposta namorada, deveria ser pela forma como se agarravam em público. Tentei agir com indiferença. Pedi ao farmacêutico o remédio, demorou tempo o suficiente para que “MG” chegasse ao meu lado e fizesse o pedido.
- Você tem lubrificante?
- Só um minuto senhor. – O outro farmacêutico foi pegar.
A morena que estava com ele deu um risinho sexual. Merda. Que raiva me dava aquela cena. Mas aquela voz continuava a me arrepiar. Finalmente meu remédio chegou, peguei e sai. Cheguei no caixa e percebi que esqueci a ficha para pagar, quando me virei colidi com os peitoral mais forte que já senti na minha vida. Bom, fui arremessado no chão. Demorou um tempinho para eu entender a situação.
- Você está bem? – “MG” perguntou preocupado
Senti mãos fortes me levantando. Fui ao céu, ele ficou tão próximo de mim que senti seu peito colado no meu.
- Desculpe meu namorado – Disse a morena sorridente
Nossa, não sei o que me deu depois ela falou.
- Porra, você não me viu não? Me solta! – Esbravejei, me soltei de seus braços fortes.
- Desculpa! Calma cara, eu só vim entregar a ficha que o cara ali pediu. Você virou rápido então caiu.
Lindo vê-lo se explicando. Fiquei muito envergonhado com a situação. Apenas peguei a ficha, paguei e sai. Todos me olhavam.
Cheguei em casa, tomei um banho demorado. Embaixo do chuveiro pensava na estupidez que havia feito. Tinha de evitar os encontros com “MG”. Ele me tirava toda minha pouca lucidez. Surtava quando estava ao seu lado. Acabei o banho. Comi alguma coisa e fui deitar. Alegando estar ainda com enxaqueca. Na verdade já estava melhor, porém queria dormir. Evitaria pelo menos por um dia passar em frente a casa dele. Dormir cedo. Achei que minha noite seria tranquila. Me enganei. Tive um sonho mega erótico com ele. Acordei melado no dia seguinte. O sonho conto no próximo conto.
CONTINUA...
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