Eu deveria ter me sentido estranho, mas já que Cristo não sentia, mesmo comendo com cinco homens o vigiando, eu parei de pensar sobre isso. Dois dos homens, Paz e Adan, eu já conhecia, e ainda não tendo sido apresentado ao outros, acenei em saudação. Normalmente eles não se dirigiam a ninguém, Cristo me disse, mas já que eu tinha salvado seu irmão mais novo, aparentemente, eu estava em uma liga diferente de todos os outros.
Fiel à sua palavra, o restaurante – Corazon – era pequeno e intimista, e a proprietária veio à nossa mesa para perguntar o que ele gostaria. Descobri que Cristo havia dado a ela o empréstimo para iniciar seu negócio, e ainda mais do que isso, eles eram amigos.
“Conte-me tudo sobre você,” ele me disse, bebendo sua cerveja da garrafa, inclinando o rosto em seu punho, seus olhos gentis comigo.
“O que você quer saber?”
“Diga-me como você e o policial se conheceram.”
Então eu disse a ele sobre como a simples missão de pegar o cachorro da minha amiga se tornou o momento crucial da minha vida. Eu contei a ele sobre como eu tinha sido sequestrado e levado um tiro, e como Sam tinha ido embora há três anos e como ele tinha voltado. Eu contei fazendo vozes e rindo, porque era engraçado em retrospecto.
“O que foi?” Eu perguntei quando percebi como seus olhos estavam arregalados.
“Jesus Cristo, Anjo,” ele disse, sem rodeios, olhando para mim.
“Não é grande coisa.”
“É sim.”
E meio que era, mas já haviam se passado três anos, e a distância tornava tudo mais como um filme do que qualquer outra coisa. Mas o jeito como ele estava olhando para mim, estudando meu rosto, sua expressão terna, a preocupação em seus olhos, era muito bom.
“Ei, eu conheço este lugar que vende tortas ótimas depois,” sugeri.
“Absolutamente.”
Comi como um porco, o que encantou a proprietária completamente, e agradeci pelo jantar, abraçando-a e dizendo que o Poc-Chuc e Picadillo eram dois dos meus pratos favoritos e que seu arroz e o Mollette estavam deliciosos.
“Você sabia o que estava comendo?” Cristo sorriu para mim quando ela se foi.
“Claro,” eu disse, olhando para ele. “Eu cozinho também, sabe.”
Ele acenou com a cabeça. “Sério? Você cozinha?“
“Sim, eu cozinho.”
Grunhido rápido dele. “Então você...”
“Cris.”
Nós dois olhamos para Paz, e seus olhos estavam virados para frente, fixos em outra coisa. Seguindo seu olhar, vi Sam e o Agente Calhoun, novamente em suas roupas de traficantes, atravessando o salão com dois outros homens. Eu parei de respirar. Paz e Adan se moveram para mais perto, protegendo Cristo e eu, parados a poucos metros de nós.
“Podemos acompanhá-lo no jantar, Sr. Liron?” Um dos homens que eu não conhecia perguntou.
“Na verdade, nós já terminamos,” disse Cristo, inclinando-se para trás, apoiando seu braço sobre as costas da minha cadeira. “Mas, por favor, junte-se a nós para uma bebida antes de sairmos para comer sobremesa.”
“Excelente.” Ele sorriu forçadamente, virando para olhar para os outros e gesticulando para os lugares vazios na mesa.
Já que eu estava me sentindo como se fosse desabar, me concentrei no ar entrando e saindo dos meus pulmões. Sam se moveu em torno da mesa rapidamente, tomando um assento ao meu lado, de modo que, quando se sentou, esbarrou o joelho no meu sob a mesa.
“Eu não conheço o seu amigo,” o homem que pediu para se juntar a nós, disse, sorrindo para mim.
“Este é Jory Harcourt. Jory, este é Adrian Miller, de... “
“Harcourt.” Ele olhou para mim.
“Sim.” Eu suspirei. “Parente de Dane, que não vai projetar uma casa para você, senhor.”
“Por que ele não quer projetar uma casa para ele?” O homem ao lado dele me perguntou.
“Suas razões são apenas dele.”
“Qual é o seu palpite?” Ele me perguntou, os olhos apertados.
“Tenho certeza que não tenho ideia.”
Ele apontou para mim. “Eu não gosto do seu tom, Sr. Harcourt.”
Eu dei de ombros. “Não posso fazer nada.”
“Eu acho que talvez seja melhor você mudar isso antes que eu mudar isso para você.”
Eu zombei, sorrindo para ele. Pessoas melhores do que ele haviam tentado, e quer ele soubesse ou não, o homem que me amava estava sentado à minha esquerda com o joelho contra o meu. Quando Sam estava perto de mim, eu era à prova de balas.
“Você precisa colocar uma mordaça em sua cadela,” o cara disse a Cristo.
“E você precisa não me desrespeitar em minha própria mesa.”
Eu não fazia ideia de que a voz de Cristo poderia ficar tão fria, tão dura, e tão cruel. Instintivamente, eu coloquei minha mão em seu antebraço.
Ele cobriu-a com a sua própria.
“Jory não tem nada a ver com a gente, e eu ia manter as coisas leves e não falar na frente dele, mas agora você o ameaçou, e para mostrar que não vou tolerar isso, quero dizer a você que o nosso negócio está cancelado, Sr. Miller,” ele disse, olhando para o outro homem. “Eu vou fazer o negócio com...”
“Espere,” eu disse, interrompendo-o, vendo o rosto do Sr. Miller, observando toda a cor sumir do rosto do homem que tinha me insultado. “Por favor.”
Cristo se virou para olhar para mim.
“Está tudo bem. Talvez ele se sinta sobre o Sr. Miller como eu me sinto por Dane.” Eu olhei para ele. “Como posso culpá-lo por lealdade?”
Ele abriu a boca, mas não saiu nada, apenas as sobrancelhas franzidas, enquanto olhava para mim. Olhei de volta para Cristo. “Está tudo bem, ok?”
O calor escoou de volta em seus olhos quando ele olhou para mim, o ouro se espalhando até que eles se tornaram mais uma vez cor de mel. “Tudo bem,” ele disse enquanto olhava para o homem. “Não ameace alguém à minha mesa de novo, Zach, você entende?”
Ele acenou com a cabeça rapidamente, e seus olhos se voltaram para mim.
Olhei para trás e ele não conseguiu segurar meu olhar, olhando para longe após um minuto.
“Jory.”
Eu me virei para olhar para Cristo, e seu sorriso me fez sorrir de volta.
“Parece que eu tenho negócios a tratar, então Paz vai levá-lo para casa.”
“Não,” eu disse, colocando as mãos no meu colo, movendo uma antes de me levantar, deslizando-a na coxa de Sam, apertando suavemente, amando, como sempre, a dureza dos músculos. De pé, percebi o quão perto nossas cadeiras estavam, e me virei de lado, arrastando minha virilha por seu braço enquanto passava. “Eu posso ir para casa sozinho, não se preocupe.”
Cristo se levantou, colocou a mão em meu ombro. “Eu ligo para você.”
“Claro.” Eu sorri quando ele me apertou suavemente antes de se sentar novamente.
“Boa noite.” Eu sorri e deixei a mesa rapidamente. Vesti minha jaqueta e me dirigi para a porta.
“Jory.”
Virando, eu esperei enquanto Zach me alcançava.
“Perdoe-me.”
Eu dei de ombros. “Está tudo bem.”
“Eu não sabia que você e Cristo eram apenas... Eu pensei que você fosse um dos seus meninos.”
“Não, nós somos apenas amigos.”
Ele acenou com a cabeça. “Obrigado por interferir.”
“Não foi nada.”
Um aceno rápido e ele se foi, deixando-me olhando para ele. Eu não podia chamar a atenção de Sam, porque ele estava se inclinando para frente na mesa, conversando, sem olhar para mim. Era desanimador saber que nenhum traço da atenção do homem estava sobre mim. Ele era o trabalho e nada mais. Cristo me notou parado ali e fez um gesto para que eu voltasse.
Acenei uma vez e saí correndo para a chuva. Eu não queria mais vê-lo. Me certificaria de bloquear suas ligações. Sua atenção, seu interesse, seu desejo, poderiam rapidamente se tornar viciante, se eu não tivesse cuidado.
Eu me esforçaria para ter muito cuidado.
Houve um acidente, então acabei deixando de lado o táxi e pegando o L , descendo na plataforma e caminhando até em casa. Conforme eu me aproximava do meu apartamento, deixei a dor e a frustração finalmente me inundarem.
Eu odiava Sam Kage. Eu precisava dele desesperadamente, e ele não precisava de mim nem um pouco. O pensamento foi inflamado por semanas, e agora, tendo o visto duas vezes sem trocar uma palavra, eu estava frio e tremendo. Não tinha ideia de que poderia me sentir tão vazio depois de conhecer seu coração. E por mais que eu quisesse continuar dizendo a mim mesmo que tudo estava bem e que ele me amava e que iria voltar para casa e que nós retomaríamos nossa vida, eu sabia que era tudo um monte de merda. Algo havia mudado, algo estava muito errado e quebrado para ele ficar longe de mim. Independente de qualquer coisa, eu não teria sido capaz de ficar longe dele, e o fato de que ele era capaz, queria dizer algo.
Eu tinha que fazer uma mudança antes que ficasse louco. Eu tinha que sair da cidade em vez de correr o risco de virar uma esquina e vê-lo agindo como se fôssemos estranhos.
Quando cheguei ao loft, entrei batendo o pé e estava perto de uma das janelas, apoiado, comendo um iogurte quando houve uma batida na porta da frente. Quando abri sem verificar quem era, o que eu fazia constantemente, fiquei surpreso ao encontrar Hayes Fisher lá.
“Oi.” Sorri para ele, me acalmando só de olhar para ele, porque ele fazia parte da minha vida profissional e eu, no modo profissional, era diferente, mais frio, e assim eu estava. “O que você está fazendo aqui?”
“Posso entrar?”
“Claro,” eu disse, dando um passo para o lado.
Ele entrou, e quando eu fechei a porta atrás dele e me virei, ele estava lá, parecendo envergonhado, com as mãos enfiadas nos bolsos.
“O que há de errado com você? Está com uma cara horrível.“
“Eu não queria que eles te demitissem. Eu queria que você supervisionasse do trabalho, vê-lo todos os dias e conversar...”
“Sim, eu sei.” Eu balancei a cabeça, começando a comer meu iogurte novamente. “O Sr. Rowe me disse.“
“Ele te disse?”
“Sim.”
“Se ele... o que você está comendo?”
“Eu não comi sobremesa.”
“Como?”
Eu o tinha deixado confuso, o que acontecia com frequência quando você não estava acostumados a seguir o meu trem de pensamento fragmentado. “Eu estava jantando e não comi sobremesa, então, quando cheguei em casa, quis comer algo doce, mas tudo que eu tenho é iogurte.”
“Você quer sobremesa?”
“Sim.” Sorri de repente. “Oh, você quer comer torta comigo?”
“Torta?”
Eu balancei a cabeça, sorrindo amplamente. “Vamos lá, é bom.” Eu peguei a mão para puxá-lo atrás de mim. “Só me deixe pegar minhas chaves e nós podemos...”
“Jory.” Ele disse meu nome, puxando a minha mão para me parar, me fazendo olhar para ele. “Você foi demitido por minha causa?”
“Não.”
“Excelente, eu estava realmente preocupado que...”
“Eu fui demitido porque Nora Talbot me odeia,” disse, rindo, “E mentiu para o meu chefe.”
“Jesus. Eu...”
“Mas está tudo bem porque eu vou trabalhar com Fal na Benchmark, mas não antes de um mês, mas foi estranho esta noite, sabe, com o namorado do meu parceiro, então eu imagino como...”
“Oh meu Deus, falar com você é como... apenas venha comigo, e eu vou levá-lo para comer sua sobremesa, e nós vamos sentar e conversar, tudo bem?”
“Mas eu meio que quero torta,” eu disse. “Podemos comer torta?”
“Claro,” ele suspirou. “Venha comigo.”
“Tudo bem.” Eu sorri para ele.
Ele ficou me olhando.
“O que?”
Ele parecia exausto.
“Sou cansativo, né?”
Lento aceno de cabeça. “Não, nem um pouco. Estou só... vamos lá,” disse ele, o braço em volta dos meus ombros.
“Quem lhe disse onde eu moro?” Eu perguntei a ele.
“Ninguém.”
“Então, como foi que você descobriu?”
“Eu sou rico, Jory.” Ele acenou com a cabeça, dando um sorriso rápido. “Tenho pessoas que encontram pessoas para mim.”
“Isso é legal,” eu disse quando chegamos à porta. “Mas você poderia ter apenas ligado e eu teria dito.”
Ele olhou para mim. “Eu sei que deveria ter feito isso.”
Dei de ombros deixando-o saber que estava tudo bem.
Seu carro estava lá embaixo, e assim que entramos, me apresentei ao motorista. Apertamos as mãos, perguntei-lhe onde era seu lugar favorito para comer torta, e eu disse a Charles, esse era o seu nome, onde eu achava que faziam a melhor torta de limão. Quando me virei para olhar por cima do ombro para Hayes, ele tinha uma expressão perplexa no rosto.
“O que?” Eu perguntei enquanto recostava, relaxando ao lado dele.
“Ninguém nunca fala com o meu motorista.”
“Por que não? Ele é um cara legal.“
“Apenas nunca sequer passou em suas mentes.”
“Huh.”
“Eu não quero torta,” ele confessou.
As pessoas mentiam o tempo todo dizendo que queriam torta quando, realmente, não queriam. Apenas Sam amava torta tanto quanto eu. “Ok, o que você quer, então?”
“Deixe-me mostrar-lhe.”
Quando chegamos a um bar / restaurante que eu conhecia bem, agradeci Charles pelo passeio e saí após Hayes. Ele colocou a mão no meu ombro e me guiou até a porta da frente.
“Eles têm boas sobremesa aqui, Jory, e desta forma você pode tomar uma bebida também.”
Eu balancei a cabeça, seguindo-o enquanto ele me guiava até a porta da frente. Hayes pediu à hostess que chamasse o gerente. Esperei com ele, sem dizer nada, apenas deixando tudo acontecer. Quando o gerente chegou, Hayes disse quem era e explicou que ele e Carlo, o gerente do dia, eram amigos muito próximos. Jorge, o gerente da noite, o homem que estava parado à nossa frente, realmente não dava a mínima.
“Escute...”
“Senhor.” Jorge interrompeu Hayes fora e usou as mãos para apresentar, ta-dah, a área de espera.
“Eu realmente preciso que você...”
“Blanca está aqui?” Eu interrompi.
O gerente e Hayes se viraram para mim.
Eu sorri.
“Sim,” Jorge me disse. “Sra. Saluda, a proprietária, está aqui; e você é?“
“Você poderia dizer-lhe que Jory está aqui?” Eu disse, sorrindo para ele. “Eu adoraria vê-la.”
Ele olhou com suspeita para mim, mas foi.
Hayes deu a volta à minha frente. “Como você conhece a dona do Town?”
Eu amava o Town, era um dos meus lugares favoritos para ir, e mais importante, um dos de Dane.
“Jory!”
Eu me virei e lá estava Blanca, deslumbrante, modelo, linda, fashionista, e proprietária do ótimo estabelecimento onde eu estava. Ela era também, fundamentalmente, nesse momento, um cliente muito bom de um arquiteto com quem eu compartilhava um sobrenome.
“Querido!”
Eu levantei meus braços e ela veio e encheu-os, abraçando-me com força, beijando meu rosto – beijos de verdade, nada de beijinhos no ar para a Sra. Saluda, antes de finalmente recuar e olhar para mim.
“Tão lindo como sempre.”
“Você também,” eu disse com um sorriso, pegando a mão que ela me ofereceu.
“Como está Dane?”
A pergunta de um milhão de dólares.
“Ele está bem, e você? Como está Marco?“
“Excelente, ele está em Milão comprando acessórios para o salão superior. Devemos abrir no outono, dentro do prazo previsto. Você recebeu o convite?“
“Recebi, sim, obrigado.”
Ela sorriu, apertando minha mão. “Mas por que você está aqui? Jantar? Sobremesa?“
“Sobremesa, por favor.”
“E onde”
“Na cozinha, com você, é claro.”
Seu sorriso, realmente, era como assistir chocolate derreter, perfeito. O jeito que ela ficava iluminada era algo impressionante.
“Este é meu amigo, Hayes Fisher,” eu disse, apresentando-o a ela. “Ele também quer ver você fazer o flan.”
Ela estava encantada, e ele não precisou dizer uma palavra.
Dava para ver que o homem estava emocionado. Ele se sentou ao meu lado na cozinha movimentada em uma mesa que a maioria das pessoas nunca viu e que era reservada para os clientes mais importantes do restaurante de Blanca. Ela gostava de cozinhar, mas ninguém, além de sua família, pedia a ela. Para Dane, ela tinha compartilhado essa parte privada de si mesma, e como eu estava com ele, compartilhou comigo também. Então eu sabia o segredo dela, sabia que ela gostava de cozinhar para os outros, seu estabelecimento uma extensão dessa paixão.
Nós rimos, tomamos café com cacau, e flan com canela. E ela nos deu tiramisu com flocos de pimenta que estava incrível também. Estava doce e quente, e entre Blanca sorrindo, eu oferecendo porções com minha colher, e os garçons entrando e saindo, falando conosco e roubando de nossos pratos, eu poderia dizer que Hayes estava tendo uma ótima noite.
“É sempre assim?” Ele me perguntou.
“O que?”
“Estar com você? É como estar no circo?“
“O que você quer dizer?”
“Como se você estivesse trabalhando sem rede de segurança?”
Eu tinha certeza de que isso não foi um elogio.
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Chega de achar que tudo se acabou
Pode a dor uma noite durar
Mas um novo dia sempre vai raiar
E quando menos esperar, clareou (Sinal de musica) kkkkkkkk
Oiiiiii gostosos e gostosas. Bem com vocês?
Esse Jory é um juiz de caráter horrível, mas eu acredito, que seja saudades de Sam. Ele está carente. Faz ele ficar assim, inconsequente. Ultima semana de férias. Aaaaaaaaaaaaaaaaaahh. Então vamos aproveitar . kkkk