Observar meus meninos olhando tudo no apartamento como algo muito além da sua compreensão, era engraçado até ver suas reações exageradas com tudo que enxergavam, como se tudo fosse mágico ou algo luxuoso apesar de Mel decorar tudo de forma chic, e não ostentador.
Depois de muitos beijos e abraços eles me contaram que estavam tão impacientes que dona Adeilza resolveu ela mesma traze-los. Adorei a surpresa. Caleb veio com a cadeira, mas esta foi deixada na área de serviços. Contarei hoje a ele que na terça teremos a primeira consulta para iniciar o processo de adequação de uma prótese para que ele possa brincar livremente, caminhar sem nenhuma restrição.
- Caio por que está tão quietinho meu amor - pergunta Mel trazendo um bolo de frutas para a mesa da varanda onde estamos tomando o nosso primeiro café da manhã em casa e em família - está com algum problema meu amor?
- O mano está com vergonha - fala Caleb colocando em seguida metade de um pão doce na boca e faz aquela típica cena de desenhos lambendo cada dedo da mão que ficou suja pela doce. - mas nem precisa né papai?
Meu coração é tão bobo, nunca achei que essas pequenas demonstrações de amor e carinho iriam mexer tanto comigo.
- É sim. Aqui - digo fazendo gesto para indicar toda a casa - é tão de vocês dois quanto é meu e de Mel.
Vejo como Caio lutar para segurar o sorriso.
- Meu amor eu já disse e repito - fala Mel sentando ao lado de Caio - agora você tem a mim e a seu pai Juca e nada meu amor, vai te machucar como já aconteceu antes e sabe o porquê? - pergunta olhando firme nos olhos de Caio enquanto eu sirvo uma fatia do bolo para meu pequeno esfomeado - porque por mais que eu e Juca não possamos lhe proteger de tudo que há nesse mundo, nós podemos lhe garantir que sempre estaremos com você, seremos sua reta guarda, sua fortaleza... own meu amor não chora meu bebê.
- Mel - digo levantando e indo ficar do outro lado de Caio - ele apenas estar pondo para fora, amor.
- Eu... - fala Caio de forma meio receosa - eu to feliz, é que... - respira fundo - eu não achava que alguém iria amar a gente.
Observo como Caio está emocionado, olhando para Caleb que está tão concentrado em acabar com o bolo, sim ele mesmo já tirou mais uma fatia. Ainda bem que Mel é prevenido e trouxe o bolo já cortado, não quero esse pequeno se metendo com coisas cortantes.
- Eu não consigo entender como... - Mel para na metade da frase, mas eu entendo exatamente o que ele quis dizer - não importa. Caio olhe para mim meu filho - meu Mel segura o rostinho de meu filho e esfrega nariz com nariz - você tem uma família agora e será para sempre viu, e nós te amamos, amamos a Caleb.
Caio abraça Mel tão forte. Sinto que eles tem uma ligação especial, Caio confia em Mel de uma forma tão intensa e isso não me deixa invejoso, não mesmo, isso me deixa alegre porque meus amores são maiores do que tudo que imaginei.
- Caleb come devagar, o que foi que eu já lhe falei sobre comer igual a um desesperado? - fala já se levantando.
- Desculpa papai, mas está tão gostoso e esse bolo aqui o senhor nunca levou - fala fazendo um leve beicinho, tão parecido com Mel. Vejo uma certa culpa nos olhinhos de meu amor. Caralho Caleb se não tomarmos cuidado vai nos ter no seu dedinho.
- Eu entendo meu amor, mas açúcar demais não faz bem, eu irei deixar passar hoje, mas não se acostume Caleb, assim que formos ao dentista trataremos das regras alimentares nesta casa.
Vi meu caçula ficar pálido e confesso foi engraçado. Mel sabe dosar as várias vertentes de ser pai.
Acho que muitas pessoas por estarem acostumadas a terem sua família por perto não tem mais o ímpeto de degustar a experiência que é ter as pessoas que se ama assim rodeando uma mesa experimentando não só a comida, mas a vida um do outro entrelaçando emoções, compartilhando a alegria.
Eu sempre achei que não houvesse na vida algo melhor para me satisfazer do que trabalhar muito e comer mulher, aí me surge o Mel que ainda quando não estávamos "juntos", mas já vivíamos essa entrega um para com outro, ele tornou-se o meu tudo. Aquilo era o que me satisfazia, só em saber que ao chegar em casa ele estaria lá e se não estivesse uma hora chegaria. Agora tenho mais dois motivos que chegaram simplesmente tomando conta de meu coração me fazendo mais completo. Como será esse terceiro filho, será que irei apreender a ama-lo?
- Juca - ouço a voz de Mel - ei...
- Oi amor, desculpe acabei me distraindo nos meus pensamentos - falo sorrindo.
- Sei... - me olha cético - vamos começar a planejar esse dia - diz alegre.
- Papai Mel... - fala Caleb ganhando nossa atenção - eu quero cozinhar com o senhor, eu posso? - quem resiste e diz não a um sorriso banguela?
- Lógico meu pequeno chef - diz com uma alegria incontida, ah ele acha que Caleb irá ser um chef quando crescer, tadinho lógico que meu filho seguira meus passos. - e você Caio não quer me ajudar com o almoço?
- Eu queria passar um tempo com o pai Juca - diz parecendo envergonhado. Será que ele acha que ficaríamos com raiva? não tinha visto Caio assim antes - mas se o senhor quiser eu lhe ajudo papai - Claro seu estupido! Juca seu idiota ele considera Mel mais sensível e quer preservar, caralho meu filho já é um homem incrível. Realmente essa família não poderia ter meninas, seriamos uns cães de guarda.
- Não meu amor, aproveite e peça ajuda para os deveres porque eu realmente não sou tão bom com os números - Mel pisca sutilmente para mim - mas vamos lá, eu tenho sugestões para hoje, ainda são sete e quarenta então vamos descer e ir para a piscina - vejo os olhos dos meus dois meninos brilharem.
- Mas eu não posso entrar, eu vou morrer e não vou conseguir acordar, não consigo nadar - fala Caleb. Tão bobinho.
- Deixa de ser bobo Caleb, você acha que o papai ou pai Juca vão deixar acontecer alguma coisa com a gente? - fala meu herdeiro com tanta segurança. É impossível segurar meu riso, não tem como descrever a quentura em meu peito.
Inevitavelmente meus olhos cruzam com o de Mel e aquela conexão que sempre sentimos de ler o que o outro queria falar estava ali em nossos olhos. Caio nos deu o seu primeiro maior presente, ele nos deu a sua confiança e a confiança de que poderemos cuidar não somente de Caleb, mas dele também.
- Filho vamos estar com você e olha só seu pai - diz Mel me apontando - com um homem deste tamanho acha mesmo que algo de ruim pode lhe acontecer, bebê.
- Não pai Mel - diz de um jeitinho até emocionado. Caleb sempre mexe com minhas emoções.
- Ok, agora deixem-me continuar. Iremos para a piscina e eu levarei um lanche para podermos ficar até as dez e meia no máximo, e não há discussão quanto a isso. - fala enérgico - depois voltaremos para casa e banho para os dois para tirarem todo esse cloro do corpo e cabelo - que orgulho que estou sentindo do meu bebê - vocês irão descansar por até umas onze e meia e depois vamos Caleb e eu preparar o almoço, algo rápido e leve e Juca veja os deveres de Caio.
- Você já estava ensaiando falar assim não é meu pequeno príncipe? - digo ao pé do seu ouvido.
- Sim, mas disfarça. - fala com um sorriso bobo. - eu pedi para irmã pôr sunguinhas ontem na bolsa de vocês, porém ela falou que não tinha então eu comprei.
Sinto uma leve pontada no meu bolso, puta que pariu Mel vai me levar para o buraco, tenho certeza que ele comprou metade da loja.
- Quanto você gastou Melanio? - pergunto tentando estar calmo. Ele não pode comprar as coisas sem mim, porra eu sou o pai também - Melanio.
- Foi uma merreca meu amor, você sabe comprei umas roupinhas básicas, apenas uma sungas, cuequinhas, camisas, shorts, sapatos, boinas, bonés, casacos, um lindo conjunto de chefe para Caleb que sempre quer cozinhar comigo - fala com olhos brilhantes para Caleb - e uns terninhos - diz com se realmente não fosse nada - não comprei nada demais afinal eu só tive menos de duas horas ontem pela manhã antes de você acordar.
- Mel você comprou tudo isso sem mim e em menos de duas horas? - falo apontando para meu peito - eu realmente preciso estar junto nessas compras!
- Eu comprei só umas roupinhas para eles não andarem nus por aí meu amor. Vamos fazer compras de verdade na próxima vez que a irmã nos autorizar sair com os meninos. - diz sorrindo para Caio.
Depois de quase ter que arrastar Caleb para fora da mesa, sim porque o menino não queria sair enquanto não acabasse com tudo o que ele visse em sua frente. O bom é ficar com ele em meus braços, meu menininho que por mim manteria assim protegido de tudo e todos, mas não posso negar ao meu menino uma infância onde ele possa experimentar de tudo que uma criança deva sentir, assim como cair, se machucar com um raladinho no joelho vez ou outra.
Fomos para o quarto e deixei caleb na cama enquanto voltei a sala para pegar uma chinelinha de Caleb que ficou por lá, ao voltar a primeira coisa que eu percebi é que Mel não deu espaço para que os meninos se intimidassem, sim as crianças teriam que ficar peladas.
- Caio e Caleb vocês não podem ficar nus na frente de estranhos e até mesmo conhecidos dos papais - falava com os dois sentados em nossa cama e Mel sentado sobre os seus próprios joelhos. Mel falava de forma séria, mas serena e meus meninos não desviavam o olhar - existem pessoas ruins que fazem mal as outras apenas por diversão e infelizmente meus filhos as vezes nos enganos com a aparência de bonzinhos, lembra história que contei do lobo que se vestia de cordeiro?
Meus meninos acenam com a cabeça concordando e eu continuo a observar da porta.
- Então é isso meus amores - falava agora segurando a mão de cada um - existem pessoas que na frente de seu pai Juca e de mim podem ser boas, mas pelas costas podem querer maltrata-los e então cuidado e sempre nos contem tudo ouviram? se alguém olhar demais para vocês ou pedir que faça algo estranho, vocês podem nos contar, sempre ouviremos sem julga-los.
- E na sua frente papai, eu posso tirar minha cuequinha? - fala meu pequeno banguela.
- Meu amor eu sou seu pai e vou precisar ver seu piu-piu quando você for tomar banho e também por você não ser circuncidado - como Mel sabe disso? - e também além de mim e de seu pai vamos ver vez ou outra, inevitavelmente o médico e ele terá que ver também, mas não se preocupe que estaremos lá, você não ficará só. Caio meu amor isso vale tanto para Caleb quanto para você.
- Tá bom papai, não vou deixar ninguém ver meu piu-piu.
Puta que pariu! Porra Mel ensinar o menino a falar piu-piu é muito escroto! Rola, o nome disso é rola!
- Mel você não acha que piu-piu é muito estranho não? - falo e vejo Mel me encarar como se estivesse olhando um demônio - tipo rol... ai caral.. Mel! - esse sem vergonha jogou mesmo o chinelo em mim?
- É piu-piu sim papai - fala o meu menor com uma cara igual à do pai. Meu saco esquerdo, estou fodido com dois Mels em casa.
- Então agora vocês irão colocar as sunguinhas vamos lá - e com naturalidade Caio tira toda a roupa e pega a sunga das mãos de Mel. Meu filho já está me matando de orgulho, menino do sacão. Caleb é mais dengosinho, mas para tirar a roupa não tem dificuldade de fazer sozinho e em seguida Mel o veste com a sunga de desenhos.
- Agora existe algo chamado de protetor solar, seu pai Juca desconhece esse produto - fala irônico e até os meninos riem - mas vocês devem lembrar de usar sempre e também devem lembrar o papai.
Mel começa a passar em Caleb e eu assumo o Caio, engraçado como algo tão simples como cuidar da pele da sua criança se torna um momento de extremo prazer para o coração.
Depois de estarem até a orelha protegido Mel vai ao banheiro e volta com uma camisa enorme aberta até o meio de seu peitoral com magas no cotovelo, ela é azul clarinha e apesar de ser enorme de alguma forma desenhava todo seu corpo, meu amor estava uma delícia, por mim se estivéssemos a sós comeria ele vestido assim. Mel foi para a sala com os meninos e disse que havia separado uma roupa no banheiro para eu trocar, uma sunga verde e uma regata branca, após terminar descemos. Mel traz consigo uma bolsa enorme que acho que deve ser de mato seco.
- Chegamos - falo pondo Caleb em uma cadeira e soltando a mão de Caio. Não permito que meus filhos ainda mais pequenos andem por ai soltos - está até vazia.
- Vazia Juca? olhe quanta gente- fala Mel meio ranzinza. Cadê Meu namorado doce, onde porra foi parar aquele cara? - quando a cegonha trouxer a entrega precisamos estar em um lugar maior, precisaremos ir para uma casa com quintal, o condomínio que a Ju e Quim moram é ótimo.
- Ai meu bolso. - digo já pensando em toda a reforma - decoração, quebrar parede...
- Vamos crianças - fala mel tirando da bolsa boias vazias e.... uma bombinha? - vamos colocar isso nos bracinhos, ninguém vai se afogar aqui não.
Depois de colocar as boias em cada par de braço Mel começa mais uma vez a sessão de filtro solar.
- Pai aqui diz que só precisa colocar depois de duas horas ou se estiver com muita interação na água. - fala Caio lendo as instruções.
- O que é interação, pai? - fala Caleb enquanto Mel tira da bolsa um potinho e começa a esfregar um pouco do produto na boca de Caleb.
- Eu não confio nessas duas horas meu amor, deixa eu ficar de consciência tranquila sabendo que estão bem protegidos do sol. E interação bebê é por exemplo vocês brincarem na água, ela vai estar tocando sua pele e você estará lá tendo contato direto com ela.
É lindo ver meu amor assim, nunca imaginei que meu amor com apenas vinte e quatro anos se mostraria alguém tão capaz de ser pai.
Levamos os meninos para o ponto onde a piscina era mediana tinha apenas de um metro e meio de fundura, como dizia minha avozinha. Tirei a camisa e entrei na piscina, os meninos estavam sentados na borda.
- Primeiro ponha Caio Juca - fala Mel - isso filho - diz quando solto na piscina e ele sem mantem firme, o sorriso do meu filhote é lindo.
- Olha papai eu já consigo - fala todo orgulhoso para o Mel - pai Juca eu vou apostar com o senhor, vou nadar super rápido.
- Mas não nessa piscina lotada Caio, iremos nos mudar e....
- Iremos? - pergunto apenas para irritá-lo, sei que se ele pôs isso na cabeça não tenho nem o que discutir, ainda mais se será para o bem de nossa família.
- Sim iremos e lá a piscina será só de vocês e não teremos risco. - Caio apenas ri, meu menino parece minha copia quando se trata de Mel e Caleb.
- Papai eu quero entrar.
- Juca. - fala Mel. - Amor eu só vou ali pegar as garrafas de água, esqueci de tirar da bolsa já volto.
Ficamos eu e Caio ajudando Caleb a se sentir seguro para me soltar e boiar sem nossa ajuda. Eu percebia que tinha duas moças que já tinha visto pelo prédio tentando se aproximar, mas todas as vezes que elas chegavam perto eu via Caio fazer alguma gracinha que acabava jogando água na direção delas.
- Agora você solta o braço do papai e segura a minha mão maninho.
- Não solta não, tá bom mano. - falava meu bebê. Eu nunca vou me cansar de ver essa ligação entre eles. - eu vou agora, não solta hein.
- Isso mesmo Caleb, você é muito corajoso. - incentivei - isso filhote.
- Pronto, isso maninho - falava caio - agora solta uma das suas mãos, isso mesmo balance - falava enquanto Caleb obedecia - Agora a sua perninha bem devagar, não assim, isso desse jeito maninho. Eu vou soltar a sua mão - Caleb mesmo com a carinha assustada permite.
- Papai eu consegui. Olha só - eu e Caio batemos palmas para nosso bebê - eu sei nadar.
Ainda tinha boias, mas claro que eu não ia desmenti-lo.
- Sabe sim meu príncipe.
Ficamos mais alguns minutos até ver Caleb franzir a testinha, coisa mais lindo do pai com a carinha brava.
- Papai eu não gosto daquele moço que está com o pai Mel. - viro meu rosto no mesmo instante e não gosto do que vejo, que é aquele imbecil que está falando com meu Mel?
- Papai quem é ele? - fala Caio e reconheço em sua voz o ciúme.
- Eu não conheço esse cara meu amor. - falo olhando para Caio, vejo seu rosto mudar para uma coloração meio avermelhada e fechada.
- Pai - disse sério. - o senhor fica com o mano e eu vou lá resolver isso - meu saco, quem é essa criatura que está aqui? Meu filho de nove anos ou um de quinze? Ele se chega perto da borda e sem esforços muito grande se apoia e sai da piscina.
- Ele vai dar uma surra nesse homem papai. - fala caleb com uma certeza. - ele sempre bate nos meninos que brigavam comigo e ele falava assim, pai - diz agora achegado a mim. Saio do meu transe e ponho caleb na borda da piscina para sair. Não posso deixar Caio se meter em confusão principalmente com alguém claramente longe do que ele possa enfrentar.
Pego Caleb em meus braços e vou chegando perto e ouço o discurso do meu pequeno.
- Meu pai é casado, e meu pai Juca é muito forte sabia? - falava já na frente de Mel, o vejo com uma cara não sei se de vergonha ou de medo - e se você não ficar longe eu vou arrancar os seus ovos.
- Caio pelo amor de deus onde aprendeu a falar assim?
- Com meu pai, papai! - dizia sem se virar para Mel, ele não desgrudava o olho do homem.
- Não importa se seu pai é casado, se ele quiser podemos ser amiguinhos - dizia num tom escroto.
- Oh céus você é nojento! - falou Mel. - Vem meu filho.
- Não papai, eu vou ensinar uma lição para esse homem, ele não respeitou o senhor e eu vou quebrar a cara dele.
- Não precisa filhão. - digo me aproximando, ele olha para mim com cara com a cara surpresa e em seguida olha para Caleb em meus braços e encara a perna, ou melhor, a falta da perninha de meu filhote, vejo nojo em sua face e isso me deixa possesso. - o que você estava fazendo com meu marido?
Quando falo isso vejo varias pessoas nos olharem, principalmente mulheres.
- Nada não cara, só queria saber uma informação sabe como é que é né me mudei recentemente para cá, meu tio mora aqui e estava querendo umas informações né. - percebia que ele estava nervoso, também um molequinho que não deve ter nem dezoito querendo cantar meu Mel, que é areia demais para ele e se depara comigo que posso esmaga-lo com um soco. - brother desculpa ai, é que eu sou novo nesse lance sabe como é né.
- não, não sei - disse sério.
- ser gay e ativaço meu irmão - dizia tentando se explicar.
- E você acha que por você descobrir que é gay pode sair por ai assediando todos os outros? - pergunto me contendo - agradeça a aquilo que você acredita por eu estar com meus filhos aqui, pois tenha certeza moleque que ninguém assedia meu marido dessa forma - falava firme. Mel já estava ao meu lado e Caio a minha frente, todas as palavras que falava via meu pequeno Balançando a cabeleira, como se ele estivesse dizendo. Caleb estava com a cabeça enfiada em meu pescoço e os bracinhos em meus ombros.
- Não cara... não é isso - dizia nervoso.
- Garoto você veio até mim me pedindo informações eu lhe dei mesmo percebendo que você não prestava atenção em uma virgula do que eu dizia e quando tentei sair você me coagiu a ficar e sabe lá o que mais se meu filho não tivesse chegado.
- Desculpa eu achei que estivesse só se fazendo de difícil para eu gamar.
- Um não significa não garoto, seja de uma mulher ou de um homem. - disse para ele - eu realmente quero quebrar sua cara, mas meus filhos não merecem esse exemplo.
- Você acha mesmo que só porque é um cara com a preferência da letra A pode sair intimidando os outros? - o cara olho com a testa franzida, mas parece que entende.
- Desculpa brow - realmente eu conseguia sentir sinceridade.
- Se você chegar perto do meu pai Mel eu não vou ser bonzinho de novo contigo.
- Jesus Caio, não precisa disso filho. - falou Mel. - Juca vamos, já chamamos atenção demais e tem muita mulher babando em você.
- Olhe rapaz, só não faça mais isso com ninguém, sei que meu marido é gostoso pra caralho e eu arranco os olhos de quem quiser o que é meu.
- Papai falou de novo a palavra feia - cochichou Caleb em meu ouvido.
- Desculpe meu amor. Vaza garoto.
- Está bem meu amor? - digo para Mel.
- Como que não estaria com homens tão fortes assim me defendendo? - fala com sorriso.
Voltamos para a piscina e Mel fazia os meninos tomarem água a cada meia hora. Fiquei abismado o quanto que Mel chama atenção dos homens, eu via claramente eles disfarçando com os óculos de sol secando meu marido, Caio também percebia, pois eu via ele olhar de cara fechada para os lados vez ou outra. Realmente precisamos de uma piscina privativa.
Voltamos para o apartamento exatamente no horário que Mel "ordenou" Mel me ensinou a dar banho nos meninos, não sei como ele tinha essa desenvoltura, mas realmente eles não eram circuncidados e poderia dar alguma infecção principalmente em caleb que tem o prepúcio meio fechadinho, meu bebê precisa mesmo ir ao médico.
Depois disso deitamos e curtimos uma conversa os quatro. Algo tão bom que eu fazia com o Quim. Depois das onze Mel raptou Caleb para a cozinha e eu vi que ele mexeu no closet antes de sair.
Levei Caio para meu escritório e ele entrou com sua mochilinha nas costas encantado com o lugar.
- Nossa pai é tão grande. - dizia meio abobado.
- Senta aqui filhote - apontei a minha cadeira para ele. Seus olhos brilharam - vamos desenrolar isso e quando já estiverem aqui em definitivo vou te levar para trabalhar comigo.
Ficamos envolvido nas suas questões de matemática. É incrível como ele fica absorto enquanto trabalha na sua lição. Apenas lembramos do mundo exterior quando Mel surge na porta com Caleb nos braços vestido de mini chef. Foi a cena mais linda que vi nesse dia.