matt777: Valeu pelo carinho, cara. Fico imensamente feliz. Quanto à série, é fantástica né? As referências aos clássicos do terror dos anos 80. Que nostálgico. Eu não nasci nem cresci nesses anos, mas os considero como os melhores tanto na música quanto na tv. Grande abraço, mano e bom começo de semana.
Diego21: Hey, man. Tu disse algo que eu concordo plenamente; de que a falta de diálogo não leva a nada e desencadeia coisas indesejáveis. Aplaudindo-te de pé. E sobre eu postar todos dos dias, nem rola. Não tenho tudo pronto, ainda estou escrevendo. Tipo, esse cap. Escrevi hoje cedo. E faz assim, quando eu postar te aviso no wpp kk. Flw, brother.
William26: Cara, não é mentira, mas tenho dois amigos casados que se chamam Robson e Wiliam. Eles moram no litoral de Floripa kk. Não seria vocês dois? É estranho reviver esses acontecimentos, mas acredito que é tento esses baixos que você terá seus altos. Um impulsiona o outro. Grande abraço, Will. Fique bem e abraços pro Robson.
Querido606: Queen é Queen, sem explicação e épico. Sou fã fervoroso. Não precisa ter raiva, te controla ou não vai ganhar um beijo a testa, oshe. Grande abraço, seu encrequeiro de uma figa kk.
Bruno. C: Feioso é tu que nunca termina o teu conto, desgraçado de uma figa u.u Um ano já, sabia? Não quero falar com você, estou de mal novamente e não me chama no wpp, cretino. Nem venha com carinho. Termine o conto!
YAMASHITO: É aquele ditado: Dr dos outros é refresco kkk. Abraços, cara.
♥♦♥R♥¡♥R♥¡♥♦♥: Ownt, modeuzo. Tímidozinho. Que fofinho. E desculpa, cara. Demorei pq tava ocupadíssimo. Ocupado até mesmo estando ocupado. Faculdade já viu. Obrigado pelo carinho seu e pode deixar que não vou abandonar, mano. Sofro disso aqui na casa, de acompanhar contos e me apaixonar e na hora ver que foram abandonados, e o pior, apagados ;-; | beijos, man.
Arthurzinho: ... ♥♥♥
Revengeevil: Eu odeio também. Coisa mais sem nexo. Correr de carro por aí. Puff. Números de mega-sena é kkk. Segura essa marimba aí, mano. E vendo teu nick, lembrei de um rumor que teria uma temporada paralela de Revenge, com o Nolan como o principal. Seria meu sonho? Será que é verdade? Abraços, man.
Geomateus: Com toda a certeza. Sempre digo que um problema surge para ser resolvido. Belas palavras, sr. Mateus. Abraços, man ♥
layla55: Leila? Mais é lindo o seu nome, mulher. E digamos que não tive cuidado devido com minha tartaruguinha e ela fugiu, tipo "esse meu dono é um panaca, vou dá no pé". O que você disse sobre a preocupação é toda de fato verdadeira. Quem ama se preocupa, e muito, mas acredito que eu era muito imaturo para passar essa mensagem e Caio muito molecao para entender ela. E Leila (posso lhe chamar assim?) Tudo tem uma solução sim, é errando que se aprende, e sobre tudo é o que tento passar para vocês: que uma relação boa passa por tudo, inclusive crises. Não existe casais perfeitos sem uns altos e baixos. Abraços, nina.
Irish: É triste mesmo, já vi muitos casais chegando nesse ponto e se separando logo em seguida. Muito foda. Mas sabe que as vezes esses desgaste é necessário para reforçar a mesma. Acontece ou não o reforço, varia né. Vamos ver o que se sucederá. Abraços ♡
Lelaa: Exato. Dar um tempo é melhor que forçar a barra. Ambos esfriam a cabeça e ordenam seus pensamentos. Abracinhos, Gata ;)
K-elly: E cá está ele ♥
baixinhaaa: Eae, menina. Gostei do teu nome no email hehe. E nina, foi por uns bons meses. Exatamente, por ambos sermos novos em todos os sentidos, acabamos não sabendo lidar com o peso que um relacionamento tem. Mas é assim mesmo, se cai para se levantar. Beijos a você, querida ♥♥
Pipoka: Amo uma pipoca. E está aí o cap. Espero que goste :)
Hulk22: HAHAHA não vou dar spolier kk. Não sei se namorei com ele, quem sabe heim. Vamos ver aí kk.Flw, cara. Grande abraço.
Menina Crítica: Vai ser um pouco mais longa. Talvez lá pelo 25 acabe de vez. O fim de tudo, para nunca mais eu vir aqui perturbar vocês hue. Não demorei, cá está. Mereço um cafuné kkk. Abraços.
Lari12: Triste mesmo. Mas é desses limoes azedos da vida que fazemos uma deliciosa limonada né. Abraços, nina ;)
Revenge: Primeira pessoa que diz querer morar num lixão KKKK. Mano, tua história com teu namorado (e futuro marido) e teu amigo, dá um belo conto viu. Caramba. E espero que até o final do ano esteja tudo bem entre vocês. Espero que fique bem sempre. Cunhado que se chama Caio, olha ae kkk. E por coincidência esse capítulo envolve meu cunhado finado, que louco heim. Abraços a você, e Junior e Davisson. Cuida bem do Thor aí.
Anjo Apaixonado: Olha quem voltou. Eu que fico feliz por você ter voltado. Depois de tantos meses, cá estamos nós. E as novas? Enricou, se sim; manda uns bilhões aí como financiamento político. Talvez eu me candidate à presidente. Npera. Espero que esteja curtindo essa temporada e espero que esteja tudo bem com você hehe. Abraços.
Hello: Pra essas olimpíadas serem perfeitas, faltou só uma coisa: eu. E a ginástica foi esplendorosa, assim como o vôlei de praia e o de quadra, futebol e tudo mais. Dois jovens cabeça dura são piores que um jovem cabeça dura, daí você pode tirar os estragos que ambos podem promover kkk. Grande abraço, e você andava sumido (a). Namorando?
Vi(c)tor: Eu estava brisado quando escrevi o começo. Acho que tô pondo muita dramaticidade na história. Tipo, exagerando. Darei um stop rs. Cara, sou (agora) gay. Gosto de um homem então sou completamente gay. Bi eu serei quando ficar com uma mulher depois dessa fase gay. O mundo é bi e gay. Não curto essa Ladi Gaga kkk, o mundo pop pra mim ainda é algo estranho... cresci no meio do rock e aos poucos estou me habituando ao mundo das Divas. Embora eu curta umas duas. Porque é aquele ditado: se eu ouço rock foi pra criar as minhas filhas! abraço, cara.
VAMOS AO QUE DE FATO IMPORTA.
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O sol tava tão encoberto pelas nuvens que não havia como saber se tinha se posto ou não. Depois do longo voo - nos afastando do sol em nosso movimento para o sul - a sensação era desorientadora; parecia que o tempo andara mais rápido. Fiquei surpreso quando a pilha de prédios de BH deram lugar à vasta floresta do Pará, indicando que havíamos chegado ao nosso destino.
Caio pegou minha mão quando o piloto avisou que estávamos sobrevoando a gigante Belo Horizonte: Cê ficou muito quieto - observou ele. - O avião te deixou enjoado?
- Não, tou bem - menti.
- Ansioso por ver sua mãe?
- Aliviado. Tô morto de saudades dela. Ansioso eu tô porque vou conhecer "teus" parentes e o túmulo do Helson.
Caio riu e beijou minha mão: Relaxa, amor. Eles são tão de boa quanto a mãe é - falou rindo da minha careta.
Durante o voo, eu fiquei pensativo. Imaginando que deveria, naquele momento, estar longe do meu lekão. Domingo passado, quando eu ia pedir um tempo para nós dois, para o nosso relacionamento, seu Cá deu uma solução. Caio limpava a mão na pia, eu estava com o rosto choroso e ia dizer que ia embora, não dava mais certo. Mas meu sogro chegara de forma despreocupada e disse.
Se Cá: De novo vocês brigando? - olhou pra mim e eu desviei o olhar.
Caio resmungou algo desconexo. Vendo que nenhum dos dois ia responder e seu Cá prosseguiu: Sei que não devo meter minha colher nisso, mas vou meter.
Caio: Pai, sem blá blá blá que não tô com saco pra nada.
Eu: Deixa teu pai falar - disse ríspido.
Caio áspero: Cala a boca, porra!
Eu: Tu não manda na minha boca, viado!
Seu Cá depositou as chaves do seu carro na bancada de mármore e falou: Vocês tem que dar um tempo.
Eu: Isso, adeus.
Seu Cá: Ainda não terminei. Iam ver a mãe de Nando, não iam? Então. Comprei a passagem pra vocês e essa semana vão para BH, e de lá vão para o sul - ele chegou mais perto, nem se importou com Caio ainda resmungando enquanto lavava as mãos e tampouco se preocupou com o ferimento dele. - Pois bem. Vão dar um tempo daqui, e não de vocês. Não quero ver as fuças dos dois.
Caio: Eu que não quero ver as fuças desse mané.
Eu ri desdenhoso: Há há há. Adivinha, isso é recíproco.
Caio: Te fode.
Seu Cá: Basta! Não quero essa desarmonia entre meus meninos.
Eu: Essa viagem não vai dar certo. Não quero ir pra BH.
Seu Cá: Você pode pensar, tem até terça pra esfriar a cabeça e ir ou não. Se quiser, pode ir pro sul sozinho.
Caio: Ótima ideia.
Eu fuzilei ele com os olhos: Pois vou pra BH, vou é curtir mesmo.
Então está resolvido, disse seu Cá, os dois vão juntos e não quero nem saber. Silêncio, Caio! Me respeita e fica quieto. Nada melhor que uma viagem para abrir os corações.
Caio: Quero abrir é a cara de alguém e... - resmungos.
Seu Cá saiu pra ir pra sala cantarolando baixo. Ligou a TV e ficou assistindo o Domingo espetacular. Caio resmungou mais enquanto ainda limpava a mão cortada. Eu fui para o quarto. Tomei um banho rápido. Caio ficou falando algo com o pai na sala e quando eu fui na cozinha pegar um copo de água para tomar um Paracetamol, ouvi ele choramingar "tá doendo, coroa. Vai devagar" e seu Cá "um piá desse tamanho" e a julgar pelos lamentos de Caio, sabia que o pai cuidava do ferimento na mão dele. Tomei o remédio, corri pro quarto. Enxuguei os cabelos numa toalha e pulei na cama. Ouvi Caio entrar no quarto, banhou, se vestiu, comeu algo na cozinha e deitou junto comigo virando as costas. Dormi inquieto e acordei com uma preguiça enorme no outro dia cedinho. Caio já havia saído, pra alguma corrida matinal talvez, ou querendo me evitar. Me espreguiciei, tomei um banho e resolvi ir trabalhar, mesmo não sendo meu horário. Rosa chegou, reparou no meu estado de espírito e nada falou. Fui para a padaria de ônibus e o cara que trabalhava de manhã com meu pai, me olhou torto, provavelmente pensando que eu iria roubar seu lugar. Disse ao pai que queria somente ficar por alí. Tomei um café forte, o que me deu um Up. Cheguei em casa de noite e Caio estava na sala jogando video-game e nem olhou para mim. Durante dois dias seguidos, não nos falamos. Nem sequer um "olá". Eu fingia que ele não existia e ele me imitava. Chegou o dia da viagem e reclamei com seu Cá sobre eu não poder ir logo pra onde minha mãe. Ele afirmou que eu deveria passear um pouco antes de ver ela. Reclamei com o pai, mas sabia que ele e meu sogro estavam maculados sobre essa viagem, e então notei que ambos estavam aprontando algo. No quarto dia depois da briga, véspera da viagem, Caio falou de forma mecânica comigo sobre como eu iria fazer minha mala. Falei seco que levaria o necessário. Ajudei ele a arrumar a sua e ele tentou puxar assunto, o qual deixei morrer logo. Seria um voo direto, sem escalas. E para minha raiva, não era em classe econômica. Bati o pé com meu pai e meu sogro e eles disseram que não adiantaria nada a minha birra.
Postei no Facebook que iria viajar e que 15 dias depois eu voltaria. Uns rezaram para o avião me deixar no destino errado, o mais longe possível, outros riram dessa possibilidade, vi Caio comentar minha pastagem "vamos pra lua de mel", eu nada falei. Será que era isso. A solução de seu Cá? Se fosse, faria esse mel ser fel.
Ainda no Face, André mandou uma mensagem no privado -"vai viajar e não avisa :("
-"Se eu falasse algo, tu iria chorar no meu pé lol"
-"Manda um abraço pra tua mãe ♡"
-"Eu, podexar"
-"E diz que o filho dela é foda"
-"Ela já sabe kkk"
-"Vai com Deus e volta logo."
-"Tchau, mano"
Eu sentia no fundo que as pretensões de André para comigo jamais mudariam. E não mudariam se eu não me afastasse dele. O deletasse da minha vida por inteiro. Bom... deixei as águas rolarem. Caio ficou todo mimosinho vestindo uma camisa polo e calça jeans lindas para irmos ao aeroporto. Sapatos brancos e um relógio que eu julguei ser o que ele dera ao pai no aniversário. Não estávamos de bem o suficiente para conversar de forma amável, mas ralhei com ele sobre isso. Ele deu de ombros rindo e disse que o pai dele já tinha muitos. Seu Cá e meu pai nos deixaram no aeroporto, fizemos o check-in e esperamos o nosso voo juntos. Eles conversavam um do lado do outro nas cadeiras de espera e Caio e eu em silêncio, separados por eles dois.
Meu pai: Mas vocês dois vão ficar nesse silêncio até quando?
Nem dei trela praquele velho. Caio falou: Por mim eu falaria. Mas prezo pela minha vida.
Eu olhei pra ele azedo: Acabou as piadas, bozo?
Ele riu: Tenho um monte.
Eu o ignorei e voltei minha atenção para o celular. Aí ele sentou do meu lado, colocou a mãozarrona sua na minha perna: Tô com saudades de você, bebê - e fez falso bico de tristeza.
Eu olhei pra ele por um tempo, pra sua cara de safado-tristonho. A verdade era que eu também estava enlouquecendo sem ele normal. Sem a gente normal um com o outro. Das conversas noturnas depois de um sexo maravilhoso. Sem nossas transas maravilhosas. Sem ele amando em receber meus carinhos, e sem eu ter os dele. Não falei nada por orgulho, ele tirou a mão da minha perna e ficou cabisbaixo, então ouvimos nosso voo ser anunciado. Nos levantamos, abraçamos nossos pais e seu Cá disse: Aproveitem a viagem.
Meu pai: Diz pra tua mãe que ela faz uma falta enorme.
Fomos pro terminal de embarque, eu calado e Caio como igual mas meio amuado. As pessoas ao nosso redor falavam animadas, riam e outras pareciam ansiosas; aí sem pensar, olhei pro meu grandão que parecia estar distante, peguei sua mão enfaixada por causa do corte e ele me olhou assustado. Ri pra ele e vi seu sorriso de menino tomar seus lábios e olhos. Ele deu um beijo na minha mão e quando entramos no avião, senti-me mais leve. Mais eu mesmo. Seu Cá tinha razão, a gente precisava dar um tempo daquela cidade, não de nós mesmos. Guardamos nossas coisas no bagageiro, ganhamos uns fones de ouvidos e almofadas para o pescoço, sentamos nos nossos lugares e Caio se inclinou para mim sem se importar se alguém nos via, dando um beijo feroz em mim. Claro que eu não me fiz de rogado e ataquei sua boca desbravando cada lugar dela com minha língua, mas o bom senso mandou eu me afastar, dois caras se beijando ofenderia alguém alí. Caio rindo: Que vontade dessa boca. E aliás, tu tá muito gato nessa roupa.
Então pedimos desculpas um ao outro de forma rápida, eu beijava a mão dele e ele a minha, como dois irmãos que ficam de bem depois de uma briga. Quando o avião decolou, eu apertei sua mão com vontade. Houve uma turbulência forte, mas logo passou. Caio tagarelou sobre sua mão estar engilhada de tanta punheta, de como eu fico gato indiferente com ele e que não queria mais brigas. Eu disse o mesmo e durante a viagem, nos entendemos. Foi tão simples que eu nem percebi. Ele disse que se eu quisesse ser amigo de André, sem problema, e falávamos de André comose fosse de Lise. Eu falei sobre Roberta e descobri que ríamos sobre meu ciúme e sobre nossas brigas. A briga no racha era tão engraçada que chorei de rir com ele. Perguntei sobre o apê ser nosso e ele ficou sem jeito. Disse que tava tudo bem, por mim, com ele estando do meu lado, tudo estaria tudo bem.
Caio então disse que o pai dele estava armando alguma, que iríamos pra a casa deles que ficava em BH e de lá, iríamos de carro para a gélida Caxias do Sul. O voo durou 4 horas e então vi que vagava mentalmente quando Caio falara que havíamos chegado no aeroporto Tancredo Neves, ou Confins. Desembarcamos e fomos numa lanchonete para comermos e Caio segurou minha mão até a porta de saída. Pegamos um táxi e fomos pela Avenida Brasil até Barreiro. Ele me ficou grudado em mim e eu fazia carinho de forma discreta nele. Eu me senti leve, me senti bem, e era estranhamente bom. Passamos por ruas desconhecidas, alguns lugares Caio apontava e dizia "aqui fiz isso/minha antiga academia/o pai ama esse restaura/foi aqui que aprendi pilotar moto/esse shopping é foda" e eu ficava interessado no que ele dizia. Por uma dúzia de vezes ele mandou parar o táxi, desceu e abraçou algum conhecido. Eu me sentia feliz por ele estar tão feliz. Depois de algum tempo, chegamos em um condomínio verdejante. Com árvores antigas e uma rua bem pavimentada. A maioria das casas eram de madeira e sem muros... somente uma muretinha encoberta por plantas.
Então paramos na frente de uma casa com sebes altas, um portão de ferro bem antigo. Descemos do taxi puxando nossas malas. Caio pagou uma quantia boa ao taxista e se desculpou pelas paradas. Pegou minha mão e fomos para dentro. Empurramos o portão e entramos.
Caio: Bem vindo ao lar, amor. Aqui é a casa onde cresci com Helson.
A casa era linda. Não tão sofisticada como a de Belém, talvez por ser uma casa do meu sogro num todo, e não do seu casamento, onde a mulher mandava na arquitetura. Era de madeira, estilo americana grandiosa com dois andares; um gramado na frente onde flores constituíam um jardim enorme. Havia um vasto espaço gramado com árvores onde suas folhas se moviam ao vento e eu ouvi passaros diversos cantando em seus galhos. Um lugar tranquilo, verdejante e cheio de vida.
Caio me abraçou por trás: Alí (apontou pra uma árvore de tronco grosso e curto com galhos compridos e baixos) era o local favorito de Helson.
Eu ri e me reconfortei em seus braços: É lindo aqui. Dá pra sentir que há algo vivo, mesmo sendo local de tristeza.
Caio: Pois é. Mas pensa que sempre foi assim? Neca. Antes tinha só grama, minha linda mãe não curtia árvores. Aí, depois qua aconteceu tudo, mudamos pra outra casa, claro, mas o pai ficou com essa e plantou uma pá de árvores. É o local dos Calsons homens. Do pai, meu e de Helson. E agora pode ser teu. - Eu ri e beijei a mão dele.
Ouvimos uma voz atrás da gente, vinda da porta da casa: Bah! Caio, menino meu!
Uma morena robusta, com uns 50 anos fáceis e com um sorriso acolhedor veio até a gente e abraçou Caio com alegria: Tia Tereza! - falou ele radiante.
Tereza: O Caique avisou que viria. Tá magro, o diabo da Helena não tá te alimentado? E esse menino? - olhou pra mim.
Caio: Ih, tia. Te liga que tenho um lance pra te contar - veio até mim e pegou minha mão.
Tereza: Nossinhora. É esse o Fernando?
Caio: Meu namorado.
Tia Tereza: Mas é muito pequeno. Imaginei um homão pra te aguentar.
Eu fiquei ruborizado. Ela veio até mim: Olá, Fernando.
Eu: Oi.
Caio colocou pilha: Tá tímido.
Tia Tereza riu alto e me pegou num abraço surpresa: Bem vindo, uai. Eu não tenho preconceito. O tio de Caio já passou na frente do sobrinho uns 10 anos.
Caio olhou pra mim e riu: É, tenho um tio boiola.
Tereza: Respeita, trem! Ele é meu xodozinho.
Entramos em um clima bom de descontração. Fiquei sabendo que o tio de Caio, que morava em Munique e que ela havia criado, era gay. A casa era simples, Tereza era a governanta e morava alí. Uma sala bem agradável, uma sala de jantar normal e enorme, uma lareira pequena, uma cozinha fantástica. Havia retratos da família, de Helson, dos pais de seu Cá e tudo mais. Dona Tereza tinha um sotaque mineiro carregado e eu ria por achar gostoso de se ouvir. Ela levou a gente até o quarto de Caio que era bem espaço, com uma cama enorme e coisas de adolescente. Encontramos com o jardineiro arrumando uma pia do banheiro e ele cumprimentou a gente amigavelmente. Os empregados da casa eram todos bacanas de mais.
Depois de tudo, com Caio e eu sozinhos no quarto dele, o mesmo me pegou e me beijou violentamente. Tão selvagem que me machucou. Eu ria e fui tirando sua roupa mas ele não deixou: Não, amor. Agora não.
Eu: Por quê?
Ele me abraçou forte e me deu um selinho: Vamo num lugar antes.
Pegou minha mão, descemos as escadas e ele pediu a chave de um carro para dona Tereza. Ela perguntou aonde íamos e ele disse que não se demorava e acrescentou "faz do jeito que a gente combinou, tia". Ela piscou pra ele e eu fiquei sem entender. Perguntei o que diabos estavam aprontando e ele disse que logo veria. Dirigiu por uns minutos. Já estava quase escurecendo, e então entramos num cemitério. Eu entendi aonde íamos e permaneci quieto. Caio parou o carro e descemos. O lugar era bem bonito, um cemitério lindo, bem cuidado e com túmulos cheio de esculturas barrocas de anjos e santos. De mãos dadas formos até a cripta de Helson. Um enorme quadrado em mármore branco com uma escultura de anjo querubim gordinho em cima. Havia uma foto do meu cunhado risonho, parecia muito com Caio.
Caio tocou a foto e disse: Hey, maninho.
Eu fiquei calado. Apertei a mão de Caio forte sentindo uma angústia, pois eu sabia que ele sentia algo. Ele continuou: Claro que eu não ia deixar de apresentar ele pra ti, tampinha. Os dois tampinhas.
Riu e vi seus olhos marejarem. Como eu disse uma gama de vezes, em alguns momentos eu não sei dizer coisas bonitas, e quando falo saem tão sem graça. Eu queria falar algo, mas percebi que não era melhor. Caio continuou: Esse é o Fernando.
Eu ri comovido e disse: Oi, Helson.
Caio falou lentamente: Vim te apresentar o cara que mudou minha vida e que eu sou completamente apaixonado.
Olhei pra Caio e vi que agora ele chorava. Em um momento explosivo, como um big bang, tudo se apagou nessas últimas semanas. André, Minha sogra, Roberta, Minhas brigas com Caio, Nossa crise, Tudo. Eu percebi finalmente que eu amava aquele cara mais do que tudo na minha vida e que ele me amava como igual. Como pude ter ciúmes dele com Roberta, como pude deixar transparecer que estava gostando de André, como pude brigar com meu grandão e dizer que ele era o errado quando na verdade quem errava era eu? Não podia culpar ele pelas suas brutalidades, ele era um garoto como eu. Um garoto que ama outro garoto. Um garoto que cresceu com a perda do irmão, sendo lembrado pela mãe desse triste evento da maneira mais perversa possível: com palavras ruins. Com acusações e comparações. Caio sofreu tanto quanto eu. Sofria pela perda do irmão, por pensar que era culpado. Sofria pela mãe que o fazia lembrar da morte, quando devia amar o filho e viver.
Olhei pra foto de Helson: Oi, cunhado. Quero dizer que tu tem um irmão incrível. A pessoa mais fantástica que já conheci. O cara que eu amo mais que tudo. Pena que você não está aqui vivo, mas no coração de todos, você é mais vivo que qualquer outro - olhei com ternura pra Caio - e que sou o cara mais feliz do mundo por ter Caio, e que você teve sorte por ter uma irmão como ele.
Abracei Caio e chorei. Ambos em lágrimas, ambos ainda amigos, ambos amando. Eu: Caio, eu te amo, cara. Eu te amo de mais.
Caio: Eu também, Nando. Sempre vou te amar, truta.
*
Saímos do cemitério, não tristes e sim relaxados. Passeamos um pouco pela enorme cidade que ganhava mais vida com a noite. Ruas lindas e cheias de pessoas indo e vindo. Fomos pra casa do meu sogro e chegando lá notei tudo muito calmo. Caio estacionou o carro e veio até mim. De rompante, me pegou no colo de surpresa e me deu um beijo terno.
Caio com a voz rouca e carinhosa: Hoje, a noite é nossa.
Eu: Isso parece bom - falei imaginando o sexo de reconciliação.
Caio: Hoje eu sou só teu, só teu sempre.
Eu ri. Ele abriu a porta comigo ainda em seus braços. A casa estava toda com uma iluminação baixa, ele me levou pro andar de cima, ambos rindo felizes. Abriu a porta do quarto e vi que estava cheio de velas aromáticas e pétalas de flores por sobre a cama e espalhadas pelo chão. Bem clichê. Meu pau ficou duro e eu disse: Eita trem baum!
Ele me deixou no chão, ficou parado e levantou os braços. Eu adorava quando ele deixava eu tirar a roupa dele para o banho. E eu já sabia que era pra gente banhar. Estávamos meio sujos da viagem. Fui tirando sua camisa e ele ficou na ponta dos pés de propósito para dificultar a tirada da camisa. Ele tirou a minha. Desafivelei seu cinto e tirei sua calça, a pica dele já bomba e com uma mancha na cabeça, anunciando que a pica babara bastante. Conforme ia puxando sua calça, alisei suas pernas grossas e ele ria. Tirou minha bermuda e com brutalidade puxou ela com cueca e tudo mais. Alisou minha bunda com suas mãos grandes e colou a boca na minha. Meti as minhas por debaixo da cueca dele e alisei sua banda cabeluda. Ele soltou um arquejo e eu abocanhei seu pescoço. Tirei sua cueca e de meias, a gente foi pro banheiro se namorar. Não desgrudávamos nossas bocas e ele as vezes mostrava uma afobação doída. Sua pica dura, parecia ter adquirido mais quentura e eu estava morrendo de saudades de abocanhar aquele mastro enorme. Mas ele pediu paciência, queria fazer tudo na sua cama. Na nossa cama, segundo ele.
Me enxugou e nos enrolamos em toalhas. Fomos nos beijando até a cama. Ele me empurrou e eu deitei sorrindo malicioso. Olhei bem pra Caio, o corpo enxugado, o largo peito dele encoberto por uma pelugem linda contrastando com sua pele branca. A barriga definida e gominhos discretos, eu achava o umbigo dele lindo, reto, como um 0. Meu, aquele cara, o meu cara, era gato de mais. Ele tirou a toalha o pau em riste, durasso mesmo, e disse.
Caio: Vamo lá, pra nossa lua de mel?
Continua...
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É galera, nada melhor que a reconciliação. E nada melhor que conhecer "toda" a família do namorado (próximo cap)... como eu disse cumpri o prazo, no dia. Agradeço a todos que acompanham e comentam e aos que somente lê na surdina. Cês são tudebaum. Grande abraço a cada um de vocês. Flw, galera. E ah, Caio mandou um salve "diz que na na vida real, eu sou 6 vezes mais gato do que no conto". Até parece, hue. Flw, povo.