Cap.11
Ele sorriu ao ouvir aquilo...
-Obrigado... Por enfim se dar conta da realidade... - e então ele se soltou de mim e foi em direção ao banheiro. Apenas sorri.
-Espera... - falei, o segurando de novo.
-O que foi ? Eu quero tomar banho !
-Você deixa eu ir com você ?
-Tem certeza ?
-Tenho...
Fomos os dois lentamente para o banheiro, um olhando nos olhos dos outros. Ao entrarmos lá, liguei a água da banheira, começei a preparar o banho enquanto via ele se despir na outra ponta do banheiro. Nada, mas nada mais me fazia feliz como ele.
-O que você está olhando ? - ele perguntou, apenas de cueca.
-O quanto você é bonito... - ele sorriu ao ouvir aquilo.
MINUTOS DEPOIS
Estávamos os dois sentados na banheira. A espuma nos rodeava. Ele estava sentado entre as minhas pernas, deitado sobre o meu corpo.
-Pena esse momento acontecer no meio de tudo isso – ele dizia, pegando a espuma em suas mãos.
-Pois é... Espero que o nosso pai, aonde quer que esteja, aceite o que deve acontecer entre nós a partir de agora... - dizia, deslizando minhas mãos pelo corpo dele. Tocava cada parte do abdomen dele, sentia os músculos, mas também podia sentir alguns ferimentos.
-Também espero... Eu nunca quis decepcionar ele Flávio... Eu só... Me viciei em você... Como se você fosse uma droga viciante – dizia ele, sorrindo.
-Você já disse uma vez isso...
-Pois é... Eu nunca senti nada por outro homem. Só por você...
-Eu acredito... Só espero que ninguém mais se meta na nossa vida... Mas mesmo que isso volte a acontecer, eu vou defender você de tudo e de todos. Eu prometo... - disse, beijando a nuca dele... A sua cara era de felicidade incondicional. Dali para frente, seríamos mais unidos do que tudo
DIAS DEPOIS
No dia seguinte nós embarcamos para o Brasil. O clima de felicidade da noite anterior foi substituído por um clima fúnebre. Via ele viajar do meu lado olhando as fotos dele com o nosso pai.
-O que você está vendo ? - perguntei, para então ver o que ele fazia.
-Vendo fotos do papai... - dizia ele, com os olhos marejados – ah... lembro dos tempos em que ele brincava comigo... Em que ficava feliz em me ver e... Que vinha correndo para me abraçar... Vou sentir muita falta dele.
-É... Eu também...
TEMPO DEPOIS
Chegamos os dois praticamente em cima do enterro dele. Mal houve tempo para voltarmos ao nosso quarto. Foi apenas fazer aquilo, e fomos direto para o cemitério. Ao chegar lá, nos encontramos com a nossa mãe.
-Mãe... - ele gritou, correndo para abraça-la. Os dois deram um forte abraço, que logo se tornou triplo com a minha presença.
-Filhos... Que saudade de vocês... Como vocês estão bem... - dizia ela, nos olhando... Seu olhar era de enorme tristeza. Ela tinha olheiras, e seus olhos estavam inchados.
-E a senhora não está bem, não é ? - dizia eu...
-Não... Ele se foi tão de repente... - dizia ela, olhando para cima – mas eu já estou conformada... Só me resta acreditar que isso aconteceu...
MINUTOS DEPOIS
Já a beira da cama, víamos ao lado dela o caixão dele ser colocado na direção do buraco. Ouvia alguns comentários relacionados com nós dois.
“Olha, eles continuam juntos. Quantos anos que o Flávio tem mesmo ? Perto dos 30 e nem namorada tem”
“Pra mim aqueles dois são namorados”
Mas de agora em diante eu tinha prometido a mim mesmo não me deixar mais levar por nada que os outros dizem. Eu só ia pensar em nós dois. E fiquei quieto. Logo aquele caixão baixou. E pela última vez eu pude ver o rosto do meu pai. Então ele se foi de vez.
A nossa vida dali pra frente mudaria muito. Em todos os sentidos.
Continua
E ai ?? Gostaram ?? Comentem e votem por favor.
Marcos Costa: Que bom. Continue lendo :0
flor de lis: <3
arrow: As vezes eu não tenho tempo para escrever muitas páginas, então para não ficar com muito tempo sem atualizar, escrevo capítulos mais curtos.
Quelsilva: Que bom kkk
Hello: Pois é...
Beijos :)