- Más não quer dizer que eu não vou fazer agora - falou ao desabotoar os botões de sua camisa quadriculada - Agora que você está acordado pode ser todinho meu - falou jogando sua camisa no chão.
Nesse momento eu gelei, minha boa ficou seca e meu coração estava quase saindo pela boca.
Ele se aproximava cada vez mais de mim totalmente pelado, foi quando eu lembrei de tudo que tinha acontecido comigo por me entregar tão facilmente à alguém, o orgulho e a mágoa veio com tudo, não quis nem saber se Felipe era culpado ao não, só sei que não podia me entregar a um relacionamento novamente tão cedo.
- Você tá pensando que eu sou o quê? Quem disse que eu quero ser seu? Você não é nada pra mim além de um simples empregado nessa fazendo? Imagina eu, Omar Junqueira tendo relações com um caipira - sorri com deboche - Você me ajudou e estou grato por isso, agora veste suas roupas e sai daqui - falei pegando suas coisas do chão e entregando rispidamente a ele.
- Mas eu pensei que você queria e que gostasse de mim - seus olhos estavam cheios de lágrimas.
- Pensou errado e eu não sei onde estava com a cabeça quando falei tamanho bobagem, "gostar de você" - falei rindo - Me poupe - O Omar de antes havia voltado, toda a marra, o egocentrismo, o orgulho estavam de volta.
- Então me desculpe se me precipitei - falou saindo do quarto.
Vesti roupas limpas, arrumei meus cabelos lisos olhando-me no espelho, uma lágrima caiu de meu olho esquerdo, limpei-a e antes de sair falei com meu reflexo no espelho.
- Como você é lindo, volte pra lá com a cabeça erguida, faça o seu trabalho que o quanto antes você vai estar de volta na sua casa e na sua posição.
Eu me sentia horrível por ter dito aquilo a Felipe, acho que ele não merecia, mas eu não consegui achar outro jeito de fazer ele se afastar, ele estava indo rápido demais e eu não estou pronto para isso novamente, tenho medo de que eu possa sair machucado, assim como aconteceu da última vez.
...
Uma semana se passou, e por incrível que pareça tudo ocorreu bem, eu estava conseguindo fazer o meu trabalho e Felipe se mantinha afastado, eu o ignorava e ele apenas fazia o mesmo. O trabalho estava me matando, eu acordava cedo e dormia cedo, todos os dias ficava muito cansado, aquela vida de trabalhador não era pra mim.
Confesso que sentia saudades das conversas com Felipe, ele era o único com quem conversava e desde do dia em que o dispensei que me sinto muito só, querendo ou não admito que sua companhia era boa. Ok, posso ser um maldito bipolar, posso ser uma confusão, posso ser uma pessoa fechada, mais eu não suporto ficar sozinho. Descide que iria conversar com Felipe e pedir desculpas.
Já era noite, havia acabado de tomar banho, coloquei uma roupa quente e um perfume importado.
- Perfume importado na fazenda, essa é boa - sorri pra mim mesmo enquanto passava o perfume em minha pele, estava com um bom precentimento em relação à Felipe, iria explicar meus motivos em ser tão rude e grosso ele pode não querer mais nada comigo, más eu tenho que falar de qualquer jeito.
Sai de meu quarto e fui andando em passos demorados até o quarto de Felipe, bati na porta e o mesmo apenas de shorts abriu a porta, ele ficou me olhando por alguns segundos e eu já desconfortável pedi para entrar.
- Posso entrar? - perguntei olhando pro chão, ele estava tão irresistível que se olhasse pra aquele corpo iria ficar vermelho.
- Entra - eu entrei e ele fechou a porta atrás de mim. Sentei-me em sua cama e ele ainda em pé perguntou.
- O que você quer? - ele foi frio, acho que ainda estava magoado pelo jeito que eu o tratei.
- Vim te pedir desculpas, eu fui muito rude e grosseiro com você, acho que não merecia o que te falei - ele veio até mim e sentou-se do meu lado na cama.
- Eu realmente fiquei muito chateado, eu não tinha feito nada pra você, quer dizer, eu sorri quando você caiu, mas, não sabia que você ia ficar chateado - falou olhando em meus olhos - você é muito complicado, não se abre, não se permite, não se entrega, as vezes parece um bipolar - falou rindo.
- Só um pouco - ri também - Más você não sabe dos meus motivos para ser assim, de não confiar em alguém à ponto de me entregar - o sorriso que estava em meu rosto morreu, as memórias estavam vindo à tona, sem perceber deixei cair uma lágrima.
- Então me explica, se abre comigo. Pode confiar em mim - sussurrou.
FLASHBACK
A cada dia o meu amor por Felipe só crescia, eu estava completamente apaixonado por ele, chegava a ficar bobo quando ele vinha em minha lembrança, com ele eu era uma pessoa diferente, era amoroso, carinhoso e sempre queria ver ele sorrindo, o seu beijo era magnífico o sexo então nem se fala, quando estávamos juntos existia uma sintonia extraordinária entre nós, não consegui explicar isso, ele era simplesmente maravilhoso, ou eu achava que era. Era sábado a noite, estava em casa sem nada pra fazer, eu estava morrendo de saudades do Felipe, então decidi ir até sua casa e fazer uma surpresa, me arrumei todo, sai de casa por volta das 20h00 e levei apenas quinze minutos para chegar em sua casa.
Achei meio estranho pois cheguei em sua casa e não vi sinal se ninguém ali, subi as escadas em silêncio em direção ao quarto de Felipe, ouvi gemidos autos vindo de seu quarto, meu coração estava saindo pela boca e eu estava com medo do que poderia encontrar, caminhei devagar até chegar na porta do quarto, a mesma estava entreaberta, os gemidos eram altos e o som de dois corpos se chocando também. Empurrei a porta devagar abrindo-a. A cena que vi foi o suficiente para destroçar o meu coração em milhões de pedaços, como um vidro que se quebra devido a um grande impacto. Meu namorado estava de quatro em cima da cama, gemendo alto e escandalosamente, eu ainda não podia acreditar que ele havia se entregado ao Pedro, seu melhor amigo, que o comia ferozmente urrando de prazer, os dois estavam de costas para num e não me viram, as lágrimas caim abundantemente dos meus olhos, ador em meu peito era insuportável estava doendo tanto que eu estava ficando sem ar, ver a pessoa que você mais ama no mundo, aquele ao qual você pensou ser seu e apenas seu estava se entregando a a outro, estava sentindo prazer em.mr enganar e em me fazer de trouxa, a raiva tomou conta de mim e eu não me controlei mais. Voltei até a porta e num movimento rápido a fechei fazendo ela bater e um grande barulho os fazer parar. Os dois olharam pra mim ao mesmo tempo, seus olhares eram apavorados.
- Porque pararam? Continuem com essa coisa nojenta que vocês estavam fazendo, eu não queria atrapalhar - falei me virando e indo em direção à porta. Felipe após vestir um roupão de banho veio até mim segurou forte em meu braço me impedindo de sair.
- Espera Omar, vamos conversar - eu rapidamente me livrei dele.
- Me solta, nunca mais ouse tocar em mim de novo, você morreu pra mim Felipe, eu nunca mais quero olhar pra sua cara, eu nunca pensei que você seria capaz de uma coisa tão baixa assim - cuspi as palavras - Você e esse seu amiguinho me dão nojo, eu te amava muito e a dor que eu estou sentindo não vai passar tão rápido mas vai passar - as lágrimas voltaram - Porque você fez isso? - Felipe apenas ficou calado - Eu não quero te ver nunca mais, você morreu pra mim, nunca mais me procura, e podem continuar o que estavam fazendo, vocês dois se merecem.
Sai dali o mais rápido que pude, estava sofrendo muito e chorava sem parar, as semanas que se passaram eu fiquei trancado em meu quarto, não queria sair pra nada, eu apenas queria chorar.
FIM DO FLASHBACK
- Nossa, que situação - falou Felipe enxugando minhas lágrimas - Não fica assim, eu estou com você agora - falou me abraçando.
- Promete? - sussurrei em seu ouvido.
- Prometo - respondeu.
Continua...
Olá meninos e meninas tudo bom? Sei que vocês querem me matar pela demora rsrs, mas estamos ai com mais um capítulo, espero que tenham gostado, desculpem pelos erros e responderei ao comentários na próxima parte do conto que vai ser a Parte V, então aproveitem pra comentar kkk, há e não se sintam constrangidos ou tímidos, podem me chamar no whatsapp ou no email, eu sou legal (eu acho hahaha) então abrigado por ler e e até o próximo, beijos.
Email - luckinhass114@gmail.com