Ae galera! Meu nome é Murilo e estou continuando meu conto, pra quem não leu o Prologo, leia porque acho importante pra entender esse começo!
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O início do ano letivo estava pra começar, e naquele começo de Janeiro só pensava em ficar fodendo com o Nicolas. Saíamos todo dia nas férias com os amigos da escola pra andar de skate no Villa Lobos, e depois, voltando pra casa eu e o Nic passávamos num posto abandonado e entravamos na lojinha de conveniência desativada pra chupar e foder o cu um do outro. Fodemos no posto durante quase todas as férias, porque na minha casa não dava, alguns parentes que foram passar o Reveillon ficaram hospedados lá até metade do mês, e na casa do Nicolas quase não rolava mais porque o irmão mais velho dele também estava de férias da faculdade.
Em uma dessas vezes, quando estávamos saindo do parque, decidimos passar em um mercado próximo à nossa escola pra comprar coisas pra comer antes de ir pro posto. Entramos no corredor de doces e avistamos o Hugo, um garoto que estudava uma série antes da nossa, mas na época a gente só o conhecia de vista e de nome. O Hugo é um cara bem gostoso, é negro, com olhos castanhos claros, cabelo raspado e lábios grandes. Tem um corpo bem definido, e é um pouco mais alto que eu e o Nicolas, acho que na época tinha um pouco mais de 1,80. Ele estava com bermuda jeans desbotada, um pouco rasgada, uma regata branca que mostrava um pouco do peito dele, e usava um adidas preto. Assim era como ele geralmente saia de casa. Lembro das primeiras vezes que o vi na escola, lá pela terceira série, eu o achava bastante afeminado, e os garotos costumavam zoar com ele. Com o tempo o Hugo passou a ser titular no time de basquete, os garotos pararam de zoa-lo e ele começou a ser bastante disputado pelas garotas, além de ser bonitão diziam que era bem pauzudo. Ainda assim, nunca era visto com alguma namorada na escola.
O Hugo estava lá escolhendo balas, e o cumprimentei. De repente entra na seção um garoto que eu nunca tinha visto pelo bairro, ele era um pouco menor que eu, provavelmente algo em torno de 1,65, bem branquinho, mas dava pra ver que mesmo assim ele estava queimado de sol. Tinha uma postura típica de moleque marrento e um sotaque que não consegui identificar na hora. Era amigo do Hugo e cumprimentou a gente apertando nossas mãos e não falou o nome, mas começou a conversar com a gente como se já o conhecêssemos. E porra, gaguejei muito pra falar com ele, meu coração acelerou e me deu uma tremedeira estranha, como se o sangue saísse do corpo. Ele era incrivelmente lindo, com certeza um dos caras mais bonitos que tinha visto em toda vida, chegava até dar tremedeira só de olhar. Percebi que o Nicolas tinha ficado um pouco constrangido também, e tentava não olhar muito pro moleque. Nunca vou esquecer da minha reação e a do Nic, e nem de quando vi aquele moleque no mercado. Ele era tão lindo que nem parecia existir.
Ele conversava animado, as vezes mexia no saco, tentando desgrudar da perna, e costumava fazer gestos quando falava. Estava com o boné virado pra trás, vestia uma bermuda preta que batia depois dos joelhos e um moletom verde da adidas. Usava meias brancas de skate até metade da canela, com três listras pretas no topo, e que dava pra ver um pouco das panturrilhas grossíssimas dele. Nos pés calçava um tênis vans preto todo destruído, mostrando que ele também andava de skate. Tinha cabelos pretos e médios, eram lisos, mas faziam arcos atrás do boné e caiam em volta da nuca grossa dele, a franja estava colocada pra trás dentro do boné. Os olhos eram castanhos bem claros, parecia uma mistura de azul com mel, e ficavam bem apertadinhos quando ele ria. E que sorriso lindo! Quando ria as covinhas nas bochechas dele ficavam mais marcadas, e também tinha outra covinha no queixo dele. Tinha sobrancelhas bem grossas e largas mas que não se juntavam, orelhas pequenas, carnosinhas, e rosadas, numa delas tinha um brinco de argola grossa e na outra um alargador preto de uns 4mm. A boca dele era fenomenal, com um formato lindo, vermelha e bastante carnuda.
- Pô que shape dahora! Posso vê?
- L-lógico.. P-pode ver!!
Entreguei meu skate e ele ficou olhando e comentando sobre as peças do meu skate. Disse que estava pouco tempo em São Paulo, mas que já estava indo nas pistas que tem aqui e que estava se acostumando com a cidade. Eu e o Nic falávamos pouco, mas a simpatia e beleza do garoto, impedia que a gente o ignorasse, e demos atenção em tudo que ele falava. Ele parecia marrento pra caralho, mas era certamente bastante amistoso. Enquanto isso o Hugo só ia pegando coisas pra colocar na cesta de compras deles. Depois, ele me entregou o skate se despedindo e saiu pro caixa com o Hugo. O Nicolas ficou olhando pra mim, e eu pra ele. Estava sentindo uma coisa estranha, era como um ciúme pelo Nicolas ter ficado nervoso com a presença do menino, e uma espécie de peso na consciência também, porque enquanto conversava com o garoto, eu o imaginava pelado toda hora. Aquele moleque me deixou confuso, e também com muito desejo... Eu queria ele, mas também sentia medo de perder o Nicolas pro mesmo garoto, mesmo estando na cara que ele era certamente hetero. Eu e o Nicolas não éramos namorados, mas naquele dia no mercado eu senti um ciúme brutal, e ainda assim uma vontade maluca de ver o amigo do Hugo novamente, e algo me dizia que o Nic também sentia o mesmo.
- Bom, vamos pegar as coisas e passar no caixa.
- Sim, já tá tarde... O moleque não parava de falar.
- É. Hahahaha. B-bonitinho ele né?
- Sim... Bastante, parecia gringo. E nem falou o nome dele pra gente.
Como eu esperava o Nicolas também parecia gamado pelo garoto. Tentei não pensar muito nisso e fomos logo pagar as tralhas no caixa pra ir pro posto abandonado, o nosso cantinho da trepação.
A foda daquele dia foi estranha, a gente ficou metendo por horas, gozando um no cu do outro no mínimo umas duas vezes, mas parecíamos distantes. Durante toda aquela noite eu não conseguia parar de pensar no amigo do Hugo. Em alguns momentos bombando no Nic, tentava imaginar que estava fodendo com o garoto, tentava lembrar do rosto dele, o sorriso, aquela boca gostosa, aquelas pernas grossas... Naquele dia, todas as vezes que gozei com o Nic, a imagem daquele menino do mercado vinha a minha cabeça, e não saiam por um bom tempo.
Deu onze horas e minha mãe me liga pra ir pra casa. Nos despedimos, cada um foi pra sua casa, com um sentimento estranho, e um desejo em comum. Passamos o resto das férias dessa maneira, com carinho um pelo outro, sempre com vontade de nos ver, mas com o peito sendo torturado. Pelo menos o ano letivo estava pra começar, e poderíamos colocar a cabeça em outros pensamentos.