DIAMONDS – II
Thiago
Trabalhar no Diamonds estava me animando cada vez mais, as noites eram sempre imprevisíveis, os frequentadores do local eram dos mais variados tipos iam desde comerciantes locais a políticos e no pouco tempo em que estive lá vi até alguns artistas que iam satisfazer suas taras com os meninos. Eu gostava de ver, mas as poucas vezes que um ou outro cliente me abordava eu me negava a fazer esses programas. Não gostava da ideia do sexo por dinheiro, acho que isso me lembrava André que transou comigo por tanto tempo apenas de olho no valor que recebi da apólice de seguros de minha mãe. Por sorte nem todo o dinheiro estava guardado na conta que ele limpou e eu pude me mudar de cidade e estado e ainda recomeçar naquele lugar fora do comum.
Naquela cidade os dias eram quentes e as noites frias, parecia um deserto sob este aspecto e eu muitas vezes no meu quarto de pensão passava a noite imaginando o dia em que conseguiria a minha vingança. Lady Nara havia me garantido mais de uma vez que eu veria os meus desejos serem satisfeitos um a um e como sua palavra sempre se fazia valer, eu não duvidava em nenhum momento de que receberia o que pedi. Mais uma vez me levantei daquela cama e quando estava de saída a senhora que tomava conta da pensão me chamou.
- Meu filho, boa tarde! – Ele era um velhinha simpática da qual eu gostava muito.
- Boa tarde D. Ione, como está? – Falei me encostando ao balcão, afinal ainda tinha tempo até o meu horário no Diamonds.
- Estou bem, mas preciso conversar com você! – Ela falou séria.
- Pode falar. – Me empertiguei aguardando para saber qual seria o assunto da vez.
- Meu filho, eu recebi uma proposta de uma construtora e eles querem comprar esse casarão. – Fez uma pausa olhando em volta como se já sentisse saudades do lugar – Bom, eu acabei aceitando e eles me pagaram uma taxa extra para que eu me mudasse daqui dentro de um mês. – Ela falou me olhando, D. Ione sabia da minha história pela metade, achava que eu era órfão de pai e mãe e que estava naquela pequena cidade trabalhando como vigia noturno em uma boate, não tive coragem de dizer que trabalhava no Diamonds para aquela senhorinha que recebia visitas do padre da cidade, dia sim, dia não.
- Um mês... – Falei um pouco preocupado, mas mais pela questão do apego ao local, pois com o dinheiro guardado e o que estava recebendo no Diamonds eu poderia arcar com as despesas de um aluguel.
- Sim, um mês e eu estou falando com você, pois acredito que você possa precisar de um tempinho para se organizar. – Ela pousou sua mãozinha enrugada na minha e imediatamente eu lembrei de minha avó. Sorri.
- Tudo bem D. Ione. Obrigado por me avisar e vou começar a procurar algo para mim! – Sorri e lhe beijei a mão como se pedisse a benção, ela me deu e saí. No caminho para o trabalho eu sempre passava na frente do meu antigo trabalho, também passava em frente aa uma fábrica de plásticos e levava o meu uniforme dentro de uma mochila de couro cor vinho que eu amava, havia sido um dos últimos presentes que minha mãe me dera antes de falecer. Andava despreocupado até que na frente da fábrica o grande portão foi aberto e um carro sedan muito bonito e com cara de ser caro saiu. Fiquei aguardando que ele passasse e olhando para uma árvore onde um gatinho estava escondido. Consegui me equilibrar ali e o gatinho virou a cabeça para a direita e miou. Peguei-o e o coloquei no chão fiz um carinho nele e o bichinho de retesou inteiro para receber o afago, ele era amarelado e magrinho com olhos muito verdes.
Continuei andando depois disso e o gato me seguindo, ele não entrou no Diamonds, fui até a minha estação de trabalho e depois de lavar as mãos organizei algumas coisas e fui ao vestiário do local, passei pela cozinha e vi que ainda não funcionava. O local estava praticamente deserto, mas eu sabia que ela estava lá, o perfume de Lady Nara se impregnava ao ambiente de uma forma que ela deixava mostras de sua passagem. Tirei minha roupa, me molhei, passei um óleo corporal de maracujá e vesti apenas uma jock strap, que ela havia me dado. Peguei o celular e digitei.
“Está no escritório Lady Nara?”
“Sim, o que quer?”
“Sozinha? Preciso falar com a senhora” – Digitei sentindo um arrepio gostoso descer por minha espinha.
“Sim, sozinha. Suba!” – Ela nem tinha ideia do que passava pela minha cabeça, desde a primeira vez que nós transamos, uma amizade incomum cresceu e se fortificou entre nós, ela era sempre ativa comigo, na cama uma dominadora nata, mas depois era super carinhosa e atenciosa, gostava de me banhar e cuidar de mim como se eu fosse um bebê, tenho certeza que se sua compleição física permitisse ela me carregaria nos braços até a banheira depois de cada transa.
Subi as escadas com o uniforme na mochila, descalço, apenas de jock. Na frente do seu escritório havia uma porta espelhada onde parei para me olhar por um momento, eu estava com o corpo completamente liso, a barriga que antes eu detestava estava bem menor, meu corpo que sempre foi branco estava ainda mais visto que eu pegava pouco sol e a bunda estava extremamente apetitosa naquela cueca, ela iria adorar. Bati devagar e lá de dentro ela falou: “Entra, Thi!” – Juntei a coragem necessária para virar a maçaneta e entrei, ela estava vestida com uma camisa de tecido branca, com um corte masculino, uma calça jeans escura e sapatilhas que imitavam sapatos sociais masculinos, os cabelos presos num coque e minha boca secou enquanto seus olhos me perscrutaram por inteiro.
Me aproximei daquele jeito de sua mesa e vi seu olhar embasbacado a me encarar. Deixei que a minha mochila caísse em uma das poltronas e dei uma voltinha, ao olhar para a minha bunda ela soltou um “puta que pariu” bem baixinho e eu sorri.
- Deita na cama, fica de frango assado e não se toca! – Ela disse se recostando ao espaldar da grande cadeira acolchoada de seu escritório. – Mais um coisa, hoje você vai ser castigado por me fazer ficar assim. – De início eu não entendia, mas com o tempo passei a perceber o quanto aquela entrega de minha parte fazia com que Lady Nara ficasse molhada e completamente maluca por mim. Dei as costas e ouvi o seu suspiro, dei uma rebolada quase imperceptível e ela suspirou de novo. Naquela tarde Nara me mostrou o quão longe ela podia chegar, o quão longe eu aguentava ir sob o seu julgo na cama, gozamos como dois desesperados, gritando, arfando, suados e completamente hipnotizados um pelo outro.
- Nara... – Eu falei arfando deitado ao seu lado, o vibrador ainda estava ligado.
- Thi, foi uma delícia... – Ela sorriu – Você tá me saindo um puto melhor que a encomenda! – Conversamos um pouco mais e depois fomos para sua banheira. – Um pecado te lavar agora, o teu cheiro está perfeito – Ela falou molhando aquela esponja vegetal na água.
- Estou fedendo a suor. – Falei passando um pouco de água no meu rosto.
- Está cheirando a sexo, meu querido! – Ela sorriu travessa – caralho, você é muito gostoso Thi, sua pele é macia demais...
- Para Nara – Falei envergonhado. – Não sou nada disso.
- Eu sei que aquele idiota minou muito da sua autoestima, mas não se engane bebê, você é perfeito. – Eu sabia que ela era sincera, que ela pensava isso de mim, mas para mim era difícil crer em qualquer coisa desse tipo.
- Que nada, todos os outros caras que trabalham aqui recebem cantadas...
- Você também recebe, e eu corto um dobrado pra não ficar enciumada. – Ela beijou o meu pescoço.
- De bêbados... – Falei rindo de mim mesmo.
- Eu ainda vou mudar essa visão que você tem de si mesmo! – Falou e foi mais uma promessa, mas nesta eu não acreditei. Os dias passaram e meu “caso” com Nara ganhava cada vez mais nuances, ela me dava atenção e tudo mais que eu precisava sem me prender em um relacionamento, que era tudo o que eu não queria naquele momento. Conversávamos muito e poucos dias antes de me mudar para uma kitinete ela me chamou mais cedo ao Diamonds, entrei achando que teríamos mais uma tarde de sexo selvagem, mas ela me levou nos fundos do estabelecimento. – Entra aqui! – Quando vi era um pequeno quarto conjugado, estava sujo e precisava de uma pintura e arrumação, mas era algo do tamanho do que eu havia alugado e muito mais arejado. – Eu mandei construir para que um empregado pudesse dormir aqui, mas ele prefere morar fora... Então, se você quiser ficar aqui não tem problema.
- Mas quanto você me cobraria? – Perguntei já gostando do lugar. Ela se aproximou de mim e colocou a mão dentro da bermuda que eu usava e apertou o meu bumbum.
- Ah tá! – Sorri e aceitei sua proposta. Naquele mesmo dia eu fiz uma limpeza caprichada no local e no dia seguinte me mudei para lá, comprei uma cama, televisão, geladeira e um fogão, tudo simples, mas de qualidade. Depois comprei os galões de tinta e pintei tudo, ficou até charmosinho, passaria por um loft com certeza. Logo os meus dias e noites entraram na rotina novamente, me dava bem com a maioria dos garotos, tinha um que sempre me olhava de um jeito desconcertante e apesar de ser um belo exemplar de macho eu tinha medo dele, por ser muito exibido, o Bruno sempre que me via no local parava e me encarava, sorria, pegava no pacote como se mostrasse tudo o que havia ali dentro e por vezes eu imaginava ele me comendo, mas logo passava era algo mais de atração do que qualquer outra coisa.
No dia do meu aniversário Lady Nara quis me dar o dia de folga, porém como eu não tinha para onde ir e nem com quem comemorar preferi ir trabalhar e foi a primeira vez que o vi. Eduardo era o seu nome, mas até aquele momento eu não sabia disso, ele é um homem negro, estava vestido de paletó sem gravata e uma calça social que deixava e muito para a imaginação como a minha, a boca farta, cabelos raspados, brincos masculinos em cada uma das orelhas, ele tirou lentamente o paletó e vi que a camisa era um pouco mais colada em seu corpo e para completar o pacote ele era muito alto, mais de um e noventa com certeza. Servi dois drinques ao Bruno que estava levando para o um cliente com quem ele possivelmente passaria noite, ele olhou para o homem e lambeu os lábios, não gostei, mas não podia fazer nada também. tratei de cuidar das taças.
Ele veio andando com aquele gingado, com o paletó em cima do braço, sentou-se no bar e girou lentamente na banqueta como se estudasse cada parte do ambiente, ele era um homem seguro dava para notar. No final do giro estava eu, suando de nervoso por estar frente a um espécime raro como aquele, seu cheiro invadiu o meu nariz e eu quase caí de tão bom que era.
- Boa noite – Ele disse com a voz descontraída, simpático, a maioria só me pedia os drinques e dispensavam a educação – Tudo bem? – Ele estendeu a mão e eu coloquei a taça no pequeno balcão e lhe estendi a minha mão.
- Boa noite senhor! – Sorri de forma tímida, tive a impressão que se me mostrasse muito ele iria entender o quanto eu o desejava.
- Me chamo Eduardo e você? – Ele sorriu e seus brincos brilharam, mesmo com a pouca iluminação do lugar.
- Eu sou Thiago! – Sorri tímido de novo.
- Acho que aqui vocês não vendem cerveja, não é? – Ele perguntou de forma despretensiosa, lhe entreguei a nossa carta com cervejas importadas e algumas mais baratas, mas igualmente finas. Ele olhou cuidadosa e calmamente como se fosse um grande conhecedor daquela bebida e eu acreditei que era mesmo. – Não conheço nenhuma dessas – Admitiu por fim e sorriu – Me vê um negrone mesmo! – Ele falou e eu sorri.
- É pra já! – Fiz o drinque lhe olhando o tempo todo, ele me encarava.
- Muito bom, fazia tempo que não tomava um drinque tão bem feito – Falou após dar o primeiro gole e sorriu, depois ele olhou novamente ao redor do salão e se voltou para mim. – Essas são as opções de garotos que vocês têm por aqui? – Ele falou como se me contasse um segredo, quando me aproximei dele notei que ele puxou o ar com mais força me deixando vermelho de vergonha.
- Sim, não gostou de nenhum? – Perguntei impressionado.
- São todos... Sei lá... Meio perfeitos demais... – Ele falou de forma cumplice, eu sorri. Queria muito conversar com ele, mas era impossível o tempo todo chegavam pessoas querendo este ou aquele drinque e eu me desdobrava tendo em vista que o novo rapaz que ficava no outro bar, apesar de fazer as coisas direito ainda era lento. Me entreti até passar da meia noite e vez ou outra eu lembrava de sua presença, ele me pedia para repor o negrone e eu sempre lhe sorria.
- O senhor quer mais um? – Perguntei quando vi o horário, nós estávamos perto de fechar. Alguns garotos ainda atendiam clientes tardios em suas suítes, Lady Nara havia se recolhido mais cedo por causa de uma indisposição e eu estava hipnotizado por aquele homem, até as gotinhas de suor dele eram bonitas.
- Quero sim. – Ele me olhou – Você gosta de trabalhar aqui?
- Gosto, apesar do ambiente aqui é tudo bem tranquilo – Sorri enquanto colocava as quantidades de bebida na coqueteleira.
- Imagino... – Ele parecia ponderar algo – Olha Thiago, não quero que se ofenda com o que vou perguntar, mas em outras casas como essas os barmens também fazem um ou outro programa... – Ele me olhava o tempo todo medindo a minha reação, eu terminei de chacoalhar o drinque e servi em sua taça – Você... – Ele queria me perguntar, mas estava com vergonha, só que eu não ia facilitar a vida dele, fiz uma expressão como se não tivesse entendido o que ele queria perguntar – Você... Faz? - Falou por fim e o coitado quase suou.
- Não, nunca fiz! – Algo se apagou em sua expressão.
- Entendo! – Ele sorriu tímido e eu o achei fofo.
- Sexo só por prazer! – Sorri safado lhe encarando e ele entendeu as minhas palavras. Não me reconheci, eu dando em cima de um homem daqueles e nem tinha bebido nada. Ele sorriu e pela última vez naquela noite rodou sentado naquele banco e depois se despediu de mim, o homem havia bebido muito, mas não demonstrava estar nem um pouco embriagado e logo eu percebi que ele era assim. Eduardo se tornou um cliente fixo do bar, ia lá duas ou três vezes por semana, bebia um pouco e depois ia sem nunca ficar com nenhum menino, ele sempre me lançava olhares fortes cheios de luxúria e eu sabia o quanto o desejava, pois passei a fantasiar com ele sempre. Imaginando sem camisa, aquele corpo trabalhado de academia, os músculos brilhando suados e entumecidos, as veias saltadas, o cheiro doce e amadeirado que se desprendia dele, mesmo quando eu notava que seu perfume estava mais fraco. Meu deus, como eu o desejava.
Isso não passou desapercebido por Lady Nara que em uma das vistas que me fez, logo após transarmos novamente ela falou: - Vi aquele rapaz conversando com você todas as noites no bar, ele recusa os garotos... – Ela jogou.
- Que rapaz? – Me fiz de desentendido.
- Não se faça de bobo, se tem algo que você não é, é sonso... Então vamos lá! – Me instigou a falar mais, notei que havia um fundo de ciúme nela e resolvi brincar.
- Ciúmes não combinam com você, Nara! – Lhe olhei de rabo de olho e vi que a peguei no pulo.
- Só quero lhe dizer que se você quiser se deitar com ele, tenha cuidado, que seja aqui dentro. Não gostaria de ver o seu coração machucado novamente! – Ela se recuperou rápido e me mandou aquela bomba.
- Tudo bem, mas acho que ele não tem interesse... Quero dizer, na primeira noite em que veio aqui, ele até perguntou, mas eu neguei e desde então o Edu vem só conversar... – Falei lembrando de nossas conversas, das coisas que ele me falou como se fossem segredo e das outras coisas mais que ele falava rindo e me fazendo rir. Notei o quanto eu sentia sua falta nos dias em que não aparecia.
- Olha, tem muitos clientes perguntando de você... – Ela disse me arrancando dos meus devaneios – Deixa eu fazer um leilão? – Ela me olhou com volúpia – Vou adorar ver os machos te desejando, querendo essa tua pele...
- Leilão? - A ideia de repente não me pareceu de todo ruim.
- Sim, eu reúno alguns dos caras que já me procuraram perguntando por você, fecha a ala do bar e te ofereço a eles, ninguém conhece mais os teus atributos que eu. – Ela falou sorrindo e me peguei pensando no quanto eu queria Eduardo naquele leilão, o quanto eu desejava que ele desse o lance mais alto e me tomasse para si.
- Será? - Falei em dúvida.
- Vamos, você não precisa virar funcionário do bordel, é só uma forma de você ganhar um dinheiro a mais e se divertir também, garanto que os homens que me procuraram são lindos! – Ela falou se vestindo – Preciso ir, mas pensa bem! – Ela vestiu a camisa e quando estava na porta.
- Nara! – Falei antes que ela deixasse o quarto.
- Oi – Ela falou já sabendo o que vinha pela frente.
- Eu aceito, mas chama o Eduardo! – Eu disse como se fosse uma condição para aceitar.
- Puto! – Ela falou sorrindo da porta do quarto. Os preparativos começaram rapidamente, ouvi uns cochichos de alguns dos garotos meio que se perguntando: “O que a Nara tá pensando? Leiloar esse balofo, vai trazer má fama ao estabelecimento”, em outros tempos aquilo teria me derrubado, mas percebi que o tom era de inveja. O leilão começou no sábado a noite, ela me mandou vestir uma roupa bem safada, mas bem simples. Uma regata bem cavada e um shortinho curto, desses de academia, mas o achei curto demais, calcei o tênis e saí. Vi a sala lotada, haviam vários dos clientes regulares, muitos deles eu servia em suas mesas, alguns já de idade, outros coroas lindos, alguns jovens, uns malhados e outros gordinhos. Sorri para todos e o procurei, não o vi, talvez ele não tivesse aceitado. Mas de repente Edu entrou por uma porta lateral, usando um terno escuro, novamente sem gravata, sentou-se numa mesa e li seus lábios: “Um negrone, por favor”, me excitei ao ver o movimento de seus lábios.
- Boa noite meus queridos, hoje leiloaremos uma noite com o Thiago! – Ela falou e vários aplausos se fizeram ouvir, meu rosto queimou de vergonha. – Olha como ele é fofo, todo rosadinho de vergonha – Vi alguns dos homens ali rindo, mas Eduardo mantinha uma máscara de seriedade, quase como se pudesse estivesse entediado. – Bom, vamos continuar, não é? Posso falar um pouco sobre os dotes desse rapaz, ele é fogoso – Ela foi enumerando as coisas que dizia de mim, levantando os dedos, falou dez qualidades. A maioria sexuais, mas estava muito bom de se ouvir, no fim ela me fez virar de costas, levantou a regata e deu um tapão na minha bunda. – Então, vamos começar com um lace de 8.000,00 reais! – Ela falou.
Logo muitas plaquinhas de lances eram levantadas, eu perdi a contagem rapidamente, mas a tristeza de não vê-lo levantar a placa nenhuma vez me pegou e eu estava envergonhado por ter pedido a sua presença ali, só queria ir embora e me trancar em meu quarto. Nara no entanto parecia muito satisfeita e eu desconfiei que ela tivesse contado algo para ele quando fez o convite. Tomei o gole de um drinque que estava ali a minha disposição, foi então que ouvi: - Quem dá mais? Temos um lance de cinquenta e cinco mil! – Olhei em volta e quem segurava a plaquinha do último lance era um senhor que eu já havia visto algumas vezes por lá, sei que ele era dono de fazendas na região e que curtia e muito BDSM, era um dominador conhecido na casa, é tanto que Nara só deixava em suas mãos os garotos mais submissos dali, apesar dos nossos joguinhos, eu não gostava de dores fortes. Minha boca estava seca e tudo aquilo parecia um circo.
- Sessenta mil! – Olhei em volta e era ele que segurava a plaquinha, rapidamente Nara bateu o martelo, e eu havia sido vendido por uma noite inteira para Eduardo, como eu queria. O preço fora alto, mas eu estava disposto a fazer o que ele quisesse. Quando estava de saída, ele foi acertar o pagamento com Lady Nara e eu fui para o salão.
- Hum, que delícia! – Aquela voz! André!
Gelei completamente quando vi seu rosto.
- O que você faz aqui? – Perguntei quase desesperado.
- Vim conhecer o local, e você com essas roupas... Aqui... – Olhei em volta e Nara nos olhava de longe, Eduardo veio em minha direção dando passos largos.
- Licença carinha – Falou se dirigindo ao André – Essa noite ele é todo meu! – Ele me olhou com desejo e por um minuto esqueci do André ali.
- Me dá só um minuto? – Pedi para o Edu e corri em Nara. – Aquele é o André! – Falei desesperado.
- Eu sei! –Ela falou calmamente. – Quanto ele te deve? – Ela perguntou.
- Em dinheiro? – Perguntei confuso.
- Sim.
- Uns 20 mil reais! – Falei arredondando o valor. Os dois homens me olhavam de uma forma que me despia, como se eu já não estivesse quase nu.
- Vem! – Eduardo me pegou pelo braço e fomos em direção à melhor suíte do Diamonds, muitos dos garotos me olhavam sem entender como um homem como aqueles havia pago a maior quantia em todos os leilões que aquela casa já havia realizado. Quando entramos na suíte minha cabeça rodava dos últimos acontecimentos, ele me tomou com força e vontade e me beijou de forma dominante. Ele quase se dobrava para alcançar minha boca e sua mão passeou por todo o meu corpo.
- Lady Nara disse tudo o que você gosta! Hoje eu vou te mostrar que um pau de verdade nem se compara com um vibrador! – Puta que pariu que homem é esse?
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