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- Aí – gritei, puxando a mão do fogão e automaticamente levando-a até a boca.
– Você está bem, Flor? – Travis me perguntou, arrastando os pés no chão e enfiando uma camiseta pela cabeça. – Cacete! O chão está congelando!
Abafei uma risadinha enquanto o observava pular de um pé para o outro até que as solas se acostumassem ao piso frio.
O sol mal tinha acabado de surgir por entre as persianas e todos os Maddox, exceto um estavam dormindo profundamente. Empurrei a antiga forma de estanho mais para o fundo do forno e depois fechei, virando-me para resfriar os dedos debaixo da torneira.
- Pode voltar pra cama. Eu só tinha que por o peru no forno.
- Você vem? – ele me perguntou, envolvendo os peitos com os braços para se proteger do frio.
- Vou.
- Vai na frente – disse ele, apontando para a escada. Travis arrancou a camiseta quando enfiamos as pernas sob as cobertas puxando o cobertor até o pescoço. Ele me apertou forte enquanto tremíamos de frio, esperando o corpo se aquecer no pequeno espaço entre nossa pele e as cobertas.
Senti seus lábios no meus cabelos, e depois os movimentos em sua garganta enquanto ele falava.
- Olha, Flor. Está nevando.
Eu me virei para olhar pela janela. OS flocos brancos só eram visíveis sob o brilho do poste da rua.
- Parece natal. – falei, com a pele finalmente aquecida encostado na dele.
Travis suspirou e eu me virei para ver a expressão no seu rosto.
- Que foi?
- Você não vão estar aqui no natal.
- Eu estou aqui agora.
Ele levantou um dos cantos da boca e se inclinou para beijar meus lábios. Eu recuei e balancei a cabeça.
- Trav...
Ele me pegou com mais força e abaixou o queixo, com determinação nos olhos castanhos.
- Tenho menos de vinte e quatro horas com você, Flor. Vou te beijar. Vou te beijarr muito hoje. O dia inteiro. Em todas as oportunidades que eu tiver. Se você quiser que eu pare é só falar, mas, até você fazer isso, vou fazer cada segundo do meu último dia com você valer a pena.
- Travis...
Pensei por um instante e cheguei a conclusão de que ele não tinha nenhuma ilusão quanto ao que aconteceria quando me levasse de volta pra casa. Eu tinha ido até ali para fingir, e, por mais difícil que fosse para nós dois depois, eu não queria lhe dizer não.
Quando ele percebeu que eu estava encarando seus lábios, o canto de sua boca se ergueu de novo, e ele se abaixou para pressionar sua boca macia na minha. O começo foi doce e inocente, mas, no momento em que seus lábios se abriram, acariciei a língua dele com a minha. Seu corpo ficou instantaneamente tenso, e ele inspirou fundo pelo nariz, pressionando o corpo no meu. Deixei o joelho cair para o lado, enquanto ele vinha para cima de mim, sem nunca tirar a boca da minha.
Travis não perdeu tempo e tirou minha roupa e , quando não havia mais nenhum tecido entre nós, ele se agarrou as videiras da cabeceira de ferro da cama e, em um movimento, estava dentro de mim. Mordi o lábio com força, abafando o grito que teimava em sair pela garganta. Ele gemeu com a boca encostada na minha, e pressionei os pés no colchão, me ancorando para que pudesse erguer o quadril e alcançar o dele.
Com uma das mãos no ferro da cama e a outra na minha nuca, ele me penetrava repetidas vezes, e minhas pernas tremiam com seus movimentos firmes e determinados. Sua boca buscava a minha e eu podia sentir a vibração de seus profundos gemidos em meu peito, enquanto ele mantinha a promessa de fazer com que nosso último dia juntos fosse memorável. Eu poderia passar mil anos tentando bloquear aquele momento da memória, e ele ainda arderia em minha mente.
Uma hora tinha se passado quando fechei os olhos com força, e casa nervo meu estava concentrado nos tremores do meu cu. Travis prendeu a respiração quando me penetrou de pela última vez. Caí de encontro ao colchão, completamente exaurido. O peito musculoso dele subia e descia com sua respiração profunda. Ele estava sem fala e pingando suor.
Ouvi vozes lá em baixo e cobri a boca , dando risadinhas por causa do nosso comportamento impróprio. Travis se virou e ficou analisando meu rosto com seus ternos olhos castanhos.
- Você disse que só ia me beijar – falei, com um largo sorriso no rosto. Enquanto eu estava ali deitado, encostado em sua pele desnuda e vendo o amor incondicional em seus olhos, deixei de lado a decepção, a raiva, o medo, e minha determinação teimosa. Eu o amava e, não importava quais fossem meus motivos para viver sem ele, eu sabia que não era isso que eu queria. Mesmo que eu não tivesse mudado de idéia, era impossível para nós dois ficarmos afastados um do outro.
- Por que a gente não fica na cama o dia inteiro? - ele sorriu.
- Eu vim aqui pra cozinhar, lembra?
- Não, você veio aqui pra me ajudar a fazer isso daqui a oito horas.
Pus a mão no rosto dele; a urgência de por fim ao nosso sofrimento tinha se tornado intolerável. Quando eu dissesse a ele que tinha mudado de idéia e que as coisas voltariam ao normal, não teríamos que passar dia fingindo. Poderíamos passar o dia comemorando em vez de fingir.
- Travis, acho que a gente...
- Não fala nada. Não quero pensar nisso até que seja inevitável.
Ele levantou e vestiu a cueca caminhando até onde estava a mala. Jogou minhas roupas na cama e depois colocou a camiseta.
- Quero me lembrar do dia de hoje como um dia bom.
Preparei ovos para o café da manhã e sanduiches pra o almoço e, quando o jogo teve inicio, comecei a preparar o jantar. Travis ficou atrás de mim em todas as oportunidades,envolvendo minha cintura com os braços e colando os lábios no meu pescoço. Eu me peguei olhando de relance para o relógio, ansioso para conseguir ficar um momento sozinho com ele e lhe contar a minha decisão. Estava louco pra ver o olhar em seu rosto e para recomeçarmos de onde havíamos parado.
O dia foi repleto de risadas, conversas e reclamações de Tyler sobre as constantes demonstrações de afeto de Travis.
- Vão para o quarto, Travis! Meu Deus! – Tyler resmungou.
- Você está adquirindo um terrível tom de verde – disse Thomas, provocando o irmão.
- É por que eles estão me dando náuseas. Não estou com ciúmes babaca – Tyler respondeu com desdém.
- deixe os dois em paz, Ty – disse Jim ao filho em tom de aviso.
Quando nos sentamos para jantar, Kim insistiu que Travis cortasse o peru. Sorri enquanto ele se levantava, orgulhoso, para atender ao pedido do pai. Fiquei um pouco nervoso até que choveram elogios. Não hora em que servia a torta, não havia mais nenhum pedaço de comida na mesa.
- Será que eu fiz comida suficiente? – dei risada.
Jim sorriu, puxando o garfo para se preparar para a sobremesa.
- Você fez bastante, Kevin. A gente só quis se esbaldar até o próximo a menos que você queira fazer tudo isso no natal. Você é um Maddox agora. Te espero em todos os feriado, e não é pra cozinhar.
Olhei de relance para Travis, cujo sorriso tinha se desvanecido, e meu coração se afundou no peito. Eu tinha que contar logo para ele.
- Não diz isso pra ele, pai – falou Trenton – ele tem que cozinhar sim. Eu não comia assim desde que tinha cinco anos.
Ele enfiou na boca meia fatia de noz-pecã, gemendo de satisfação.
Eu me senti em casa, sentado em volta de uma mesa cheia de homens se reclinando na cadeira, esfregando a barriga cheia. Fui tomada pela emoção quando me pus a imaginar o natal. A Páscoa e todos os outros feriados que eu passaria naquela mesa. Meu único desejo era fazer parte daquela família bagunceira e barulhenta que eu adorava.
Quando a torta acabou, os irmãos de Travis começaram a limpar a mesa e os gêmeos foram lavar a louça.
- Eu faço isso – falei, me levantando.
Jim balançou a cabeça em negativa.
- Não faz, não. Os meninos podem cuidar disso. Você vai descansar no sofá com o Travis. Vocês já trabalharam duro, filho.
Os gêmeos ficaram jogando água um no outro, e Trenton soltou um palavrão quando escorregou em uma poça e derrubou um prato. Thomas xingou os irmãos e foi buscar a vassoura e a pá para recolher os cacos de vidro. Jim deu uns tapinhas no ombro dos filhos e depois me abraçou antes de se retirar para dormir.
Travis pôs as pernas no meu colo e tirou meus sapatos, massageando a sola dos meus pés com os polegares. Reclinei a cabeça e suspirei.
- Esso foi o melhor Dia de Ação de Graças que tive mos desde que minha mãe morreu.
Ergui a cabeça para ver a expressão dele. Travis estava sorrindo, mas havia uma pontinha de tristeza nesse sorriso.
- Estou feliz por estar aqui e para presenciar isso.
A expressão dele se alterou e me preparei para o que ele estava preste a dizer. Meu coração socava no peito, na esperança de que ele me pedisse para voltar, para que eu pudesse dizer “sim”. Las Vegas parecia um passado distante, agora que eu estava no lar da minha nova família.
- Eu estou diferente. Não sei o que aconteceu comigo em Vegas. Aquele não era eu. Fiquei obcecado pensando em tudo aquilo que poderíamos comprar com aquele dinheiro. Eu não vi como você ficou magoado por eu querer te levar de volta para aquilo, mas no fundo eu acho que sabia. Eu fiz por merecer você ter me largado. Mereci todo o sono que perdi e mereci todo o dor que senti. Eu precisava de tudo aquilo para me dar conta do quanto eu preciso de você, e do que estou disposto a fazer para te manter na minha vida.
Mordi o lábio, impaciente para chegar a parte em que eu diria “sim”. Eu queria que ele me levasse de volta para o apartamento, para passarmos o resto da noite comemorando. Eu mal podia esperar para relaxar no sofá novo com Totó, assistindo a filmes e rindo, como costumávamos fazer.
- Você disse que não queria mais nada comigo, e eu aceito isso. Sou uma pessoa diferente desde que te conheci. Eu mudei.... para melhor. Mais não importa o quanto eu me esforçar, parece que não consigo fazer as coisas direito com você . Nós éramos amigos primeiro, e eu não posso te perder Beija-Flor. Eu sempre vou te amar, mas, se não consigo te fazer feliz, não faz muito sentido ter você de volta. Não consigo imaginar com nenhuma outra pessoa, mas vou ficar feliz, contanto que a gente continue amigos.
- Você quer que a gente seja amigos? – perguntei, as palavras ardendo em minha boca.
- Eu quero que você seja feliz. E farei o que for preciso para que isso aconteça.
Minhas entranhas se contorceram ao ouvir essas palavras, e fiquei surpreso ao perceber como era forte aquela dor. Ele estava desistindo de mim, exatamente quando eu não queria. Eu podia ter falado a ele que havia mudado de idéia e ele teria voltado atrás em tudo o que acabara de dizer, mas eu sabia que não era justo para nenhim de nós continuar juntos logo quando ele havia se libertado.
Sorri para lutar contra as lágrimas.
- Aposto cinqüenta paus que voce vai me agradecer por isso quando conhecer a pessoa que será seu futuro ou futura esposa.
Travis juntou as sobrancelhas numa expressão triste.
- Essa é um aposta fácil. A única pessoa com quem eu um dia me casaria acabou de partir meu coração.
Não consegui forçar um sorriso depois dessa. Limpei os olhos e me levantei.
- Acho que já está na hora de você me levar pra casa.
- Ah, vamos, Beija-Flor. Desculpa, não teve graça.
- Não é isso, Trav. Eu só estou cansado e proto para ir casa.
Ele inspirou com dificuldade e, concordando, se levantou. Nos despedimos dos irmãos dele e pedia a Trenton que mandasse um “tchau” para Jim por mim. Travis estava parado na porta com nossas malas enquanto todos combinavam de voltar no natal. Mantive o sorriso no rosto até passar pela porta e sair dali.
Quando Travis me acompanhou no caminho até o Morgan, seu rosto ainda tinha um ar triste, mas o tormento não estava mais lá. No fim das contas, o fim de semana não tinha sido uma armação para tentar me reconquistar. Tinha sido um encerramento.
Ele se inclinou para me beijar no rosto e segurou a porta, mantendo-a aberta, esperando que eu entrasse.
- Obrigado por hoje. Você não sabe como deixou minha família feliz.
Parei no começo da escada.
- Você vai contar a eles, não vai?
Ele olhou para o estacionamento e depois para mim.
- Tenho certeza de que eles já sabem, Você não é o único que consegue fazer cara de paisagem, Beija-Flor.
Fiquei encarando Travis, chocado, e, pela primeira vez desde que nos conhecemos, ele foi embora sem olhar para trás.
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CONTINUA.....
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CINTIA C: Agora foi o Kevin que se “ferrou” rsrsrs <3 <3
MATHSXD: tbm não tava lembrando, até eu ler de novo kkkk <3 <3
MARC01CL: O Kevin já tinha deixado todas as suas “amarras” de lado, mas como o Trav falou aquilo ele “não quis” mais falar, acho que ele foi é bem orgulhoso, deveria ter pedido pra voltar, mais não, tem que fazer sempre pelo modo mais difícil, se a gente já complica as coisas ele é bem pior.... Esse “ficar longe que vai ser melhor” no mundinho do Kevin existe, pelo Travis eles não teriam nunca se separado. Eles são um, como diz o titulo, um Belo Desastre kkkk as imperfeições de um completa as do outro srsrs Beijos meu lindo!!!! <3
HB: Acho que quase todos ficaram com dó dele rsrs ia ser nesse, o Kevin mudou de idéia só que “tarde de mais”, mas o Travis tinha que falar aquilo kkkkmas eu acho que no próximo capitulo não vai ser muito deprê não hahaha Beijos meu lindo!
GORDIN.LEITOR: Own, foi mau meu lindo kkk Não hora que eu tava escrevendo caiu um “cisco” no meu olho e ai já viu né kkkk rolar, rolou, mas agora é o Travis que “não quer”, E o Kevin foi um idiota em não ter falado nada, aff.... Beijinhos!!!!! <3
GATINHA ANGEL: Tbm,mau vejo a hora para que eles voltem kkk acho que todos ficaram com dó rsrs mass agora não é tanta kkk
HENRINOVEMBRO: Tendeu kkkk Juntos eles vão ficara rsrs como diz o titulo eles são um Belo desastre juntosDormir ao lado de Travis seria ,tipo, uma missão quase impossível kkkk e não duvido nada que vc faria mais do que dormir com o Trav kkkkkkk
ROBINHUU19-87: KKKK tbm me deu essa vontado.... quando o Kevin deixa o medo de lado, o Trav tinha que dizer aquilo, agora é o Trav que “não quer” ( garanto que se o Kevin tivesse pedido pra voltar ele não pensaria duas vezes, ele só esta se fazendo de durão hahaha )... sei bem o tipo de colo que vc queria dar pra ele hehehe
BAIXINHAAA: O Kevin já ia dar outra chance, mas o Travis tinha que falar aquilo, né. Kkk