Queridos leitores, boa tarde!Eu demorei um pouco né?Então pra quem não leu o aviso que postei vou explicar rapidamente, voltei hoje pra BH, estive em Santa Catarina pois meu avô estava muito mal, Robson meu companheiro quase deu um escândalo pra mim ficar mais uns dias com ele, meu avô não aguentou e desencarnou há alguns dias atrás, Robson ficou muito abalado e me fez ficar uns dias a mais com ele, na verdade só não fiquei mais pois tive que voltar mesmo, tenho uma pós graduação e o meu trabalho aqui.Eu agradeço os votos de melhoras que alguns leitores deixaram nos comentários, é bom saber que quem eu nem conheço pessoalmente se preocupou, obrigado.
Queridos havia falado que o próximo capítulo seria o ultimo da temporada, mas acontece que tem muita coisa ainda e como gosto muito de detalhar o conto o máximo possível decidi que esse será o penúltimo capítulo e não o último, a próxima temporada vai mostrar um Fernando mais adulto, mais independente mas ainda emocionalmente fraco, pois alguns segredos ainda não serão revelados.Marcos irá surpreender, ele vai sofrer e muito, queridos aproveitem esse capítulo, queria ter postado antes mas não tive tempo, novamente peço desculpa pelo atraso.
Boa leitura
Ação e Reação – Mario e Enzo!
- Meu domingo vai ser ótimo, custe o que custar! – exclamei a mim mesmo, ao longe Marcos me observava de onde estava sentado no restaurante, só eu percebi pois Mario e o meu tio estavam distraídos olhando o mapa do resort e pedindo dicas para um funcionário um pouco mais a frente.
Decidimos pelas piscinas com ondas, pois segundo o informante que haviam abordado era uma das melhores atrações que o lugar oferecia aos visitantes ultimamente e ainda segundo ele valia muito a pena já que tinha muitas arvores ao redor o que seria muito bom já que o calor estava de matar. De acordo com o funcionário que nos informou, seria um percurso de uns 10 minutos andando pelo resort já que as piscinas com ondas ficam mais atrás, olhei pro meu tio e Mario e seguimos.
Enquanto caminhávamos em direção as piscinas meu tio me observava, andávamos lado a lado, ele me olhava e eu tentava disfarçar e não encara-lo, eu sabia muito bem que olhar era aquele, já provoquei muito esse olhar em meu tio, por um deslize encarei ele um pouco mais e essa foi a brecha pra ele me segurar no braço e me pedir pra parar um pouco, Mario estava a frente e parou também mas meu tio fez sinal que iria conversar comigo e ele entendeu, seguiu mais a frente parando próximo a uma palmeira aonde se distraiu com seu celular.
Que raiva, agora não teria como escapar, meu tio me olhou preocupado, me deu aquele sorriso de ternura que sempre me da, gosto desse sorriso, mas não da preocupação exagerada que vem depois.
- Está tudo bem mesmo filhote? – pergunta ele pela terceira vez desde que soube que eu e Marcos trocamos farpas.
- Está tio! – exclamei impaciente.
- Fernando, eu me preocupo com você, eu tenho meus motivos pra isso – disse ele me fitando, parecia que ele falava com uma criança – eu fui muito duro com você na ultima semana, mas quero que saiba, que eu estou aqui, quero que confie em mim – me disse isso enquanto dava tapinhas nas minhas costas.
- Eu sei tio – dei um tapinha em suas costas pra mostrar que estava tudo bem – não se preocupe comigo não, se preocupe em com nós vamos fazer pra aproveitar tudo em um dia só – sorri – olha ao redor tio, é muita coisa – completei, meu tio olhou pra mim e sorriu.
Por um lado era bom ter meu tio Geovane de volta, aquele tio carinhoso e preocupado, por mais que eu achasse estranho e até vergonhoso ele me chamar de filhote e odiasse a preocupação exagerada que ele tem comigo, eu estava gostando dele se referir a mim assim,lógico se ele me chamar assim e se preocupar o confortava por hora não iria brigar com ele.
Realmente as piscinas com ondas eram a atração do momento pois quando chegamos havia muita gente no local, tanto dentro como foras das piscinas, seguimos para os quiosques e nenhum estava vazio, havia uma gritaria no local, crianças corriam de um lado para o outro deixando suas mães malucas, essa cena me divertia mas meu tio e Mario se incomodaram com os olhares lançados a ele, eu por mim levaria na boa mas seria ruim pra eles ficar em um lugar onde não se sinta a vontade.Lembrei então que nosso primeiro destino antes de vira pra cá eram as piscinas naturais.
- Vamos nas piscinas naturais, lá por ser uma área mais conhecida deve ter menos gente, podemos ficar mais confortáveis lá – sugeri.
- Ótima ideia – disse meu tio com alivio – vamos sim – ele fez sinal pra Mario que nos acompanhou.
As piscinas naturais ficavam no lado oposto do resort o que nos faria caminhar em trono de 15 minutos pra chagar lá. Novamente estava andando ao lado do meu tio mas agora estávamos conversando banalidades e reparando que Mario que ia mais a frente parecia uma criança quando descobre alguma coisa nova, era indiscreto igual, apontava o dedo a chamava a atenção para o que tinha visto.
Meu tio estava se divertindo com a situação.
- Esse carcamano não tem jeito, só tem tamanho mesmo – disse rindo e olhando ao redor com um pouco de vergonha.
Seguimos rumo as piscinas naturais que havia no local, elas são famosas no resort, mas quando chegamos as mesmas estavam um pouco vazia já que o calor estava ultrapassando os 35°C e também pelo fato da ser água termal que afugentava os banhistas mesmo.
- Olha tio – disse surpreso – estão vazias, parece que todo mudo está nas piscinas de ondas mesmo – justifiquei.
- Sim, podemos – sorriu, meu ficava incomodado quando era o centro das atenções.
Mario ficou maravilhado com a beleza do local, já que o fundo das piscinas eram de pedras naturais e o enxofre da água reagia com elas deixando um tom azulado na água, as palmeiras altas e esguias e a areia completavam a paisagem.
- Que bello (que bonito)! – exclamou. Mario tirou seus chinelo e deixou seus pés respirarem e sentirem a areia quente que havia ali.
- Olha a felicidade dele tio – cutuquei meu tio e apontei pro Mario.
- Sim – disse ele observando Mario – Fernando na Europa as pessoas não tem um lugar como esse – justificou.
- Pois é tio – disse pra ele – lá eles tem Ibiza, Capri e Mônaco né! – fui irônico.
- Sim, mas não tem natureza como aqui – retrucou ele.
- Me convenceu – disse.
- Então vamos sentar um pouco ali na sombra filhote? – perguntou meu tio, Mario já estava dentro da água e tentava fazer algo parecido com nado sincronizado mergulhando e pondo as pernas peludas pra fora da água.
- Está bom pra você aqui tio? – perguntei sentando em uma espreguiçadeira de praia.
- Perfeito - disse ele se sentando do lado.
- Vamos pra água? – perguntei depois de uns 10 minutos que estávamos ali sentados.
- Vamos! – meu tio se levantou e deixamos a toalha enrolada com a carteira, celular e óculos.
Entramos na piscina, a água estava quente não pelando, mas pra quem entrava até se acostumar poderia ser desconfortável. Logo que me acostumei comecei a nadar de um lado pro outro da piscina e mergulhar fazendo graça e assuntando meu tio e Mario passando entre suas pernas, e reação deles foi a de me jogar água, resultado, parecíamos três crianças brincando, estávamos nessa putaria de um jogar água no outro quando.
Após algum tempo brincando, percebemos que não estávamos mais sozinhos na piscina.Se aproximou de nós um grupo de homens todos com a faixa etária próxima a do meu tio e Mario, nos cumprimentaram e começaram a puxar papo falando que estavam nas piscinas com onda mas que gostavam de privacidade, conversa vai conversa vem logo eles se enturmaram depois que descobriram que tanto meu tio como Mario eram advogados não deu outra começaram a falar de trabalho,sério, quem dentro de uma piscina fala de trabalho, meu tio que servia de tradutor entre Mario e o grupo percebeu que eu fiquei de lado.
Olhei um carinha que me observava de longe, próximo a um dos pés de babaçu do local, fiquei com um pé atrás mas não dei ideia.
- Nando, vem pra cá com agente – falou ele, todos me olharam.
- Não – falei com tédio - eu vou sair e comprar algo pra beber, já volto – nadei pra borda da piscina e sai, não foi desculpa eu realmente estava com sede, fui no quiosque próximo e comprei um chá gelado, estava distraído quando ouço alguém chegar perto.
- Hum, deve ser uma delicia – me virei pra ver quem era, era o rapaz que me observava das arvores, devia ter uns 23 anos, minha altura, cabelos em corte social e olhos pretos, barbudinho e com um corpinho bear um pouco mais magro que o meu escorado no poste de luz me olhando com um sorriso tímido mas sacana.
Me assustei pois não sabia qual era a dele.
- Gostou? Compra um pra você – fui seco sem dar ousadia.
- Desculpa – disse ele me impedindo de passar e olhando nos meus olhos - mas não estava falando da bebida – ele mordeu os lábios, me secava descaradamente, fiquei puto com essa cantada, depois seria o que, ir fazer um banheirão?
- Nossa! – desviei dele – me da licença – sai deixando ele pra trás.
- Calma ai nervosinho, deixa eu te mostrar como posso te acalmar – foi demais, quem era ele pra me chamar de nervosinho.
- Olha, não sei da onde você é e nem se esse papinho de oferecido da certo onde tu mora, mas comigo não rola – disse rindo da cara dele – agora me da licença que eu tenho mais o que fazer – sai sem deixar ele responder, mas veio atrás.
- Calma!Desculpa cara – ele me segurou pelo braço - eu sou meio novo nisso – disse ele visivelmente sem graça, ele soltou meu braço – não tenho prática em cantar homens, mas essa tem funcionado bem até agora – fiquei puto, cantada barata dessas só pra quem é cabeça fraca mesmo.
- É né, mas agora achou um que não vai cair nela – ironizei.
- Não , por favor, não vai não – suplicou - deixa eu te mostrar que eu sou legal e não esse babaca que você conheceu agora – justificou.
- Que bom que você reconheceu que é uma babaca – debochei - pelo menos você acertou em alguma coisa, eu sou gay, mas não saio gritando aos quatro ventos e você deveria tomar cuidado quem você aborda, aliás nem sei seu nome – disse sério esticando o braço pra cumprimenta-lo.
- Não seja por isso, me chamo Allan, prazer – estendeu a mão pra mim– minhas intenções são as melhores possíveis – fiquei envergonhado parecia uma moça que conhece um rapaz.
- Fernando, prazer – retribui o sorriso e o cumprimento – então por que você se interessou por mim? – perguntei sem cerimônia.
- Cara eu sei que pode ser meio estranho, mas eu estou de olho em você desde que te vi chegando aqui no resort e então resolvi procurá-lo – disse ele.
- Nossa, você é um Stalker – brinquei, fiz cara de surpresa – no meio de tanta gente bonita e interessante você me achou atraente – não acredito que disse isso, eu mesmo me rebaixei.
- Então cara – disse ele – quando eu vi que você não olhava as mulheres que te cobiçavam com os olhos, tive certeza que você era gay, eu gosto de um carinha gordinho...digo assim como eu e você entende, eu não sou nenhum modelo, mas com certeza valho a pena – falou mordendo o lábio, a meu ver parecia uma prostituta se oferecendo para um cliente.
- Allan – disse sério – não sou do tipo que sai transando por ai com qualquer estranho que acha em um resort no meio do cerrado por que ele lhe diz que gosta de um gordinho e joga um charminho – mandei a real.
- Nem eu – disse ele me retrucando - aliás nunca corro atrás, mas gostei de você, por algum motivo que eu não sei, você parece ser a pessoa mais interessante entre tantas aqui – boa justificativa, decidi levar como um elogio e pegar mais leve com ele mas se ele não corre atrás como me disse que essas cantadas baratas funcionam.
- Então Allan, se você não corre atrás como é que você da essas cantadas baratas hein? -perguntei curioso.
- Fernando – disse ele se atrapalhando – o que eu quis dizer é que nunca corri atrás de um carinha até achar ele – quando dou essas cantadas geralmente é em balada ou barzinho, mas você de algum jeito me atraiu ao ponto de me fazer te procurar pelo resort inteiro, eu tinha que pelo menos falar contigo – justificou.
- Não sei cara, isso ta muito estranho – disse desconfiado.
- Olha se você quiser eu ligo pra minha tia – disse ele pegando seu celular e discando um número – ela sabe que eu vim atrás do gordinho gostoso de sunga vermelha – fiquei envergonhado, tomei o celular da mão dele.
- Tudo bem – não precisar fazer esse papel de ridículo – vou acreditar em você.
- que bom – disse aliviado – assim não vou precisar te arrastar para a minha van preta com vidros insufilmado – disse rindo.
- Não teve graça -disse sério, ele parou de rir.
- Desculpa – coçou a cabeça o que deixou ele fofo.
- Vamos conversar em outro lugar então? – perguntei e fui saindo, mais uma vez ele me segura pelo braço, isso é tão chato.
- Ótima ideia – sorriu - me espera que eu vou comprar um chá também – disse ele indo rapidamente ao quiosque, dois minutos depois ele voltou já com seu chá e voltamos pra onde eu estava com o meu tio minutos atrás.
Procuramos um lugar mais calmo para conversarmos e decidimos ir pra perto da piscina onde tinha umas arvores mais baixas que faziam sombra, nos sentamos embaixo delas na grama mesmo e começamos a conversar.
Contei um pouco da minha vida pra ele e ele contou a sua, Allan é de Palmas no Tocantis e veio com a tia os tios e os dois primos pra cá pois estava de férias na casa dela em Goiânia, me falou que namorou uma mulher durante 5 anos e há 2 noivou, contou que se descobriu com 16 anos quando transou com um amigo e que eles ficaram juntos durante um tempo, o amigo se assumiu mas ele não, por esse motivo terminaram e hoje o cada um seguiu seu rumo, essa hora foi impossível não lembrar do Luiz.
- Nossa cara, que foda hein – lamentei – foi barra pra você né? – perguntei mas depois queria me bater em mim mesmo, lógico que foi foda.
- É , mas passou – disse pensativo.
- Será? – perguntei irônico – tudo pode acontecer – encarei ele e sorri.
- Ahã – me olhou - Mas que tal a gente falar menos e agir mais – ele avançou pra cima de mim me roubando um beijo, empurrei ele
- Você ta doido cara! – repreendi ele - olha o pessoal ai na piscina – apontei pra onde estava meu tio e Mario como o grupo de amigos, ele riu.
- Não se preocupe quanto a isso – falou ele – o com os cabelos mais grisalhos é meu tio, e os outros dois são o irmão dele e seu marido, agora aquele cara maior com cara de mal e o outro eu não sei quem são - apontou pro meu tio e pro Mario que nos olhou.
- Bom o Gangster ali – disse apontando pro Mario e dando tchau pra ele -é meu padrinho e o outro menos peludo que está falando alto e gesticulando com o seu tio é o meu tio – completei, ele sorriu e me olhou com malícia.
- Bom então estamos em família né – mal tive tempo de pensar em como esse comentário era idiota ou olhar pra ele, ele vindo pra cima de mim e colou seus lábios nos meus, pensei em esquivar mas não fiz, deixei rolar e me abracei a ele, retribuindo o beijo que foi ficando mais intenso e urgente, ambos estávamos sem camisa só de sunga e acabamos passando do limite e rolando na grama enquanto nos dávamos uns amassos um no outro.
- Para Allan – disse afastando ele – aqui não – me levantei e ele fez o mesmo.
- Vamos em um lugar mais reservado então – disse ele me pegando pela mão.
- Vamos – sorri – mas não vou dar pra você – disse sem graça, mas realmente não transaria com ele já que tive uma madrugada de muito sexo com Mario, então sem chance de transar hoje.
- Fernado, assim você me ofende cara – disse chateado.
- Desculpa – disse sem graça.
- Cara eu quero curtir uns amassos com você, pro seu governo eu sou ativo e adoraria te sentir por dentro, mas não vou forçar, se fosse pra isso eu teria transado com qualquer outro, mas gostei de você e quero aproveitar o momento contigo cara – toma Fernando, fala o que não deve e ouve o que não quer, fiquei mais envergonhado ainda, percebi que julguei Allan errado, ele queria companhia, gostou de mim, se fosse assim por que não aproveitar.
- Me desculpa de novo – disse – mas é que ultimamente tive uma decepção, o cara só quis transar comigo pra depois sair com a namorada dele – disse lembrando da cena de Luiz com Stephany no shopping.
- Fernando – eu não sou esse cara – eu seria um idiota de perder um gostosinho como você pra ficar com outra – ele falou isso e eu fiquei envergonhado com o elogio.
- Obrigado Allan, quem diria que íamos nos conhecer e ter essa conversa enquanto andamos de mão dada pelo resort – sorri, ele sorriu e apertou mais minha mão.
Andamos um pouco quando dei de cara com Luiz deitado em uma espreguiçadeira, pelo que vi ele estava sozinho e nossa ele tava muito gostoso, seu corpo levemente bronzeado e molhado ficava mais bonito quando refletido a luz solar, ele estava de óculos escuros e tive certeza que ele me secava, parece que tudo parou, eu não conseguia desviar o olhar dele, mas foi o que ele fez a seguir que me deixou mais abismado, Luiz estava deitado de chinelos, retirou ele dos pés me olhou e se deitou, filha da puta ele não ia fazer isso, mas ele fez, cruzou os pés e começou e mexer os dedos, ele só podia estar me zoando, aqueles pés grandes e brancos com pelos em cima do dedão, que lindos, ele é todo lindo, ele me olhava eu sabia, mas não ia me fazer de idiota, virei meu rosto e dei um selinho em Allan, ele sorriu e me pegou pela cintura me dando um beijo rápido e voraz, olhei ao redor e muitos tinham viso e cena e nem se importaram, mas o sorriso de Luiz havia desaparecido, agora seu rosto estava sério, ele estava sentado na cadeira e apertava suas mãos como forma de ameaça. Olhe feio pra ele e Allan percebeu.
- Aquele é o cara não é? – perguntou.
- Que cara? – perguntei desconcertado.
- O que só quis te comer né? – perguntou, ele pegou na minha mão e fez carinho, era como se me confortasse, me olhou com ternura, nossa esse cara existe mesmo.
- É ele sim – disse conformado -o pior é que eu gosto dele, sabe eu me odeio por causa disso, até duas semanas atrás não eramos nem próximos, mas ele foi tão gentil comigo cara, me levou pra cama, pra que, pra depois eu pegar ele com uma qualquer no shopping – olhei pro Luiz que estava sério, ele viu minha feição de decepção, ele se levantou e por um instante achei que ele ia vim pra cima de mim e de Allan, mas não, calçou seus chinelos e sumiu.
- Cara – disse ele – não me leve a mal, mas eu acho que ele gosta de você – disse pensativo.
- Allan, não me leve a mal, mas agora eu quero a sua companhia, deixa ele de lado – sorri, ele não soltou minha mão me puxou com ele, saímos e andamos uns cinco minutos, sentamos em um banco de madeira onde havia uma palmeira mais baixa e nenhum movimento já que era próximo a saída de carga do local.
- Vem cá – ele me puxou e me deu um beijão – nós dois temos assuntos inacabados pra resolver, mas por hora vamos matar a vontade um do outro, eu quero estar com você e você quer estar comigo, deixa o resto pra lá – ele estava certo, ficar com ele estava bom, depois voltaria a rotina enfim, mas agora eu iria aproveitar.
- Seu safado – me levantei sentei nas pernas dele, ele se surpreendeu.
- Você que é safado Nando – passou uma mão pelas minhas costas e a outra na nuca forçando minha cabeça com a sua, eu rebolei em seu colo e senti seu amigo acordar, e pelo jeito o amigo era bem grande pois pressionava minha bunda, eu que estava só de sunga estava adorando, o fato de dizer que não ia transar com ele, não quer dizer que eu não brincaria com ele.
Allan conduzia muito bem o beijo,sentia sua barba roçar na minha, me arrepiava entre amassos a gente ria, ele passava os dedos na minha boca, estava legal a nossa sintonia, por mais que eu não visse ele depois de tudo isso, eu estava feliz de ter conhecido ele e percebi que o sentimento era reciproco.
- Deixar eu te chupar Nando – pediu ele.
- Deixo – foi tudo tão rápido, ele me sentou se ajoelhou na minha frente e eu olhei pra ver se ninguém vinha, mas parece que aqui era tranquilo, puxou minha sunga pro lado tirando meu pênis que estava meia bomba. Sem cerimonia engoliu e começou a mamada, ele me olhava e eu gemia enquanto fazia carinhos na sua cabeça, deslizava seus lábios quentes em meu membro, eu delirava, xinguei , dei um tapa na cara dele, meu tesão foi maior com ele me chupando do que com Mario, quando ele lambeu minha glande gozei na boca dele, em perguntei se podia gozar, ele só me encarou e engoliu tudo limpando meu pênis.
- Minha vez agora – disse ele se levantando e me fazendo ajoelhar – e não se preocupa, eu sou limpo cara – confiei, puxei sua sunga pro lado e quase tomei um susto, o Allan tinha um pau grosso, não era grande, algo em torno de 16 cm, mas muito grosso, ainda bem que não daria pra ele pensei.
- Nossa! – exclamei – vai ser difícil – me fiz de inocente, na hora do tesão vale tudo.
- Hum você acha Nando – disse ele gemendo de tesão, ele passava as mãos na minha cabeça e costas – da só uma chupadinha ahhh – gemeu, antes dele terminar eu engoli o máximo que pude e comecei a fazer um movimento de vai e vem, ele se contorcia, forçava minha cabeça com sua mão, meus lábios deslizavam com maestria, eu sabia muito bem o que estava fazendo, enquanto chupava ele acariciava suas bolas com a minha mão e alisava sua perna peluda com a outra, ouvir ele gemendo era o melhor, pois entre gemido ele me chamava de meu amor, era engraçado,em minuto senti seu membro inchar e descarregar seu esperma na minha boca, nem tive tempo de engolia, ele me puxou e me beijou, experimentou seu próprio esperma, no ponto alto do tesão quase esqueci que havia transado ontem a noite e se não fosse pela força de vontade muito grande já estaria gemendo com o membro dele em mim.
- Uau – disse ele quando nos sentamos após ter nos limpado em um bebedor próximo – você com certeza é muito bom no que faz – elogiou.
- Você também cara – estávamos abraçados e nossas cabeças apoiadas uma na outra.
- Sabe – disse ele se ajeitando e me olhando – eu não quero perder sua amizade, mas você me fez enxergar que eu sou isso mesmo, pela primeira vez eu me senti completo com alguém, mas sinto que não posso dar meu amor pra você e nem você a mim estou certo? – perguntou ele.
- Está – disse sério – você é muito gostoso, mas realmente nossos corações são de outro, o seu é do seu amigo e o meu é do Luiz – sim, por ais que ele tenha sido sacana comigo eu ainda amava ele – fico muito feliz de ter sua amizade Allan – sorri, era verdade.
- Que bom cara – disse aliviado – devo confessar, tenho poucos amigos e ter você como amigo me faria mito bem – senti meu rosto esquentar.
- Sabe que eu também tenho poucos mas verdadeiros amigos – lembrei de Felipe na noite do beijo – inclusive quando tiver a chance quero apresenta-lo a um amigo meu, na verdade melhor amigo, tenho certeza que vocês vão se dar bem – sorri.
De repente o companheiro do tio dele chega de surpresa.
- Vocês estão ai – disse ele aliviado mas com um riso sacana – seu tio e o seu também senhor Allan estão doidos atrás de vocês sabia que vocês sumiram por quase duas horas – o negócio foi tão bom que em percebemos a hora passar.
- Desculpa tio Rogério – disse ele.
- Me desculpa seu Rogério – disse.
Ele então abriu um sorriso e chegou mais perto da gente se sentando entre nós.
- Queridos – ele olhou de mim pro Allan – se vocês forem dar um desculpa digam que estavam usando a piscina com ondas já que é longe de onde estávamos, aliás se recomponham, vocês dois estão descabelados – ele sorriu e se levantou, virou pra nós, piscou – há nós vamos almoçar todos juntos – saiu em seguida.
Eu e Allan rimos e ficamos mais 5 minutos conversando, logo em seguida fomos encontrar meu tio e o tio dele.
- Sabe cara, eu tenho 23 anos mas pro meu tio parece que tenho 10 ainda – disse ele.
- Eu sei bem como se sente, meu tio é assim – disse.
- Sabe, meu pai é um bosta, nunca ligou pra mim, tanto é que a única coisa boa que ele fez foi sumir da minha vida e da minha mãe, então o tio Daltro que é irmão da minha mãe sempre cuidou de mim – disse ele pensativo, me deu dó – ele não pode ter filhos então meio que sou o filho dele – vi que Allan não era tão diferente de mim, tinha um tio que praticamente criou ele, a única coisa de diferente é que seu pai é vivo – o tio Rogério já está com meu tio há uns 15 anos, eles vivem juntos, foi pra ele que contei que era gay, ele me ajudou muito, minha mãe no começo não aceitou, me botou pra fora de casa e até então estava morando com eles, um dia abri a porta de casa e ela estava lá, com os olhos vermelhos,meu tio estava do lado bem sério, ela me abraçou e eu percebi que tinha minha mãe de volta – lembrei do Marcos, ele precisava me aceitar só me respeitar.
- Nossa cara – alisei sua costas – foi barra pra você hein – percebi que não era só eu que tinha problemas.
- Foi, mas hoje e minha mãe é minha melhor amiga – disse ele rindo – ela só não gostou de saber que o filho gay não gosta de coisas de gay – não entendi.
- Como assim Allan? – perguntei.
- Bom Fernando, tipo fazer compras com ela, ser antenado com moda, ou ir pra salão com ela – entendi.
- A cara também não sou assim – disse rindo – eu acho que sou o gay mais hétero que existe – agora ele que riu ato.
- E sei, foi um dos motivos que gostei de você – sorri.
- Hum – quando olhei já estávamos chegando próximo da piscina , meu tio me olhava de braço cruzado e o dele também – nos olhamos e rimos de cena.
- Bonito seu Fernando – disse meu tio – achei que tinha se afogado em alguma piscina dessas – meu tio e seu drama.
- Pois é senhor Allan – o tio dele olhava sério pra ele – meu amigo Geovane tem razão – eu disfarcei pra não rir, o tio Daltro era tão super protetor com Allan quanto tio Geovane era comigo será que nada é por acaso.
- Nossos meninos só tem tamanho Daltro – disse tio Geovane.
- Verdade – concordou Daltro.
Mario sorria , ele estava debochando da gente, a cena estava engraçada mesmo, Dois homens maduros com cara de brabo pra nós dois que tentávamos não rir, Rogério sorria discretamente pra nós, ele era nosso cúmplice. Depois de minutos conversando, explicando e ouvindo sermão, claro que já era mais cu doce deles, decidimos ir almoçar todos juntos.
O almoço foi legal, conhecemos a tia de Allan, seu marido eu já havia conhecido nas piscinas e parecia ser uma pessoa gente boa, a tia Alicia era uma mulher de uns 35 anos muito simpática, ela também era irmã da mãe dele e tão super protetora como seu tio, na mesa encheu os filhos e ele de abraços e beijos deixando ambos envergonhado, seus dois primos Matheus e Gustavo de 10 e 11 anos são duas pestes, mas muito legais, me contaram toda a história de como botaram fogo no laboratório de ciências da escola. Pelo que percebi entre meu tio e eles surgiu uma amizade legal que provavelmente se arrastaria pra fora do resort, Mario permanecia calado até que eu puxei papo com ele ai conversamos de tudo, no fim do almoço meu tio me avisou que foi convidado por seus tios junto de Mário pra jogar boliche no salão de jogos do local, pronto era o ponto fraco do meu tio e pelo que vi do Mario também, fui trocado pelo boliche eu e Allan e sua tia e suas dois primos que corriam e gritavam feito dois abestados.
- Pessoal eu vou no banheiro e já encontro vocês – disse me afastando deles, eles acenaram com a cabeça e seguiram em frente.
Entrei no banheiro que estava vazio, urinei e fui lavar as mão se o rosto, quando olho no espelho vejo Luiz me observando, tomei um susto.
- Caramba Luiz, que susto – disse com raiva enquanto pegava papel toalha pra secar meu rosto e minhas mãos.Luiz vem pra cima de mim e me segua pelo braço.
- Quem era aquele Fernando? – ele estava se referindo ao Allan, me apertou com mias força, vi raiva no seus olhos.
- Me solta! – ergui a voz , ele me soltou mas me prensou na parede.
- Me responde – ele alterou a voz também.
- Não te interessa Luiz – me desvencilhei dele e fui saindo do banheiro, ele me puxou pelo braço me tirando dali me levando para os fundos do banheiro onde não havia ninguém.
- Você acha que eu sou o que hein Fernando – ele falou mais perto e senti seu hálito que cheirava a whisky, era só o que me faltava, fricote de bebum.
- Eu acho que você é um bosta Luiz – encarei ele – alguém que eu não devo confiar – ele me olhou surpreso.
- E você é um bichinha escrota, teu primo tem razão mesmo – disse com nojo – não acredito que pensei que gostava de você – me empurrou, eu senti seu desprezo.
- E você Luiz - peitei ele - não passa de um covarde, no fim acho que você é igual ou pior que o Marcos, ao contrário dele que me bateu e me odeia você só me usou com aquele papinho de bissexual pra comer o viadinho escroto, você costuma usar esse papo com suas putas e viados ou eu fui o primeiro – foi tudo muito rápido, ele me deu um tapa forte no rosto que me fez virar pro outro lado, ficou quente e me fez lacrimejar de dor, o pior foi levar o tapa do Luiz eu não estava acreditando.
- Fernando me desculpa – ele veio pra cima de mim e me abraçou – eu não queria, foi tudo muito rápido, eu perdi a calma e ... – interrompi.
- Me solta! – exclamei, eu estava com medo e nojo dele, além de me humilhar ainda me bateu – nunca mais encosta em mim – as lágrimas caiam, Luiz me olhava arrependido acho que nem ele acreditou no que tinha feito, pelo reflexo de uma calha de alumínio que havia próximo vi a marca da sua mão vermelha em meu rosto.
- Me desculpa meu ursinho,meu bebe – disse ele me abraçando a força – eu te vi chupando aquele moleque e fiquei louco,só de imaginar outro homem te possuindo me da vontade de morrer, você é meu, só meu – ele dizia isso e tentava me beijar.
Empurrei ele que bateu na parede, ele veio pra cima de mim novamente, pela primeira vez tive medo de Luiz tentar me violentar, seu membro estava duro.
- Não se aproxima de mim – apontei o dedo pra ele, no mesmo instante parou – nunca mais se aproxima de mim – completei.
- Não faz isso comigo, eu te amo meu bebe – ele chorava, as lagrimas caiam pelo seu peito, ele se escorou na parede e se agachou e chorou
- Quem ama não machuca, não agride Luiz – gritei, ele me olhou assustado, ouvir a verdade dói – foi a última vez que você me encostou, eu devo ter o dedo podre mesmo, primeiro meu primo e agora você, essa deve ser a minha sina, apanhar de quem eu amo – completei com raiva de mim mesmo.
- Não faz isso Fernando - ele me segurou pelo ombro e me prensou na parede - eu não queria te bater, mas você me chamou de bosta, eu não sou um bosta e te ver com aquele moleque foi demais pra mim, era pra ser eu no lugar dele, eu te amo meu bebe – ele me beijou a força, eu tive nojo, empurrei ele e corri mas antes de sair me virei.
- Nunca mais você vai encostar em mim Luiz, se você ao menos tentar eu acabo com a sua vida, seria bem legal o seu pai saber que você não passa de um covarde que espanca viadinhos que come na encolha não é? – ameacei ele, usei uma linguagem baixa, suja ele me olhou assustado – agora me deixa ir que eu tenho um homem me esperando e não um bosta metido a valentão, seu covarde – me virei e sai, ainda ouvi ele me chamar, pensei em entrar no banheiro e lavar meu rosto mas corria o risco dele vim atrás de mim, andei e mais em frente achei um, entrei lacei o rosto engoli o choro e sai, quando olhei pra frente dou de cara com Marcos.
- Olha quem eu encontrei – disse ele me segurando forte pelo braço – nós temos que conversar – disse ele me puxando pra dentro do banheiro.Já apanhei de um não ia apanhar de outro.
- Me solta – gritei.
Ele olhou pra trás e então se deu conta que eu havia chorado e viu a marca do tapa que havia levado no rosto.
- Quem fez isso em você – perguntou ele me segurando com uma das mãos segurando em meu braço e a outra segurando meu rosto.
- Ninguém me fez nada, agora me deixa em paz Marcos – fui me desvencilhar e ele me segurou de novo.
- E essa cicatriz acima da sobrancelha que foi que fez isso – ele perguntou e passou o dedo em cima, ele me encarava sério esperando a resposta, sério que isso estava acontecendo.
- Não lembra – disse irônico – foi você quem fez isso há 5 anos atrás – ele me encarou, estava pensativo, aproveitei e me soltei dele saindo dali, olhei pra trás e ele estava parado me encarando, que estranho no mínimo queria zoar com a minha cara.
Andei mais alguns metros e esbarro com Stephany, ele me olhou com nojo.
- Era bem você que eu queria ver mesmo – disse ela me séria barrando mina passagem – deixa meu homem em paz – minha resposta foi rir na cara dela.
- Da licença garota – deixei ela falando sozinha e sai, ela me segurou pelo braço e me fez virar pra ela.
- Ninguém da as costas pra mim, nem mesmo uma bicha gorda e barraqueira voc... – não deixei ela terminar, nunca bati em mulher e era contra violência mas quando dei por mim já tinha estralado a mão na cara dela com vontade, nossa como eu queria fazer aquilo, ela caiu no chão, ela me olhou, o lado que bati estava vermelho, seus cabelos cobriram sua cara, ela se ajeitou tirando algumas mechas da boca.
- Escuta aqui Barbie made in Brasil – disse pegando ela pelos cabelos e sussurrando em seu ouvido – pense duas vezes antes de falar alguma coisa pra mim ouviu, você me tirou do sério ao ponto de te bater, eu nunca bati em ninguém, sou contra a violência, agora não me faça arrancar esse cabelo de quenga mal paga que você tem – sério, eu baixei mesmo o nível – toma teu rumo e me deixa em paz, vai socorrer teu namoradinho la atrás, deixei ele pra você, pode ficar com o meu resto – doeu falar isso, esse não era eu e nunca vai ser – agora me da licença – sai e deixei ela com cara de tacho.
De tudo o que mais doeu foi Luiz me falar o que me falou e me bater, eu não esperava isso dele, no fim ele se mostrou ser pior que Marcos, engoli o choro que insistiu em aparecer, novamente no banheiro me lavei , sai e cai na piscina mais próxima, logo após fui encontrar o Allan.
O resto da tarde foi muito bom, acabei esquecendo o que havia ocorrido e aproveitei uma baladinha dentro do resort com ele, dançamos muito, rimos muito,brincamos muito a música eletrônica que tocava nos contagiava, seus primos e sua tia também caíram na brincadeira, o DJ e fazia performances tocava de um lugar próximo a um dos tobogãs infantis e os vários itens de diversão dentro das piscinas davam mais graça, ainda de relance vi Luiz me olhando arrependido mas nem dei ideia, tiramos muitas fotos e selfies.
Já era quase seis horas da tarde quando meu tio voltou alegre e falando alto do boliche com Mario e os tios de Allan, era hora de ir embora, eu me despedi dele, trocamos telefone, email e abraços.
- Eu não ganhei um ficante – disse ele – eu ganhei um amigo – sorriu.
- Com certeza – sorri e abracei ele.
- Posso ir te visitar em Uberlândia? – perguntou ele.
- Pode não, deve! – exclamei – tiramos mais uma selfie, nos despedimos e fomos embora.
Chegamos no hotel quebrados, eu fui pro quarto junto com Mario e dormi, acordei era umas dez da noite com meu tio batendo na porta e ligando no meu celular para descermos e jantarmos algo.
Depois da janta eu decidi aproveitar o parque aquático do hotel junto com o Mario, ele realmente gostava de água. A noite estava quente e a água também.Meu tis nos observava e tirava fotos de uma das cadeiras de praia próximos da piscina, ele bebia whisky.
Decidi ir lá com ele.
- Gostou do dia de hoje Fernando – perguntou ele me fazendo carinho.
- Sim tio! – sorri e retribui o carinho - e você aproveitou bastante? – perguntei.
- Sim, mas antes quero saber de novo se está tudo bem mesmo? – me perguntou ele sério enquanto segurava meu ombro, meu tio se preocupa demais as vezes, mas visto como ele estava me tratando no meio da semana estou gostando dele se preocupar comigo.
- Não se preocupa tio, eu estou bem, hoje vou me divertir custe o que custar! – disse ao meu tio que pela segunda vez me perguntava preocupado se eu estava bem – não se preocupe.
- O que exatamente Marcos te falou? – perguntou meu tio me encarando no olho.
- Não quero dizer tio! – exclamei, na verdade não me afetou pois entrou por um ouvido e saiu por outro.
- Fernando, se você não me contar eu vou te encher de cócegas - disse ele me ameaçando, realmente era ruim pois eu sinto muitas cócegas e meu tio é maior que eu pra me dominar seria fácil, mas o que me incomodou foi a insistência dele, isso era preocupação?Vou acabar logo com a curiosidade dele.
- Tio basicamente ele me chamou de gordo e viado, mas eu respondi a altura e o Luiz quis se meter, eu mandei ele ficar na dele – disse indiferente, não contaria que ele meteu a mão na minha cara e nem que botei a Stephany no chão.
- Não acredito que seu primo disse isso! – exclamou meu tio pensativo – ele sabe que somos todos assim, você é grandinho por causa da genetica, e quem é ele pra te julgar hein? – meu tio ficou nervoso,mas tentei acalma-lo até por que não queria deixar ele de mal com o Marcos, mas com isso tudo me lembrei sobre Mario afirmar ser meu padrinho e eu não saber,resolvi tirar isso a limpo.
- Sabe tio...ontem eu e Mario estávamos conversando e ele me falou que é meu padrinho, isso é verdade? – perguntei sério e meu tio que estava pensativo quanto ao que disse do meu primo mudou a feição pra preocupação, ele me encarou e eu fiquei esperando uma resposta.
- Fernando eu nunca comentei isso com você por que achei que não teria necessidade, não sabia se você iria vê-lo novamente e ele também tinha vida e família, não sabia que ele dava importância pra isso – meu tio tentava se explicar o mais calmo possível, mas percebi que ele estava falando um pouquinho mais rápido que o normal.
- Você não acha que eu tinha o direito de saber? – perguntei sério, não queria julgar o meu tio e nem pressioná-lo.
- Tinha Fernando – meu tio baixou a cabeça concordando - eu realmente fui egoísta, eu sempre tive contato com o Mario, ele me perguntava de você, mas é que ele estava longe e você aqui, não queria que você fosse visitar ele la em Turim – meu tio dizia isso e eu olhava Mario que nadava de um lado pra outro na piscina.
- Tio Geovane mais uma coisa – ele me encarou e esperou – eles eram mais do que amigos né? – a pergunta mexeu com o meu tio, ele me olho com vergonha e vi uma lágima escorrer do seu rosto.
- Como você descobriu? – perguntou meu tio pasmo, limpando a primeira lágrima do olho e fazendo sinal pro garçom do quiosque próximo vir a nosso encontro.O garçom veio e meu tio pediu um Whisky, o garçom saiu com o pedido anotado e logo trouxe uma dose dupla da bebida com gelo saindo em seguida. Meu tio tomou a bebida toda em um gole enquanto eu ficava encarando ele, foi ai que ele deixou o copo e me encarou, vi que era um sinal pra prosseguir.
- Sexta, quando Mario chegou a gente ficou conversando, ele bebeu seu vinho Moscatel todo e se soltou, quando ele começou a falar do meu pai ele encheu os olhos de água e depois me olhou perguntando se eu era filho dele, só não entendi o por que ele disse baixinho que não era possível eu ser o filho do Enzo, isso o senhor tem que me explicar também – disse apontando olhando pro meu tio que nem piscava – continuando, ontem você falou que meu pai morreu indo encontrar o amor dele, o que significa que minha mãe não era seu verdadeiro amor, Mario enquanto nós transávamos, sim nós transamos tio, me agradeceu pois não sentia esse tipo de prazer a muito tempo, foi ai que eu liguei os pontos, Mario não podia estar falando da sua mulher por que ele estava transando com outro homem e sabia muito bem o que estava fazendo, mas a cereja do bolo foi ele dizer que eu era seu afilhado, meu pai quando morreu estava indo pra Itália não é?- perguntei - Mario estava esperando meu pai, quando descobriu o que aconteceu ficou desolado mas seguiu a vida, ele perdeu a família em um acidente e nunca mais casou estou certo?O grande amor dele ainda é meu pai não é tio? – perguntei e meu tio não aguentou a emoção, abaixou a cabeça, pôs as mãos no rosto e desabou, eu fiquei estático pois provavelmente estava certo, depois de jogar todas essas hipóteses pra cima dele como quem bombardeia um alvo percebi como fui egoísta também, estava abrindo abri feridas que devem ter sido difíceis de cicatrizar, olhei pra Mario que nos observava curioso do meio da piscina.
- Sim! – exclamou meu tio. Um casal que estava nas espreguiçadeiras próximas se assustou e resolveram sair, meu tio se recompôs vendo minha reação e me fez voltar a atenção a ele – eu não podia te contar, eu prometi que não faria isso, mas acho que se não for eu que vai te contar será o Mario – respirou fundo e voltou a me encarar - eles eram mais do que amigos, seu pai e ele se amavam Fernando, ele formavam um casal tão bonito – vi um olhar de tristeza nele, por mais que eu desconfiava agora tinha certeza, fiquei pasmo mas não chateado, pelo contrário senti pena do Mario.