NO CAPÍTULO ANTERIOR:
R: Por que esta chorando?
Eu: porque eu te amo e não vivo sem você.
R: então não chore, fique feliz por estarmos juntos. Sabe, eu sempre fui uma pessoa hipócrita e cretino com todos, sempre fui muito chato, com você Diego, eu sou diferente. É só você que tem essa capacidade de despertar o melhor que há em mim.
Eu: eu te amo.
R: eu sempre vou te amar.
Nos beijamos carinhosamente enquanto ele passava a mão pelo meu corpo e ficamos ali curtindo a madrugada que começava a chegar.
...
AGORA:
...
Na faculdade eu não pensava em outra coisa a não ser encontrar com o Eri para tirar a limpo essa história dele me dopar e me levar para a cama só para me separar do Ricardo, não posso acreditar que ele foi capaz de tal baixaria comigo que nunca fiz nada de mau para ele e que de certa forma não o odeio, pelo contrario, quero sua felicidade, mas o que ele fez não poderia ficar por isso mesmo.
Estava andando pelo corredor quando avisto de longe ele vindo em minha direção, ele me vê e vem sorrindo ao meu encontro, quanto mais ele se aproximava, mais eu ficava com raiva, não me lembrava de nada o que aconteceu, mas só de ter o pensamento dele me tocando e me beijando na cama eu me preenchia de uma fúria que me deixava irracional.
E: oi gato, como você esta essa manhã? – perguntou ele se aproximando além do permitido.
Eu: é assim que estou otário – falei acertando minha mão direita em seu rosto.
Logo quando acertei o golpe senti uma dor terrível nos meus dedos e principalmente no meu polegar pois quando dei o soco ele estava dentro da minha mão, meu soco foi tão forte que lesionou meu dedo polegar no mesmo instante.
Erivaldo caiu no chão com a mão no olho e se contorcendo de dor, eu ainda pensei em ir para cima dele mas senti dois caras se aproximarem de mim me seguraram por trás enquanto eu me debatia para ir para cima dele, algumas pessoas o ajudaram a se levantar e foram tirando ele do local.
Eu: nunca mais chegue perto de mim, eu tenho nojo de você! – falei em voz alterada enquanto ele se afastava com a mão no olho.
Os rapazes me soltaram depois que Eri já havia desaparecido da vista, conversaram um pouco comigo para me acalmar e logo seguiram seus devidos caminhos e eu segui para a minha sala para encontrar com o Ricardo, no momento que fui subir um lance de escadas coloquei a mão direita no corrimão e senti uma forte dor, gemi de dor e voltei minha atenção para a minha mão, juro que já tinha esquecido que havia machucado a mesma. O local que acertou em seu rosto estava vermelho e o polegar estava um pouco inchado e não conseguia mexer direito. Cheguei na sala de aula e chamei meu namorado e contei a ele tudo o que aconteceu e logo ele me acompanhou para a ala médica do curso onde minha mão foi examinada e foi constatado uma leve torção no meu polegar e minha mão foi enfaixada.
R: Não acredito que você fez isso! – ele falou me abraçando e me beijando na bochecha.
Eu: achei que você ficaria bravo por eu ter tomado essa atitude drástica.
R: bravo? Eu fiquei foi feliz, era para eu ter quebrado a cara dele, mas pelo visto você fez isso muito bem, até sua mão saiu destruída com esse soco que você deu nele.
Eu: e não me orgulho nem um pouco, não gosto desse tipo de agressão.
R: pois eu adorei, ele mereceu. E uma dica, quando for dar um soco em alguém de novo, não deixe o polegar dentro da mão.
Eu: obrigado pelo construtivo conselho – falei balançando a minha mão enfaixada – eu só fiquei com muita raiva quando o vi, minha intenção era apenas conversar e acabei partindo para cima dele.
R: e fez muito bem.
Eu: isso é resultado da sua péssima influência.
R: ótima influência você quis dizer.
Eu: péssima sim – falei dando um soco em seu braço com minha mão esquerda.
R: iiiiiiiii que ele agora esta cheio de marra – falou envolvendo o meu pescoço com o seu forte braço e começou a fazer cafuné na minha cabeça.
Enquanto riamos meu celular tocou e era a minha mãe, ela falou que a Leila estava no hospital internada pois ela teve um sangramento e precisou ser internada, claro que ficamos super preocupados e partimos correndo para o hospital, por sorte não perdemos muita aula pois um dos professores não pôde ir naquele dia então tivemos metade do dia livre.
Chagando no hospital logo encontramos minha mãe e ela nos contou que ela e o bebê estavam bem e que o sangramento ocorreu devido a gravidez ser de risco e que por estar quase em reta final, as coisas começariam a se complicar a partir dali, não demorou muito e os pais da Leila chegaram ao hospital, eles nos viram e fingiram que não estávamos ali, aqueles dois morrem de ódio da gente.
...
UMA SEMANA DEPOIS:
...
Tinha acabado de chegar da auto escola, eu tinha passado na prova teórica e já estava nas aulas práticas, quando entrei no nosso apartamento o Ric estava na sala com três amigos assistindo ao jogo de futebol do Brasil, a sala estava uma perfeita bagunça (eu dou graças que esses amigos heteros do Ricardo não impliquem comigo), garrafas e latas de cerveja por todo canto, pipoca e salgados espalhados por toda a sala. Entrei, falei com todos, mal falei com o Ricardo e fui para a cozinha comer alguma coisa. Quando fui ao banheiro fazer o numero 1, a privada exalava um forte cheiro de urina e a água estava bem amarelada, foi a gota d’água, PORRA (gritei em pensamento), Ricardo sabe que eu adoro o banheiro limpo, não custava falar para aqueles idiotas darem a descarga.
Saí do banheiro e fui para o quarto dizendo que estava com dor de cabeça, caí na cama e dormi, acordei já estava no fim da tarde, meu noivo dormia profundamente do meu lado com um bafo de cerveja e sua roupa estava jogada por todo o chão do quarto. Já levantei reclamando e arrumando tudo, quando cheguei na sala quase tive um desmaio, PORRA, os idiotas nem se preocuparam de arrumar a bagunça, deixaram para o otário aqui arrumar? Eu não!
Eu: acorda! – falei alto e dando uma forte tapa em sua bunda.
R: oi! Que foi? – ele acordou assustado.
Eu: vai limpar aquela bagunça toda agora!
R: ai amor limpa lá para mim por favor – ele falou enrolado por conta do excesso de bebida.
Eu: não mesmo, ou você vai limpar tudo agora ou eu não fico nesse chiqueiro, pego minhas coisas e vou para a casa da minha mãe e só volto quando você criar juízo.
R: então, faça uma boa ida a casa da sua mãe e até qualquer dia aí quando eu criar juízo. Beijos – falou isso voltando a dormir.
Fiquei olhando para aquele idiota sem acreditar no que ele falou, bem que dizem que a bebida nos da coragem para falar tudo, então eu não tinha nada mais para fazer ali a não ser preparar as minhas malas.
...
RICARDO:
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Acordei com uma dor de cabeça até razoável de aguentar, ainda estava um pouco tonto, confesso que bebi além da conta e estava sentindo agora os reflexos daquela bebedeira.
Eu: Diego? – chamei por ele quando cheguei na porta do quarto – ai droga, burro, idiota, eu sou mesmo um asno – falei comigo mesmo me lembrando a maneira como eu o tratei mais cedo.
Fui para a cozinha passando pela sala toda bagunçada da farra do dia, me senti mal por ter tratado o Diego daquela maneira. Cheguei na cozinha e tinha um comprimido ao lado de uma garrafinha de água e um papel dobrado embaixo da garrafa. Peguei o comprimido e ingeri junto com a água (ele sabia que eu ia acordar com dor de cabeça e deixou aquele comprimido a minha espera), peguei o papel e fui para a sala e sentei no sofá. Abri o mesmo que estava coberto pela letra do meu amado e comecei a ler:
...
7 COISAS QUE EU ODEIO EM VOCÊ:Odeio o modo como fala comigo quando esta bêbado;
2 – Odeio chegar em casa e ver tudo desarrumado;
3 – Odeio quando você traz os seus amigos para casa e desarrumam tudo;
4 – Odeio quando você toma banho e deixa a toalha molhada no chão do quarto;
5 – Odeio olhar para você e ver um babaca;
6 – Odeio quando você diz que vai fazer algo para ajudar em casa e não faz e eu faço;
7 – Odeio a saudade que sinto quando estou longe de você, saudade que estou sentindo agora seu idiotaCOISAS QUE EU ADORO EM VOCÊ:
...
1 – Adoro quando você esta bêbado e começa a dançar de olhos fechados na sala de casa;
2 – Adoro quando você fica arrepiado quando eu beijo as suas costas, mas adoro mais ainda quando você me deixa arrepiado.
3 – Adoro quando você traz seus amigos em casa, pois é nesse momento que vejo que eles são seus amigos de verdade, mesmo na diferença eles não te abandonaram;
4 – Adoro quando você deixa a toalha molhada no chão depois do banho, porque isso significa que você esta pelado pela casa e essa visão me interessa muito (mas por favor depois volte a apanhe a toalha);
5 – Adoro olhar para você e ver mais que um amigo, ver meu amante, meu noivo, meu homem;
6 – Adoro saber que sua banda favorita é Bom Jovi e mais ainda quando passamos a noite conversando na varanda e ouvindo as músicas dessa banda (você é meu melhor amigo confidente nesses momentos);
7 – Adoro a saudade que sinto quando estou longe de você, porque você sabe o que acontece quando a gente se reencontra ne? Então vem me buscar, você sabe onde estou, mas só venha me buscar se tiver criado juízo, se não nem apareça na minha porta.
P.S. Eu odeio te odiar seu cretino, mas ao mesmo tempo adoro te odiar, pois é te odiando que sei o quanto te amo e amor sem ódio acaba se tornando algo sem graça. Amar te odiar é a melhor forma de amar que eu posso te oferecer e nesse momento estou te odiando, mas logo espero voltar a te amar por esse ódio que sento por você.
BeijosNão esperei mais nada e saí de casa correndo até a casa de Liliana para pegar o meu garoto e voltar para casa com ele em meus braços, não demorou muito e já estava na porta do prédio num bate boca com os porteiro Senhor Flavio.
Eu: mas eu preciso entrar!
F: rapaz você não foi autorizado, não vai entrar.
Eu: por favor!
F: se a doutora não quer deixar você subir então você não vai subir!
Eu: ai que inferno, abre logo essa porcaria.
F: se você não for embora eu vou chamar a polícia.
Depois que ele falou isso seu telefone começou a tocar e ele abriu a porta para mim.
F: sua entrada foi autorizada.
Eu: muito obrigado viu.
F: estou de olho em você moleque.
Eu: eu hem, sai pra lá velhote – falei isso correndo para o elevador.
Entrei no elevador e fui correndo para a porta do apartamento da minha sogra, depois que bati na porta ela se abriu rapidamente e tomei um banho de água gelada, o choque foi tão grande que cai sentado no chão, quando pude ver, Liliana estava parada na minha frente com um balde na mão.
L: idiota, como pôde destratar meu filho?
Eu: Liliana desculpa, eu quero falar com ele – falei me levantando e tremendo.
G: não vai falar com ele não! – Guilherme falou isso e deu um chute na minha canela e jogou farinha de trigo na minha cara, quando eu me abaixei de dor ele se agarrou no meu pescoço e se jogou por cima de mim tentando me derrubar.
Estava tentando tirar ele de cima de mim quando o Diego aparece na porta do apartamento...
D: que loucura é essa aqui na porta?
Paramos e olhamos para ele.
L: estamos te defendendo filho.
D: Obrigado mãe, mas já esta bom, Ricardo você esta parecendo um palhaço e você Guilherme, já pode sair de cima dele.
Ele veio em nossa direção e pegou o irmão nos braços e o colocou no chão, o moleque deu língua pra mim e correu para dentro de casa.
D: então, explique-se – ele falou olhando nos meus olhos e cruzou os braços.
R: amor me desculpa!
<3 Meus amados leitores, agradeço os quase nenhum comentários pela quantidade de comentários que eu tenho devo dizer que é super desestimulante continuar escrevendo, mas escrevo porque eu gosto e é uma forma de por pra fora muitas vezes tudo o que eu sinto, e ainda estou vivo kkkkkkk problemas tem pra caramba e realmente não sei o que fazer, estou num circulo que se fecha a cada dia mais e é isso, minha vida esta um inferno atualmente, ta difícil segurar as pontas <3
Agradeço a:
Ryuho: que puxou minha orelha por aqui e depois lá no whatsapp, te amo amigo.
Ru/Ruanito: obrigado por tudo querido, respondi o teu email, fiquei feliz pela sua consideração e preocupação comigo. Bjs Bjs e mais Bjs pra você.
Teuss: Obrigado pelo conselho amigo, já tenho grande consideração por você.