3 Lados do Amor

Um conto erótico de Letícia Lolita
Categoria: Homossexual
Contém 2695 palavras
Data: 21/08/2016 08:51:16

A história que vou contar começa em um velório, meio mórbido não acham, mas é importante, e peço que tenham paciência, esse não é só um conto erótico, mas um romance, alguns fatos baseados em fatos reais outro da minha imaginação, espero que gostem. Pois bem, vamos aos fatos.

A jovem Nicole não conseguia entrar em casa, não aguentava ver sua mãe naquele caixão, não era assim que ela queria lembrar-se dela. Nunca chegou a conhecer seu pai, não tinha parentes próximos, sabia que, em uma hora Dona Marta e o oficial do Juizado iriam leva-la para um abrigo.

Nicole olhava para o chão, pensava em mil coisas, não notou que sua colega do colégio, Taís, acabara de chegar.

- Oi Nicole! – Falou Taís, sentando ao seu lado. Nicole ficou surpresa com a presença da colega, nunca foram amigas, sempre achou a Taís muito metida, até já tiveram birras na escola, mas veio dar seu apoio. Diferente dos que dizem seus amigos, que nenhum telefonema fizeram, preferiu pensar que estavam viajando devido as ferias.

-Oi Taís!

- Perdi meus pais a dois anos, é uma droga. – Taís abraça Nicole, fazendo a moça desabar no choro. Ela a primeira vez que tinha chorado desde que tudo aconteceu.

Taís ficou junto da Nicole todo tempo, Nicole encontrou em sua colega de sala, uma amiga inesperada nesse momento.

Quando tudo acabou, os amigos de sua mãe foram embora, ficando só Taís, Dona Marta a dona do abrigo e Sr. Heitor o oficial do juizado, ele iria ajudar nos papeis.

- É longe o local, onde você vai ficar?

- É aqui no bairro.

- E a escola?

- Falei com Dona Marta, vou continuar estudando lá.

- Então qualquer coisa ligue pra mim... Pode conta comigo, você tem meu número?

- Tenho sim.

- Eu já vou, meu vô já chegou. - Nicole deu um ultimo abraço em Taís, um abraço terno, era o que mais precisava nesse momento.

Do Marta a levou para o Centro de Apoio Senhora Marta, onde ela ficaria até completar seus dezoito anos, onde poderia administrar o dinheiro deixado pela sua mãe.

Quando entrou percebeu que o local era só de meninas, na entrara tinha oito garotas, entre seis a doze anos. Dona Marta explicou que as garotas maiores estavam na escola.

- Das maiores só Bruna estar, ela pegou suspenção por causa de briga. – Falou Dona Marta parecendo estar triste.

- Sinceridade, essa menina deveria ir para um reformatório. – Falou uma senhora gorda mal e encarada.

- Nicole, essa é senhora Inês, ela é a cozinheira daqui. E por favor Inês, todos merecem uma chance, a Bruna tirar notas boas, e sempre foi dedicada. Ela só esta passando por uma fase.

- Hum! essa garota já teve varias chances! – A velha deu de ombros, e saiu resmungando.

- Não ligue pra Dona Inês, esta caducando. – falou a ultima palavra baixinho.

Nicole só ouvia, sem falar nada. Dona Marta mostrava todo lugar, banheiro, refeitório, sala de recreação, e por fim os quartos, no total cinco quartos. Quando entrou viu seis camas, em uma delas estava uma garota deitada. Nicole deduziu que seria a Bruna. Sentiu um pouco de receio, tinha medo de a moça ser uma marginal, a velha Inês não deixou uma boa impressão.

- Bruna, essa aqui é Nicole, ela vai dormir no seu lado do cubículo. – O quarto era dividido em seções, cada seção tinha duas camas, era separado por um pequeno muro de um metro e meio, na verdade parecia um quarto de prisão, porém um pouco mais aconchegante.

Bruna não deu atenção, nem olhou para as duas, continuou lendo o livro que estava nas suas mãos.

- Mocinha, não é esses os modos que ensinamos aqui! – Tentou corrigir o comportamento da moça. Bruna levanta com uma boa vontade inacreditável.

Bruna tinha entrado no orfanato quando tinha nove anos. Só quem conhecia seu passado era Dona Marta, sempre foi sua preferida, apesar de gostar de todas as internas, porém, Bruna era como sua filha. A jovem era a mais velha do local.

Faltava só um ano e meio para sair. Seu jeito de durona não escondia a linda garota que era. A jovem virou um mulherão de um metro setenta e quatro, desde e o dia que entrou pernas grossas, seios fartos, seus olhos cor de avelã contrastava com seus cabelos negros e as sobrancelhas um pouco grossas, porém atraentes, sua pele pálida, dava a impressão que era europeia, mas o que dava o destaque na moça eram os lábios carnudos. Tinha assumido sua sexualidade há dois anos. Esse também era um dos motivos que ela brigava tanto na escola, Bruna não deixava as provocações por menos.

- Oi, meu nome é Bruna, como é o seu? – Falou Bruna sem sequer olhava para Nicole.

- Bruna! – Dona Marta repreendeu mais uma vez. Agora, Bruna olhou para Nicole, ficou surpresa com a beleza dela. Nicole é uma linda baixinha de um metro e cinquenta e nove, desde pequena era a garota mais bonita do colégio, quando cresceu se tornou uma linda moça, ruiva, com algumas sardas no rosto e lábios finos, seus olhos verdes herança de sua mãe, fez o coração de Bruna disparar. Diferente de Bruna, Nicole é magrinha do tipo modelo, e seus seios eram bem menores.

- Oi Nicole, bem vinda!

- Obrigada!

- A Nicole vai ficar com o armário da Catharina, já mostrei a ela o local. – Falou Dona Marta.

- Certo Tia! – Bruna confirmou chamando Dona Marta de Tia, algumas meninas chamavam também de Madrinha. Dona Marta se despediu deixando Nicole as cuidados de Bruna.

- Você era de qual abrigo? – Quis saber Bruna.

- Não morava em abrigo! – Falou Nicole baixando a cabeça, Bruna entendeu.

- Quer fica sozinha?

- Não precisa. – Sozinha ia ser bem pior.

- Posso dar os toques de como são as coisas aqui?

- Pode ser.

- Primeiro sempre pergunte o que esta comendo, a velha Inês é louca...

E assim, Bruna passou varias informações do lugar, dos nomes das maiorias das internas, das rotinas. Foi legal esse contato com Bruna, ela poderia esquecer um pouco de tudo que estava acontecendo. Nicole ficou até aliviada, a garota foi bem legal depois da primeira impressão. Quando as meninas chegaram Bruna apresentou Nicole.

A primeira noite de Nicole no novo lar foi difícil, a saudade bateu forte, o choro foi inevitável. Bruna acordou com o choro abafado de Nicole.

- Nicole?

- Oi! – Falou Nicole, tentando enxugar as lágrimas. Bruna levantou e sentou ao lado de Nicole.

- Esta bem?

- Não estou conseguindo dormir.

- Quer conversar? – Nicole confirmou com a cabeça. Passaram a noite conversando sobre tudo.

Passou um mês, desde o dia que Nicole entrou no orfanato, ainda estava triste, mas com ajuda de Bruna, estava se enturmando. Faltava ainda uma semana para voltar a estudar e não estava com pressa, achava que não estava preparada. Taís ligou praticamente todos os dias para ela, sorte dela que Dona Marta não implicava. Aproveitava quando as meninas mais velhas estavam na escola para tomar banho, o banheiro era coletivo, muitas vezes chegava mais cedo no banheiro, tinha muita vergonha de ficar sem roupa na frente das outras.

E foi em uma dessas idas ao banheiro que algo aconteceu. Assim que entrou percebeu que um dos chuveiros estava ligado, denunciando que tinha alguém lá. Quando percebeu, pensou em sair, porém viu Bruna tomando banho, ficou impressionada com seu corpo nu.

A água caindo em sua pele era pura sensualidade, Bruna ensaboava todo o corpo, mas dava uma atenção especial na sua boceta que tinha muitos pelos, mas não o bastante para ficar feio. Nicole tinha ficou naquele transe, mal tinha percebido que tinha ficado excitada com a cena. Sem querer deixa o seu Shampoo cair no chão, fazendo Bruna perceber sua presença.

- Oi Nicole, nem percebi você, chegou agora?

- uhum.

Bruna chegar perto de Nicole ainda nua, a deixando corada. Bruna percebeu, e achou graça da situação. Pra provocar, chegou mais perto ficando a poucos centímetros de Nicole, as pernas de Nicole ficaram bambas. Bruna se aproxima ainda mais, parecia que ia abraça-la, quando estendeu seu braço e pegou uma tolha no lado de Nicole. Se enxugou na frente de Nicole, as duas ficaram em silêncio, Nicole só conseguia observar.

- Vou sair, sei que você tem vergonha de ficar nua na frente dos outros. Eu não!

Bruna saiu com um sorriso malicioso. Nicole não conseguiu falar nada, nunca tinha passado por uma situação como essa, quando tirou sua roupa, percebeu que sua calcinha estava toda melada. Assustou-se, nunca namorou, e agora tinha ficado excitada ao ver uma garota nua, só podia estava ficando louca, pensou, além do mais achava cedo demais para qualquer tipo de sentimentos. Tomou banho tentando esqueceu esses pensamentos, quando acabou, foi para o quarto.

Viu Bruna deitada com uma camiseta e de calcinha de algodão, sabia da proibição das meninas ficar seminua fora do banheiro, porém não estranhou Bruna esta assim, ela não era de cumprir as regras a risco, até porque Bruna deveria estar na escola há essa hora.

Bruna ficou observando Nicole arrumar sua cama, ela estava afim da menina, mas não queria de tentar algo, não sabia se esse era o lance dela. Apesar disso, tentou sonda mais.

- E ai Nicole, quando vai começar suas aulas? – Puxou assunto do nada.

- Próxima segunda... Mas não estava a fim de ir.

- Ora, por quê?

- Acho que não estou preparada para as perguntas.

- Um dia você vai ter que encarar isso, além do mais, você tem aquela sua amiga, qual mesmo o nome dela?

- Tais, ela realmente é muito legal.

- Mas agora que vai pra escola, é concentrar nos estudos e nos gatinhos. – Falou sorrindo. Nicole ficou vermelha.

- Não me diga que você nunca namorou? – Perguntou Bruna, Nicole só confirmou com a cabeça.

- Nem ficou?

- Já beijei uma vez, mas não gostei, o menino tinha aparelho e babava muito, além do mais, sempre fui muito Nerd os garotos preferem as piriguetes.

- Ninguém merece baba enquanto beija, mas pelo menos não é virgem de boca.

- E você, esta namorando?

- Não, eu ficava com uma amiga da escola, mas ela foi pra outra cidade. – Nicole tinha esquecido que as garotas comentaram que a Bruna era lésbica.

- Tia Marta é de boa com isso?

- Claro, ela é muito mente aberta.

- Posso pergunta uma coisa?

- Fala, sou toda ouvidos.

- Você já namorou com algum garoto?

- Nunca, são todos idiotas. – Bruna falou, pareceu longe. Nicole percebeu.

- Algum problema?

- Não, deixa! – Bruna levantou e foi para a cama de Nicole, por motivos que ela não conhecia, Bruna a deixava nervosa, não era medo de levar uma cantada, ela medo de gostar.

- Não precisa ficar nervosa, eu não mordo. – Brincou percebendo o nervosismo de Nicole.

- Tô nervosa não! – Falou pegando uma mexa de cabelo e ajeitando atrás da orelha. Geralmente quando Nicole ficava nervosa ao mentir fazia.

- Ta sim! Preocupa-se não. Não vou dar em cima de você!

- Não é isso! – Tentou argumentar.

- Além do mais, você não faz meu tipo.

- Serio, por quê?

- Você é hétero, não é?

- So... Sou! – A gagueira causada pela pergunta, fez Bruna dar uma risadinha.

- Tem dúvidas? – Bruna chegou mais perto deixando a menina vermelha. Nicole não conseguiu responder a pergunta, nunca tinha pensado na sua sexualidade. Aquela menina a deixou confusa, seu coração começou a bater forte, parecia que ia sair da boca. Seus lábios começaram a tremer, sua pele ficou arrepiada. Ainda por cima, Bruna esta estava de calcinha, Bruna vendo sua reação, pegou sua mão.

- Nossa esta gelada, fui eu que te deixei assim? – Nicole parecia paralisada. – Já disse pra não ficar com medo.

- Não estou com medo! – Tentou parecer confiante.

- Acho bom! – Bruna pegou sua mão e beijo.

De repente elas ouvem um barulho da porta abrir, Bruna dar um pulo e pegar seu short vestindo rapidamente, Bruna ria da situação, e ria da cara de Nicole vermelha.

- Depois a gente conversa? – Perguntou Bruna cheia de intensões.

- Sim! – “O que eu disse!”, pensou Nicole ao confirma o pedido de Bruna, mesmo com o medo que teve, Bruna a atraia.

O resto do dia foi tranquilo no Centro de Apoio Dona Marta, Bruna levou uma bronca por faltar à aula e ficou de castigo no quarto durante a hora da TV, além de ajudar Dona Inês na cozinha. Nicole não parava de pensar no ocorrido. Percebeu que toda vez que sua mente trazia a lembrança, sua pele arrepiava. Ela não entendia esse novo sentimento, antigamente sonhava em namorar com algum garoto bonitinho da escola, agora não parava de pensar em sua companheira de quarto. Talvez estive-se confusa de estar naquele lugar, ou por que queria criar vinculo com alguém. Tudo era novo, será que ia ficar gostando de garotas, era cedo demais pra gostar de alguém. Os pensamentos brotavam na cabeça de Nicole.

Quando foi a hora de ir para o quarto, viu que Bruna já dormia, pelo jeito era um sono profundo, porque as meninas estavam muito barulhentas, uma frustação tomou conta dela. Nicole tentou dormir, mas não conseguia, ela olhava pra Bruna dormindo, vendo daquele jeito, via o quando ela linda. Bruna se levantou pra beber agua.

Quando chegou na cozinha, colocou agua no copo e começou a beber, de repente Nicole toma um susto quando dois braços envolve seu corpo, quase deixa o copo cair.

- Esta louca Bruna! – Bravejou Nicole irritada.

- Quis fazer surpresa. – Bruna fez cara de mimosa.

- Escute... Desculpa te decepcionar, mas não é meu lance, entende? – As palavras de Nicole saíram de maneira muito duvidosa.

- Bem, se não for mesmo, fico na minha de boa, mas por que você fica desse jeito quando ficar perto de mim?

- Assim como?

- Vermelha, e sabe de uma coisa, eu gosto.

- Fico nada! – Falou envergonhada.

- Vamos fazer um teste?

- Como assim?

- Eu te dou um selinho, se você não gostar, eu não toco mais no assunto.

Nicole ficou pensativa, achava um absurdo aquela proposta, apesar disso não conseguiu dizer não, causando um suspense.

- Não falei que você tinha dúvida? – Bruna se aproximou de Nicole a encostando na pia.

- Um e você me esquece. – Falou firme.

- Unzinho!

Bruna levou uma mão até a nuca de Nicole, com a outra tirou uma mexa que estava na frente de sua boca. Por alguns segundos Bruna olhou nos olhos de Nicole, nariz, boca parecia que queria analisar cada centímetro. Bruna sorriu, quando suas bocas encostaram, foi como faíscas saíssem. O corpo de Nicole tremia, Bruna a puxa colando seu corpo no dela. O beijo era tímido, Nicole não esboçou reação contraria, ao contrário o beijo foi correspondido, a mão de Nicole foi até a cintura de Bruna e apertou. O beijo começou a ficar mais quente, Bruna tentava agia com cuidado para não assustar a menina, mas ela difícil ter aquela bela garota em seus braços. Sua língua começou invadir a boca de Nicole que estava de olhos fechados. Nicole abre os olhos como saindo de um transe e empurra Bruna.

- Que foi?

- Já disse que não dessas coisas! – Falou Nicole alto.

- Você estava curtindo, e fala baixo pra não acorda todo mundo.

- E melhor você me deixar em paz. – Falou Nicole saindo em seguida, deixando Bruna com raiva e excitada. Quando chegou no quarto tentou falar com Nicole em vão. Aquela garota estava a deixou louca, ela uma questão de tempo pra ela ceder, mas não queria parecer uma perseguidora, preferiu deitar.

O coração de Nicole estava a mil. Não estava com raiva da Bruna por ter a beijado, estava de se mesma por ter gostado, na verdade queria pular na cama da Bruna e fazer a amor. Sentia que a boceta estava toda melada. Levou o dedo até ela e começou a massagear, nunca tinha se masturbado, a sensação foi ótima. Ela gemia baixinho pra não acorda Bruna, olhou pra o lado e viu ela dormindo. Sua respiração ficou cada vez mais ofegante, sentia que o gozo estava vindo, era uma sensação que nunca tinha sentido.

- UUhmmm! UUhmmm! UUhmmm! – Seu gemido acabou saindo mais alto que ela podia controlar, ficou ofegante tentando controlar a respiração. Quando voltou a si, viu Bruna sorrindo olhando pra elaGente esse é só uma introdução do conto, espero que tenha gostado, não sou muito bom do português, por isso desculpa os erros. Caso gostem deixe os comentários, críticas e sugestões são bem vindas.

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