Oi? Tem alguém aí?
Desculpa gente pela demora de postar mais capítulos. Confesso que estou sem vontade de escrever, mas amo ler os capítulos que cada um de vocês, escritores da CDC, postam. Eu tinha parado de escrever os capítulos até ler os comentários semana pasada, de leitores como Ryuho e Martines, que perguntaram quando voltaria a postar.
Agora eu te digo: EU VOLTEI (espero)! Vou tentar escrever os capítulos para vocês lerem. Essa é a minha meta para logo.
Agora voltem a apreciar mais um capítulo desse conto.
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Minha vida melhorou depois que Beto e eu começamos a namorar. Ele era um príncipe comigo: Me mandava mensagens românticas quase que diariamente, me dava a atenção quando eu precisava, tentava me defender do mundo, cruel pra pessoas como nós. Me vigiava para que nem o Ricardo, nem o Rafael se aproximassem de mim. Ou seja um gentleman.
Só que o meu coração ainda se importava com o Ricardo. Maldito coração!! Como é que eu, que tenho um namorado perfeito, na medida do possível, estava apaixonado pelo miserável do Ricardo. Eu me peguei chorando por ainda sentir algo Por ele.
Eu precisava desabafar com alguém.
ELIANA: Poxa migo, que situação...
EU: Pois é, eu tentei esquecê-lo, até cheguei a conseguir por algum tempo, mas ao vê-lo esses sentimentos voltam "de com força".
ELIANA: Apesar de saber que o seu coração ainda pertence ao idiota do Ricardo, dessa vez eu te digo apoiar a razão. Veja o quanto o Beto te ama! Há quanto tempo você estão namorando?
EU: Mais ou menos três meses.
ELIANA: Três meses... Pois eu te digo que ainda é tão apaixonado por você quando ele era só teu amigo. Veja aquele olhar!
Eu olhei para onde ela apontou e vi o Beto numa mesa próxima. Ele me olhava parecendo um bobo, estava me admirando com um belo sorriso no rosto. Com certeza um olhar apaixonado.
ELIANA: Tá vendo. Esse olhar é igualzinho ao que ele fazia naquela vez na fila do lanche, lembra?
EU: Lembro sim.
ELIANA: Pois então, o Beto é 100% apaixonado por você, ele te ama de verdade e acredito que ele não seria capaz de fazer algum mal a você, assim como fez o Ricardo. Então o que te aconselho é não troque o certo pelo duvidoso.
O Beto te ama. Isso é fato! O Ricardo também te ama. Isso também é fato. Mas avalie como os dois se comportaram com você e saberá escolher.
Pela Eliana, eu devo ficar com o Beto. Ela já está na torcida dele desde sempre, mas o meu coração quer o Ricardo, apesar de tudo o que ele fez comigo.
Fui pro pátio da escola, num local de pouco movimento, pra pensar. Aliás o que eu mais tenho pra fazer hoje é pensar. Pensar na minha vida pós-formatura, minha vida amorosa, no meu futuro. Preciso parar de ser tão indeciso.
Estava eu e os meus botões e não percebi a chegada de alguém até aonde estava.
RICARDO: Pensando na morte da bezerra?
EU: Ai que susto, Ricardo! Assim... - assumi a defensiva - O que é que você quer, Ricardo? Já disse que entre a gente acabou!
RICARDO: Você sabe que não é verdade. Seu coração me diz que não. Admita: Você me ama! Você é meu!
Convencido o Ricardo, não é?
EU: Ah... Eu admito que amo você... Mas nunca mais diga que Eu sou seu! Você me humilhou demais me expondo daquele jeito, e antes de qualquer coisa, EU ME AMO, Ricardo!
Parei um pouco para pegar ar, e logo as lágrimas começaram a cair.
EU: Eu me amo e atualmente encontrei alguém que me ama também.
Eu sorrio ao lembrar do Beto. Naquele momento alguém se aproxima da gente e nem Ricardo, nem eu percebemos a figura.
Ricardo: Pode ser... Pode ser que o Alberto te ame mesmo. Mas e você? Você o ama ou o está usando para me esquecer?
Essa pergunta me pegou desprevenido.
Ricardo: Pelo seu silêncio já sei a sua resposta. Pra que usar o cara, se quem você ama sou eu? É realmente assim que você ama o Alberto? Usando o amor dele só para tentar se esquecer de mim?
Aquela conversa já deu! Meu nível de estresse estava nas alturas.
Eu: CALA A SUA BOCA! CALA A BOCA! CALA A BOCA! CALA A BOCA! - Comecei a chorar copiosamente devido ao nervosismo - Quem é você para falar sobre usar alguém? Você me usou para seu bel prazer, para me humilhar, você fez tudo comigo menos me amar de verdade. E agora vem dar uma de santinho, me acusando de usar meu melhor amigo?
Ricardo: Tá vendo aí! Você não o vê como seu namorado, mas como seu "melhor amigo". Você não o ama! Você me quer!
Apesar do cinismo e sarcasmo na afirmação dele, ele falou algo com sentido. Apesar de saber que Beto é meu namorado, eu ainda o vejo como meu "Best Friend". Se eu realmente quisesse que essa situação mude, teria que ver o Beto por outro ponto de vista.
RICARDO: Você é meu!
Ainda estava nos meus pensamentos e não percebi a aproximação do Ricardo. Quando me dei conta, o Ricardo estava me beijando - que beijo gostoso, com pegada - e fomos flagrados por quem. Advinha por quem?
Eu: BETO???
Meu Deus! Aqueles olhos que há minutos atrás me admiravam agora estavam vermelhos e coberto de lágrimas. Ele tremia um pouco. Eu até senti um arrepio passando perto meu corpo. Ele me flagrou aos beijos com o Ricardo.
Deve ser lacerante a dor de amor ao me ver beijando outro cara, ainda mais sendo o cara que ele sempre odiou.
Não seu tempo nem mesmo para uma reação: Beto foi embora correndo e eu fiquei ali, me sentindo um criminoso que foi pego em flagrante.
RICARDO: Foi bom isso ter acontecido. Você não o ama, você está destinado a ficar comigo.
Eu: CALE A SUA BOCA! SEU MISERÁVEL!! - meu remorso com o Beto virou raiva pra Ricardo - A CULPA É SUA!
Fui dar um soco no rosto do Ricardo, mas ele foi mais rápido e segurou meu punho.
Ricardo: O mesmo golpe não funciona duas vezes comigo.
EU:Esse não, mas esse aqui sim..
POU!
Ricardo: Ai... - Ele gemeu com o chute no saco e se retorceu de dor no chão.
Eu: Nuca mais fale comigo, seu miserável!
E sai daquele lugar e fui atrás do Beto.
O problema é que Alberto desapareceu igual a um ninja que se esconde nas sombras. E levou consigo a minha alegria.
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Eliana: Ah, de novo não, Edu! Não acredito que você fez merda de novo!
Eu não poderia dizer nada. Eu estava errado.
Eu: E agora? O que eu faço?
Eliana: Sabe, situações como essas sempre vão se repetir enquanto você estiver indeciso. Enquanto você, migo, não escolher se quer o Alberto ou se quer o Ricardo.
Eu: Mas eu não sei o que fazer. Eu sei que o Beto é a minha melhor escolha, mas o meu coração ainda bate pelo Ricardo. Ai miga, o que eu devo fazer?
Eliana: E deveria eu saber disso? Ninguém merece...
E o pior é que eu deveria saber o que fazer mas eu estou mais perdido que cego em tiroteio.
Eliana: Já sei! Migo, você ama o Ricardo?
Eu: Eu não sei... Eu sinto algo muito forte por ele. Algo que me faz pensar nele, de querer ele, de transar com ele, entende?
Eliana: E o que você sente pelo Alberto?
Eu: Ah, eu quero acordar todos os dias ao lado dele, andar de mãos dadas com ele, sabe? Às vezes dá vontade de dar uma bronca nele pela sua raiva excessiva, que depois descobri que é ciúme. Eu consigo ver minha vida junto com a do Beto.
Eliana: Isso é o que você sente pelos dois não vai acabar até que você tenha condições de escolher entre o Beto e o Ricardo. Então faça o seguinte: - ela respirou profundamente - namore o Ricardo!
Eu: O quê? O.O
Eliana: Nem acredito que falei isso... -, deu um sorriso de espanto - mas é sério, Edu. Você só vai descobrir se o Ricardo vale a pena se você o experimentar. Você já sabe como é namorar o Beto, mas não sabe como seria com o Ricardo. Sei lá, peça ele em namoro e você vai poder conhecer o Ricardo de verdade.
Eu: É... Você pode ter razão.
Eliana: Agora faça isso logo, senão você vai acabar ficando sem os dois.
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Eu precisei fazer isso, ou eu enlouqueceria e ficaria sempre indeciso. Eu preciso saber quem eu realmente amava. QUEM era o dono do meu coração.
RICARDO: Eu sabia... Eu sabia que você voltaria pra mim.
EU: É isso que preciso descobrir... Eu resolvi dar mais uma chance a você.
Ele deu um sorriso e veio me beijar. O beijo dele era único, com pegada, com desejo, com uma vontade carnal sem comparação. Entretanto esse beijo perdeu algo quando eu comparo com o nosso primeiro beijo. Quando nossas línguas se entrelaçam, eu me lembro da nossa primeira vez, que foi super, e me lembro da decepção que tive em seguida. Me lembrar daquela humilhação me fez desgostar do Ricardo um pouco.
ELIANA: Apesar de não gostar nada do Ricardo, migo, eu achei certo o que você fez. A única forma de você se decidir se você realmente ama o Ricardo é aceitando namorar com ele.
EU: Eu sei, miga, mas foi necessário.
ELIANA: E o que achou?
EU: Sei lá... Parece que o Ricardo perdeu... Como eu posso dizerEncanto! Isso! Parece que o Ricardo de antes se perdeu e agora parece que namoro um outro Ricardo.
ELIANA: hum... Agora imagina quando o Beto souber disso!
ALBERTO: O quê eu deveria saber, Eliana?
Perguntou o Alberto, nos pegando desprevinidos na frente da minha casa.