A Mucama E A Sinhazinha - Final

Um conto erótico de Princess Mary
Categoria: Homossexual
Contém 677 palavras
Data: 25/08/2016 20:00:58
Última revisão: 25/08/2016 20:49:12

José Maria, pai de Celeste, voltou-se para o sobrinho com ar totalmente derrotado.

- Augusto, meu sobrinho, que vergonha... nem sei o que dizer! Não sei porque essa desgraçada não morreu, como os irmãos dela... Foi pra isso que vingou, pra desonrar o meu nome??????

Augusto parecia totalmente concentrado e frio ante aquela explosiva cena familiar. Seus olhos estavam pousados em Celeste, caída no chão com as faces vermelhas e banhada em lágrimas, os cabelos desgrenhados.

- Prima Celeste, vamos conversar como pessoas civilizadas que somos... E tenho certeza que chegaremos a um acordo.

Celeste entrou na sala cerca de meia hora depois. Ana a acompanhava em nome do decoro. A moça loura estava agora pálida como a morte. Usava um vestido preto, como se estivesse de luto, e tinha os cabelos presos num modesto coque.

Augusto ergueu-se à sua chegada e a cortejou cerimoniosamente, beijando-lhe a mão.

- Sente-se, por favor, prima, disse ele.

Celeste sentou numa poltrona. Ana ficou de pé às suas costas, de braços cruzados e olhos baixos.

Augusto era um bonito rapaz, mas Celeste achou estranha a forma como se vestia. Ele usava um casaco acinturado de cor berrante, camisa com babados na gola e nas mangas, calças justas como uma segunda pele e botinas de verniz com pequenos saltos. Mas ele acabara de chegar da Europa e ela nunca saíra daquela fazenda perdida no meio do nada, pensou. Devia ser a moda...

- O que o primo quer de mim? - perguntou. - Olhe, eu nem conheço vosmecê, não é por nada. Só não quero casar com homem nenhum, só isso...

- Nem eu quero me casar com mulher alguma, disse ele.

Celeste o olhou por entre as longas pestanas, com uma vaga esperança. Ele usava um perfume forte que enchia o ambiente.

- Não?

-Não, prima, nunca quis... Estou aqui apenas porque meu pai me obrigou... Mas agora estou feliz, porque somos iguais...

Ela franziu a testa, confusa.

- Iguais????!!!!!

Ele sorriu com malícia.

- Eu percebi o tipo de relacionamento que a prima tem com a mulatinha.

Ao ouvir aquilo, as duas ficaram boquiabertas. Augusto começou a andar pela sala, mexendo nos babados da camisa. Celeste ficava branca e vermelha ao mesmo tempo

- Sim, prima, eu percebi tudo, porque assim como vosmecê, eu também tenho um amor secreto na minha vida... - ele revirou os olhos. - Eu o conheci assim que voltei ao Brasil. Um negro belíssimo, forte, fogoso...

Celeste balançou a cabeça. Augusto voltou a sentar de um modo afetado.

- Então, prima, penso que podemos nos casar para fazer a vontade de nossas famílias, mas seremos marido e mulher apenas no nome... cada um viverá sua própria vida ao lado de quem ama. E, de resto, posso lhe dar uma boa vida na Corte. Jóias, carruagem, vestidos caros... então, aceita?

Celeste e Ana se entreolharam, não acreditando em tamanha felicidade.

- Primo... claro que aceito!

Foi enorme a felicidade dos pais de Celeste quando eles anunciaram o casamento. Que aconteceu um mês depois, na capela da fazenda, seguido de uma grande festa. Celeste foi a noiva já vista por aquelas bandas. Augusto usou um fraque bem justo e uma camélia cor de rosa na lapela. Trouxera com ele seu escravo de estimação, Timóteo, um negro alto, jovem e forte...

Após a cerimônia o jovem casal seguiu para o Rio de Janeiro, onde iriam morar, na companhia de seus escravos favoritos.

Augusto era muito rico e vivia em um palacete luxuoso. Celeste e Ana estavam encantadas com tudo. O casal dormia em quartos separados, mas que se comunicavam entre si por um corredor.

Uma noite depois da chegada, Augusto e Timóteo estavam na cama se acariciando, quando ouviram gemidos abafados vindos do outro quarto. Foram devagarinho espiar pela fechadura...

Celeste e Ana estavam na cama, totalmente nuas, lindo contraste entre as belezas alva e morena. Ana a penetrava com o dedo, Celeste se contorcia e mergulhava o sexo contra a mão da mulata.

Timóteo abraçou Augusto por trás e ele sentiu a ereção do escravo contra sua bunda.

- Venha, Tim. - murmurou. - Vamos fazer o mesmo... - e voltaram para a cama.

FIM

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