Meu Verdadeiro Amor (Parte – 04)

Um conto erótico de ☆★Estrela★☆
Categoria: Homossexual
Contém 3276 palavras
Data: 26/08/2016 06:43:04
Última revisão: 28/08/2016 21:09:37

Emily tomou minha frente...

-- Não faça nada com ele, só...

-- Saia!

Falou grosso e ela e eu nos assustamos.

-- Bryan.

-- Eu já disse para sair!

Emily me olhou com cara de preocupação e saiu.

-- Vem comigo.

Saiu me puxando pelo braço até lá dentro de casa.

-- Onde fica seu quarto?

-- Me solta!

Tentava puxar meu braço, mas ele pegava com força e estava doendo.

Bryan com raiva parecia um bicho e percebia que estava se controlando.

-- FALA LOGO ONDE ESTÁ A PORRA DO SEU QUARTO!

Passamos pela cozinha e subimos a escada da sala.

-- É o segundo.

Ele abriu a porta e me empurrou lá dentro.

-- Me conta tudo nos minimos detalhes.

-- Eu não vou contar...

-- ME CONTA TUDO AGORA PORRA! QUERO SABER DE TUDO, VOCÊ IRIA FUGIR E QUERO SABER PORQUÊ OU VOU PERGUNTAR AOS SEUS PAIS O QUE ESTÁ ACONTECENDO!

-- Não.

Sentei na cama.

-- Não fala nada com eles, eu conto.

Tinha medo do meu pai enfartar, morrer e decidi alí me abrir completamente.

Ele continuava em pé respirando pesado igual um bicho feroz.

E eu nem olhava em seus olhos, estava com minha cabeça baixa e chorando.

-- Eu não me casei com você porque quis, eu amo outro.

-- Como é?

-- Eu me apaixonei por meu professor de literatura, namorei ele por dois anos, mas meu pai descobriu e enlouqueceu... Ele era pobre e tinha 38 anos...

-- E PORQUE VOCÊ NÃO ME FALOU CARALHO? PORQUE VOCÊ NÃO ME DISSE QUE AMAVA OUTRO? EU TERIA TE DEIXADO NO MESMO MOMENTO!

-- Mentira! Você que inventou essa história de noivado, eu te odeio, por sua causa perdi o amor da minha vida!

Ele começou a rir igual um louco.

-- VAMOS, ANDA VAMOS.

Pegou no meu braço e começou a me levar a força novamente.

-- Para onde?

-- Para nossa casa Amorzinho! Somos casados agora.

Falou sarcástico.

-- Mesmo sabendo de tudo, que eu não te amo?

Ele não respondeu nada.

Chegamos lá embaixo e antes de passar pelo jardim ele parou.

-- Por favor não conte nada aos meus pais, não conte que eu iria fugir, meu pai está doente.

Ele me soltou, sequei minhas lágrimas e entramos no jardim onde estavam todos os convidados.

Meu pai conversava com minha mãe em uma mesa, ela saiu e veio até mim.

-- Pelo amor de Deus, o que seu "esposo" decidiu?

-- Como assim?

-- A Emily me contou tudo, seu pai não sabe, enfartaria.

-- Ele vai me levar com ele.

-- Graças a Deus.

-- Graças a Deus? Eu não o amo, nem sei o que me espera!

-- O que você queria? Que ele armasse um escândalo aqui na frente de todo mundo e seu pai enfartasse?

Estalei os lábios.

-- Vai, mais tarde eu te ligo para saber como está tudo.

Ia conversar mais, porém Bryan se aproximou sério e me chamou mexendo a cabeça.

-- Vai querido.

Ela falou.

Eu a abracei e saí com ele.

Não ficamos mais na festa, minha mãe provavelmente daria uma desculpa para todos.

Entramos no carro, e ele dirigiu em silêncio, sua cara era séria e de raiva, eu estava com medo, não vou negar.

A mansão dele ficava distante da minha, do outro lado da cidade, chegamos lá e eu desci do carro.

-- Vem.

Me puxou até a porta e a abriu.

-- Me segue!

-- Para onde vamos?

-- Para o quarto.

-- NÃO.

-- Vem logo, não tenho muita paciência.

Me puxou novamente, ele andava rápido e eu tropeçava pelos degraus da escada.

Entramos no seu quarto que era o principal, enorme, então ele me soltou.

-- Não vou me entregar a você!

Ele ficou em silêncio apenas me olhando.

-- Te odeio, não vou me entregar a alguém que não amo, se tem um pouco de humanidade e bondade não vai me pegar a força!

Ele me olhou com os olhos semicerrados e depois saiu batendo a porta com força.

-- Graças a Deus!

Respirei aliviado, me livrei naquele momento.

Me joguei na cama chorando muito... Minha vida tinha se transformado em um verdadeiro inferno.

Chorei até dormir e sonhei com Pedro, ele me fazia carinho e dizia que me ama no pé do meu ouvido, passava a mão nos meus cabelos. Aquilo era tão bom...

No dia seguinte...

Acordei mal, minha cabeça explodia, meus olhos estavam inchados e ainda usava a roupa do casamento.

Fui até o banheiro, tomei banho e fui até a mala que minha mãe havia feito a dias com o que iria trazer após me casar...

Peguei uma muda de roupa e levei até o banheiro, me vesti rapidamente e desci.

Descia devagar e olhando tudo, vi alguns quadros de artes nas paredes, magníficos. A família dele tinha bom gosto.

Desci as escadas e olhei para a sala, queria ver se ele estava, não queria encontrá-lo, porém não o vi. Graças a Deus!

Queria encontrar a cozinha, estava com fome...

Fui em outro cômodo, mas era o escritório, nem quis entrar! Depois passei pela sala novamente, fui ao outro lado, passei por um pequeno corredor e encontrei.

Tinha uma senhora lá, a mesma senhora que foi uma das testemunhas dele.

Ela me olhou meio estranho.

-- Olá? -- Quebrei o gelo.

-- Olá.

Ela fazia panquecas americanas, eu amava panquecas americanas.

Sentei a mesa.

-- Não querido, você deve ir a sala, é lá que você deve comer.

-- Para mim tanto faz, não queria nem está aqui com ele!

Parece que ela não gostou muito do que falei.

Virou e foi fazer mais uma panqueca.

Ela passou um tempo calada e mesmo virada, sem olhar no meu rosto começou a falar...

-- Olha, não gostei do seu tom ao falar do meu menino.

-- Ele é um ogro, me trouxe a força!

-- Ele te ama e não sabia que você tinha alguém, se houvesse contado pode ter certeza que não casaria!

-- E porque me trouxe a força? Já sabe que não o amo e nunca vou amar!

-- Não sei, também achei errado e falei para ele quando me contou tudo hoje cedo, ele merece alguém que o ame de verdade. Pergunte a ele, conversem sem discutir.

Olhei para ela sem jeito e comecei a comer as panquecas.

-- Hum adoro panquecas americanas.

-- Eu sei. Antes de tudo o Bryan ligou para sua mãe e perguntou tudo que você gosta para deixar a casa perfeita para sua chegada!

Continuei comendo as panquecas em silêncio.

Com um tempo falei novamente.

-- E cadê ele?

-- Foi para o hospital, depois da morte do pai dele ficou tudo na sua responsabilidade.

-- Qual seu nome?

-- Bernadete, mas pode me chamar de Bete.

Terminei de comer e saí.

Aquela senhora não havia gostado de mim, também claro que ficaria do lado do patrão dela!

Voltei direto para o quarto.

Já que não tinha nada para fazer, resolvi arrumar meu closet, esvaziar minha mala, por mais que tivesse a certeza que não iria ficar por muito tempo.

Abri o grande closet e abri minha mala, comecei a arrumar tudo...

Assim foi se passando o dia sem que saísse do quarto, até que perto do meio-dia Bete bateu a porta e entrou.

-- Vai almoçar?

-- Ele vem comer aqui?

-- Creio que não, depende do dia, mas se viesse a essas horas já estaria aqui.

-- Então eu vou.

Ela saiu e fui atrás.

Sentei a mesa, já estava colocada e comecei a me servir, estava tudo uma delícia!

Depois voltei para o quarto e continuei arrumando tudo.

Com um tempo minha mãe me ligou...

-- Mãe?

-- E então? Como vai tudo?

-- Péssimo! O Bryan saiu hoje cedo graças a Deus, mas não sei como vai ser quando voltar.

-- Seu pai ainda não sabe do que aconteceu na festa, Trate bem o Bryan...

E a ladainha de sempre começou novamente...

O dia estava se acabando e ele chegaria a qualquer momento.

Eu não parava de pensar no Pedro um só instante, ele ainda estava vivo em mim.

De repente ouço vozes e passos lá embaixo.

Era ele...

Os passos ficavam cada vez mais perto.

Ouvi barulho de porta, ele entrou em outro quarto, então saí do meu...

Olhei pelo corredor, estava tudo calmo, então desci.

Enquanto descia a escada vi o amigo dele sentado no sofá, ele também me viu.

Me aproximei...

-- Olá?

-- Oi. Me chamo Maurício, sou melhor amigo do Bryan.

-- Percebi no casamento. Você já sabe de tudo não? Ele te contou!

-- Sim.

-- Ele inventou essa história de noivado e agora mesmo sabendo que não o amo, me trouxe a força.

-- Você está sendo muito injusto, só está vendo o seu próprio lado!

-- Agora eu sou o injusto? Eu sou a vítima disso tudo!

-- Ele também é.

-- Nossa!

-- Vocês precisam conversar.

De repente ele desce e meu sangue congelou.

Ele havia tomado banho e estava com o cabelo molhado.

-- Bryan eu vou embora, estava aqui falando com ele que vocês precisam conversar, vou embora, OK? - Maurício falou.

Depois saiu.

Bryan parecia com raiva...

-- Então? Quer mesmo conversar? -- Falou.

-- Sim. -- Respondi.

Eu morria de medo dele.

-- Quero chegar em um consenso com você, podemos nos divorciar numa boa, eu volto para minha casa e falo para o meu pai que não deu certo...

Antes de terminar ele começou a rir.

-- O que foi? Está vendo algum palhaço? - Falei.

-- Você deve achar que eu sou o palhaço!

-- Como assim?

-- Você é um garoto mimado, egoísta, prepotente e acha que o mundo gira em torno de você.

Eu fiquei com tanto ódio dele naquele momento, mais ódio do que o que já sentia.

Andei até ele e dei um tapa em sua cara, ia dá outro mais ele segurou meu pulso com força.

-- Você e sua família me enganaram, me fizeram de palhaço, me fizeram casar com o "garoto perfeito" mas ele não existe, na realidade era um qualquer que tinha outro e uma vida amorosa muito ativa, se é que me entende, nem sei com quantos você já esteve...

-- Você está me ofendendo. -- Puxei meu pulso com força e fiquei passando a mão pois ficou doendo.

Ele pegou um álbum de fotografias e jogou em mim, o peguei.

-- Agora simplesmente acha que vou fazer tudo que o senhor deseja e te deixar livre para viver feliz com o outro?

Saiu sem me esperar responder nada.

Sentei no sofá e abri álbum.

Era meu, tinham fotos minhas desde a infância, minha mãe havia preparado.

Corri até ele, subi as escadas e entrei até o quarto em que ele estava...

-- O que significa aquele álbum?

Ele não ne respondeu, apenas pegou seu notebook.

-- Fala!

-- Sua mãe me mandou para eu ver na semana que me decidia ou não noivar com você!

-- Como assim?

-- Seu pai me ligou falando que você me amava e me convenceu a noivar!

-- Quer dizer que ele...

-- Sim, veio até mim, me mandaram videos seus, álbum, sua mãe também falou comigo. Olha deveriam está bem desesperados para te casar com outro e te afastar de vez desse cara! Criaram um personagem para mim e me apaixonei por este personagem, me enganaram direitinho!

As minhas lágrimas começaram a cair sem esforço, então saí do quarto e fui para o outro, me tranquei e fui chorar.

Que humilhação, minha família praticamente me vendeu, me apresentavam para ele como se fosse um objeto em uma vitrine, mandavam fotos minhas, videos, me exibindo.

Peguei o ultimo poema que Pedro havia feito para mim e abracei chorando muito.

A noite sonhei novamente com Pedro me fazendo carinho, pegava na minha cabeça, passava a mão nos meus cabelos, chegava no meu ouvido e falava: Eu te amo.

Dormi como um anjo.

No dia seguinte fiz minha higiene matinal e saí...

Fui até a cozinha e ele mais uma vez já havia saído.

-- Bom dia Bete?

-- Bom dia.

Dessa vez haviam frutas que eu amava na mesa. Mamão, uvas, banana e ameixas.

-- Uau que banquete!

Peguei uma fatia de mamão.

-- Sente-se e se sirva, percebi que você não quer comer na sala!

-- É que não gosto de comer sozinho.

-- Acorde mais cedo e pode comer todos os dias com o Bryan.

Não respondi.

-- O Bryan não é uma má pessoa, na verdade é um amor.

-- Não é o que percebi.

-- Você não coopera, ele também é nervoso, se irrita fácil.

-- Percebi.

Ela me olhou feio novamente.

-- Não vai dá certo essa convivência de vocês, eu já morri de falar isso para ele, hoje ele me contou que você pediu o divórcio.

-- Sim. Mas ele não quer dar.

-- É teimoso, já falei que é a melhor opção pois você não o ama, seria melhor que ele achasse alguém que o ame como ele merece.

-- Seria difícil encontrar alguém que ame um ogro desses.

-- Olha Benjamim eu posso ser sua amiga, te ajudar em tudo por aqui, mas não admito que falem mal do Bryan na minha frente! Ele é como o filho que eu nunca tive.

-- Como ele te trata?

-- Eu o cuidei depois da morte da mãe dele.

-- Ele tinha quantos anos quando ela morreu?

-- Dezesseis.

-- Nossa, deve ter sido uma barra.

-- Sim, ele sofreu muito.

-- Ela morreu de quê?

-- Derrame. Bem respondendo sua pergunta, ele me trata como se fosse uma mãe ou uma avó...

Paramos de nos falar um pouco, então ela quebrou o silêncio...

-- O problema é que ele te ama demais para te dá o divórcio.

-- Ele não me ama, falou para mim ontem, casou enganado.

-- Não te ama? -- Riu -- Você deve está louco!

-- Minha família que começou com toda essa história de noivado, o enganaram falando que me interessei nele.

-- Não, quem se interessou primeiro foi ele!

-- Então foi ele mesmo que desgraçou minha vida e ontem mentiu para mim.

-- Na verdade não. Bem, o Bryan se apaixonou por você e falou para seu pai que queria conhecê-lo melhor. Seu pai deu aquela festa e Bryan teve a certeza do amor que sente por você, porém viu que você não o correspondeu então decidiu não seguir em frente. Mas com alguns dias seu pai ligou falando que você também o amava mas era tímido, e queria entregá-lo a ele para noivarem.

-- Eu não sabia de nada.

-- Bryan também é uma vítima, achou que você o correspondia.

-- Como meu pai pôde ter feito isso comigo?

-- Porque sua família era tão contra seu relacionamento com este homem?

-- Ele era meu professor de literatura, pobre e bem mais velho do que eu, vai completar 39 anos.

-- Entendo.

-- Eu o amo tanto...

Percebi o desconforto dela.

-- Sabe, tenho que encontrar algo para fazer aqui, estou muito aborrecido de não fazer nada!

-- O Bryan deveria te levar a comunidade, precisamos de toda a ajuda possível e você seria muito bem vindo.

-- Como assim comunidade?

-- Ah ele não te contou, também vocês só brigam! Ele tem uma fundação em um dos bairros mais pobres daqui, já ajudou a muitas famílias, crianças e adolescentes. Tanto na saúde quanto na educação!

-- Nossa!

-- O pai dele teve a ideia, leva o nome da mãe dele também igual o hospital, bem, ele está abrindo um Posto de Saúde agora lá nesta comunidade, mas isso veio dele mesmo.

-- Gostaria muito de conhecer!

-- Sabe é muito difícil manter tudo em pé e não desistir, pois lá existem muitos traficantes que já ameaçaram bastante nosso trabalho, porém Bryan não baixa a cabeça.

-- Mas isso é muito perigoso Bete e se o ferirem?

-- Eu também sinto muito medo,quando o pai dele começou existia uma quadrilha que dominava tudo, se intitulavam os donos, começaram a perder forças e desde então declararam guerra, já houve tiroteios, todo mundo que se une eles ameaçam, porém ele fala que morre mas não deixa de ajudar!

Pela primeira vez senti admiração pelo Bryan e depois de muitos dias consegui sorrir.

As horas se passaram, eu estava no quarto e mais uma vez ouvi vozes, era ele.

Então hoje foi um dos dias que ele veio almoçar em casa, ouvi apenas a voz dele e da Bete.

Desci as escadas devagar e ela saía do escritório...

-- Ele veio almoçar.

-- Eu ouvi a voz dele.

-- Vou levar seu almoço para o quarto em um instante.

-- Não precisa, resolvi almoçar com ele hoje.

Ela sorriu.

-- É que te evita mais trabalho!

Ela saiu para a cozinha.

Fui até a outra sala e me sentei a mesa, com mais ou menos 3 minutos ele surgiu, me olhou um pouco surpreso, mas não disse nada, apenas sentou também.

Começamos a comer em silêncio.

-- Me leva a fundação?

-- Ele me olhou sério.

-- Para quê?

-- Quero conhecer.

-- OK, essa semana mesmo eu te levo.

Continuamos comendo em silêncio, eu o olhava e ele continuava sério e sem olhar para mim.

Naquele dia ele não voltou para o hospital, ficou em casa, continuava lendo o livro "extraordinário", estava na varanda enorme que dava para o jardim, lia deitado em uma rede.

Então ele sentou em uma poltrona a minha frente e começou a recitar:

"Todas as pessoas deveriam ser aplaudidas de pé

pelo menos uma vez na vida, porque todos

nós vencemos o mundo."

Fiquei em choque.

-- Você já leu este livro?

-- Claro Benjamim, porque a surpresa? Também sei ler sabia?

Fiquei um pouco sem graça.

-- Não foi isso que quis dizer, é que pensei que você gostasse mais de outros tipos de livro.

-- Porque? É uma história linda de superação.

-- É que te acho meio grosso.

Ele não respondeu nada, apenas levantou e saiu.

Me senti mal com tudo aquilo, percebi que alí naquele momento o grosso fui eu.

Mais tarde eu estava indo a cozinha, passando pela sala quando Maurício entra pela porta, por certo ele tinha a chave.

-- Oi? -- Me cumprimentou.

-- Oi. O Bryan está no escritório.

-- OK. Então como estão as coisas?

-- Iguais. Fiquei sabendo da instituição, pedi que ele me levasse. Estou aborrecido, aqui não tem nada para fazer.

-- Porque você não quer, o Bryan comprou um piano e colocou no escritório só para você! Você já entrou no escritório?

-- Na verdade não.

-- Viu? Antes do casamento ele só falava em você, arrumou tudo para você, perguntou até mesmo quais as suas comidas preferidas e falou para a Bete para ela saber. Ele estava completamente apaixonado e feliz porque pensava que você o correspondia! Vou vê-lo.

Saiu.

Me sentia mal, mas dessa vez não era um pouco, era muito. Percebia que Bryan era um homem bom e que foi tão vítima quanto eu, alí não era apenas eu que estava sofrendo.

Fui até a cozinha, mas antes de virar olhei em uma das paredes um quadro de uma mulher muito bonita, ela tinha os cabelos pretos e os olhos castanhos, Bryan parecia muito com ela.

Fui até a cozinha e falei com Bete...

-- Bete, aquele quadro na sala é da mãe dele, não é?

-- Sim, era muito bonita, Bryan é muito parecido com ela.

-- Sim.

-- Meu menino já sofreu muito nessa vida.

Sentei na mesa e ela continuou...

-- Você pode sentir ódio dele Benjamim mas seu pecado para você sentir tanto ódio foi te amar. A única coisa que ele queria era constituir uma nova família pois tinha ficado sozinho no mundo, não tem mais ninguém além de mim e do Maurício, por isso o defendo. Bryan não é e nem nunca foi este monstro que você desenha, apenas foi enganado por sua família e foi um objeto de punição para seu castigo por ter se apaixonado por este outro. Se ele brigou, berrou, reclamou quando descobriu isso tudo, estava no direito dele. Não acha?

-- Sim. -- Respondi.

Bete se surpreendeu com minha resposta mas saí sem esperar sua reação.

Fui para o meu quarto, pensava em tudo e minha cabeça só girava, não quis jantar. Mais uma vez dormi chorando e senti Pedro me fazendo carinho enquanto dormia, dizendo que me amava.

*********

Espero que estejam gostando.

Desculpem qualquer erro.

Até mais. 😘

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Comentários

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Estou amando. Só não espero que esse tal de Pedro surja do nada e acabe com o casamento do Benjamin. Me parece que esse casal só está passando por uma fase. Afinal amor se constrói.

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Oh my god,será que o coraçãozinho do Benjamin está amolecendo pelo Bryan!? Tomara que sim!!!! Tô amando esse casal ( brymim ), continua logo!!!👏👏👏👏😘😍✊🙌✌😉💓

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Espero que ele fique com o Bryan ...bjs❤

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Volte logo por favor! Estou amando 🌷🌷🌷

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Top adorei Ta d+ 😍😍😍 espero que vc poste outro capítulo logo muito curioso pra saber + e + 😊😊😉😘

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