Quem leu as duas primeiras partes do conto, sabe o quanto eu estava sendo humilhado pelos meus patrões, pois bem no final do segundo conto o Rodrigo, meu mestre mais cruel havia me dado mais uma utilidade, a de capacho sexual.
Nas semanas que se seguiram, além de usar uniforme de doméstica durante os dias e garçom durante a noite e servir aos caprichos dos meus senhores, durante a madrugada eu ficava amarrado em uma coleira no pé da cama do casal, usando os acessórios de couro que o namorado do meu ex havia comprado. Após um dia cansativo, limpando a casa inteira repetidas vezes, ouvindo os berros dos meus donos, passando suas roupas, servindo as refeições, massageando seus pés e sendo castigado o tempo todo por qualquer coisa que os desagradasse, como se não bastasse, eu tinha que dormir no chão duro e gelado.
Essa era a minha nova utilidade, ficar de prontidão ao menor sinal de que meus senhores iriam me usar como capacho sexual, e foram muitas as vezes que isso aconteceu. Em uma delas eles me mandaram ficar de joelhos no banheiro e em seguida brincaram de tiro ao alvo, gozando na minha cara, além de me usarem como vaso sanitário, urinando em minha boca dezenas de vezes.
Não vou negar, que houve muitos momentos desde o início dessa vida de escravo, que senti prazer em estar nessa situação, mas também tinha um outro lado em mim que sentia vontade de fugir, de acabar com tudo isso. Fiquei em cima do muro varias vezes, por inúmeras noites acorrentado nos pés da cama dos meus patrões eu pensei se realmente estava gostando de estar ali, naquela situação, mas isso me fazia lembrar que não tinha escolha, estava em uma cidade que não era a minha e sim do meu ex, eu havia ido embora pra morar com ele, portanto não tinha muitas opções de ajuda, não tinha para onde correr e sequer tinha dinheiro pra pegar uma circular e desde que me tornei escravo fui proibido de usar celular, ou seja estava incomunicável com o mundo fora daquele apartamento.
Não tinha opção, a minha vida era aquela, escravo daquele casal, isso era toda a conclusão que conseguia chegar, mas o mundo da muitas voltas e o destino estava reservando uma surpresa para mim.
Pois bem, um belo dia meus patrões resolveram receber umas visitas de fora, no total eram quatro pessoas e dentre elas nenhum era amigo do Vinícius, eram todos amigos do Rodrigo, isso me deu um certo alívio, pois eu conhecia a maioria dos amigos do Vinícius e não queria que eles me vissem naquela situação, na verdade acredito que nem o próprio Vinícius iria querer me expor dessa forma, porque o grande articulador de toda essa situação não foi ele e sim o seu atual namorado.
No dia da visita, durante a manhã e a tarde, enquanto meu ex trabalhava, meu outro chefe ficava na sacada gritando e dando ordens o tempo inteiro. Ele queria a casa impecável, portanto eu não parei um segundo, fiquei o tempo todo esfregando e passando aspirador, enquanto ele me chamava de lerdo e me fazia interromper o serviço varias vezes para servi-lo. Meus banhos eram sempre na madrugada antes de colocar a roupa de capacho sexual, mas naquele dia eu estava imundo de tanto trabalhar e então meu patrão me olhou e disse:
__Você está um horror, fedorento, sujo, imundo, olha essa cara, você já é feio naturalmente, assim então nem se fala. Como vou receber meus amigos com você nesse estado?
__Perdoe-me mestre, mas eu trabalhei o dia todo para deixar essa casa impecável para o senhor receber seus amigos, não teria como eu estar em outro estado, a não ser esse.
__Ainda ousa retrucar. Quanta petulância! Você merece um castigo, mas vou pensar nisso depois, primeiro vai tomar um banho e depois coloque seu outro uniforme e fique de prontidão para receber os convidados. Não vou dizer para você tentar ficar bonito, porque isso, só nascendo de novo. hahahaha. Agora vaza da minha frente inútil.
__Sim mestre.
Humilhado eu corri para o banho, me troquei, coloquei o uniforme de garçom, colete, camisa e calça social, gravata borboleta e uma hora depois a campainha do apartamento tocou anunciando a chegada dos convidados.
Abri a porta e presenciei quatro homens jovens, com mais ou menos a idade do meu chefe Rodrigo, todos eles no mesmo estilo que o meu senhor, nariz empinado, olhar de superior, dei boa noite e bem vindos a todos e o máximo que recebi de volta foram seus casacos para eu guardar. Logo após passei a noite servindo os vinhos e os aperitivos que meus patrões haviam encomendado, nas horas vagas ficava na posição de sentido esperando alguma utilidade para os meus serviços, enquanto houvia comentários maldosos de seus convidados sobre mim.
Lá pelas tantas da noite o meu chefe Vinícius foi ao banheiro e meu outro chefe se levantou até a sacada, os convidados ficaram entretidos com as músicas e os vinhos nas sala, exceto um, o mais nariz empinado de todos, ele foi acompanhar o meu chefe na sacada. A música estava alta e eu não conseguia ouvir mais o que estavam falando, mesmo assim fiquei de prontidão, esperando novas ordens. Depois de algumas horas resolvi ser ousado e ir até meu outro mestre pra ver se estava tudo bem, mesmo sabendo que isso me renderia um belo castigo, pois eu jamais deveria sair da posição de sentido sem receber uma ordem, enfim, quando cheguei no banheiro o Vinícius não estava mais lá, porém a porta de seu quarto estava aberta, resolvi espiar e vi que ele havia capotado na cama, tomou muito vinho aquela noite e acabou desmaiando de bêbado. Voltei correndo para a sala e quando cheguei percebi que ninguém havia notado a minha ausência, fiquei aliviado. A sala do apartamento tem uma tamanho grande, e a sacada fica alguns metros da onde está a tv, os sofás e o aparelho de som, da onde eu estava não conseguia visualizar muito bem o que acontecia lá, então na dúvida resolvi ir até lá para ver se meu dono precisava de alguma coisa, quando cheguei a porta estava entre aberta, silenciosamente eu coloquei metade do meu corpo para fora e quando fui abrir minha boca para perguntar se eles precisavam de algo eu fiquei surpreso, lá estava meu patrão, transando em plena sacada com seu amigo.
Eu sai lentamente e olhei ao redor, percebi que todos ali não estavam nem sequer notando a minha presença, fiquei alguns minutos tentando entender, então uma súbita curiosidade tomou conta de mim e me coloquei novamente a observá-los na sacada, já que ninguém estava precisando de meus serviços naquele instante. Após os amassos eles começaram a conversar.
__Você tem certeza que é seguro fazer isso aqui?
__Tenho sim, coloquei umas pílulas na taça do Vinícius e essa hora ele deve estar capotado.
__Mas e o seu brinquedinho? Não oferece algum risco para gente?
__Não se preocupe, aquele lá é inofensivo, come nas minhas mãos, não teria coragem de me desafiar, afinal eu sou o dono dele.
Nesse momento uma súbita vontade de vingança tomou conta de mim, mas eu ainda não sabia o que fazer, estava sem celular, não podia gravar, não tinha muitas opções, então resolvi voltar para trás, só que sem querer eu bati num vaso de flor, fazendo-o cair no chão e atraindo a atenção deles. Imediatamente os dois me miraram e eu senti um arrepio enorme com medo de que fizessem algo pior comigo.
__Você disse que ele não representava perigo Rodrigo!
__Não se preocupe, deixa que eu tomo conta dele. Escravo, não sei quanto tempo você está ai, mas nós transamos agora pouco e estamos todos sujos, venha até aqui e nos limpe imediatamente.
Abaixei minha cabeça e segui as ordens do meu mestre, só que dessa vez decidido a faze-lo pagar por tudo o que estava fazendo eu passar....
Continua...