Olá a todos que vem acompanhando minha saga e a do Rafa. Um pouquinho mais de nossa história saindo do forno, Divirta-se! Boa leitura!
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“ - Não vai não, fica por favor! Quero conversar com alguém.
Rafael, pegou o isopor com certa brutalidade e entrou novamente na piscina, eu fiquei na borda. A noite vinha chegando de mansinho. Não havia muito o que se falar. Eu estava muito incomodado com a situação. O que queria aquele momento era ir para casa ”.
Ficamos cerca de seis cervejas de cada um em silêncio total. O olhar de Rafael era distante. Apenas seu corpo estava ali, sua mente flutuava. Foi nesse momento que percebi que ele chorava. Não era um choro copioso, um choro tímido. Tinha uma pitada de dor e arrependimento.
Entrei na piscina e o abracei forte. O choro foi ganhando força e deu espaço para uma agonia de soluços. Rafael tremia um pouco. Pela força do abraço, sentia que ele estava com muita raiva. Não era dor que ele sentia e sim raiva, muita raiva.
Sem aviso ele me soltou, saiu da piscina e pegou a garrafa de tequila que estava quase cheia. Virou uma boa golada.
- Toma, fica bêbado comigo!
Ele me ofereceu. Apenas peguei a garrafa e bebi. Senti meu corpo esquentando na hora. Ficamos assim, os dois bebendo em silêncio.
- Cinco anos! C-I-N-C-O anos… - Outro gole. Me passou a garrafa. - Cara, essa raiva que estou sentindo está me consumindo.
- Rafael calma! - Minha voz já saiu meio embolada - Esfria a cabeça…
- Eu deveria ter batido muito mais no Felipe… Puta que pariu, que cara folgado!
Senti que ele não falava comigo. Apenas falava.
- E aquela vadia da Bete? Porra tinha que ser na minha casa? Custava muito ter terminado comigo? Tive de ter muito auto-controle para não enfiar a mão na cara dela também…
- Ainda bem que você não o fez, poderia estar agora na delegacia prestando depoimento…
- Foda-se, valeria a pena!
A tequila já se encontrava abaixo da metade. O ritmo em que bebíamos era frenético. Em poucos segundos Rafael bebia e me passava a garrafa. Quando acabou, ele pegou duas cerveja, entrou na água e me entregou uma.
- Hoje eu só quero tomar um porre e esquecer aqueles dois farsantes… A Bete dizia que me amava. Quando insistir que deveríamos transar, ela me disse que entrará para a igreja… “Quero me guardar”. - Rafael fez uma imitação grotesca de Bete. - Piranha!
Eu me sentia meio tonto. Naquele momento a tequila começava a fazer efeito.
A noite que chegou, trouxe com ela um frio irritante. Não tivemos outra alternativa a não ser sair da piscina e buscar abrigo na sala de Rafael. Sua sala não era muito grande. Tinha um sofá, uma mesa no centro e uma televisão enorme na parede. Havia um Xbox em um suporte da parede e uma estantezinha ao lado do sofá. O sofá, era um sofá cama e já estava armado.
- Vou pegar um short meu para você, e uma toalha.
Não demorou muito. Ele trouxe tudo e me indicou para o banheiro. Do banheiro ouvi que ele colocou uma música extremamente alta. Sai do banheiro e o vi com mais uma cerveja. Minha cabeça já latejava, não conseguiria beber nada. Rafael dançava de uma forma desengonçada, porém sexual.
- Dança comigo, vem! - Me puxou pelo braço e dançamos muito próximos um do outro.
Os dois estavam sem camisa. Ele de sunga e eu de short. A música estava alta e as lamentações de Rafael continuavam.
- Sabe qual o pior Jotha? - Falava no meu ouvido, me arrepiei com seu hálito quente. - E que Felipe se dizia meu amigo.
Rafael soltou uma risada histérica. Estava visivelmente bêbado. Deu o último gole na cerveja e ameaçou pegar outra.
- Acho que já chega Rafael, você já está bem alto!
Ele me olhou com certo desdém e foi pegar outra cerveja. Deu uma topada na mesa de centro e caiu. Fui socorrer. Só levou um tombo de leve. Levantou e foi até seu destino.
- Cara bebe comigo, por favor! Hoje o dia está uma merda!
Não resistir as suas súplicas e voltei a beber. Deitei no sofá e abaixei o som da TV. De modo que pudêssemos falar, sem tantos gritos.
- Rafael, senta aqui. Você precisa desabafar.
Ele basicamente se atirou no sofá.
- Desabafar? Não! Sabe o que eu preciso? Eu preciso… Preciso… Preciso foder, gozar… Ser tocado, beijado, chupado… Aquela grande filha da puta da Bete não transava comigo. Ela não estava em abstinência, eu sim. O grande babaca que estava dando espaço para ela. Eles devem ter rido de mim em suas noites de sexo.
Não sabia o que falar, realmente estava compadecido com a situação dele. Quem já foi traído sabe como é uma apunhalada nas costas. Você entrega seu coração, sua fidelidade e cumplicidade a alguém e esse alguém te fode da pior forma possível.
Apenas passei o braço pelo pescoço de Rafael e acomodei sua cabeça perto do meu peito.
- Eu estou ridiculamente carente hoje, não é?
- Relaxa cara, somos amigos. Vou ficar aqui o tempo que você quiser.
- Acho que todo mundo é um pouco assim. Meio carente… Não é por isso que saímos a procura de alguém? Tentando achar a “cara metade”.
- Será que existe… Essa “cara metade”?
- Está mesmo perguntando isso para um cara que acabou de ser traído?
Rimos alto. Os dois estavam bêbados. O riso foi perdendo a força. ficamos sérios nos olhando por um tempo. Nada precisava ser dito. Rafael passou a mão pelo meu peito, foi descendo. Passeou a mão até chegar a minha bunda.
Nesse instante virei meu corpo para ficar por cima dele, dando-lhe mais liberdade com sua mão. Ele apertou minha bunda com força. Estava sem cueca, e não demorou seu dedo estava sendo pincelado no meu ânus. Gemi. Fui em direção a sua boca para roubar um beijo. Ele desviou, tive de me contentar com seu pescoço.
Comecei beijando e mordiscando de leve. A barba de Rafael arranhava meu rosto, me excitando ainda mais. Senti a ereção de dele. Sua sunga já parecia querer explodir. Fui descendo com a língua, passando por todo o corpo rígido dele. Mordi cada pedacinho de seu abdome.
Quando cheguei em sua sunga, em poucos segundos retirei ela. Tentei ser sexual e removê-la com os dentes, o que não funcionou. Usei a mão. A casa estava um pouco escura, permanecia na penumbra. Apesar da pouca luz pude ver perfeitamente o membro de Rafael. Não parecia ser muito grande. Acho que na média, de dezessete a dezoito centímetros. Seu pênis era bem grosso, tinha uma cabeça grande e bonita.
Não teve tempo de muita análise, cai de boca. Rafael gemeu. Seus olhos estavam fechados. Seu corpo reagiu, começou a foder minha boca em um ritmo frenético. Ele parou instantaneamente. Me puxou pelo braço, e me colocou de barriga para baixou. Rafael abriu uma gaveta da estante ao lado do sofá, retirou uma camisinha. Ouvi ele cuspindo. Me penetrou de uma só vez.
Senti uma pontada forte. Uma dor insuportável. Minha visão ficou turva. Não sabia se por conta da dor ou do álcool ingerido. “Vai devagar”. Não tive forças para falar. Rafael usava de muita força para me penetrar. A dor havia cessado um pouco. As estocadas eram intensas e firmes. Seus gemidos pareciam grunhidos. Sabia que era apenas sexo. Não havia nenhum sentimento envolvido, apenas uma certa urgência e raiva. Senti uma estocada forte e demorada. Seu membro pulsava em meu ânus.
Rafael deitou seu corpo suado por cima do meu. Eu não havia sentido prazer. Me senti usado. Afastei ele de cima de mim, fui direto para o banheiro me limpar. Me sentia dolorido. O papel higiênico que usei saiu um pouco de sangue. Me vesti e sai da casa dele. Na saída, Rafael estava meio grogue no sofá. Ainda com a camisinha no pênis.
Meio cambaleante cheguei a rua. Uma lágrima boba insistiu em rolar do meu rosto. Me sentia mal. Já havia fantasiado minha primeira vez com aquele cara, e não era nem de perto o que tinha imaginado…
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Quinze dias se passaram e não tive notícias e nenhum contato com Rafael. Até que um dia tranquilo no trabalho, ouço aquele ronco tão familiar.
Rafael estava com uma mochila enorme nas costas. Fardado, desceu da moto. Entrou na loja.
- Boa tarde, Jotha! Depois do trabalho será que você poderia passar na minha casa? Preciso conversar com você!
Apenas acenei com a cabeça de forma afirmativa…
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Dever cumprido. Dois contos, o de semana passada e o de hoje. No próximo conto explico o que aconteceu nesses QUINZE dias.Até sexta que vem, tentarei publicar antes… Porém é complicado.
Vote, comente… Aquele abraço!
Jotha ;-)