Boa leitura :-)
♦......♦......♦......♦
— Onde fica tua casa? – Perguntou assim que as portas do carro foram fechadas.
– Não muito longe daqui fica no bairro "xxx xxxx" próximo a estação ferroviária.
– Okay... Sei aonde fica.
Girou a chave ligando o motor, logo já estavam na estrada.
As ruas estavam começando a ficar meio vazias, o que para ele era algo satisfatório.
Dirigir por si só já era, lhe dava uma sensação de liberdade inexplicável.
– Antes de irmos se importa de passarmos em algum lugar aonde eu possa comprar alguma coisa pra comer? E que tô... Você sabe.. morrendo de fome e provavelmente os mercados próximos a minha casa já fecharam devido a hora.
– Ahh... Claro sem problemas mais se quiser podemos jantar juntos... Eu já ia fazer isso de qualquer forma.
– S-serio? – O olhou surpresa.
— ahh.. sim??!!!
— Obrigada pelo convite mas... Acho que não posso aceitar... Tá meio tarde e não quero ser um incômodo.
— Imagina... Não me incomoda em nada, pelo contrário, eu detesto comer sozinho.
♦
♦
♦
– Acho que isso vai ficar bom nele... – Entregou a Mary um blazer slim azul, calça jeans e uma camisa vermelha com estampas e a frase "Die Young" escrita no meio.
— Tá perfeito, Anda Yosef veste. – Jogou as roupas em sua direção. – Enquanto isso eu vou até lá em casa me trocar e já volto. E rapidinho.
Passou por eles feito um raio indo para fora da casa correndo até a sua que não ficava muito longe, na verdade, só precisava atravessar a rua.
– Ainda acho que essa garota e meio doida... – Yosef disse rindo fraco começando a tirar suas roupas ali mesmo.
Bruno, ele é Mary se conheciam a anos e já tinham uma certa... Intimidade não vendo problema em fazer isso.
Bruno rolou as órbitas indo até o seu guarda roupas tirando algumas peças de la.
– Você me parece meio triste hoje... – O olhou de relance de maneira minuciosa. – Só me lembro de ter te visto assim daquela vez em que aquele passarinho morreu encima da tua cama.
— Precisava mesmo me lembrar disso? – Bufou enquanto se vestia.
– Sei lá... – Deu de ombros indo até o espelho que ficava na porta do armário observando suas feições através do reflexo. – Você sempre me pareceu tão forte. Te ver chorando naquele dia por não ter conseguido ajudar o bichinho foi meio que um choque pra mim... Sempre te achei meio frio.
– Obrigado pela sinceridade. – Proferiu com desdém.
– De nada! Pode contar com ela sempre. – Sorriu
– Estava sendo sarcástico sabia?
– Qual a novidade nisso??
– Affs... – Bufou novamente calçando os sapatos indo até ele o empurrando para o lado ocupando o lugar em frente ao espelho se pondo a arrumar os cabelos.
Bagunçando-os na verdade já que gostava que ficasse assim.
– Deixa eu adivinhar então... – O agarrou por trás o envolvendo em seus braços. – Problemas amorosos?
Sussurrou de maneira sexy próximo a sua orelha passando a ponta no nariz sob a pele fina e alva do pescoço do menor aspirando seu cheiro.
— Talvez... – Suspirou cansado, fechando os olhos.
– Não sou a melhor pessoa do mundo para dar conselhos amorosos ja que à maioria dos meus relacionamentos foram um completo desastre ou eram somente baseados em sexo e curtição.
– Agora sou eu quem diz.. "qual a novidade nisso?"
– Ue... Eles queriam, eu também, ninguém saiu machucado.
– Típica frase de um cara galinha.
— Hey... Sou jovem demais pra me amarrar a alguém e sou do tipo de cara que nasce pra morrer jovem. Então enquanto der.. Bora curtir.
— Você sabe que isso não faz nenhum sentido pra mim né??
– Tem um sentido pra mim.. — Disse indiferente ao que ele disserá.
Desfez o contato com o corpo do garoto caminhando pelo quarto balançando a cabeça de um lado para o outro, usando os dedos para batucar o ar.
Fôra seguido pelos olhos atentos do rapaz.
Parou em frente a cômoda pegando uma escova de cabelo correndo e saltando sobre a cama.
Os olhos do menor cresceram tanto que quase saltaram para fora de suas órbitas. Não gostava quando Bruno fazia aquilo.
– Você não vai fazer o que eu tô pensando que vai fazer não é?
– Cala a boca e escuta. – Disse limpando a garganta, respirou fundo enchendo os pulmões de ar e então começou a cantarolar die Young da Kesha.
.
.
♪ Let's make the most of the night ♪
♪ Like we're gonna die young♪
♪ Young hearts, outta our minds♪
♪ Runnin' till we outta time
♪ Wild childs, lookin' good
♪ Livin' hard just like we should
♪ Don't care who's watchin'
♪ When we're tearin' it up
♪ That magic that we got nobody can touch
.
.
— Meus ouvidos já estão até sangrando. — Falou Yosef referindo-se a voz ruim é aguda que ele usava para cantar.
— Ridículo!! Nem canto tão mal assim vai... – Riu alto se jogando sobre a cama que fez um barulho alto como se fosse se partir ao meio.
Rolou sobre ela sentando-se novamente na beirada fazendo um gesto com a mão para que o garoto se aproximasse.
Yosef sentou do lado do amigo que em um movimento rápido o empurrou o jogando de costas sobre a cama montando em cima dele.
— Tá fazendo o que seu doido?
– Sabe... Sempre tive curiosidade em saber como é teu beijo. — Mordeu o lábio inferior o fitando intensamente.
– Perdeu a chance. Sou um homem de respeito agora.. e casado! – Levantou a mão a deixando em frente ao rosto.
Os olhos curiosos de Bruno a percorreram até pararem sob o aro dourado em torno do seu dedo anelar.
– Não se preocupa.. nao sou ciumento.
— HaHa Engraçadinho.
Se entreolharam entre sorrisos de cumplicidade até ouvirem o som do pigarrear de alguem.
– Atrapalho alguma coisa? – Perguntou mary recostada no vão da porta.
Os dois saltaram e ficaram a olhando assustados. No caso só Yosef parecia nervoso, Bruno tinha um sorrisinho maroto semi formado em seus labios.
– Mary n-
– Relaxa bitch... Conheço bem o Bruno. Já nos pegamos algumas vezes. – Confessou tranquila.
Yosef os olhou surpreso e boquiaberto de olhos arregalados.
– Quando foi isso? E quando iam me contar? – Perguntou inconformado por só saber disso agora.
– Affs... Sem drama ta. – Disse ela dando de ombros. – E isso foi a muito tempo estávamos na seca então só rolou Ue... Nada demais.
– Não interessa!! Deveriam ter me dito pelo menos. – Cruzou os braços bufando.
– Depois conversamos sobre isso... Agora Bruno porque nao se vestiu ainda??
– Ahh... Não vou poder ir com vocês.
– Porque não? – Questionou o menor desfazendo sua falsa carranca.
– Um carinha que conheci na faculdade vem aqui hoje. – Umedeceu os labios ao lembrar-se dele.
Loiro olhos castanhos pele bronzeada corpo esguio, seu biotipo preferido.
— Poupe-nos dos detalhes Okay?!! Sef vamos indo.
– Okay... Tchau Bruno.
– Tchau pequeno Hobbit e lembre-se "não faça nada que eu não faria" . – Deu uma piscadela para ele.
♦
♦
♦
– Que lugar e esse?
– E um restaurante mexicano... as vezes quando saiu tarde do trabalho eu passo aqui porque eles funcionam 24 horas...
Desceram do veiculo, Luciano tirou o paletó jogando-o no banco do carro ativando o alarme.
Caminharam até a entrega, em um gesto de pura educação abriu a porta para que ela pudesse entrar.
– Eles fazem os melhores tacos da cidade.
— Nunca comi comida mexicana.
– Serio? Não sabe o que tá perdendo... Vem vamos sentar.
♦
♦
– Humm.. ixo tá Humm.. uma delícia. – Disse com a boca cheia.
— Eu disse que ia gostar. – Sorriu dando uma mordida em seu taco sentindo seu estômago se acalmar e o sabor esplêndido que parecia dançar em sua boca.
— Humm.. – Levou o guardanapo até a boca, limpando-a. — Então Isabella... Quantos anos você tem?
— Já ouviu dizer que essa é uma pergunta que nunca se deve fazer à uma mulher?
— Ohhh .. perdão eu não quis ser...
Fora interrompido por ela e sua risada estridente.
— Eu só tava brincando. Eu tenho vinte e você?
— Vinte e dois!
— Sério? Parece mais maduro.
— Só pareço mesmo... Deve ser por causa da barba. – Alisou o rosto com um sorriso largo.
Os olhos dela foram direcionados para as mãos dele vendo o pequeno aro dourado envolta do seu dedo anelar.
— E casado?? – Perguntou
— Sim!! Vai fazer acho que... Quase um ano, não sei ao certo.
— Homens... Nunca lembram de datas especiais para as mulheres.
— Acho que ele não se importa muito com essas bobagens de data.
— Ele?? – Perguntou ela confusa.
— Sim! Meu parceiro.
— Você é gay? – Perguntou alto boquiaberta chamando a atenção de algumas pessoas ali o deixando desconfortavel. — Ahh... Perdão não foi minha intenção e-
— tudo bem.. – Disse de modo compreensível. — Eu nao me considero gay até porque não gosto nem sinto atração por outros caras... Só por ele.
— Entendo... Eu acho .. sei lá isso é meio confuso.
– E normal. Me senti assim da primeira vez que parei pra pensar nisso. — Deu um gole em seu refrigerante.
— E como ele é?
– Ele pra mim e... perfeito mais complicado ao mesmo tempo. – Riu. – Mais mesmo assim eu ainda o Amo bastante, é a primeira pessoa por quem me apaixonei de verdade em toda minha vida.
— Ownnn... Que cute cute!!! – Disse de modo irritante como se fala com um bebe ou cãozinho, coisa que ele detestava.
— Pode ser doidice minha mais... Se você o ama tanto então Porque fala dele com essa certa tristeza no olhar?
— Como assim?? – Pergunta ele confuso.
— Não que eu seja intrometida mais... Parece que alguma coisa falta aí... Seu rosto diz isso, você o ama e ele o completa mais falta algo... Estou errada?
Aquela conversa começará a lhe incomodar nao que o que ela dissera fosse mentira... Em parte não era mas... Falar sobre isso com alguém que você mal conhece e um pouco incomodo, para ele.
— Não vamos falar sobre mim Okay...
— Tudo bem... Desculpe-me por ser tão intrometida e... Me meter aonde não devo.
— Não precisa se desculpar. – Sorriu dócil tentando desfazer o clima tenso que havia se formado ali.
— Mais e você? E casada namora ?? Ta enrolada
– Ahhh... Minha vida amorosa e um completo desastre as vezes me sinto um imã pra caras ruins e safados.
– haha.. porque acha isso?
– Ah... Porque...
E assim começaram Uma Conversaram descontraida e agradável que se estendeu por mais algumas horas, acabaram adorando a companhia um do outro.
— Puta que pariu.. já tá tarde pra caramba. – Luciano espalmou a sua mão Contra a testa assim que olhou para o relógio no pulso. – Já é quase meia noite.
– Sério? – Perguntou suspresa e espantada. – Melhor irmos pra casa.
— E eu sei... – Retirou da carteira algumas notas as deixando sobre a mesa. — Vamos indo.
♦
♦
— Nais uma vez .. agradeço pela carona e pelo jantar.. e serio. Não sei o que seria de mim hoje se não fosse você.
— Não foi nada demais. – Disse destravando a porta do carro.
— Bem... Até amanhã Luciano. – Aproximou-se de seu rosto beijando sua bochecha esquerda rapidamente descendo rapidamente do carro, correndo para dentro de casa.
Luciano ficou ali estático sem reação.
Apesar de não ter importância nenhuma, ele fôra pego de surpresa.
♦
♦
♦
Em menos de meia hora já estava em estacionando em frente a sua casa.
Tirou suas chaves do bolso destrancando a porta. Tirou os sapatos deixando-os de trás da porta.
Tirou o paletó, gravata e calça ficando apenas de cueca.
O banho ficaria para amanhã certamente. Agora só queria deitar-se e dormir.
Caminhou na ponta dos pés praticamente tentando fazer o mínimo de barulho possível.
Foi até o quarto vendo que tudo estava escuro e em silêncio.
Deitou-se do seu lado da cama com cuidado para não acordar o menor.
Ajeitou-se ali e tentou dormir.
Sabe aquela sensação de inquietação e de que algo está errado ou faltando? Pois bem.
Em dado momento sentiu falta de algo... Odiava admitir mais já havia se acostumado a dormir abraçado ao rapaz.
Talvez fosse uma pequena forma de compensar todas as horas que ficava longe dele.
Tocou o outro lado da cama não encontrando nada.
Só os lençóis sedosos e frios, sem calor nem nada.
Saltou da cama ascendendo a lâmpada do abajur que logo iluminou todo o quarto.
– Ue... Cadê ele?
♦.....♦.....♦.....♦